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Conceituação

Cognitiva
Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o
entendimento de um paciente pelo terapeuta.

Para formular o caso, o terapeuta faz a si mesmo as


seguintes perguntas:

- Quais são seus problemas atuais? Como esses problemas


se desenvolvem? Como eles são mantidos?
- Que pensamentos e crenças disfuncionais estão
associados aos problemas? Quais reações (emocionais,
fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu
pensamento?
Assim, levanta hipóteses sobre como o
paciente desenvolveu a desordem/dificuldade
psicológica particular atual:

Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez


-

predisposições genéticas) contribuem para seus problemas hoje?


- Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes,
expectativas e regras) e pensamentos?
Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais? Que
-

mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais, positivos e


negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças
disfuncionais? Como ele via (e vê) ele mesmo, os outros, seu
mundo pessoal, seu futuro?
- Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos
ou interferiram em sua habilidade para resolver esses
problemas?
Modelo Cognitivo-comportamental
Não é uma situação por si só que determina o que as
pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas
interpretam esta situação.

A situação em si não determina diretamente como eles


sentem; a resposta emocional do sujeito é
intermediada pela sua percepção da situação.

“... Nada é bom ou mau, o pensamento é que torna as coisas


assim...” (Hamlet, de Shakespeare)
Os pensamentos que determinam as respostas
emocionais, são pensamentos avaliativos rápidos,
os PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS, e não são
decorrentes de deliberação ou raciocínio.

Normalmente estamos mais cientes da emoção que


se segue a estes pensamentos.

O que estava passando pela minha


cabeça ainda agora?
Em termos cognitivos, quando pensamentos
disfuncionais são submetidos à reflexão
racional, nossas emoções em geral mudam.
Mas de onde os pensamentos automáticos
surgem?
O que faz uma pessoa interpretar uma
situação diferente de uma outra?
Por que a mesma pessoa pode
interpretar um evento idêntico de forma
diferente em um momento e em outro?
As Crenças
Desde a infância, as pessoas desenvolvem
crenças sobre si mesmas, outras pessoas e
seus mundos.

Tais ideias são consideradas pela pessoa como


verdades absolutas, exatamente o modo como
as coisas “são”.
Ex: “Eu sou incompetente”

As crenças centrais são o nível mais


fundamental de crença; elas são globais,
rígidas e supergeneralizadas.
Atitudes, Regras e Suposições
As crenças centrais influenciam o
desenvolvimento de uma classe intermediária
de crenças que consiste em atitudes, regras e
suposições.

Atitude: “É horrível ser incompetente”.


Regras/expectativas: “Eu devo trabalhar o
mais arduamente que puder o tempo todo”.
Suposição: “Se eu trabalhar o mais arduamente
que puder, posso ser capaz de fazer algumas
coisas que as outras pessoas fazem facilmente”.
Essas crenças influenciam sua visão da
situação, o que, por sua vez, influencia como
esta pessoa pensa, sente e se comporta.

Crenças centrais
Crenças intermediárias
(regras, atitudes, suposições)
Pensamentos automáticos
Relacionamento do Comportamento com os
Pensamentos Automáticos
As perguntas básicas que o terapeuta faz a si
mesmo são:

Como esse paciente veio parar aqui?

Que vulnerabilidades e eventos de vida


(traumas, experiências, interações) foram
importantes?

Como o paciente enfrentou sua vulnerabilidade?

Quais são seus pensamentos automáticos e de


que crenças eles brotaram?
TERAPIA – viagem
CONCEITUAÇÃO COGNITIVA – mapa
METAS DA TERAPIA – destino final
TÉCNICAS UTILIZADAS – estradas escolhidas
RECAÍDAS – alterar o roteiro original
Uma conceituação cognitiva correta auxilia o
terapeuta em determinar quais são as
principais estradas e como melhor viajar para
chegar ao destino final.

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