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NEUROPSIQUIATRICOS
Por etiologia:
Qualquer idade
A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta
duração aos desafios da vida cotidiana
Segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos
O termo depressão é usado muitas vezes para descrever o humor para baixo ou desencorajado que resulta de
desapontamentos ou perdas
Pessoas que tiveram um episódio de depressão maior têm risco maior de episódios subsequentes.
Pessoas que são menos resilientes e/ou que têm tendências ansiosas podem ter mais chance de
desenvolver transtorno depressivo
A depressão pode:
- reduzir as respostas imunitárias protetoras
- elevar o risco de doenças cardiovasculares
- Elevar o risco de AVE
Depressão maior (depressão unipolar)
Os pacientes podem parecer infelizes, com olhos lacrimejantes, testa enrugada, cantos da boca voltados
para baixo, postura retraída, pouco contato visual, perda da expressão facial, pouco movimento corporal
e mudanças no discurso
Em alguns pacientes, o humor deprimido é tão profundo que as lágrimas secam; eles relatam que ficam
incapazes de sentir as emoções habituais e sentem que o mundo se tornou sem cor ou sem vida
Alguns pacientes depressivos negligenciam a higiene pessoal ou mesmo seus filhos, entes queridos ou
animais de estimação.
≥ 5 dos seguintes devem estar presentes quase todos os dias durante o mesmo período de 2 semanas
Sendo um deles humor deprimido ou perda de interesse ou prazer:
Os sintomas tipicamente começam insidiosamente durante a adolescência e podem persistir por muito anos
O número de sintomas muitas vezes oscila acima e abaixo do limiar para episódio depressivo maior
Os pacientes afetados podem estar habitualmente melancólicos, pessimistas, sem senso de humor, passivos,
letárgicos, introvertidos, hipercríticos de si mesmos e dos outros e queixosos
Estão incluídos períodos recorrentes de disforia com ≥ 4 outros sintomas depressivos que duram < 2
semanas em pessoas que nunca atenderam os critérios para outro transtorno de humor e os períodos de
depressão que duram mais tempo, mas que incluem sintomas insuficientes para o diagnóstico de outro
transtorno depressivo
ESPECIFICADORES
Depressão maior e transtorno depressivo persistente podem incluir um ou mais especificadores que
descrevem manifestações adicionais durante um episódio depressivo:
- Sofrimento ansioso: pacientes se sentem tensos e extraordinariamente inquietos; eles têm dificuldade
de concentração porque se preocupam ou temem que algo terrível pode acontecer, ou eles sentem que
podem perder o controle deles mesmos.
- Características mistas: pacientes também têm ≥ 3 sintomas de mania ou hipomaníacos (humor
elevado, grandiosidade, maior loquacidade do que o habitual, fuga de ideias, diminuição do sono).
Pacientes com esse tipo de depressão têm risco de transtorno bipolar.
- Melancólico: pacientes perderam o prazer em quase todas as atividades ou não respondem a
estímulos geralmente agradáveis. Eles podem estar desanimados ou desesperados, sentir culpa
excessiva ou inapropriada, ter despertar matutino precoce, agitação ou retardo psicomotor marcantes e
anorexia ou perda ponderal significante.
- Atípico: o humor dos pacientes melhora temporariamente em resposta a eventos positivos. Eles
também têm ≥ 2 dos seguintes: reação exagerada a críticas ou rejeição percebida, sentimentos de
paralisia de chumbo (sensação pesada ou de peso, geralmente nas extremidades), ganho de peso ou
aumento de apetite e hipersonia.
- Psicótico: pacientes têm delírios e/ou alucinações. Delírios muitas vezes envolvendo ter cometido
pecados ou crimes imperdoáveis, de portar transtornos incuráveis ou vergonhosos ou de ser perseguido.
Alucinações podem ser auditivas ou visuais.
- Catatônico: pacientes têm retardo psicomotor grave, envolvem-se em atividade excessiva sem
propósito e/ou se isolam; alguns pacientes fazem caretas e imitam fala (ecolalia) ou movimento
(ecopraxia).
- Início no peri-parto: o início ocorre durante a gestação ou até a 4ª semana após o parto. Características
psicóticas podem estar presentes; infanticídio é frequentemente associado a episódios psicóticos
envolvendo alucinações de comando para matar o lactente ou delírios de que o recém-nascido está
possuído.
- Padrão sazonal: os episódios ocorrem em um determinado momento do ano, na maioria das vezes no
outono ou inverno.
DIAGNOSTICO
1. Critérios clínicos (DSM-5)
2. Hemograma completo, eletrólitos, níveis de hormônio tireoestimulante, vitamina B12 e folato
# desmoralização e desolamento
# transtornos de ansiedade
# transtorno bipolar
# depressão da demencia
# transtornos por abuso de substâncias
# hipotireoidismo
# doença de Parkinson
EXAMES
Nenhum achado laboratorial é patognomônico para transtornos depressivos
Testes laboratoriais são necessários para excluir condições físicas que podem ocasionar depressã
Hemograma completo
TSH
vitamina B12
folato
Suporte
Psicoterapia
Fármacos
TTO ambulatorial
Internacao se:
- ideação suicida significativa
- sintomas psicóticos
- debilidade física
Até que melhora clara comece, o médico pode precisar ver o paciente semanalmente ou a cada duas
semanas a fim de fornecer suporte e educação, além de monitorar o progresso
Pacientes podem ficar constrangidos com a ideia de ter um transtorno mental = o médico pode ajudar
explicando que a depressão é um transtorno médico sério causado por distúrbios biológicos que requer
tratamento específico e que o prognóstico com tratamento é bom
Incentivar os pacientes a gradualmente aumentar atividades simples e elevar interações sociais deve ser
balanceado com o reconhecimento do seu desejo de evitar atividades.
Psicoterapia
Eletroconvulsoterapia (ECT):
Depressão suicida grave
Depressão com agitação ou retardo psicomotor
Depressão delirante
Depressão durante a gestação
Depressão psicótica
A escolha do fármaco pode ser orientada pela resposta anterior a um antidepressivo específico
3% da população
2 mulheres : 1 homem
Geralmente inicia na infância ou na adolescência
SINAIS E SINTOMAS
3. Pacientes têm dificuldade em controlar as preocupações, que ocorrem por mais dias do que não por ≥ 6m
As preocupações também devem ser associadas a ≥ 3 dos seguintes:
- Agitação ou sensação de nervosismo ou tensão
- Cansaço fácil
- Dificuldade de concentração
- Irritabilidade
- Tensão muscular
- Alterações do sono
TRATAMENTO
Benzodiazepínicos
ISRNs (venlafaxina de liberação prolongada, dose inicial de 37,5 mg VO uma vez ao dia)
Terapia cognitivo-comportamental
ATAQUES E TRANSTORNO DO PANICO
INTRODUCAO
11% da população
Quase sempre em situações ligadas à característica central do transtorno (uma pessoa com fobia
de cobras pode entrar em pânico ao ver uma cobra)
Esses ataques de pânico são denominados esperados
Ataques de pânico inesperados são aqueles que ocorrem de forma espontânea, sem nenhum
gatilho aparente
Muitas pessoas com transtornos de pânico antecipam e se preocupam sobre outros ataques
(ansiedade antecipatória) e evitam lugares ou situações em que tiveram pânico previamente.
DIAGNOSTICO
1. Critérios clínicos
2. O transtorno de pânico é diagnosticado depois que distúrbios físicos que podem mimetizar
ansiedade são descartados e quando os sintomas preenchem os critérios estipulados no DSM-5
Os pacientes devem ter ataques de pânico recorrentes (a frequência não é especificada) em que ≥
1 ataque foi seguido de um ou ambos dos seguintes por ≥ 1 mês:
- Preocupação persistente sobre ter ataques de pânico adicionais ou preocupações com suas
consequências (perda de controle, enlouquecer)
- Resposta comportamental desadaptativa aos ataques de pânico (evitar atividades comuns como
exercício físico ou situações sociais para tentar prevenir novos ataques)
TRATAMENTO
Antidepressivos
Benzodiazepínicos
Medidas psicoterapêuticas (Terapia de exposição e/ou terapia cognitivo-comportamental)
TRATAMENTO
Terapia medicamentosa
Fármacos que podem evitar ou reduzir bastante a ansiedade antecipatória, a esquiva fóbica e o
número e a intensidade dos ataques de pânico:
- Antidepressivos: ISRS e IRSN têm a vantagem potencial de provocar menos efeitos colaterais
- Benzodiazepínicos: agem mais rapidamente do que os antidepressivos, porém, têm mais chance
de causar dependência física e alguns efeitos colaterais como sonolência, ataxia e problemas de
memória.
- Antidepressivos com benzodiazepínicos
1. Terapia de exposição
A situação ou o objeto é geralmente evitado quando possível; mas, caso a exposição ocorra, a
ansiedade se desenvolve rápido.
A ansiedade pode se intensificar até o nível de ataque de pânico. As pessoas com fobia específica
normalmente reconhecem que seu medo é irracional e excessivo.
INTRODUCAO
1. CLINICO (DSM-5)
Pacientes com medo acentuado persistente (≥ 6 meses) ou ansiedade sobre uma situação ou objeto específico
Além disso, os pacientes têm todos os seguintes:
Terapia de exposição
Como muitos transtornos fóbicos apresentam esquiva, a psicoterapia de escolha tende a incluir
terapia de exposição. Com estrutura e suporte de um profissional que prescreve tarefas de
exposição, os pacientes procuram, confrontam e mantêm-se em contato com o que temem e evitam
até que a ansiedade gradualmente diminua por processo chamado habituação. Como a maioria dos
pacientes sabe que seus medos são excessivos, embaraçosos e incapacitantes, geralmente estão
dispostos a participar dessa terapia — isto é, evitar a esquiva.
A terapia de exposição ajuda > 90% dos pacientes que a realizam com afinco, sendo quase sempre
o único tratamento necessário para fobias específicas.
FOBIA SOCIAL
INTRODUCAO
9% das mulheres e 7%
Os homens são mais propensos do que as mulheres a também ter transtorno de personalidade
esquiva, que pode ser considerado um transtorno de ansiedade suficientemente grave e persistente
para influenciar a personalidade da pessoa
O medo e a ansiedade das pessoas com fobia social frequentemente giram em torno do sentimento
de vergonha ou humilhação caso não correspondam às expectativas das pessoas ou sejam
julgadas por outras pessoas nas interações sociais.
Muitas vezes, a preocupação é que a ansiedade torne-se aparente por meio de sudorese, rubor,
vômitos ou tremores ou que a capacidade de manter a linha de raciocínio ou de achar palavras para
se expressar seja perdida.
Em geral, a mesma atividade realizada sozinha não produz ansiedade.
FOBIA SOCIAL
As situações em que a fobia social é comum:
- falar em público
- atuar em uma performance teatral
- tocar um instrumento musical
- comer com outras pessoas
- conhecer novas pessoas
- conversar
- assinar um documento na frente de testemunhas
- usar banheiros públicos
A maioria das pessoas reconhece que seus medos são irracionais e excessivos.
DIAGNOSTICO
CLINICO (DSM-5)
Betabloqueadores
AGORAFOBIA
AGORAFOBIA
As situações são evitadas, ou podem ser enfrentadas, mas com ansiedade substancial
Cerca de 30% a 50% das pessoas com agorafobia também têm transtorno de pânico
A agorafobia muitas vezes interfere no funcionamento e, se for grave o suficiente, pode fazer com
que a pessoa fique fechada em casa.
DIAGNOSTICO
CLINICO (DSM-5)
Medo acentuado persistente (≥ 6 meses) ou ansiedade sobre ≥ 2 das seguintes situações: