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pacientes deprimidos acabam assumindo posturas pessimistas, diminuindo sua mobilidade. Para alcançar a
mudança cognitiva, esses autores apontam que técnicas como a psicoeducação sobre a TCC e sobre o
transtorno, e a identificação de distorções cognitivas, de pensamentos e crenças disfuncionais
relacionadas à depressão, bem como de comportamentos mantenedores das crenças também são
fundamentais no decurso do tratamento (Powell et al., 2008). Após o reconhecimento desses processos,
Leahy (2015) e Westbrook e colaboradores (2011) indicam o questionamento de pensamentos
automáticos disfuncionais, em que, por meio do questionamento socrático, são feitas perguntas ao
paciente para analisar o quanto seus pensamentos são úteis e verdadeiros e quais são as possíveis
consequên
Identificação
A maior parte dos pacientes pensam que as situações são as únicas responsáveis
pelo sofrimento experienciado. É inevitável a influência que os acontecimentos têm na
vida de cada pessoa, sendo capaz de contribuir para abalar emocionalmente.
Contudo, o que tem ainda mais influência é a interpretação e a percepção que temos
deles.
Contestação
Nesse momento, o terapeuta fará o papel de contestador, fazendo uma série de
perguntas que consigam provocar uma reflexão sobre os pensamentos que foram
identificados como disfuncionais por ele mesmo. À medida em que essa reflexão vai
sendo provocada, o terapeuta começa a propor comportamentos que poderiam
colocar o paciente em outra posição e, consequentemente, atingir outro resultado.
Essa etapa é, então, destinada à testagem das crenças.
Modificação
O fechamento da reestruturação cognitiva se dá pelo desenvolvimento da conclusão
sobre a real função dos pensamentos disfuncionais, bem como a oportunidade de
escolher a continuação do seu uso ou a ressignificação para crenças saudáveis.
Autoinstrução
Essa técnica pressupõe que o próprio paciente seja preparado para se convencer a
agir. E, posteriormente, para guiar a sua ação, geralmente focada a um objetivo, seja
confrontar um sintoma como por exemplo quando sofre de ansiedade, resolver um
problema ou alterar um estado de humor.
Registro de Pensamentos Disfuncionais
Através dessa técnica, o terapeuta solicita ao paciente para identificar os pensamentos
desagradáveis, com o objetivo de mudar percepções e pensamentos negativistas, de
forma em que o paciente se dê conta do que pensa e sente quando está diante um
problema.
Questionamento Socrático
É uma técnica que favorece o registro dos pensamentos disfuncionais e do
encorajamento do paciente a refletir sobre eles de forma crítica. Isso ocorre através de
perguntas que realmente faça o paciente pensar verdadeiramente sobre elas. Assim,
ele deverá ser capaz de tomar decisões racionais, com base em suas próprias
conclusões.
Exposição
O terapeuta irá ajudar o paciente a listar algumas situações temidas por ele,
elencando entre a que causa menos e mais ansiedade. Tendo mapeado as situações,
os primeiros estágios contam com a participação do terapeuta para uma exposição
imaginativa das situações.
O terapeuta fica presente nessas exposições até que possa ocorrer a habituação da
ansiedade no item da hierarquia que está sendo confrontado. Quando a situação não
eliciar mais altos níveis de ansiedade e desconforto, o terapeuta inicia a exposição do
próximo item da lista de situações problemáticas. O processo continua até que o
paciente consiga enfrentar todos os itens listados com diminuição da ansiedade e do
desconforto.
Parada do pensamento
O processo consiste na ruminação de pensamentos e, para isso, o paciente é
orientado a ir para um espaço silencioso, em que não seja perturbado. Com o tempo,
o paciente já entenderá melhor a dinâmica e não precisará ficar isolado, conseguindo
colocar em prática a técnica de parar o pensamento em quase todos os ambientes ou
contextos.