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Conteúdo licenciado para Joana

AnelisaMargarida
Vaz - 123.123.123-10
Mimoso Taborda - 005.021.877-94
Uma psicoterapia eficaz é baseada no diagnóstico. Quan-
do o paciente o possui (nem sempre é o caso), ele permite
que se busque a melhor evidência científica para o caso, nas
abordagens baseadas em evidências - como na Terapia Cog-
nitivo-Comportamental.

Mais que isso:

não é possível tratar um problema se não soubermos,


com rigor e clareza, qual é este problema, certo?

Mas, ao longo da minha carreira, tomei conhecimento das


dificuldades que os psicoterapeutas têm de lidar com o diag-
nóstico ateórico... muitas vezes, eles se vêem perdidos com
a grande lista dos manuais e não sabem por onde começar a
se organizar para encontrar “lá dentro” o que o paciente pode
ter.

Para ajudar você com essa dificuldade, trouxe neste material


algumas perguntas úteis para contribuir com a formulação de
suas hipóteses diagnósticas e com a construção de seu racio-
cínio clínico.

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1. Má compreensão ou simulação?

A primeira pergunta que o psicólogo deve sempre fazer é:

“o paciente realmente tem um diagnóstico?”

Sempre partimos da premissa que o paciente será colabo-


rativo, no entanto, nem sempre as coisas são como parecem
ou como deveriam ser.

Em primeiro lugar porque os pacientes não são especialis-


tas nas informações técnicas que questionamos (por exem-
plo: quando você pergunta se este apresentou sintomas
depressivos, não necessariamente vocês estarão pensando
nos mesmos sintomas, uma vez que o psicólogo, devido seu
treinamento, tem claro o que são e não são tais sintomas de-
pressivos, mas o paciente, em contrapartida, vai se basear
no senso comum para formular sua resposta - podendo, por
exemplo, confundir sintomas de depressão e de ansiedade).

Além disso, devido às próprias características de alguns


pacientes (por exemplo o alto grau de neuroticismo, de an-
siedade, tendência a apresentar cognições mais catastrófi-
cas, busca de atenção, comportamento hipocondríaco, etc),
eventualmente, pode também ocorrer a distorção de sinto-
mas e do diagnóstico.

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2. Os sintomas são decorrentes do uso de alguma
substância?

Uma questão relevante é considerar a presença de sintomas


devido ao uso de medicamentos ou abuso de substâncias.
Esta afirmação, apesar de aparentemente simples, nem sem-
pre é fácil de ser aplicada.
Em caso afirmativo, deve-se analisar se de fato aquela subs-
tância tem alguma relação com os sintomas psiquiátricos.
Neste caso pode ser fundamental a avaliação médica.

3. Pode haver alguma doença?

Não somos médicos! Fato!


Mas precisamos ter bom senso em nossa avaliação clínica
para não “psicologizar” tudo. Perguntas que sempre devemos
nos fazer são: será que estes sintomas seriam melhor expli-
cados por alguma condição médica? Será que estes sinto-
mas não deveriam ser avaliados por um médico também (por
exemplo: clínico geral, cardiologista, endocrinologista, neuro-
logista, psiquiatra, etc)?

Um exemplo bastante representativo: pacientes com pro-


blemas na tireóide podem apresentar quadros depressivos
“crônicos” ou refratários ao tratamento. Outro exemplo é o
de pacientes que buscam a psicoterapia, por presumirem ter
Transtorno de Pânico, em vez de procurar, primeiramente,
um cardiologista para verificar se seus sintomas não podem,
de fato, ser algum problema cardíaco, não psiquiátrico.

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4. Quais são os sintomas e sinais do paciente?

Pergunte e compreenda quais são eles, se existem gatilhos


e quando começaram. Peça descrições e exemplos para não
cair no erro da “má compreensão ou simulação” também.
Faça o levantamento completo, o mais detalhado possível. Se
possível, liste!

5. Quais diagnósticos estão ligados a estes sinto-


mas e sinais?

Esta é a hora em que eu, Ane, coloco a cabeça para funcio-


nar mais do que nunca! Ou, quando estou com meus super-
visionandos durante a supervisão, digo: “Vamos lá! Hora de
fazer um brainstorming! Vamos levantar todos os diagnósti-
cos relacionados a este sintoma, por mais absurdo que possa
parecer a princípio”!

O propósito é este: levantar todas as hipóteses (ainda que


minimamente) compatíveis com aqueles sintomas e sinais,
sem descartar nenhuma.

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6. Quais diagnósticos semelhantes podem ser in-
cluídos?

Vá um pouco além aqui e se pergunte:

Qual diagnóstico tem alguma semelhança com todos


os que levantei no item anterior e não foi incluído, até
então?

Um exemplo seria ter levantado a hipótese de Transtorno


Bipolar, mas não de Transtorno de Personalidade Borderline
- neste caso, deveria haver a reflexão sobre este segundo,
neste passo aqui.

7. Quais detalhes levam à exclusão de um diagnós-


tico?

Considere todos os motivos que existem para excluir um


diagnóstico da lista feita até agora. Por exemplo: característi-
cas da variação de humor do paciente - as variações de hu-
mor ocorrem de modo significativo durante o dia, não duran-
te o padrão esperado para Transtorno Bipolar.

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8. Há algum outro fator a ser considerado?

Às vezes, os sintomas apresentados não se apresentam con-


forme os padrões (características, gravidade ou duração) es-
tabelecidos para se qualificarem como um dos diagnósticos
específicos do DSM-5.

Quando isso ocorre, mas ainda assim, a manifestação do sin-


toma for grave o suficiente, causando sofrimento ou prejuízo
significativo, devemos nos questionar quanto à probabilidade
de “Transtornos de Adaptação”, “Outros Transtornos Especifi-
cados” ou “Não Especificados Residuais”.

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Enfim...

Diagnóstico é fundamental em nossa prática! E se diagnosti-


car ainda é um desafio para você: sem pânico!

• Em primeiro lugar, eu queria te dizer: não se culpe! Você


tem feito o melhor que pôde com os recursos que a facul-
dade te deu... não é sua culpa!

• Em segundo lugar, deixo meu recado mais importante:


sim, isso pode ser solucionado. Daqui para frente, você
pode fazer muito melhor!

Minha dica final é: não desanime! Invista em cursos com bons


profissionais, estude muito, faça supervisão, vença a defasa-
gem da graduação e sinta-se seguro e preparado para reali-
zar atendimentos de alta performance.

Eu acredito em você!

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E se você ficou se perguntando como fazer isso… continue
acompanhando meu perfil nas redes sociais.

Em breve, você poderá fazer parte da revolução no ensino


das Terapias Cognitivo-Comportamentais e entrar para o
seleto grupo de psicólogos preparados para atuar com ver-
dadeira excelência.

@dra.anevaz

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