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Christiane Novais- 6º semestre

TRANSTORNOS DO HUMOR- TRANSTORNO DEPRESSIVO


Humor - disposição afetiva de fundo, que vai penetrar em toda experiência psíquica do indivíduo;
Afeto - qualidade do tônus emocional em resposta a um estímulo;

O Humor normal oscila em torno de um eixo central ao longo do tempo;

Essas oscilações ocorrem dentro de uma “faixa de normalidade”.


Os transtornos de humor podem ser primários ou surgir por algum outro motivo, como demência, hipotireoidismo,
abuso ou dependência de substâncias. O diagnostico neste caso é sempre a causa que ocasionou os sintomas afetivos.
Os transtornos depressivos incluem transtorno disruptivo da desregulação do humor, transtorno depressivo maior
(incluindo episódio depressivo maior), transtorno depressivo persistente (distimia), transtorno disfórico pré-
menstrual (inicia pós- ovulação e finaliza alguns dias pós menstruação), transtorno depressivo induzido por
substância/medicamento, transtorno depressivo devido a outra condição médica, outro transtorno depressivo
especificado e transtorno depressivo não especificado.
A característica comum desses transtornos é a presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de
alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo. O que
difere entre eles são os aspectos de duração, momento ou etiologia presumida.
EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR
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OCORRÊNCIA DE EPISÓDIOS DEPRESSIVOS AO LONGO DO TEMPO NA AUSÊNCIA DE EPISÓDIOS
MANÍACOS, HIPOMANÍACOS OU MISTOS.
O QUE SIGNIFICA TER DEPRESSÃO?
Não conseguir desfrutar dos prazeres normais da vida por experimentar sentimentos persistentes de inadequação,
tristeza profunda ou irritação, desamparo e pessimismo exagerado.
A depressão interfere e distorce negativamente o modo habitual como a pessoa interpreta os acontecimentos
passados, presentes e futuros, produzindo pensamentos disfuncionais de pessimismo, culpa, autoacusação, morte,
incurabilidade, entre outros.
A pessoa com depressão tem dificuldade com: 1. Julgamento; 2. fluidez e organização das ideias; 3. Desempenho
cognitivo (memória, concentração e raciocínio); 4. Sintomas físicos (cansaço/ fadiga, lentificação geral, perturbação
do sono; 5. Perda de peso; 6. Diminuição das apetências;
EPIDEMIOLOGIA
-Muitas pessoas, crescendo cada vez mais o número;
-2M:1H (essa diferença tende a diminuir após a idade adulta)- as hipóteses que diz porque as mulheres são mais
atingidas envolvem diferenças hormonais, efeitos do parto, estressores psicossociais diferentes para mulheres e
homens e modelos comportamentais de impotência aprendida);
-14,6% em países de alta renda e 11,1% em países de baixa renda (15-25% da população);
-Mais comum em áreas rurais do que nas urbanas;
-A prevalência é maior e o início é mais precoce na etnia branca se comparada com os negros;
-Sem preferência de classe social;
Primeiro episódio: 40% antes dos 20 anos (a tendência é aumentar devido ao uso de álcool e drogas); 50% entre 20 e
50 anos; 10% após os 50 anos- idade média: 40 anos;
4º maior contribuinte para incapacidade, perdendo apenas para dor crônica, doenças cardiovasculares e artrite.
-Pessoas sem relacionamentos interpessoais íntimos e nas divorciadas e separadas;
FISIOPATOLOGIA
Existe várias hipóteses, mas consideramos sua etiopatologia multifatorial, resultante da integração do risco biológico,
psicológico e sociais, associados a eventos estressores. Quando se trata de risco ambiental, se destaca o uso de
substâncias psicoativas, como álcool e drogas ilícitas, alteração dos ritmos biológicos e eventos de vida estressores,
como maus- trato ou negligência na infância, perda de entes queridos, desemprego, derrocada financeira e divórcio.
GENÉTICA: Familiares de pacientes deprimidos apresentam maior risco de desenvolver depressão do que a
população geral. O desenvolvimento da depressão é resultante da interação entre genes e ambiente, ou seja, pessoas
que passaram por múltiplos eventos estressores e são portadores do alelo S em polimorfismo do gene transportador
da serotonins (5-HTTLPR), possuem uma maior probabilidade de adoecerem do que os homozigotos para o alelo L.
Mas, varia de indivíduo para indivíduo se o principal é o gene ou o ambiente, mas se sabe a herdabilidade do TDM
está em torno de 37%.
EIXO HIPOTÁLAMO- HIPÓFISE-ADRENAL:
TEORIA DAS MONOAMINAS: É a principal teoria, a qual se baseia em sistema de neurotransmissão,
principalmente as relacionadas com as monoaminas. Ou seja, a depressão surgiria com a diminuição da atividade
neurotransmissora dessas substâncias por diminuição da produção, esgotamento ou disfunção. As monoaminas são a
serotonina (5-HT), noradrenalina (NA) e dopamina (DA).
Há também alterações neuroendócrinas, sendo a principal as que se relaciona com o eixo hipotálamo- hipófise-
adrenal (HHA). O estresse crônico reduz a inibição e aumenta a produção e liberação de glicocorticoides.
TEORIA DOS PROCESSOS INFLAMATÓRIOS E ALTERAÇÕES IMUNES: Pessoas que possuem esclerose
múltipla, doença inflamatória intestinal, artrite reumatoide e uso de agentes imunossupressores, possuem aumento
das citocinas pró- inflamatórias, como IL-1 e IL-6 e fator de necrose tumoral alfa (TNF- alfa).
O tratamento com os
antidepressivos
diminuem os níveis dos
glicocorticoides e das
citocinas pró-
inflamatórias.
QUADRO CLÍNICO
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Paciente com tristeza, melancolia, apatia, tédio, fadiga, culpa, lentificação do pensamento, hipobulia,
pseudodemência e dor.
As funções mais afetadas são as funções afetivas e volitivas.
As funções do humor chamam bastante a atenção, com aumento na intensidade e duração dos afetos negativos, se
externalizando como tristeza (HIPOTIMIA). Há também a rigidez afetiva, que é a dificuldade de modificar o estado
de tristeza independente de fatores externos que se cercam, mesmo os positivos.
Nas funções volitivas, se observa diminuição global da atividade psíquica com diminuição na iniciativa, desânimo,
falta de energia, indecisão e perda de interesse pelo mundo externo.
Pode ocorrer alterações do sono, seja a insônia terminal ou inicial, mas também tem casos de hipersonia,
principalmente em crianças ou depressão atípicas. Pode ter diminuição ou aumento do apetite, e até mesmo perda de
libido.
As alterações motoras variam de lentificação dos movimentos ate quadros de estupor (paralisação total da atividade)
ou agitação psicomotora nos indivíduos com marcante ansiedade.
As funções cognitivas são afetadas também, com prejuízo na atenção (dificuldade em focar a atenção, assim como
em vigiar o ambiente em torno), causando também dificuldade na memória de fixação e evocação.
Além da lentificação dos movimentos, ocorre também lentificação nas respostas e no pensamento. Os pensamentos
passam a ser em torno de ruína, culpa, hipocondria, podendo alterar o juízo de verdade e constituir de delírios. A fala
se torna mais lenta e baixa (BRADILALIA E HIPOFONIA).
Na sensopercepção, ocorre a HIPOESTESIA, ou seja, os estímulos são percebidos com menor intensidade. Sendo
assim, a comida parece não ter gosto, os odores são pouco percebidos, podendo ocorrer até mesmo ilusões
catatímicas, que são determinadas pelo estado afetivo de tristeza ou medo, por exemplo a qualquer som diferente o
paciente acha ser de arma de fogo.
O sintoma mais grave e preocupante é a ideação suicida, mas pode haver também desleixo e descuido com a
aparência e com os cuidados pessoais, atitude indiferente ou lamuriosa e alteração na percepção da passagem do
tempo, a qual parece ser mais lenta.
SEMPRE PESQUISAR IDEIAS DE SUICÍDIO (fator de risco: homem, solitário, doença crônica).
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico meramente clínico.
CRITÉRIO A
੦ Humor deprimido;
੦ Anedonia;
CRITÉRIO B
੦ Alteração do padrão de sono;
੦ Alteração do apetite;
੦ Alterações psicomotoras;
੦ Redução da energia;
੦ Culpa;
੦ Baixa autoestima;
੦ Ideação suicida;
 1 sintoma do critério A e 4 ou mais sintomas do critério B
 2 semanas
 Evidência de prejuízo significativo:
• Ausência de doenças clínicas ou uso de substâncias;
MODULAÇÃO DO HUMOR E DO AFETO
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TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR


A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem (p. ex., violência
verbal) e/ou pelo comportamento (p. ex., agressão física a pessoas ou propriedade) que são
consideravelmente desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação.
B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de desenvolvimento.
C. As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por semana.
D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado na maior
parte do dia, quase todos os dias, e é observável por outras pessoas (p. ex., pais,
professores, pares).
E. Os Critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse tempo, o indivíduo
não teve um período que durou três ou mais meses consecutivos sem todos os sintomas dos
Critérios A-D.
F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três ambientes (p. ex., em casa,
na escola, com os pares) e são graves em pelo menos um deles.
G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos ou após os 18 anos de
idade.
H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes dos 10 anos.
I. Nunca houve um período distinto durando mais de um dia durante o qual foram satisfeitos
todos os critérios de sintomas, exceto a duração, para um episódio maníaco ou hipomaníaco.
Nota: Uma elevação do humor apropriada para o desenvolvimento, como a que ocorre no
contexto de um evento altamente positivo ou de sua antecipação, não deve ser considerada
como um sintoma de mania ou hipomania.
J. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante um episódio de transtorno
depressivo maior e não são mais bem explicados por outro transtorno mental (p. ex.,
transtorno do espectro autista, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de
ansiedade de separação, transtorno depressivo persistente [distimia]).
Nota: Este diagnóstico não pode coexistir com transtorno de oposição desafiante, transtorno
explosivo intermitente ou transtorno bipolar, embora possa coexistir com outros, incluindo
transtorno depressivo maior, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, transtorno da
conduta e transtornos por uso de substância. Os indivíduos cujos sintomas satisfazem
critérios para transtorno disruptivo da desregulação do humor e transtorno de oposição
desafiante devem somente receber o diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do
humor. Se um indivíduo já experimentou um episódio maníaco ou hipomaníaco, o diagnóstico
de transtorno disruptivo da desregulação do humor não deve ser atribuído.
K.Os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância ou de outra
condição médica ou neurológica.
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
A.Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de
duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo
menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição médica.
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1.Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato
subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras
pessoas (p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)
2.Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior
parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras
pessoas).
3.Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais
de 5% do peso corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias.
(Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.)
4.Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5.Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não
meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento).
6.Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7.Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes)
quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
8.Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por
relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas).
9.Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente
sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
B.Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C.O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica.
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior.
Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira, perdas por um desastre
natural, uma doença médica grave ou incapacidade) podem incluir os sentimentos de tristeza
intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no
Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam
ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo
maior, além da resposta normal a uma perda significativa, também deve ser cuidadosamente
considerada. Essa decisão requer inevitavelmente o exercício do julgamento clínico baseado na
história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no contexto de uma
perda.*
D.A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno
esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro
transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou
transtorno da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado.
E.Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco.
Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo maníaco ou do tipo
hipomaníaco são induzidos por substância ou são atribuíveis aos efeitos psicológicos de
outra condição médica.
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTIMIA)
Este transtorno representa uma consolidação do transtorno depressivo maior crônico e
do transtorno distímico definidos no DSM-IV.
A.Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato
subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos.
Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de
um ano.
B.Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características:
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1.Apetite diminuído ou alimentação em excesso.
2.Insônia ou hipersonia.
3.Baixa energia ou fadiga.
4.Baixa autoestima.
5.Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões.
6.Sentimentos de desesperança.
C.Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de
perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de
dois meses.
D.Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente
presentes por dois anos.
E.Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram
satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico.
F.A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente,
esquizofrenia, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro
transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro
transtorno psicótico não especificado.
G.Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipotireoidismo).
H.Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Nota: Como os critérios para um episódio depressivo maior incluem quatro sintomas que
estão ausentes da lista de sintomas para transtorno depressivo persistente (distimia), um
número muito limitado de indivíduos terá sintomas depressivos que persistiram por mais
de dois anos, mas não irá satisfazer os critérios para transtorno depressivo persistente.
Caso tenham sido satisfeitos todos os critérios para um episódio depressivo maior em
algum momento durante o episódio atual da doença, tais indivíduos devem receber
diagnóstico de transtorno depressivo maior. De forma alternativa, um diagnóstico de
outro transtorno depressivo especificado ou transtorno depressivo não especificado é
justificado.
TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ- MENSTRUAL
A.Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos cinco sintomas devem estar presentes
na semana final antes do início da menstruação, começar a melhorar poucos dias depois
do início da menstruação e tornar-se mínimos ou ausentes na semana pós-menstrual.
B.Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve estar presente:
1.Labilidade afetiva acentuada (p. ex., mudanças de humor; sentir-se repentinamente
triste ou chorosa ou sensibilidade aumentada à rejeição).
2.Irritabilidade ou raiva acentuadas ou aumento nos conflitos interpessoais.
3.Humor deprimido acentuado, sentimentos de desesperança ou pensamentos
autodepreciativos.
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4.Ansiedade acentuada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa ou no limite.
C.Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve adicionalmente estar presente para atingir
um total de cinco sintomas quando combinados com os sintomas do Critério B.
1.Interesse diminuído pelas atividades habituais (p. ex., trabalho, escola, amigos,
passatempos).
2.Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar.
3.Letargia, fadiga fácil ou falta de energia acentuada.
4.Alteração acentuada do apetite; comer em demasia; ou avidez por alimentos
específicos.
5.Hipersonia ou insônia.
6.Sentir-se sobrecarregada ou fora de controle.
7.Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou muscular,
sensação de “inchaço” ou ganho de peso.
Nota: Os sintomas nos Critérios A-C devem ser satisfeitos para a maioria dos ciclos
menstruais que ocorreram no ano precedente.
D.Os sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo ou a interferência
no trabalho, na escola, em atividades sociais habituais ou relações com outras pessoas
(p. ex., esquiva de atividades sociais; diminuição da produtividade e eficiência no
trabalho, na escola ou em casa).
E.A perturbação não é meramente uma exacerbação dos sintomas de outro transtorno,
como transtorno depressivo maior, transtorno de pânico, transtorno depressivo
persistente (distimia) ou um transtorno da personalidade (embora possa ser
concomitante a qualquer um desses transtornos).
F.O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias durante pelo
menos dois ciclos sintomáticos. (Nota: O diagnóstico pode ser feito provisoriamente
antes dessa confirmação.)
G.Os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex.,
droga de abuso, medicamento, outro tratamento) ou de outra condição médica (p. ex.,
hipertireoidismo).
TRANSTORNO DEPRESSIVO INDUZIDO POR SUBSTÂNCIA/ MEDICAMENTO
A.Uma perturbação proeminente e persistente do humor que predomina no quadro
clínico, caracterizada por humor depressivo ou diminuição acentuada de interesse ou
prazer em todas ou quase todas as atividades.
B.Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais,
de (1) e (2):
1.Os sintomas no Critério A desenvolveram-se durante ou logo após intoxicação ou
abstinência de substância ou após exposição a medicamento.
2.A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os sintomas no Critério A.
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C.A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno depressivo não induzido
por substância/medicamento. Tais evidências de um transtorno depressivo independente
podem incluir:
Os sintomas precedem o início do uso da substância/medicamento; os sintomas
persistem por um período substancial (p. ex., cerca de um mês) após a cessação da
abstinência aguda ou intoxicação grave; ou existem outras evidências sugerindo a
existência de um transtorno depressivo independente, não induzido por
substância/medicamento (p. ex., história de episódios recorrentes não relacionados a
substância/medicamento).
D.A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.
E.A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Nota: Este diagnóstico deve ser feito em vez de um diagnóstico de intoxicação por
substância ou abstinência de substância apenas quando os sintomas no Critério A
predominam no quadro clínico e quando são suficientemente graves a ponto de justificar
atenção clínica.
Nota para codificação: Os códigos da CID-9-MC e da CID-10-MC para os transtornos
depressivos induzidos [por substância/medicamento específico] são indicados na tabela
a seguir. Observe que o código da CID-10-MC depende da existência ou não de um
transtorno comórbido por uso de substância presente para a mesma classe de
substância. Se um transtorno leve por uso de substância é comórbido ao transtorno
depressivo induzido por substância, o caractere da 4ª posição é “1”, e o clínico deve
registrar “transtorno por uso de [substância] leve” antes do transtorno depressivo
induzido por substância (p. ex., “transtorno por uso de cocaína leve com transtorno
depressivo induzido por cocaína”). Se um transtorno por uso de substância moderado ou
grave for comórbido ao transtorno depressivo induzido por substância, o caractere da 4ª
posição é “2”, e o clínico deve registrar “transtorno por uso de [substância], moderado” ou
“transtorno por uso de [substância] grave”, dependendo da gravidade do transtorno por
uso de substância comórbido. Se não existe transtorno por uso de substância comórbido
(p. ex., depois de uma ocorrência de uso pesado da substância), então o caractere da 4ª
posição é “9”, e o clínico deve registrar apenas o transtorno depressivo induzido por
substância.
TRANSTORNO DEPRESSIVO DEVIDO A OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA
A.Um período proeminente e persistente de humor deprimido ou de diminuição
acentuada de interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades que predomina
no quadro clínico.
B.Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais,
de que a perturbação é consequência fisiopatológica direta de outra condição médica.
C.A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., transtorno
de adaptação com humor depressivo em resposta ao estresse de ter uma condição
médica grave).
D.A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.
E.A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
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GRAVIDADE
੦ Critério pouco preciso;
੦ Grau de prejuízo funcional;
੦ Classificado:
• Leve (não impede atividades diárias (2-3 sintomas);
• Moderado (impede atividades diárias (>= 4 sintomas);
• Grave (ideias suicidas marcantes). (Se o paciente for internado, os tricíclicos são mais indicados do que outras
classes);
੦ Presença de “sintomas-chaves”: ideação suicida, fenômenos psicóticos, catatonia;
DEPRESSÃO
1. Depressão psicótica;
2. Depressão atípica;
DEPRESSÃO X PSEUDODEMÊNCIA DEPRESSIVA
UNIFESP | 2018 Mulher, 25 anos de idade, procura pronto atendimento, referindo perda do interesse por tudo,
tristeza com choro fácil e ganho de peso há 3 semanas. Relata muito sono e, mesmo dormindo 10 horas por noite,
acorda cansada. Prefere ficar sozinha na maior parte do tempo e pensa que isso possa ser um castigo por algo que
fez, mas não sabe o quê. Nega ter qualquer outra doença, bem como uso de drogas lícitas ou ilícitas. O diagnóstico e
a conduta, respectivamente, são:
a) episódio depressivo, acompanhamento ambulatorial com antidepressivo;
b) episódio depressivo, internação em unidade psiquiátrica;
c) episódio esquizoafetivo, acompanhamento ambulatorial com estabilizador do humor;
d) episódio esquizoafetivo, acompanhamento ambulatorial com antipsicótico;
e) episódio depressivo com sintomas psicóticos, acompanhamento ambulatorial com antidepressivo e
antipsicótico ;
DISTIMIA
Estado depressivo leve e prolongado, por, no mínimo, 2 anos;
Sintomas como na depressão;
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
O que é pós-parto?
੦ Blues post partum (disforia);
੦ Depressão pós-parto;
੦ Psicose puerperal – acomete menos do que 1% dos casos, tendo início até 2 a 3 semanas após o parto;
੦ Infanticídios – 2% dos casos;
੦ Suicídio – 1% dos casos;
INEP | 2014 Uma mulher de 44 anos procura a Unidade Básica de Saúde com queixas de diminuição do apetite,
insônia terminal e fraqueza. Relata que as queixas tiveram início há 2 meses e são diárias, embora, em alguns
momentos, consiga se sentir bem. Informa pouca concentração no trabalho e não apresenta mais interesse em cuidar
da sua 1ª e única filha, de 9 meses. Relata, ainda, fazer uso de 2 taças de vinho nos fins de semana. Paralelamente
não tem se relacionado bem com o marido desde que a filha nasceu, falta muito ao trabalho e tem deixado a filha sob
os cuidados da mãe. Assinale a alternativa com a hipótese diagnóstica correta e a conduta indicada para essa
paciente:
a) Transtorno depressivo orgânico (depressão pósparto); prescrição de antidepressivo tricíclico;
b) Transtorno de ajustamento (reação depressiva breve); encaminhamento para fazer psicoterapia;
c) Episódio depressivo (depressão maior); prescrição de inibidor seletivo da receptação de serotonina
d) Transtorno de humor (depressivo) induzido pelo álcool; recomendação para se abster do uso de álcool;
DEPRESSÃO SECUNDÁRIA A PATOLOGIAS CLÍNICAS
Hipotireoidismo
LES
Parkinson
AVC próximos ao lobo frontal
Dependência de álcool
Abstinência de cocaína
DEPRESSÃO SECUNDÁRIA A MEDICAMENTOS PRINCÍPIO ATIVO INDICAÇÃO
Levodopa Parkinson
Fenobarbital Antiepiléptico
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Benzodiazepínicos Insônia e ansiedade
Metoprolol HAS
Diltiazem HAS
Morfina Analgésico
Sinvastatina Hipercolesterolemia
Aciclovir Tratamento do herpes
Corticoides Inflamação
TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
Antidepressivos
Psicoterapia
Exercício físico
Manejo da insônia
TRATAMENTO
Antes de qualquer tratamento em psiquiatria é preciso estabelecer uma boa aliança terapêutica com o paciente e sua
família, informando sobre possíveis efeitos colaterais, tempo de resposta e alvo terapêutico. É importante informar
sobre a importância das mudanças ambientais e do estilo de vida para contribuir com a melhora.
Qual escolher: psicoterapia ou tratamento farmacológico? Deve levar em conta a gravidade do quadro, o perfil do
paciente, suas preferências pessoais, história e presença de fatores ambientais significativos.
Se o caso for subsindrômico ou leve, os benefícios do tratamento medicamentoso é incerto. Nesses casos, o paciente
pode se beneficiar do tratamento não farmacológico, como exercício físico ou psicoterapia (esta trabalha a resolução
das questões de vida que possam estar relacionadas com a gênese da depressão, promovendo o desenvolvimento de
atitudes mais positivas e formas de lidar com as situações).
Quanto maior a gravidade e duração dos sintomas, mais evidente é o beneficio das medicações antidepressivas. Nos
quadros moderados e graves, os antidepressivos são indicados com índice de resposta entre 50 e 60%.
Moderados: Antidepressivos em monoterapia, psicoterapia e a combinação de ambos.
Grave: Antidepressivo + antipsicótico ou eletroconvulsoterapia ou psicoterapia, pode ser necessário.
Os de 1ª escolha são os que apresentam ótima eficácia, maior segurança e tolerabilidade em relação aos demais.
Os tricíclicos (amitriptilina, clomipramina, imipramina, maprotilina, nortriptilina) e antipsicóticos de 2ª geração
(quetiapina), apesar de efetivos, possuem um perfil desfavorável de efeitos colaterais, sendo por isso de 2ª opção.
A 3ª escolha fica para os inibidores da monoaminoxidade (tranilcipromina) devido aos seus efeitos colaterais
preocupantes.
O QUE LEVAR EM CONTA:
1. Perfil de efeitos colaterais, segurança e tolerabilidade; 2. Resposta anterior individual ou em membros da família;
3. Preferência do paciente; 4. Evidências disponíveis; 5. Custo do tratamento; 6. Apresentação clínica dos sintomas
depressivos.

FASES DO TRATAMENTO
1. FASE AGUDA: Compreende os 2 a 3 primeiros meses, em que se espera que o paciente obtenha resposta
clínica e idealmente, a remissão.
a. Depressões atípicas: é melhor o iMAO.
b. Pacientes hospitalizados: é melhor o ADT.
2. FASE DE CONTINUAÇÃO: Período de 6 a 9 meses (16-20 semanas) seguindo a fase aguda, o objetivo é
manter a melhora e prevenir a recaída (piora dos sintomas dentro do mesmo episódio).
3. FASE DE MANUTENÇÃO: Visa evita novos episódios depressivos. A duração do tratamento depende da
probabilidade de recorrência de novos episódios, mas geralmente é de longo prazo.
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Após iniciar o tratamento farmacológico, deve aguardar de 4 a 8 semanas com o mesmo fármaco em doses plenas
(resposta nos primeiros 15 dias é preditora de resposta estável e posterior remissão), se a resposta for parcial,
aumenta a dose até a dose máxima possível. Se ainda assim não tiver resposta, deve-se trocar de antidepressivo.
Se o paciente já recebeu tratamento farmacológico anterior, deve-se optar pela medicação usada anteriormente com
sucesso e boa tolerabilidade.
É possível se ter alguns efeitos colaterais, como sedação e aumento do apetite.
Se o paciente ta com...
Anergia: bupropiona;
Insônia, perda de peso ou ansiedade importante: mirtazapina, amitriptilina ou trazodona;
Alteração do ciclo sono- vigília: agomelatina;
Ansiedade: ISRS
TRATAMENTO
A nova geração de antidepressivos é constituída por medicamentos que agem em um único neurotransmissor (como
os inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou de noradrenalina) ou em múltiplos neurotransmissores/
receptores, como venlafaxina, bupropion, trazodona, nefazodona e mirtazapina, sem ter como alvo outros sítios
receptores cerebrais não relacionados com a depressão (tais como histamina e acetilcolina).
Os antidepressivos não influenciam de forma acentuada o organismo normal em seu estado basal, apenas corrigem
condições anômalas. Em indivíduos normais não provocam efeitos estimulantes ou euforizantes como as
anfetaminas.
Medicamentos antidepressivos produzem aumento na concentração de neurotransmissores na fenda sináptica através
da inibição do metabolismo, bloqueio de recaptura neuronal ou atuação em autoreceptores pré-sinápticos.
Mesmo que os antidepressivos aumentem o tempo de permanência dos neurotransmissores na fenda sináptica, ainda
existe um tempo de latência para começar a fazer efeito, significando que são necessárias mudanças na
neurotransmissão também. Uma das causas dessa demora é a subsensibilização do neurônio pós sináptico.
COMO FAZER
Na depressão leve pode se optar por exercício físico ou conduta expectante, mas na falha, a psicoterapia ou
antidepressivos podem ser usados.
Resposta é a melhora clínica evidenciada por redução maior ou igual a 50% nas escalas padronizadas (Escala de
Depressão de Hamilton -HAM-D ou Escala de Depressão de Montgomery Asberg -MADRS.
REMISSÃO: Pontuação <=7 na HAM-D por mais de 2 semanas e menos de 6 meses;
RECUPERAÇÃO: Apresentação assintomática (<=7 na HAM-D) por mais de 6 meses;
Durante o tratamento, para acompanhar a resposta terapêutica também é importante as recaídas e recorrências.
RECAÍDA: Retorno do episódio depressivo (plena ou parcial) durante a resposta terapêutica, ou mesmo após
remissão e antes da recuperação;
RECORRÊNCIA: Aparecimento do episódio depressivo após o período de recuperação, na fase de manutenção do
tratamento.
Uma vez escolhido e iniciado o medicamento, deve haver pelo menos uma melhora moderada em 4 a 8 semanas, e se
não houver, tem que reavaliar o regime de tratamento, verificar a adesão e fatores farmacocinéticos e
farmacodinâmicos. Devendo ser realizado até obter uma boa resposta:
• Aumento da dose; • Troca para outro antidepressivo, não-IMAO; considerar IMAO em depressões atípicas •
Potencialização com lítio ou tri-iodotironina (T3); • Associação de antidepressivos; • Eletroconvulsoterapia (ECT).
Antidepressivos Tricíclicos (TCA)
1ª geração de antidepressivos;
Efetivos;
Melhora enxaqueca, aumenta o peso, melhora a insônia em pacientes que não são cardiopatas (não são
medicamentos de médicos velhos);
Analgesia= aumento da quantidade de serotonina e do efeito direto ou indireto dos ADTs no sistema opioide.
Casos graves;
Limitações
੦ São bloqueadores de receptores de histamina, colinérgicos/muscarínicos e alfa- adrenérgicos;
੦ Muitos efeitos colaterais (ele se liga a muitos receptores, e o único que possui efeito terapêutico é o 5-HT1;
੦ Cardiotoxicidade em doses elevadas, mas são agentes arrítmicos da classe 1A em doses terapêuticas;
੦ Tolerabilidade (difícil ser tolerado em doses altas);
Tem que tomar a noite “sedação”;
No SUS tem amitriptilina;
Christiane Novais- 6º semestre
70% dos pacientes respondem aos tricíclicos, mas 30-40% precisam de outra classe de antidepressivos ou
eletroconvulsoterapia;
MECANISMO DE AÇÃO: inibição da recaptação da serotonina e noradrenalina, com menor ação na dopamina;
Hidrrocloridro de Imipramina: efeito antienurético;
Clomipramina: efeito antiobsessivo;
Úlcera péptica: melhora a dor e ajuda na cicatrização completa porque bloqueiam os receptores H2 nas células
parietais, além do efeito sedativo e anticolinérgico;
Incontinência urinária: O mecanismo de ação envolvido na incontinência urinária pode incluir atividade
anticolinérgica, resultando no aumento da capacidade vesical, estimulação direta beta-adrenérgica e atividade
agonista alfa-adrenérgica, resultando em aumento do tônus esfincteriano e também por bloqueio central de
recaptação.
Na gestação, deve-se evitar no 1º trimestre e 2 semanas antes do parto, para evitar problemas cardíacos,
irritabilidade, desconforto respiratório, espasmos musculares, convulsões ou retenção urinária no RN.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA OU DE DESCONTINUAÇÃO: Nas primeiras 48 horas após a suspensão do
antidepressivo pode ocorrer, devendo por isso retirar imediatamente 50% da dose e 25% a cada dois dias do restante.
Christiane Novais- 6º semestre

Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS)


“Sucessores” dos ADTs;
Efetivos;
Vantagem: segurança cardiovascular e maior tolerabilidade;
Tem que tomar pela manhã (inquietude/ insônia);
O paciente não consegue se matar se tomar altas doses. O que possui mais efeitos colaterais, como diminuição da
libido e potência sexual, é a paroxetina. Mas quando se trata de outros efeitos, a fluoxetina é a pior.
No SUS tem sertralina e fluoxetina.
Mecanismo de ação: inibição da recaptação da serotonina;
Se o paciente é hepatopata, cardiopata, problemas renais, hipertenso, a melhor opção é a sertralina.
Sertralina e paroxetina: mais potentes;
A sertralina se diferencia dos outros porque ela consegue inibir a dopamina também;
A meia-vida prolongada da fluoxetina e da norfluoxetina e o tempo necessário para se atingir o estado de equilíbrio
apresentam significado clínico, como a maior latência para o início da ação antidepressiva.
Christiane Novais- 6º semestre
Fluvoxamina.

Inibidores Duais da Recaptação da Serotonina e Noradrenalina (IRSN)


Drogas mais recentes e mais caras;
Efetivos (como os ADT);
Para hipertensos não é tão interessante, exceto a desvenlafaxina;
A duloxetina é também indicada na fibromialgia;
Seguros;
Mecanismo de ação: inibição dual;
Medicações: venlafaxina, duloxetina, desvenlafaxina, trazodona e nefazodona;

Inibidores da monoaminoxidase (iMAO)


Christiane Novais- 6º semestre
Ocorre inibição da atividade da enzima monoaminoxidase, sendo que a MAO A e B estão associadas com o
metabolismo de serotonina, noradrenalina e dopamina.
Isocarboxazida, fenelzina e tranilcipromina são não seletivos e se ligam de forma irreversível (mais difícil de lidar
com as crises hipertensivas).
Hoje existe os IMAOs seletivos da MAO- A e da MAO-B, além de compostos reversíveis que contornam o problema
das crises hipertensivas.
Para prescrever outro antidepressivo, precisa de uma pausa de um mês se for mudar entre ISRS e iMAO, só a
Moclobemida não precisa.
-Seletivos da MAO A e reversíveis (por 24 horas): Moclobemida e Clorgilina;
-Seletivos da MAO B: Selegina, sem ação antidepressiva;
-Não seletivos: Fenelzina e Tranilcipromina;
A redução da MAO causa aumento na concentração dos neurotransmissores no SNC e SNS.
FARMACOCINÉTICA
O início da ação ocorre entre 7 a 10 dias, mas pode levar de 4 a 8 semanas para atingir o efeito terapêutico pleno. Em
médio, é necessário 10 dias para que a atividade da MAO se recupere.
EFEITOS COLATERAIS
Hipotensão ortostática grave;
Não pode se alimentar de tiramina, hormônio precursor de catecolaminas, para evitar uma crise hipertensiva
potencialmente fatal;

Inibidor seletivo de recaptação de norepinefrina (ISRN)


Roboxetina;
Antidepressivo noradrenérgico e específico serotoninérgico (ANES)
Mirtazapina;
OUTROS
Inibidores da Recaptação da Dopamina (IRD): bupropiona (ajuda a parar de fumar);
Outros: Trazodona, Agomelatina;
Multimodal: Vortioxetina (Brintellix)- inibe a recaptação e aumenta a produção;
Christiane Novais- 6º semestre

TEMPO DE TRATAMENTO
SEM TRATAMENTO: Episódio leve a moderado dura de 4 a 30 semanas- episódio grave dura de 6 a 8 meses;
Primeiro episódio depressivo – pelo menos 12 meses em doses terapêuticas;
Segundo episódio – 2 a 5 anos;
Três ou mais episódios – considerar tratamento permanente.

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