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FASES DO TRATAMENTO
1. FASE AGUDA: Compreende os 2 a 3 primeiros meses, em que se espera que o paciente obtenha resposta
clínica e idealmente, a remissão.
a. Depressões atípicas: é melhor o iMAO.
b. Pacientes hospitalizados: é melhor o ADT.
2. FASE DE CONTINUAÇÃO: Período de 6 a 9 meses (16-20 semanas) seguindo a fase aguda, o objetivo é
manter a melhora e prevenir a recaída (piora dos sintomas dentro do mesmo episódio).
3. FASE DE MANUTENÇÃO: Visa evita novos episódios depressivos. A duração do tratamento depende da
probabilidade de recorrência de novos episódios, mas geralmente é de longo prazo.
Christiane Novais- 6º semestre
Após iniciar o tratamento farmacológico, deve aguardar de 4 a 8 semanas com o mesmo fármaco em doses plenas
(resposta nos primeiros 15 dias é preditora de resposta estável e posterior remissão), se a resposta for parcial,
aumenta a dose até a dose máxima possível. Se ainda assim não tiver resposta, deve-se trocar de antidepressivo.
Se o paciente já recebeu tratamento farmacológico anterior, deve-se optar pela medicação usada anteriormente com
sucesso e boa tolerabilidade.
É possível se ter alguns efeitos colaterais, como sedação e aumento do apetite.
Se o paciente ta com...
Anergia: bupropiona;
Insônia, perda de peso ou ansiedade importante: mirtazapina, amitriptilina ou trazodona;
Alteração do ciclo sono- vigília: agomelatina;
Ansiedade: ISRS
TRATAMENTO
A nova geração de antidepressivos é constituída por medicamentos que agem em um único neurotransmissor (como
os inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou de noradrenalina) ou em múltiplos neurotransmissores/
receptores, como venlafaxina, bupropion, trazodona, nefazodona e mirtazapina, sem ter como alvo outros sítios
receptores cerebrais não relacionados com a depressão (tais como histamina e acetilcolina).
Os antidepressivos não influenciam de forma acentuada o organismo normal em seu estado basal, apenas corrigem
condições anômalas. Em indivíduos normais não provocam efeitos estimulantes ou euforizantes como as
anfetaminas.
Medicamentos antidepressivos produzem aumento na concentração de neurotransmissores na fenda sináptica através
da inibição do metabolismo, bloqueio de recaptura neuronal ou atuação em autoreceptores pré-sinápticos.
Mesmo que os antidepressivos aumentem o tempo de permanência dos neurotransmissores na fenda sináptica, ainda
existe um tempo de latência para começar a fazer efeito, significando que são necessárias mudanças na
neurotransmissão também. Uma das causas dessa demora é a subsensibilização do neurônio pós sináptico.
COMO FAZER
Na depressão leve pode se optar por exercício físico ou conduta expectante, mas na falha, a psicoterapia ou
antidepressivos podem ser usados.
Resposta é a melhora clínica evidenciada por redução maior ou igual a 50% nas escalas padronizadas (Escala de
Depressão de Hamilton -HAM-D ou Escala de Depressão de Montgomery Asberg -MADRS.
REMISSÃO: Pontuação <=7 na HAM-D por mais de 2 semanas e menos de 6 meses;
RECUPERAÇÃO: Apresentação assintomática (<=7 na HAM-D) por mais de 6 meses;
Durante o tratamento, para acompanhar a resposta terapêutica também é importante as recaídas e recorrências.
RECAÍDA: Retorno do episódio depressivo (plena ou parcial) durante a resposta terapêutica, ou mesmo após
remissão e antes da recuperação;
RECORRÊNCIA: Aparecimento do episódio depressivo após o período de recuperação, na fase de manutenção do
tratamento.
Uma vez escolhido e iniciado o medicamento, deve haver pelo menos uma melhora moderada em 4 a 8 semanas, e se
não houver, tem que reavaliar o regime de tratamento, verificar a adesão e fatores farmacocinéticos e
farmacodinâmicos. Devendo ser realizado até obter uma boa resposta:
• Aumento da dose; • Troca para outro antidepressivo, não-IMAO; considerar IMAO em depressões atípicas •
Potencialização com lítio ou tri-iodotironina (T3); • Associação de antidepressivos; • Eletroconvulsoterapia (ECT).
Antidepressivos Tricíclicos (TCA)
1ª geração de antidepressivos;
Efetivos;
Melhora enxaqueca, aumenta o peso, melhora a insônia em pacientes que não são cardiopatas (não são
medicamentos de médicos velhos);
Analgesia= aumento da quantidade de serotonina e do efeito direto ou indireto dos ADTs no sistema opioide.
Casos graves;
Limitações
੦ São bloqueadores de receptores de histamina, colinérgicos/muscarínicos e alfa- adrenérgicos;
੦ Muitos efeitos colaterais (ele se liga a muitos receptores, e o único que possui efeito terapêutico é o 5-HT1;
੦ Cardiotoxicidade em doses elevadas, mas são agentes arrítmicos da classe 1A em doses terapêuticas;
੦ Tolerabilidade (difícil ser tolerado em doses altas);
Tem que tomar a noite “sedação”;
No SUS tem amitriptilina;
Christiane Novais- 6º semestre
70% dos pacientes respondem aos tricíclicos, mas 30-40% precisam de outra classe de antidepressivos ou
eletroconvulsoterapia;
MECANISMO DE AÇÃO: inibição da recaptação da serotonina e noradrenalina, com menor ação na dopamina;
Hidrrocloridro de Imipramina: efeito antienurético;
Clomipramina: efeito antiobsessivo;
Úlcera péptica: melhora a dor e ajuda na cicatrização completa porque bloqueiam os receptores H2 nas células
parietais, além do efeito sedativo e anticolinérgico;
Incontinência urinária: O mecanismo de ação envolvido na incontinência urinária pode incluir atividade
anticolinérgica, resultando no aumento da capacidade vesical, estimulação direta beta-adrenérgica e atividade
agonista alfa-adrenérgica, resultando em aumento do tônus esfincteriano e também por bloqueio central de
recaptação.
Na gestação, deve-se evitar no 1º trimestre e 2 semanas antes do parto, para evitar problemas cardíacos,
irritabilidade, desconforto respiratório, espasmos musculares, convulsões ou retenção urinária no RN.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA OU DE DESCONTINUAÇÃO: Nas primeiras 48 horas após a suspensão do
antidepressivo pode ocorrer, devendo por isso retirar imediatamente 50% da dose e 25% a cada dois dias do restante.
Christiane Novais- 6º semestre
TEMPO DE TRATAMENTO
SEM TRATAMENTO: Episódio leve a moderado dura de 4 a 30 semanas- episódio grave dura de 6 a 8 meses;
Primeiro episódio depressivo – pelo menos 12 meses em doses terapêuticas;
Segundo episódio – 2 a 5 anos;
Três ou mais episódios – considerar tratamento permanente.