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TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E STRESS:

Habilidades técnicas para intervenções em


comportamentos complexos
Profª. Amanda Marinho
Psicóloga
Especialista e Proficiente em Terapia Cognitiva
Certificada pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas FBTC
Vice-delegada da FBTC no DF
Conceitualização e tratamento nos diversos
transtornos de ansiedade:

Transtorno de Pânico (TP)


Fobia Específica (FE)
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Agorafobia
Transtorno de Ansiedade Social (TAS)
Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT)

*Comorbidades e estresse
Agenda:
Sexta noite:
Apresentação
Questão norteadora (grupos)
Conceitualização Cognitiva e Formulação de caso
Sábado manhã:
Transtorno de Pânico (TP)
Fobia Específica (FE)
Atividade avaliativa (grupos)
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Almoço
Sábado tarde:
Agorafobia
Transtorno de Ansiedade Social (TAS)
Atividade avaliativa (grupos)
Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT)
Domingo manhã:
Comorbidades
Questão norteadora
Estresse
Conceitualização Cognitiva

Modelo Cognitivo
“...as emoções, os comportamentos e a fisiologia de uma pessoa
são influenciados pelas percepções que ela tem dos eventos”. (Beck, 2014)

Situação/evento

Pensamentos automáticos

Reação (emocional, comportamental, fisiológica)
“Não são as situações que determinam como
as pessoas irão se sentir ou se comportar, mas
sua interpretação a respeito da situação”.
(Epiteto, filósofo do século I a.C.)
Modelo Cognitivo da Ansiedade
A ansiedade é referida como uma emoção orientada para o futuro, que prepara o indivíduo
para situações de ameaça e perigo, envolvendo respostas cognitivas, afetivas, fisiológicas
e comportamentais, com o propósito de autoproteção (Clark & Beck, 2012).

De acordo com o modelo cognitivo, a avaliação distorcida acerca do perigo constitui o


elemento central do medo sendo, portanto, crítico para a compreensão da etiologia,
manutenção e tratamento da ansiedade não adaptativa (Clark, & Beck, 2012), a qual pode
ser ativada por distorções de percepção, tais como:

✓ superestimativa do perigo;
✓ subestimação dos recursos pessoais;
Modelo Cognitivo da Ansiedade

A ANSIEDADE AUMENTA QUANDO:


• Superestimação do perigo/ameaça
• Subestimação do enfrentamento

A ANSIEDADE SE MANTEM QUANDO:


• Evitação
• Atenção seletiva
• Comportamentos de segurança
MODELO COGNITIVO DOS
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

SUPERESTIMAÇÃO DA AMEAÇA OU PERIGO

SUBESTIMAÇÃO DA CAPACIDADE/RECURSOS
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
DSM-5
Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que
compartilham características de medo e ansiedade excessivos e
perturbações comportamentais relacionadas.

Medo é a resposta emocional à ameaça iminente real ou percebida,


enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.
DIAGRAMA DE CONCEITUAÇÃO COGNITIVA
Dados relevantes da infância
Crenças centrais
Crenças intermediárias
Estratégias compensatórias

SITUAÇÃO 1 SITUAÇÃO 2 SITUAÇÃO 3


Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos
Significado do pensamento Significado do pensamento Significado do pensamento
Emoção Emoção Emoção
Comportamento Comportamento Comportamento
Conceitualização Cognitiva
Diagrama de Conceituação Cognitiva

✓ Dados relevantes da infância:


Experiências que contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da crença central?

✓ Crença Central:
Qual é a crença mais central sobre si?

✓ Crenças Intermediárias (regras/atitudes/pressupostos):


Que suposição positiva ajudou a lidar com a crença central?
Qual é a contrapartida negativa para esta suposição?

✓ Estratégia Compensatória:
Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença central?

(Beck, 2014)
Conceitualização Cognitiva
Diagrama de Conceitualização Cognitiva
SITUAÇÃO 1
CRENÇA
Qual foi a situação problemática?
CENTRAL

PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
O que passou pela sua cabeça naquele momento?

SIGNIFICADO DO PENSAMENTO AUTOMÁTICO


O que o pensamento automático significou para o
paciente?

EMOÇÃO
Que emoção esteve associado ao pensamento
automático?

COMPORTAMENTO
O que o paciente fez então?
RECAPITULANDO!!!
DIAGRAMA DE CONCEITUAÇÃO COGNITIVA
DADOS RELEVANTES DA HISTÓRIA

CRENÇAS NUCLEARES

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS (REGRAS, ATITUDES E PRESSUPOSTOS

ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS

CONSEQUÊNCIAS (cognitivas, emocionais e comportamentais (reações fisiológicas)


Conceitualização Cognitiva, Formulação de
Caso e Plano de Tratamento Estratégias
Pensamentos Crenças
Crenças Centrais Compensatórias
Automáticos Intermediárias
Conceituação Cognitiva

Formulação de Caso
Hipótese Diagnóstica
Processos de Manutenção PLANO DE
Precipitantes
TRATAMENTO
Padrão de Funcionamento
Plano de Tratamento

Fase Inicial
Dados da
Avaliação Fase Intermediária Sintomas
Inicial apresentados
Fase Final

Hipóteses Dificuldades e
Diagnósticas Metas
Modelo de Formulação de Caso
(Westbrook, D., Kennerley, H., & Kirk, J. 2011)
Descrição dos problemas do paciente: Quais áreas da vida apresentam problemas? Quais problemas/dificuldades
específicos?

✓ Sintomas: Quais reações fisiológicas se apresentam diante dos problemas?


✓ Emoções: Quais emoções são intensas e recorrentes? Desconforto?
✓ Pensamentos: Quais pensamentos são disfuncionais?
✓ Comportamentos: Como age/reage diante das dificuldades (padrões desadaptativos, estratégias compensatórias?
Gatilhos: Fatores, situações atuais que quando presentes aumentam a probabilidade de ocorrer o
problema/dificuldade? Que tipo de situação ativa o problema?
Precipitantes: São eventos ou situações que provocaram o problema pela primeira vez. Situações ou eventos que
deram o “start” para os problemas atuais. Incidentes que “acordaram” a crença.
Modificadores Atuais: Fatores contextuais que interferem na severidade do problema quando eles ocorrem. Pioram
o problema.

Modificadores no curso do problema: Algo modificou o curso do problema ao longo do tempo?


✓ Crenças/Pressupostos:
✓ Crenças Centrais: Ideias globais sobre mim, o outro, o mundo e o futuro. Os pacientes acreditam que se
empregarem suas estratégias compensatórias ficarão bem, e se não o fizerem, suas crenças centrais serão
descobertas ou serão reais, evidentes.
✓ Crenças Intermediárias: Pressupostos e Regras. Demonstram como as estratégias comportamentais estão
conectadas às crenças centrais.
Fatores de Vulnerabilidade: São quaisquer acontecimentos/aspectos na história do paciente, relativos a infância ou
experiências tardias, que aumentaram sua probabilidade de desenvolver o problema e provavelmente auxiliaram na
instalação das crenças desadaptativas.
Processos de Manutenção: São os mecanismos que mantém os problemas ativos. Não é apenas o comportamento
que mantém o problema, mas a função do comportamento. Apresentam-se como Ciclos Viciosos. Podem ser
compostos por reações comportamentais, afetivas ou cognitivas que fornecem feedback, ou seja, que alimentam o
problema. Como o paciente costuma agir diante do problema? Qual a função dessas reações (estratégias
compensatórias)?
Estratégias Compensatórias: Comportamentos desenvolvidos para se proteger, encobrir ou compensar suas
crenças negativas; Comportamentos compensatórios nem sempre são disfuncionais; Podem ter sido funcionais, mas
se tornam inadequados quando o indivíduo se desenvolve, entra em uma nova situação de vida e continua utilizando
os mesmos comportamentos. Protege momentaneamente da ativação da crença, mas não elimina as crenças
centrais, reforçando o funcionamento.

Objetivos do tratamento: Inicial, intermediário e final.


PLANO DE TRATAMENTO
Fase Inicial
(intervenções funcionais)

Fase Intermediária
(intervenções estruturais)

Fase Final
(prevenção de recaída)
✓Conceituação Cognitiva
✓Formulação de Caso
✓Plano de Tratamento
Obrigada!!!
BOA NOITE!!!
Conceitualização e tratamento nos diversos
transtornos de ansiedade:
Transtorno de Pânico
Transtorno de Pânico
DSM-5 Critérios Diagnósticos
A- Ataques de pânico recorrentes e inesperados.
B- Pelo menos um dos ataques foi acompanhado de um mês ou mais dos seguintes
sintomas:
1) Preocupações persistentes com ataques adicionais ou suas consequências (ex. perder o
controle, enlouquecer ou ter um ataque cardíaco);
2) Uma alteração mal adaptativa significante no comportamento em relação ao ataque
(ex.: comportamentos voltados para evitar o ataque de pânico, evitar exercícios ou
ambientes não familiares)
C- Os ataques de pânico não são devidos ao efeito fisiológico de uma substância (ex.:
medicação ou drogas ilícitas) ou outra condição médica (ex.: hipertireoidismo ou distúrbios
cardiopulmonares)
D- Os ataques de pânico não são devidos outro transtorno mental
(APA, 2014)
Especificador de Ataque de Pânico
Nota: Os sintomas são apresentados com o propósito de identificação de um ataque de pânico; no entanto, o ataque de
pânico não é um transtorno mental e não pode ser codificado.

Os ataques de pânico podem ocorrer no contexto de um transtorno de ansiedade, além de outros transtornos mentais e
algumas condições médicas (p. ex., cardíaca, respiratória, vestibular, gastrintestinal). Quando a presença de um ataque de
pânico é identificada, ela deve ser anotada como um especificador (p. ex., “transtorno de estresse pós-traumático com
ataques de pânico”).

Para transtorno de pânico, a presença de ataque de pânico está inclusa nos critérios diagnósticos, e o ataque de pânico
não é usado como especificador.

Um surto abrupto de medo ou de desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro
(ou mais) dos seguintes sintomas:

Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.

Nota: Sintomas específicos da cultura (p. ex., tinido, dor na nuca, gritos ou choro descontrolado) podem
ser vistos. Não devem ser contabilizados como um dos quatro sintomas requeridos.
(APA, 2014)
Filme: A máfia no divã (Analyze this)
No filme “A máfia no divã ” Paul Virei,
interpretado por Robert De Niro, é um
poderoso mafioso que escapa de um
atentado no qual um amigo morre. Pouco
depois do fato, enquanto conversava com
outro membro da máfia, ele apresenta uma
crise súbita, em que sente intensa falta de
ar e é levado para um serviço de
emergência. Ele acredita ser um ataque
cardíaco, mas o médico, após realizar
exames, confirma ser um ataque de Pânico.
Modelo
Cognitivo do
Transtorno
de Pânico

Fonte: Google Imagens


”A ansiedade e o pânico podem ser uma consequência de interpretações
distorcidas das sensações físicas”.

Sistema Nervoso Autônomo Simpático


(Adrenalina e Noradrenalina)

Versus

Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático


(Endorfina, ocitocina, dopamina e serotonina)
Tratamento
Principais Intervenções
✓Psicoeducação

✓Relaxamento muscular e respiração diafragmática

✓Reestruturação cognitiva

✓Exposição interoceptiva

✓Exposição in vivo gradual


Fonte: Google Imagens
RECAPITULANDO!!!

Qual é o foco no Pânico?


(Fonte: Google Imagens)

Fobia Específica
Fobia Específica
DSM-5 Critérios Diagnósticos
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver
sangue).
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de
agarrar-se.
B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade.
C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.
D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto
sociocultural.
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses.
F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental.
Especificar se:
Animal (p. ex., aranhas, insetos, cães), Ambiente natural (p. ex., alturas, tempestades, água), Sangue-injeção-ferimentos (p.
ex., agulhas, procedimentos médicos invasivos), Situacional:(p. ex., aviões, elevadores, locais fechados).

(APA, 2014)
"Um Corpo que Cai" (1958), de Alfred
Hitchcock
Modelo Cognitivo da Fobia Específica

Foco na ameaça: atenção


seletiva e hipervigilância GATILHO Previsão Ansiosa

Reforça a crença maladaptativa.


Permanece inalterada.
Ansiedade

Falha em aprender o que de


pior não aconteceria: continua Comportamento de busca de
hipervigilante segurança e evitação
Tratamento
Principais Intervenções
• Psicoeducação
• Reestruturação Cognitiva
• Técnicas de relaxamento (Jacobson)
• Técnicas de respiração diafragmática
• Farmacológico
• Dessensibilização sistemática
• Modelação
• Modelagem
• Exposição Imaginária
• Inundação
RECAPITULANDO!!!

Qual é o foco na Fobia específica?


Fonte: Google Imagens

Ansiedade Generalizada (TAG)


Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Transtorno de Ansiedade Generalizada
DSM-5 Critérios Diagnósticos
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses,
com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns
deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses).
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância.
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.

(APA, 2014)
CARACTERÍSTICAS
Marca central é a apreensão ansiosa: um estado de humor
orientado para o futuro em que a pessoa tenta se preparar
para enfrentar acontecimentos negativos vindouros.
Envolvendo:
✓ afeto negativo
✓ superativação crônica
✓ sensação de incontrolabilidade
✓ foco da atenção em estímulos relacionados com ameaças

Parece caracterológico:
✓ quase um transtorno de personalidade (dificuldade de definir o início)
✓ sinais desde a infância: “sempre fui assim”.
Definição de preocupação
A preocupação é um processo de pensamento
que diz respeito a acontecimentos futuros
nos quais há incertezas sobre o resultado,
em que o futuro é visto como algo negativo
e é permeado de sentimentos de ansiedade.

A preocupação pode ser explicada como uma tentativa de


análise de todas as eventualidades possíveis de uma
situação futura; em outras palavras, é uma tentativa de
reduzir a incerteza imaginando todas as possíveis
consequências para uma determinada situação.
Modelo Cognitivo do TAG
Gatilhos

(pensamentos intrusivos automáticos de ameaça e incerteza)

Ativação de esquemas de ameaça/vulnerabilidade

Reavaliação da ameaça e vulnerabilidade

Esforços deliberados de controle de pensamentos

Busca por segurança/solução de problemas

Estado aumentado de aflição geral


Esquemas característicos do TAG
1. Ameaça geral: Crenças sobre probabilidade e consequências de ameaças a segurança física ou
psicológica

2. Vulnerabilidade pessoal: Crenças sobre impotência, inadequação, falta de recursos pessoais


para lidar com situações

3. Intolerância à incerteza: Crenças sobre frequência, consequência, evitação e inaceitabilidade


da incerteza de eventos negativos.

4. Metacognição da preocupação: Crenças sobre os efeitos positivos e negativos das


preocupações e de sua controlabilidade.
Tratamento
Principais Intervenções
✓ Psicoeducação
✓ Automonitoramento
✓ Relaxamento
✓ Ativação comportamental
✓ Treinamento de conscientização da preocupação
✓ Reavaliação da utilidade da preocupação
✓ Exposição imaginária
✓ Realçam a atenção ao foco no momento presente (mindfulness)
✓ Diminuição de estratégias de controle
✓ Exposição emocional
OBJETIVOS DA TCC NO TRATAMENTO DO TAG

Normalizar a preocupação
Corrigir interpretações e crenças ameaçadoras tendenciosas
Eliminar as metapreocupações (preocupações com as preocupações)
Aceitar riscos e tolerar mais resultados incertos
Aumentar a tolerância as emoções negativas

Combater:
Catastrofização
Imprevisibildade/incontrolabilidade
Fortalecer crenças de capacidade de enfrentamento
Intolerância à incerteza
Crenças sobre a preocupação
RECAPITULANDO!!!

Qual é o foco no TAG?


Fonte: Google Imagens

Agorafobia
Agorafobia
DSM-5 Critérios Diagnósticos
A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes:
1. Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões).
2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes).
3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas).
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.
5. Sair de casa sozinho.
B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode
não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores (p.
ex., medo de cair nos idosos; medo de incontinência).
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade.
D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a presença de uma companhia ou são suportadas com intenso
medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. Se outra condição médica (p. ex. doença inflamatória intestinal, doença de Parkinson) está presente, o medo, ansiedade ou
esquiva é claramente excessivo.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental. (APA, 2014)
Nota: A agorafobia é diagnosticada independentemente da presença de transtorno de pânico. Se a apresentação de um
indivíduo satisfaz os critérios para transtorno de pânico e agorafobia, ambos os diagnósticos devem ser dados.
AGORAFOBIA (e TEPT)
Modelo
Cognitivo
Objetivos do Tratamento

1. Reduzir a sensibilidade e responsividade a sensações físicas e mentais.

2. Enfraquecer a interpretação catastrófica errônea e os esquemas de ameaça hipervalente


subjacentes de estados corporais e mentais.

3. Aumentar as capacidades de reavaliação cognitiva que resultam em adoção de uma explicação


alternativa mais benigna e realista para sintomas aflitivos.

4. Eliminar a evitação e outros comportamentos de busca de segurança maladaptativos.

5. Aumentar a tolerância à ansiedade ou desconforto e reestabelecer um senso de segurança.


Tratamento Principais Intervenções
✓ Relaxamento e respiração
✓ Psicoeducação
✓ Exposição gradual ao vivo
✓ Exposição imaginária
✓ Mindfulness
RECAPITULANDO!!!

Qual é o foco na Agorafobia?


Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)

Fonte: Google Imagens


Transtorno de Ansiedade Social
DMS-5 Critérios Diagnósticos
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação
por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são
familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras).
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., será humilhante
ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros).
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância ou de outra condição médica.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental.
J. Se outra condição médica está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
Especificar se:
Somente desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar em público.
(APA, 2014)
Diagnóstico Diferencial
Timidez normal
A timidez é um traço de personalidade comum e não é por si só patológica. Em
algumas sociedades, a timidez é até avaliada positivamente. Entretanto, quando
existe um impacto adverso significativo no funcionamento social, profissional ou
em outras áreas importantes da vida do indivíduo, um diagnóstico de transtorno
de ansiedade social deve ser considerado, e, quando são satisfeitos todos os
critérios para transtorno de ansiedade social, o transtorno deve ser
diagnosticado.
Fobias específicas
Os indivíduos com fobias específicas podem ter medo de constrangimento ou
humilhação (p. ex., vergonha de desmaiar quando lhes é tirado sangue), mas
geralmente não têm medo de avaliação negativa em outras situações sociais.
(APA, 2014)
ANSIEDADE SOCIAL
Transtorno de ansiedade social
Se as situações são temidas devido à possível avaliação negativa, deve ser diagnosticado transtorno de ansiedade social em
vez de fobia específica.
Especificar se: Somente desempenho: Se o medo está restrito à fala ou ao desempenhar em público.
---
Especificadores
Os indivíduos com transtorno de ansiedade social do tipo somente desempenho têm preocupações com desempenho que
são geralmente mais prejudiciais em sua vida profissional (p. ex., músicos, dançarinos, artistas, atletas) ou em papeis que
requerem falar em público. Os medos de desempenho também podem se manifestar em contextos de trabalho, escola ou
acadêmicos nos quais são necessárias apresentações públicas regulares. Os indivíduos com transtorno de ansiedade social
somente desempenho não temem ou evitam situações sociais que não envolvam o desempenho.
---
Por exemplo, alguém que tem medo de falar em público não receberia um diagnóstico de transtorno de ansiedade social se
essa atividade não é rotineiramente encontrada no trabalho ou nas tarefas de classe e se o indivíduo não tem um
sofrimento significativo a respeito disso. Entretanto, se evita ou ignora o trabalho ou educação que realmente deseja ter
devido aos sintomas de ansiedade social, o Critério G é satisfeito.

O rubor é a resposta física característica do transtorno de ansiedade social.


Filme: O discurso do rei (The King’s speech)
O Príncipe Albert da Inglaterra deve
ascender ao trono como Rei George VI,
mas ele tem um problema de fala.
Sabendo que o país precisa que seu
marido seja capaz de se comunicar
perfeitamente, Elizabeth contrata Lionel
Logue, um ator australiano e
fonoaudiólogo, para ajudar o Príncipe a
superar a gagueira. Uma extraordinária
amizade desenvolve-se entre os dois
homens, e Logue usa meios não
convencionais para ensinar o monarca a
falar com segurança.

Fonte: Google Imagens


Modelo
Cognitivo da
Ansiedade
Social
Tratamento
Principais Intervenções
✓ Técnicas de relaxamento e respiração diafragmática

✓ Treinamento de habilidades sociais


✓ Modelagem
✓ Modelação

✓ Exposição
RECAPITULANDO!!!

Qual é o foco no TAS?


Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT)

Fonte: Google Imagens


Transtorno de Estresse Pós-traumático
DMS-5 Critérios Diagnósticos
Características Dominantes:
1. Entorpecimento emocional (não-responsividade; humor alterado)
2. Hipervigilância (irritabilidade, em constante alerta para o perigo)
3. Revivência do trauma (flashbacks, emoções intrusivos)
4. Evitação (cognitiva, emocional e comportamental)

CRITÉRIOS:
1 ou mais sintomas de Revivência do trauma
3 ou mais sintomas de Evitação
2 ou mais sintomas de Excitabilidade aumentada
Todos os sintomas devem estar presentes durante um mês e causar prejuízo
clinicamente significativo ou prejuízo social, ocupacional, etc.
(APA, 2014)
Transtorno de Estresse Pós-traumático
DMS-5 Critérios Diagnósticos
Os critérios a seguir aplicam-se a adultos, adolescentes e crianças acima de 6 anos de idade.
A. Exposição real ou ameaça de: a) morte; b) lesão grave ou c) violência sexual em uma (ou mais) das seguintes
formas:
(1) Ter experenciado diretamente o evento traumático
(2) Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas
(3) Saber que o evento traumático ocorreu com um familiar ou amigo próximo; Em casos de episódio concreto ou ameaça de
morte envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.
(4) experenciado repetidas vezes ou ter sido exposto a detalhes aversivos extremos de eventos traumáticos; Recordações
aflitivas, recorrentes e intrusivas do evento. Nota: Isso não é aplicado aqueles que recebem esse estímulo por meio digital ou
de mídia, filmes, etc.
B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, que iniciaram a partir da
exposição:
(1) Memórias espontâneas, recorrentes e involuntárias relativas ao evento traumático
(2) Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo está relacionado ao trauma
(3) Reações dissociativas (e.g., flashbacks) em que o indivíduo age e sente como se o evento estivesse ocorrendo novamente.
(essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma perda completa de
percepção do ambiente ao redor). (APA, 2014)
(4) Intenso ou prolongado sofrimento psicológico na exposição a pistas internas ou externas que se assemelham ou simbolizam
o evento traumático;
(5) Reações fisiológicas intensas à sinais internos ou externos que se assemelham ou simbolizam o evento traumático
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático (s), com início após o evento traumático evidenciado por
um ou ambos aspectos:
(1) Memórias estressantes, pensamentos ou sentimentos sobre o evento traumático (s) ou intimamente associados
(2) Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (ou seja, pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos, situações)
que despertam memórias angustiantes, pensamentos ou sentimentos sobre, ou que estão intimamente associados com o
evento traumático
D. Alterações negativas nas cognições e humor
associados ao evento traumático (s), com início ou piorando após o evento traumático (s), como evidenciado por dois ou mais
dos seguintes sintomas:
1. Incapacidade de recordar um aspecto importante do acontecimento traumático (s) (tipicamente, devido à amnésia
dissociativa, que não é devido a traumatismo craniano, álcool ou drogas)
2. Crenças negativas persistentes e exageradas ou expectativas sobre si mesmo, dos outros, ou do mundo (por exemplo, "eu
sou mau", "Ninguém pode ser confiável", "O mundo é perigoso"). (Alternativamente, isso pode ser expresso como, por
exemplo ou "Todo o meu sistema nervoso está permanentemente arruinado").
3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das consequências do evento traumático que levam o indivíduo a
culpar a si mesmo ou os outros.
4. Estado emocional negativo persistente (por exemplo, medo, horror, raiva, culpa ou vergonha)
5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas
(APA, 2014)
6. Sentimentos de distanciamento ou alienação em relação aos outros
7. Incapacidade persistente de experimentar emoções positivas (por exemplo, incapaz de ter sentimentos amorosos,
entorpecimento psíquico).
E. Excitabilidade e reatividade aumentadas, associado com o acontecimento traumático (s), começando ou agravado após o
evento, evidenciado por dois ou mais dos seguintes:
1. Comportamento irritável ou agressivo (com pouca ou nenhuma provocação) geralmente expressos sob a forma de agressão
verbal ou física em relação às pessoas e objetos.
2. Comportamento imprudente ou auto-destrutivo
3. Hipervigilância
4. Resposta de sobressalto exagerada
5. Problemas de concentração
6. Perturbações do sono (por exemplo, a dificuldade de iniciar ou manter o sono)
F. Duração da perturbação (Critérios B, C, D, e E) dura mais do que um mês.
G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo em áreas sociais, ocupacionais, ou outras importantes
do funcionamento do indivíduo.
Subtipos:
Com sintomas dissociativos: Os sintomas do indivíduo satisfazem os critérios de transtorno de TEPT e, além disso, em resposta
ao estressor, o indivíduo tem sintomas persistentes ou recorrentes de:
1. Despersonalização: Experiências persistentes e recorrentes de sentir-se separado e como se fosse um observador externo dos
processos mentais ou do corpo (e.g., sensação de estar em um sonho; irrealidade de si mesmo ou do corpo ou como se estivesse
em câmera lenta).
2. Desrealização: Experiências persistentes ou recorrentes de irrealidade do ambiente ao redor (e.g. o mundo ao redor do
indivíduo é sentido como irreal, onírico, distante ou distorcido).
Especificar se:
Com Início tardio: se ocorrer o preenchimento dos critérios passados 6 meses do evento (embora o início e a expressão de
alguns sintomas podem ser imediatos). (APA, 2014)
Transtorno do Estresse Pós-traumático
TEPT versus TEA

Os critérios diagnósticos/sintomas são semelhantes Transtorno de Estresse


Agudo (TEA) deve ter duração de até 4 semanas.

Transtorno de estresse pós-traumático


O TEA é distinto do TEPT porque o padrão sintomático no primeiro ocorre dentro
de um mês depois do evento traumático e cede dentro do período daquele mês.

Se os sintomas persistirem por mais de um mês e satisfizerem os critérios de


TEPT, o diagnóstico muda de TEA para TEPT.
Modelo Cognitivo do TEPT
Tratamento - Principais Intervenções
Roteiro Sumarizado do Processo de Intervenção em TEPT (18 a 20 Sessões)
• Certificar-se que o paciente não está mais diretamente exposto ao agente estressor.
• Aliança Terapêutica com elementos de Entrevista Motivacional:
“Como eu era? Como estou agora? O que perdi? O que ganhei? Como posso e quero estar no futuro?”
• Psicoeducação quanto ao TEPT e quanto ao modelo cognitivo.
• Uso de RPDs visando a conexão entre lembrança traumáticas diretas e indiretas com a variação das emoções.
• Abordagens das crenças que o paciente possuía e possui após o ocorrido (quantificando de 0 a 10 os sentimentos e de 0% a
100% o nível de crença no relatado):
Antes: “a pior coisa que poderia acontecer a alguém”; “algo insuportável de se conviver”.
Depois: “nada poderia ter sido pior”; “nunca mais serei o mesmo”.
• Abordagem da culpa e da raiva inerentes ao TEPT (quantificando de 0 a 10 os sentimentos e de 0% a 100% o nível de crença
no relatado):
Raiva de si: “fui descuidado”; “por que fui sair justo naquela hora”; “eu sequer reagi...tentei fugir”.
Dos outros: “aquele desgraçado quase me matou”; “sinto muito ódio dele”.
• Abordagem da (s) memória (s) traumática (s):
Elaborar o “Mapa de Memória Traumática”, evidenciando os EP1, EP2 e possíveis EP3
• Técnicas de Respiração e Relaxamento,
• Dessensibilização Sistemática (pareando memórias de diferentes valências).
• Experimentos de exposição a situações ansiogênicas juntamente com o THS.
• Aliança com amparo social.
• Prevenção da recaída.
RECAPITULANDO!!!

Qual é o foco no TEPT?


Obrigada!!!
BOA NOITE!!!
Comorbidades
O transtorno de pânico raramente ocorre em contextos clínicos na ausência de outra psicopatologia. Sua prevalência é elevada
em indivíduos com outros transtornos, sobretudo outros transtornos de ansiedade (e em especial agorafobia), depressão maior,
transtorno bipolar e possivelmente transtorno leve por uso de álcool. Os ataques de pânico estão associados à probabilidade
aumentada de vários transtornos mentais comórbidos, incluindo transtornos de ansiedade, transtornos depressivos, transtornos
bipolares, transtornos do controle dos impulsos e transtornos por uso de substâncias. Também estão associados à probabilidade
aumentada de desenvolvimento posterior de transtornos de ansiedade, transtornos depressivos, transtornos bipolares e
possivelmente ainda outros transtornos.

A maioria dos indivíduos com agorafobia também tem outros transtornos mentais. Os diagnósticos adicionais mais frequentes
são outros transtornos de ansiedade (p. ex., fobias específicas, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade social),
depressivos (transtorno depressivo maior), TEPT e transtorno por uso de álcool. Enquanto outros transtornos de ansiedade (p.
ex., de ansiedade de separação, fobias específicas e de pânico) com frequência precedem o início da agorafobia, os transtornos
depressivos e aqueles por uso de substâncias geralmente ocorrem secundários à agorafobia.

Indivíduos com TEPT são 80% mais propensos do que aqueles sem o transtorno a ter sintomas que satisfazem os critérios
diagnósticos de pelo menos um outro transtorno mental (p. ex., transtornos depressivos, bipolares, de ansiedade ou por uso de
substância). Os transtornos por uso de substância e o transtorno da conduta comórbidos são mais comuns no sexo masculino do
que no feminino.
Comorbidades
Os indivíduos cuja apresentação satisfaz os critérios para transtorno de ansiedade generalizada provavelmente já preencheram,
ou preenchem atualmente, os critérios para outro transtorno de ansiedade ou transtorno depressivo unipolar. O neuroticismo ou
labilidade emocional que acompanha esse padrão de comorbidade está associado a antecedentes temperamentais e a fatores de
risco genéticos e ambientais compartilhados, embora caminhos independentes também sejam possíveis. A comorbidade com
transtornos por uso de substâncias, da conduta, psicóticos, do neurodesenvolvimento e neurocognitivos é menos comum.

A fobia específica é raramente vista em contextos clínicos na ausência de outra patologia e costuma ser mais observada em
contextos de saúde mental não médicos. Está com frequência associada a uma variedade de outros transtornos, especialmente
depressão em adultos mais velhos. Devido a seu início precoce, a fobia específica costuma ser o transtorno que primeiro se
desenvolve. Os indivíduos com a doença estão em risco aumentado de desenvolvimento de outros transtornos, incluindo os
demais transtornos de ansiedade, os transtornos depressivo e bipolar, os transtornos relacionados a substâncias, transtorno de
sintomas somáticos e transtorno relacionados e os transtornos da personalidade (particularmente transtorno da personalidade
dependente).

O transtorno de ansiedade social é com frequência comórbido com outros transtornos de ansiedade, transtorno depressivo
maior e transtornos por uso de substâncias, e seu início geralmente precede o de outros transtornos, exceto a fobia específica e
o transtorno de ansiedade de separação. O isolamento social crônico no curso de um transtorno de ansiedade social pode
resultar em transtorno depressivo maior. A comorbidade com depressão é alta também em adultos mais velhos. Substâncias
podem ser usadas como automedicação para medos sociais; porém, os sintomas de intoxicação ou abstinência, como tremor,
também podem ser uma fonte de (mais) medo social. O transtorno de ansiedade social é frequentemente comórbido com
transtorno bipolar ou transtorno dismórfico corporal. A forma mais generalizada de transtorno de ansiedade social, mas não o
transtorno de ansiedade social do tipo somente desempenho, é com frequência comórbida com transtorno da personalidade
evitativa.
Gerenciamento do Estresse
DEFINIÇÃO ESTRESSE: Qualquer estímulo que leve ao desgaste e exija adaptações.

Fases do estresse:
1 – Resposta de alarme
2 – Resistência
3 – Exaustão
Marilda Lipp – Modelo de 4 fases: incluiu uma fase nova antes da exaustão: Quase exaustão

DEFINIÇÃO ENFRENTAMENTO (COPING): Qualquer esforço para eliminar os estímulos estressantes ou


tolerar da maneira menos prejudicial. Nem sempre saudáveis, construtivos ou funcionais.

• FOCADO NO PROBLEMA: Mudar a relação pessoa-ambiente

• FOCADO NAS EMOÇÕES: Relacionado ao enfrentamento das emoções, implicações psicológicas,


menos racionais, mais emocionais.

AMBAS FORMAS DE ENFRENTAMENTO! Não são independentes.


Treino de Controle do Stress - TCS
O treino de controle do stress (TCS) já foi testado em várias situações
experimentais, tanto com grupos de trabalhadores de escritório,
policiais, pacientes hipertensos, pacientes com psoríase e outros.
Os resultados destes trabalhos encontram-se em inúmeras publicações
científicas.

A eficácia do TCS foi comprovadamente verificada também no


atendimento clínico de cerca de 15.000 pessoas desde 1985 .
O TCS é um conjunto de procedimentos que consiste em uma análise funcional dos estressores e atuação objetiva
e direta no que se designou dos quatro pilares do controle do stress:

▪ relaxamento,
▪ alimentação,
▪ exercício físico e,
▪ modificações na área cognitiva.

O plano de tratamento pode ou não incluir todos os componentes.


O TCS objetiva levar a pessoa a:

(1) entender o que é o stress e identificar seus sintomas de modo que a pessoa se perceba quando sua sobrecarga
de tensão está chegando a um ponto crítico;
(2) reconhecer suas fontes de stress em potencial (internas e externas) e tentar eliminar as que forem passíveis de
mudança;
(3) reestruturar seu modo de pensar e de ver o mundo de modo a eliminar algumas fontes internas ligadas ao seu
modo de ser;
(4) lidar com a ansiedade;
(5) ser assertivo;
(6) manter a calma e resolver os problemas no trabalho e na família sem grandes aumentos no seu nível de stress.
(7) adquirir técnicas de manejo do stress para serem utilizadas em situações de stress que não possam ser evitadas;
(8) utilizar o stress a seu favor para atingir bons níveis de produtividade e criatividade;
(9) reconhecer seus limites e aprender a respeitá-los;
(10) estabelecer prioridades e melhorar sua qualidade de vida no geral.
Muito obrigada!!!

amarinhopsi@gmail.com
61.98260-9618

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