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Psicoterapia Cognitiva

Aula 1 – 08/02/2023 – prof. Fernando - UNIP

Panorama histórico
Século XIX
A abordagem cognitivo comportamental é uma das abordagens mais novas da Psicologia. No
século XIX, antes de seu surgimento:
-O método científico e evidências empíricas em todas a ciência promoviam avanços em suas
áreas.
-avanços na área física sobre a compreensão da matéria.
-na biologia, a teoria de Darwin já bem fundamentada impulsionava o estudo do comportamento
humano com bases no estudo de comportamentos de outros animais ( nível filogenético).
-o estudo do condicionamento começa com os russos, com aplicação de métodos da fisiologia na
nascente área da Psicologia.
O mais conhecido Ivan Pavlov- 1949-1936, nas experiências com cães e o condicionamento
reflexo.
Depois desses primeiros estudos foram realizados outros sobre o modelo de condicionamento em
relação às respostas de medo em animais.
Estímulos antes incondicionados eram emparelhados com um estímulo aversivo incondicionado
só que luz vermelha.
Por essa influência, os norte-americanos passam a pesquisar o modelo, com o surgimento da
Psicologia experimental animal no final do século XIX, em que ficaram conhecidos os
experimentos de Edward Thorndike, com gatos.
Nestes experimentos ele colocava um gato dentro de uma caixa fechada que, a partir de uma
alavanca dentro da caixa o gato poderia abrir.
O pesquisador percebeu que, após várias tentativas frustradas o gato conseguiu abrir e sair da
Caixa.
Nos próximos ensaios o Gato demorou cada vez menos tempo para abrir a caixa. Ele cunhou o
fenômeno como lei do efeito, em que a consequência favorável ajudava no aprendizado do gato.
Watson foi o fundador desse movimento com o manifesto behaviorista, behaviorismo
metodológico, S-R. Negação do estudo de pensamentos e sentimentos.
Skinner , no início do século XX dá segmento aos experimentos de Watson e Thorndike e cria
a noção de comportamentos operantes.
Behaviorismo radical : negação da mente e de estados mentais. Mas pensamentos e
sentimentos são comportamentos, ou reflexos ou operantes.
A rejeição de Skinner era dirigida principalmente as teorias que utilizavam variáveis
intervenientes e construtos hipotéticos localizados no organismo.
Monismo materialista
Mas ao estudar pensamentos e sentimentos, como fazer uma distinção?
Público e privado
A linguagem quanto o comportamento verbal e o pensamento enquanto internalização da
linguagem:
"Os monólogos audíveis auto instrucionais da criança são gradualmente substituídos por
solilóquios inaudíveis que continuam a dirigir e influenciar o comportamento ".

Aplicação dos princípios de condicionamento pavloviano


-dentre as primeiras e mais famosas temos o caso do pequeno Albert em 1920.
-em outra pesquisa, de Mary Cover Jojes, em 1924, começou a aplicar os conceitos de extinção
para ajudar crianças com fobias.
-em 1935 Mower e Mower (um casal), realizaram um trabalho de condicionamento clássico para
tratamento de enurese noturna com 30 crianças. Nesse experimento o casal ligou um circuito
elétrico ao colchão das crianças e, nesse circuito uma campainha. Toda vez que a criança
urinava à noite a campainha tocava. Ao emparelhar estímulo aversivo ao não controle do esfincter
as crianças passam a controlar o esfíncter e não urinar a noite.
Na década de 50, o psicólogo Joseph Wolpe criou o método de dessensibilização sistemática no
tratamento de fobias, com uso de técnicas e relaxamento e exposições ao estímulo temido.
Essas primeiras pesquisas e todo o trabalho do Wolpe influenciaram enormemente as práticas de
terapia comportamental usadas até hoje.
Em uma época em que a ciência era predominante e incentivada
Um evento particularmente importante nessa época, foi a publicação de um estudo realizado por
Eysenck (1952), sobre a efetividade da psicoterapia psicanalítica no tratamento de doenças
psicológicas.
Estudos sobre efetividade são importantíssimos
Ele investigou terapias psicanalíticas e chegou à conclusão de que não eram mais efetivas do
que a remissão natural ponto final este polêmico estudo sobre as terapias psicanalíticas. Apesar
de ter afetado diretamente a psicanálise, despertou uma preocupação com a verificação da
eficácia psicoterápica em geral em contrapartida as terapias comportamentais pautadas em
estudos experimentais desde o início se mostraram mais efetivas no tratamento de doenças
diversas além das fobias e adições.

Condicionamento operante- Skinner e o behaviorismo radical


Um pouco antes disso, em conjunto com a base filosófica do Behaviorismo Radical, Skinner e
os novos behavioristas criam a área de estudo da análise do comportamento experimental e a
parte vinculada a aplicação das descobertas a análise do comportamento aplicada.
As práticas clínicas da psicoterapia do behaviorismo, portanto foram conhecidas como Análise do
comportamento aplicada , abreviando do inglês ABA.
Muitas técnicas no início do behaviorismo radical foram utilizadas com pacientes
institucionalizados, com esquizofrenia, e com deficiências intelectuais. Na modificação de
comportamentos não adaptativos e no ensino de novos comportamentos.
Esquemas de reforçamento e procedimentos de extinção
Em 1961 Ayllon e Azrin cria um implemento um sistema de fichas em uma instituição com
pacientes com transtornos psicológicos. As fichas funcionavam como reforço por comportamentos
adequados e desejados, e podiam ser trocadas por uma série de privilégios na instituição
(sistema econômico).
Posteriormente, com as pesquisas na área, foi ressaltada também a importância do reforço social
e feedback nesses programas. É na mesma década que começam as pesquisas e intervenções
com crianças autistas e com outras deficiências. Na mesma época, fora da clínica, foram criados
e implementados outros métodos e técnicas de ensino voltados diretamente para a educação
(básica e superior) . Skinner com a máquina de ensinar e Fred keller com a programação de
ensino.

O surgimento das abordagens cognitivo comportamentais


No final dos anos 60, aumento número de críticos do modelo animal de condicionamento reflexo
(metodológica S-R).
Um dos mais famosos foi Albert Bandura 1925/2021 ( avô da cognitiva). Ele foi também um
crítico do modelo de condicionamento operante, de Skinner, criando o movimento mediacional.
Para o autor, um dos problemas da aprendizagem pelas consequências é que o organismo deve
sempre se comportar, (responder), antes de aprender.
Ou seja, para que ocorra as consequências, deve haver resposta, mas como haveria resposta
sem que o organismo fosse exposto a consequências ?
Bandura então cunhou o termo de aprendizado por modelação , frequente entre seres humanos
e se dá pela observação.
Ou seja, aprendizado pelo modelo observado.
A observação e aprendizado por moderação implica processos cognitivos importantes que
envolvem atenção, julgamento sobre o modelo e as consequências do comportamento deste.
Indicando que a mediação cognitiva influencia o comportamento.
Da mesma forma, as respostas do indivíduo são também conceituadas e julgadas através das
consequências obtidas e a partir desta observação o indivíduo consegue discernir entre respostas
adequadas ou inadequadas.
Dessa forma, a resposta é emitida também pela capacidade do indivíduo de prever as
consequências futuras. Dentre os conceitos importantes da autoria da aprendizagem social de
Bandura, temos a de auto eficácia: crença que uma pessoa tem de que será capaz de realizar
um determinado comportamento.
A criança de auto eficácia é que vai delimitar sua determinação e enfrentar as situações de
obstáculos, assim como seu início e sua perseverança.
Outros pesquisadores e psicólogos começaram a defender a posição de Bandura sobre as
cognições sendo mediadoras do comportamento.
Os behavioristas, no entanto argumentam que a predição, observação, modelação, e outras
coisas, não são processos cognitivos diferentes de qualquer outro pensamento e, portanto, são
também comportamentos .
E lembrando: nessa época as teorias psicodinâmicas baseadas na psicanálise estão sendo
deixadas de lado em prol de terapias e práticas científicas ou seja, que teriam sua eficácia
comprovada. O Behaviorismo vai deixando a psicanálise de lado nos EUA

Outro fator histórico que auxiliou no crescimento da influência cognitiva foi o avanço tecnológico
e os modelos de processamento de informação que passam a ser cada vez mais aplicados
em constructos clínicos.
Nessa época, muitos terapeutas comportamentais se aliam as teorias mediacionais e formam o
que chamamos de cognitivo- comportamentais. Aumentando a influência da TCC.
As abordagens cognitivo comportamentais são diversas, principalmente devido à linha teórica que
seguiam seus precursores.
No entanto, a premissa básica refere-se a existência de um processo interno e o culto de
cognição, sendo o comportamento mediado por processos cognitivos.
Ou seja, não é o evento em si que nos provoca bem ou mal estar, mas o processamento
desses eventos.
Apesar desse ponto central em comum, uma das diferenças existentes entre os modelos teóricos
da TCC está no papel das cognições e das emoções .
Para alguns autores, como Beck e Ellis, as cognições são mediadoras do comportamento e
influenciadoras das emoções, embora as emoções também influenciam as cognições.
Os autores, no entanto, colocam a emoção como preponderante na influência do comportamento.

Albert Ellis
Modelo ABC
Propõe que:
Sintomas e consequências neuróticas ( C - Consequances) são determinados pelos sistemas de
crenças do indivíduo ( B - Beliefs) com relação aos fatores ativadores ( A - Activanting events).
Neste modelo, a intervenção busca identificar e contestar crenças irracionais para que o indivíduo
com teste.

Aaron Beck
Enfatiza que os pensamentos influenciam as emoções e comportamentos. O pensamento
ocorre em três níveis:
1 - pensamentos automáticos- avaliações de eventos (vou me ferrar nessa matéria).
2 - crenças intermediárias - suposições e regras- menos associadas a eventos específicos e
menos acessíveis a consciência (se eu falhar, quer dizer que eu sou incapaz).
3 - crenças centrais - o nível mais global da cognição. Construídas no início do desenvolvimento
e fortalecidas durante a vida (eu sou incapaz).
Se o indivíduo possui uma crença central (por exemplo:" eu sou incompetente"), ele criará
suposições para enfrentar essa crença (por exemplo: "se der o melhor de mim e me esforçar ao
máximo serei aceito pelos outros, se eu demonstrar ansiedade significa que eu sou incapaz").
Tais crenças predispõe esse indivíduo a desenvolver formas tendenciosas de interpretar eventos
específicos.
Além disso, na teoria de Beck ainda é adicionado o conceito de esquema , enquanto grupos de
crenças que organizam novas informações de um modo significativo, determinando como os
fenômenos são percebidos e organizados.
São filtros de processamento das informações.
Esquemas adaptativos possibilitam avaliações flexíveis e realistas, enquanto esquemas
desadaptativos são rígidos e levam a distorção da realidade.
" O objetivo da terapia cognitiva é ajudar o cliente a desenvolver habilidades para
identificar as suas distorções cognitivas e explorar novas formas de entender as suas
experiências a estratégia da abordagem é colaborativa de modo que ajuda o indivíduo a
construir os próprios recursos para testar a validade de suas interpretações"
Da mesma forma que aquela revisão feita para investigar os efeitos da terapia psicanalítica, foram
feitas algumas revisões da literatura sobre a terapia cognitiva e avalia-se que são eficazes no
tratamento da depressão maior, transtorno da ansiedade, transtornos alimentares, abuso de
substâncias, problemas conjugais e outros.
Atualmente as teorias de abordagem cognitiva comportamentais são as mais influentes e
preferidas por psicólogos. Dependendo da localidade. Tendo grande crescimento nos últimos 20
anos.

Falcone, E. As bases teóricas e filosóficas das abordagens cognitivo-comportamentais. In:


JACÓ- VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia:
Rumos e Percursos. 3a ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (pg 223-244)
Bibliografia indicada pelo site da UNIP
Aula 2 - 15/02
Pressupostos fundamentais da teoria da terapia cognitiva
Bibliografia de apoio é do Beck, Cap. 1 que se chama: O poder integrador da terapia cognitiva

*Introdução*
Vamos ver a importância da psicologia cognitiva e a sua entrada na arena da controvérsia
(disputas teóricas entre comportamental psicanálise e outras). E como para Beck pai a teoria
cognitiva poderia servir "como um paradigma unificador ou integrativo para psicopatologia e a
psicoterapia efetiva".
*Mas como integrar as diferentes abordagens de psicoterapia?*
Ainda mais pensando em diversas dualidades teóricas e práticas? (Mental x comportamental ;
dimensão interna x externa, etc.).
Para Back, a cognitiva é uma junção de várias teorias para fazer uma melhor
*A teoria*
A psicologia cognitiva reconhece a estrutura biopsicossocial na compreensão do ser humano. Ou
seja produto de uma fisiologia e de uma cultura. No entanto deixa claro que sua atenção é sobre
os processos cognitivos. Segundo back as coguinições complementam e subordinam outros
conceitos de outras abordagens, como desejo inconsciente ou o reforço.
*Cognição* - processo de conhecimento através dos quais um organismo adquire, trata,
conserva, pondera e explora informação.
Estão envolvidos aí então a *atenção, a percepção, o raciocínio, o pensamento, a memória*
etc.
A natureza e a função do processamento de informação (i.e., atribuição de significado), constitui a
chave para entender o comportamento mal adaptativo e os processos terapêuticos positivos.
Aaron Beck entende a psicoterapia cognitiva enquanto uma teoria das teorias, pois tem
como alvo as teorias individuais e idiossincráticas das pessoas ao processarem informação de
suas experiências ponto final ao mesmo tempo a teoria cognitiva é a forma de se entender o ser
humano por meio do enfoque nas cognições.
No processamento de informações o organismo aciona ou cria conceitos e teorias informais que,
em certas condições, podem ser disfuncionais ou mal adaptadas.
Enquanto a teoria da terapia cognitiva formal é utilizada para corrigir essas teorias e conceitos
pessoais e incorretos.
Apresentação da aula:
1- desenvolvimento inicial
2-uma afirmação formal da teoria
3-outras questões teóricas

1-desenvolvimento inicial
"A terapia cognitiva é a aplicação da teoria cognitiva de psicopatologia ao caso individual. A teoria
cognitiva relaciona os vários transtornos psiquiátricos a variáveis cognitivas específicas E inclui
um conjunto formal e abrangente de princípios, ou *axiomas* ".

*Desenvolvimento inicial da teoria cognitiva:*


Aaron Beck- 1956
Médico, deformação psicanalítica começou a se incomodar com a falta de evidência científicas no
tratamento da depressão dentro da psicanálise. Segundo back, Freud afirmava que, em uma
estrutura de personalidade depressiva, apresenta-se uma "hostilidade retrofletida".
Necessidade de sofrer. Como um masoquismo. No entanto, de acordo com beck, estudos
empíricos e observações clínicas mostravam evidências contrárias a essa explicação freudiana.
O resultado foi a reformulação do conceito de depressão enquanto um transtorno caracterizado
por profunda tendência negativa. Visão negativa do self, contexto e objetivos, e expectativa de
resultados negativos sobre eventos. Ou seja, essas distorções do indivíduo com depressão,
caracterizariam uma teoria pessoal e informal no processamento de informações.
Resumidamente, o surgimento da teoria cognitiva acontece por questões teóricas e de
investigação de efetividade de intervenções terapêuticas.
((Além disso, podemos observar que, vinculada ao que vimos na aula passada, esse era
um ambiente profico para o surgimento de outras teorias sobre a psique humana)).

*Uma afirmação formal da teoria cognitiva* ATENÇÃO: FOCAR NOS AXIOMAS


AXIOMAS: AFIRMAÇÕES QUE VAMOS CONSIDERAR COMO VERDADEIRAS
O sistema axiomatizado, sugerido por karl Popper, deve suportar um teste rigoroso, que
"pressupõe que ele está naquele momento suficientemente definido e em sua forma final para
tornar impossível que novas pressuposições sejam introduzidas clandestinamente".
Ou seja, quando descrevemos uma teoria em axiomas ( postulados), estamos tentando
esclarecer e definir uma teoria científica.
De acordo com o critérios formais de como deve ser uma teoria científica, desenvolvidos por
Popper, Beck oferece os 10 axiomas da teoria:
1- o principal caminho de funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de
cognição com significado denominados ESQUEMAS. ( Significado é interpretação da pessoa
sobre o contexto e a relação do contexto com o self).
2- a função da atribuição de significado é controlar sistemas psicológicos (exemplos:
comportamental, emocional, atenção, memória). Portanto o significado ativa a estratégias de
adaptação.
3-as influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas.
4- cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de
emoção, memória e comportamento. Isso se chama *especificidade de conteúdo cognitivo*
5- apesar de os significados serem construídos pela pessoa em vez de pré-existirem na
realidade, eles são incorretos ou corretos em relação ao contexto. Quando ocorre distorção
cognitiva, o significado são disfuncionais ou mal adaptativos. Os erros podem estar no: conteúdo
cognitivo (significado); ou ambos.
6-indivíduos são predispostos a criarem distorções cognitivas ponto final essas predisposições as
distorções são chamadas de vulnerabilidades cognitivas. As vulnerabilidades específicas levam o
indivíduo a síndromes específicas; *especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva* andam
juntas.
7- a psicopatologia é o resultado do significados mal adaptativos construídos em relação ao self,
ao contexto (experiência), e ao futuro (objetivos), que juntos são denominados TRÍADE
COGNITIVA. Cada síndrome clínica tem significados mal adaptativos associados aos
componentes da tríade. FOCAR NA TRÍADE
Na depressão são todos interpretados negativamente.
Não cidade, o selfie é visto como inadequado (recursos deficientes). O contexto é perigoso e o
futuro parece incerto.
Em transtornos paranoides- Self (maltratado e abusado). Contexto ( injusto e contra seus
interesses).
Portanto, *há uma relação entre a especificidade de conteúdo e a tríade cognitiva*
8- há dois níveis de significado: a) *Significado Público* ou objetivo de um evento, que pode ter
poucas implicações para um indivíduo; b) *Significado pessoal ou privado* , que tem implicações
ou generalizações extraídas da ocorrência de um evento.
9- Há 3 níveis de Cognição: a) *pré- consciente* , ou não intencional, ou automático;. b) *nível
consciente* ; c) *nível metacognitivo* , que inclui respostas realísticas o racionais (adaptativas).
Apesar de muito importantes, é o nível consciente o mais importante na clínica.
10- Os ESQUEMAS evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente, e são, portanto,
estruturas teleonômicas. Ou seja, não são adaptadas ou desadaptadas em si, mas apenas em
relação *a* ou, no contexto ambiental social e físico.
Ou seja, os esquemas não tem progressão definida, são contingentes ao ambiente ponto final ser
ou não adaptativa vai depender do que costumamos falar na psicologia sobre causar sofrimento a
si e aos outros, ou não.
FOCAR NOS ESQUEMAS

Os axiomas podem ser interligados e trabalhos entre si para a criação de novas hipóteses, por
exemplo:
Usa axiomas 4 e 6 sobre a especificidade do conteúdo cognitivo e a vulnerabilidade cognitiva
ponto final esse surgiram na criação de hipóteses sobre a previsão da instalação da depressão.
Outro ponto importante é que esses axiomas não são estáticos.
De acordo com Popper: " a ciência nunca persegue o objetivo ilusório de tornar suas
respostas finais... Seu avanço é, preferivelmente, em direção ao objetivo infinito, contudo,
alcançável de sempre descobrir problemas novos, mais profundos e mais gerais e de submeter
suas respostas sempre experiênciais a testes continuamente renovados e invariavelmente mais
rigorosos".

*Outras questões cognitivas*

*Processamento cognitivo automático:*


O processamento automático também pode ser chamado de cognição pré-consciente, por que
apesar de não serem sempre identificados conscientemente, os conteúdos cognitivos determinam
experiência consciente, afetos e comportamentos. A esses tipos de processamento cognitivo pré-
consciente, vamos dar o nome de *pensamentos automáticos*

*A natureza construtivista do significado*


Beck afirma que qualquer comportamento humano normal depende da capacidade da pessoa
compreender a natureza do ambiente social e físico dentro do qual está situado ponto final ou
seja, ele traz a ideia de uma realidade objetiva e uma realidade pessoal, subjetiva,
fenomenológica. Beck afirma que a existência de uma realidade objetiva não exclui uma realidade
construída subjetivamente pelo indivíduo ponto final no entanto, **o indivíduo que se situa
apenas na realidade construída é aquele que se encontra em estado psicopatológico
**
O trabalho do terapeuta é trazer a realidade objetiva ao paciente.

*Teorias da personalidade*
Enquanto outras teorias psicológicas recentes e pautadas na ciência compreendem que uma
personalidade é a soma de todas as ações, processos, emoções e vivências de organismo
dotado de genética em um contexto específico, a teoria de Beck nos diz que muitas dessas
variáveis são condicionadas pelos esquemas, e estes, juntamente com suas predisposições
acabam dando uma concepção diferente para a personalidade.

*Aliando-se a conceitos psicanalíticos da personalidade:*

"A definição cognitiva de personalidade inclui processos esquemáticos individuais, que


teoricamente determinam a operação dos principais sistemas de análise psicológica (e.g.,
motivação, cognição, emoção, etc...) Pg. 33.
E relacionado a padrões de adaptação ambientes sociais e biológicos, compondo sistemas de
organização cognitiva afetiva e comportamental.
Não há, no entanto, estruturas fixas, e sim estruturas que podem ou não cair em funcionamento
psicopatológicos (a questão da natureza teleonômica dos esquemas, ou seja, estão contingentes
aos eventos e ambientes, enquanto na psicanálise estas estruturas são muito mais inflexíveis).
FOCAR NO TELEONÔMICAS

Aula 3
Cap. 1 da – Terapia Cognitivo Comportamental – o livro da Judy B.

Princípios da terapia cognitiva


Judith Beck vai falar de clínica e psicoterapia cognitiva que será
guiada por 10 princípios.

Recapitulando a história da terapia cognitiva

Terapia cognitiva, assim como sua teoria da psicologia cognitiva, foram fundadas por Aaron Beck,
no início da década de 60.
Psicoterapia breve, estruturada, orientada ao paciente especificamente para depressão, na
mudança de pensamentos e comportamentos disfuncionais.
Resumidamente, o modelo cognitivo nos diz que o pensamento distorcido ou disfuncional está
presente em todo e qualquer distúrbio psicológico. Sua mudança, portanto, altera o
comportamento e o humor.
Comentário do professor: o foco é mudar os pensamentos e a partir disso muda-se o humor e
comportamentos.
Ou seja, a influência do *dar significado* para os sistemas emocionais e comportamentais

Observação do professor: Em comparação com as outras abordagens a psicologia


cognitiva é bem estruturada.

Desde 1977 a psicoterapia cognitiva vem sendo estudada de forma experimental, com sua
eficácia sustentada por diversas publicações.
O menor Melissa de aplicações e vantagens da terapia cognitiva...

*Os 10 princípios da terapia cognitiva*


Segue um relato de caso com o qual vamos trabalhar em sala de aula, do livro da Judith Beck

A paciente se chama *Sally* (considerada paciente ideal)


Ela é uma mulher solteira de 18 anos, caucasiana, que buscou outro tratamento durante o
segundo semestre da faculdade, com queixa de depressão e leve ansiedade nos últimos quatro
meses. Apresenta dificuldade em suas atividades diárias.
*_DSMIV_* - episódio depressivo maior de severidade moderada

Vamos ver a transcrição da quarta sessão:


O terapeuta fala para a série: _ok Celi você disse que desejava conversar sobre o problema de
encontrar um emprego de meio período?_
A paciente responde é, eu preciso do dinheiro... Mas eu não sei.

O terapeuta percebendo que a paciente parece mais disfórica pergunta:


_O que está passando pela sua mente agora?_

A paciente responde: Que eu não serei capaz de dar conta de um emprego.

O terapeuta pergunta:
_E como isso faz sentir-se?_

A paciente responde: Triste. Realmente para baixo.

O terapeuta fala: _Então você tem o pensamento "eu não serei capaz de dar conta de um
emprego "e esse pensamento a face ficar triste. Quais são as evidências de que você não seria
capaz de trabalhar".

A paciente responde: bem eu estou tendo problema simplesmente em assistir as minhas aulas
até o fim.

O terapeuta fala: ok. O que mais?

A paciente responde: eu não sei... Eu ainda estou tão cansada. É difícil me fazer até mesmo sair
para procurar um emprego, quanto mais para ir ao trabalho todos os dias.

Sally é capaz de identificar se o pensamento disfuncional ( eu não vou dar conta do emprego),
com perguntas padrão ( a paciente ideal). Em geral isso demora mais tempo e requer mais
esforços (não vem mastigado).

A terapia cognitiva deve se adaptar de caso a caso, no entanto deve seguir os 10 princípios
da terapia cognitiva.

Comentário do professor: objetivo central na psicoterapia é fazer com que o paciente termine as
sessões e se torne o terapeuta dele mesmo.

*Cuidado para não confundir com os 10 axiomas da teoria cognitiva da psicopatologia*.


Seguem os 10 princípios: falou bastante sobre
*Princípio 1-* a terapia cognitiva se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do
paciente e de seus problemas em termos cognitivos ponto final essas formulações se apoiam em
3 pontos
* O pensamento atual, que mantém o sentimento, e seus comportamentos problemáticos.
*Os fatores precipitantes do problema ( no caso de Sally a depressão)
*Eventos desenvolvimentos e padrões duradouros de interpretação destes eventos (história de
vida que explique possíveis crenças).
Ao início da terapia, o terapeuta já começa a fazer a conceituação cognitiva e ao longo das
sessões vai refinando esta conceituação.

Comentário do professor: no mesmo dia o terapeuta começa a construir um organograma, ou seja


o mapa do funcionamento cognitivo do paciente com hipóteses das suas crenças centrais
pensamentos, crenças intermediárias, situações e, em todas as sessões esse mapa é atualizado.

*Princípio 2* a terapia cognitiva requer uma aliança terapêutica segura ponto final
principalmente no caso da depressão, a uma dificuldade intrínseca de confiar e trabalhar com
terapeuta ponto final é importante portanto o acolhimento a escuta e o cuidado.

Comentário do professor: a paciente pode ter dificuldades em fazer as tarefas que o terapeuta
solicita. Deve-se acolher, e escutar, ter bom senso e não julgar.

*Princípio 3*a terapia cognitiva enfatiza colaboração e participação ativa. Encorajado que o
paciente veja terapia como um trabalho em conjunto, em que ambos vão decidir a frequência do
trabalho, os temas, as tarefas de caso, metas, etc.
*Meta na autossuficiência do paciente*

*Princípio 4*: a terapia cognitiva é orientada em metas e focaliza em problemas. Enumerar


problemas estabelecer metas específicas
( exemplo de problema: "sentir-se isolada;
Meta: fazer mais amigos ou ser mais íntima deles).
É importante avaliar a capacidade do paciente de lidar com, e resolver problemas.

Comentário do professor o foco do terapeuta é o sofrimento. Através da resolução de problemas


conseguimos avaliar o paciente. Uma das metas que podemos aplicar é pedir que ele não se
isole e faça mais amigos.
*Princípio 5*a terapia cognitiva inicialmente enfatiza o presente. Na maioria dos casos o trabalho
é bastante específico em relação aos problemas atuais e aflitivos para o paciente ponto final
geralmente a resolução desses problemas conduz a redução dos sintomas. Apesar disso, há uma
atenção muito grande para os fatores do desenvolvimento que possam explicar a gênese de suas
crenças ( base dos transtornos).

*Princípio 6*a terapia cognitiva é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta
enfatiza a prevenção da recaída. Está relacionado ao processo da terapia como um todo.

Comentário do professor: logo no início da terapia é interessante educar e socializar o paciente


na teoria cognitiva. Um folder por exemplo pode ajudar nessa educação.

*Princípio 7*a terapia cognitiva visa ter um tempo limitado ponto final a maioria dos pacientes
com esses sintomas precisam de 4 a 14 sessões ponto final em muitos casos há um período em
que as sessões são mais espaçadas, para preparar o paciente para o fim da intervenção e
prevenir a recaída.

*Princípio 8* As sessões de terapia cognitiva são estruturadas.


Nessas sessões o terapeuta verifica, solicita, estabelece topico, revisa, estabelece nova tarefa,
pede feedback.
Exemplo da sessão da Sally: o terapeuta: verifica seu humor; solicita a revisão da semana . E,
estabelece colaborativamente um tópico para a sessão; obtém feedback sobre a sessão anterior .
E, revise a tarefa de casa . E, estabelece Nova tarefa para casa; pede feedback no final da
sessão. *Esta estrutura pode mudar de pessoa para pessoa mais especialmente de diagnóstico
para diagnóstico* (mais difícil com pacientes com esquizofrenia, por exemplo).

Comentário do professor: se o paciente questionar sobre sua evolução não se deve dar respostas
afirmativas.

*Princípio 9* a terapia cognitiva ensina os pacientes a identificar avaliar e responder a seus


pensamentos e crenças disfuncionais ponto final como na transcrição da quarta seção da Sally.
*Identificação* do *problema* e do pensamento disfuncional, *examinar* as *evidências* sobre o
pensamento e *projetar* um plano de ação. Faz isso através do *Questionamento Socrático*

*Princípio 10* a terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento
ponto final técnicas variadas em que a base é a mesma, mas a ênfase diferente de acordo com o
transtorno.

Observe:
*Ansiedade generalizada* : enfatiza a avaliação de riscos e recursos da pessoa para
enfrentamento de situações de ameaça.

*Pânico* : testagem de interpretações errôneas catastróficas do paciente em relação às


sensações corporais ou mentais.

*Anorexia* : modificação de crenças do valor pessoal e auto controle.

*Desenvolvendo-se como terapeuta cognitivo: os 3 estágios*

Parece fácil ou difícil ser um terapeuta cognitivo?

O autor recomenda que iniciantes sigam um caminho em que passam por três estágios, até
desenvolverem as competências para ser um bom psicoterapeuta cognitivo.

Como requisito mínimo o iniciante deve me demonstrar:

*empatia,
interesse e competência*
para o paciente.

*Estágio 1*
Aprender a estruturar a sessão e utilizar técnicas básicas. Um exemplo de técnica básica é o
questionamento socrático.
Aprender habilidades básicas de conceituar um caso em termos cognitivos com base em
avaliação inicial.

*Estágio 2*
Aprender a integrar *conceituação* com conhecimento das *técnicas* . Estabelecimento de
fluidez nos processos de *identificação* de metas críticas da terapia . Final maior habilidade em
_conceituar os pacientes,_ refinando sua conceituação e fazendo decisões durante a própria
sessão. _Expandir o repertório de técnicas._

*Estágio 3*
In
tegrar automaticamente dados novos na conceituação.
Refinar habilidade de formular hipóteses e testá-las com o paciente.
Variar a estrutura e as técnicas de acordo com o contexto e o caso.

Aula 4

Elementos da conceituação cognitiva

Cap. ll Judite Beck

Palavras do professor: Os elementos da conceituação cognitiva são aqueles que começamos a


fazer desde o primeiro atendimento.

*Os elementos da conceituação cognitiva*

A conceituação cognitiva é uma conceituação que fornece a estrutura para o entendimento de


um paciente pelo terapeuta, pensando nas seguintes perguntas para iniciar o processo de
formulação de um caso:

1-Qual é o processo diagnóstico do paciente?


2-Quais são os seus problemas atuais como esses problemas se desenvolvem E como eles são
mantidos?
3-Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas; quais reações
(emocionais fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento?

Então, o terapeuta levanta hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem
psicológica particular:
*Hipóteses:*
* Quais experiências (e talvez predisposições genéticas) contribuem para seus problemas hoje?
*Quais são as crenças (incluindo atitudes expectativas e regras) e pensamentos?
*Como enfrentou suas crenças disfuncionais? Que mecanismos cognitivos, afetivos e
comportamentais, positivos e negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças
disfuncionais
*Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua
habilidade para resolver esses problemas?

*O modelo cognitivo*
Sempre lembrando que emoções e comportamentos são influenciados por sua percepção dos
eventos.

*Não é o evento que determina, mas como ela interpreta este evento*

Mesmo durante a aula agora, você está tentando entender as palavras e compreender uma linha
de raciocínio, e ao mesmo tempo tem pensamentos avaliativos sobre a aula e outras questões.
Esses pensamentos são chamados de *pensamentos automáticos* . Tem esse nome porque
*são involuntários.*

Palavras do professor: normalmente aceitamos os pensamentos automáticos sem


questionar.

*As crenças*

Palavras do professor: quando a crença é ativada você começa a ter pensamentos


negativos.

As crenças centrais são as mais profundas e surgem durante a infância, sobre o indivíduo,
outras pessoas e seu mundo. Essas crenças às vezes não são articuladas nem para pessoa, mas
são verdades absolutas.

Ex: "eu sou incompetente"

No entanto enquanto está ativada, a pessoa vai interpretar seus eventos a partir da lente
desta crença.

Lente: apesar de a crença ser uma inverdade, o indivíduo só vai enxergar informações que
confirma em sua crença e ignorar as outras informações que a contradizem.

(O famoso "viés de confirmação").

Talvez, outras pessoas inteligentes podem não entender também. Posso estar cansada, e isso
explica a dificuldade para acompanhar, etc... .

*Os elementos da conceituação cognitiva*


As crenças centrais são o nível mais fundamental de crença; elas são globais,
rígidas e supergeneralizadas.
Enquanto os pensamentos automáticos ( PA) são considerados os níveis mais superficiais da
cognição.

*Entre as duas:*
crença central X pensamento automático
*existem* :
as crenças intermediárias.

Podem ser identificadas enquanto: *atitudes, regras e suposições*

*Atitudes, regras e suposições*

Palavras do professor: são formas que criamos para lidar com as crenças centrais. A crença
central é a visão que você tem de você mesmo como um todo.

As crenças intermediárias surgem de crenças centrais, e consistem em atitudes regras e


suposições.
A atitude é a sua posição em relação a algo (por exemplo: "ser forte é bom "); a regra é algo que
você deve fazer/ter (por exemplo: "Eu não posso parecer fraco na frente dos outros "fecha
parentes; enquanto uma suposição é uma contingência como uma conclusão das anteriores: "se
eu for forte na frente dos outros, vou ser aceito ".
Essas crianças influenciam sua visão sobre a situação, que influencia seu pensamento, emoção e
comportamento.

Palavras do professor: ele deu exemplo: crença central: não sou forte. Crença intermediária: não
posso parecer fraco na frente dos outros. Quando o paciente fala: encontrei fulana e ela me
odeia. O psicólogo deve perguntar: Será que odeia mesmo?

Vamos ver: no exemplo anterior, do estudante com a crença de ser incompetente, ele apresenta
também:
*Atitude* : "é horrível ser incompetente ".
*Regras/espectivas* : "eu devo trabalhar o mais arduamente que puder o tempo todo ".
Suposição:"se eu trabalhar o mais arduamente que puder, posso ser capaz de fazer algumas
coisas que as outras pessoas fazem facilmente ".
*Relacionamento do comportamento com os pensamentos automáticos*

Ainda sobre o mesmo exemplo do leitor com a crença de ser incompetente, ele apresenta
também: crenças, comportamentos, emoções, respostas fisiológicas (todos estes são causados
por pensamentos distorcidos).
Exemplos:
*Crença central*
Eu sou incompetente
*Crença intermediária* se eu não entendo algo perfeitamente, então eu sou burro.
Uma situação gera pensamentos automáticos que geram reações.

Exemplos:
*uma situação: assistir aula

Gera*
*Pensamentos automáticos* : isso é difícil demais eu jamais entenderia isso.

*Afeta*

*Emocional* podendo causar:


Tristeza

*Comportamental* podendo causar:


Deita na mesa

*Fisiológica* :
Peso no abdômen

*Os elementos da conceituação cognitiva*

Ao terapeuta cognitivo importam as crenças disfuncionais, e outras mais adaptativas que


podem ser desenvolvidas e atendidas na terapia.

A terapia tem ênfase inicial nos pensamentos automáticos.


O terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e modificar seus pensamentos, a fim de
produzir alívio de sintomas.
Após isso, as crenças que estão por trás dos pensamentos de funcionais tornam-se o foco de
tratamento.

*Caso Sally*

Ela tem 18 anos é universitária e tem queixa de depressão e ansiedade.


Na *avaliação inicial* conta sobre sua vida e seus sentimentos e os motivos que levaram a
procurar terapia.

*Os elementos da conceituação cognitiva*

São feitas perguntas padrão, mas após saber o básico começa a fazer perguntas mais
específicas para a realização da conceituação cognitiva:

"Em que momento se sente pior? Na hora de dormir quando está deitada na cama.

"O que passa pela sua cabeça nesses momentos? "Que pensamentos e/ou imagens específicos
você tem?"

Pensamentos: "eu jamais serei capaz de terminar o meu trabalho do semestre ". Eu
provavelmente vou ser reprovada e deixarei a faculdade ". Eu jamais serei capaz de me
transformar em coisa alguma".

*As crenças centrais de Sally*

Ela tem um irmão mais velho, e quando criança vivia comparando os próprios desempenhos com
os dele, que era altamente ativo e muito habilidoso.

Logo foi criado crenças sobre " _não ser tão boa quanto ele_ ".

Além disso, e não menos importante, sua mãe fazia comparações e fortalecia suas crenças: "seu
irmão trouxe um boletim bom. Mas e você? Você nunca fez nada".

Na escola também se comparava com os outros. Sempre de forma muito crítica e


autodepreciativa.
Mesmo frente a informações que contradizem suas crenças, elas ignorava e atribuía seu sucesso
a facilidade da prova ou do texto dominado.

Mesmo quando virou a melhor dançarina de balé na escolinha, se comparava com a professora e
se sentia inferior.

Apesar disso, tinha incentivo do pai e de alguns professores, o que fez ela desenvolveu também
algumas crenças centrais positivas sobre si mesma.
Acreditando poder ser competentes se trabalhasse arduamente.
Acreditando até que poderia entrar na faculdade e se encontrar em uma posição mais difícil, as
crenças positivas e adaptadas a ajudar am, no entanto, nesta nova posição, as crenças negativas
foram ativadas.

*Os elementos da conceituação cognitiva*

*As atitudes, regras e pressupostos de Sally*

Em nível consciente e mais fáceis de serem modificadas, as crenças intermediárias de Sally


eram:
*"Eu deveria ser excelente em tudo o que eu tento fazer".
*"Eu deveria sempre dar o melhor de mim"
*"É terrível desperdiçar o seu potencial"
*"Pessoas que não fazem nada são horríveis"

*As estratégias de Sally*

Tentando evitar a rejeição dos outros, com base em suas crenças negativas ela se empenhava
arduamente nos estudos e nos esportes.
Se super preparava para as tarefas e provas.
Tornou-se hipervigilante sobre possíveis inadequações próprias e morria de medo dos outros
perceberem sua incapacidade.

*Os pensamentos automáticos de Sally*

Apesar de não articular as crenças (até entrar em terapia), ela era consciente dos seus
pensamentos automáticos em situações específicas.
No ensino médio, percebia que quando obtinha um sucesso, pensava em estudar mais e treinar
mais, enquanto ficava muito triste com algum fracasso.
Exemplo: quando decidiu jogar beisebol durante o ensino médio ela se empolgou e pensou: "vou
pedir para o meu pai treinar comigo "
Já durante a faculdade, depois da depressão, quando pensou em jogar beisebol com as amigas,
pensou: "eu não presto. Provavelmente eu nem conseguirei acertar na bola ".

Palavras do professor: a crença central não muda, é nós que erramos nas nossas hipóteses.

Ou seja, durante o período de ensino médio, as crenças positivas a faziam enxergar o mundo de
outras formas, mais adaptativas e boas para si.
Na faculdade ficou deprimida ao passar por alguns eventos negativos relacionados a seu
desempenho acadêmico (se comparar com outras colegas que teriam melhor preparação no
ensino médio do que ela).
A cada novo evento que fazia duvidar de si mesma, esses pensamentos passaram a deixá-la
cada vez mais deprimida.
Com as crenças negativas ativadas, passava a emitir pensamentos negativos.

Nesta parte da aula o professor coloca o exemplo do mapa mental e posteriormente ele
preenchido de acordo com as hipóteses levantadas sobre o caso da Sally. O professor comenta
que o mapa é uma representação que tem no livro e que é usado para observar os pensamentos
e tentar mudá-los. A cada sessão podemos pensar em um objetivo diferente. As mudanças, ou
seja, nossas crença central vai mudando. A cada mudança vamos refazendo o mapa.

*Segunda parte da aula -* baseada no cap. 9 do livro de terapia cognitivo comportamental.


Teoria e prática. Judite Beck.

*Identificação de pensamentos automáticos*

Palavras do professor: os pensamentos automáticos são involuntários principalmente os


distorcidos.

*Identificando pensamentos automáticos*

_Característica dos pensamentos automáticos_

Eles são um fluxo de pensamento que coexiste com o fluxo de pensamento mais manifesto.
Muitas vezes não é consciente.
*Afeta comportamento, emoção e fisiologia*
Exemplo de Sally ao ler o livro:
"Eu não entendo isso "(um pensamento disfuncional).
Uma resposta adaptativa seria algo como: "não estou entendendo bem, mas se eu tentar mais e
com mais calma, vou entender. E se não, não quer dizer nada ".

*O interesse do clínico da teoria cognitiva são os pensamentos automáticos


disfuncionais*
(Juntamente com resolução de problemas e estabelecimento de metas)

Muitas vezes, por ser inconsciente, a pessoa só percebe os efeitos do pensamento automático,
usualmente nas emoções.

Outras vezes o pensamento vem em forma de imagem:

Exemplo: "ao ouvir o terapeuta falar em tarefa de casa, Sally imagina a si mesma na
escrivaninha, tarde da noite, fazendo tarefa de casa e, sente cansaço ".

*Ao examinar o pensamento automático:*

VALIDADE: tem relação com a realidade?? (Pensamento pode começar válida: "nossa, eu errei".
E ser concluído de forma inválida:"minha amiga nunca mais vai falar comigo".)

UTILIDADE: em que ajuda esse pensamento??("se eu dormir agora só vou ter 5 horas de sono".
É válido, mas disfuncional, por gerar ansiedade e mais dificuldade de dormir).

Palavras do professor: a técnica é sempre realizada com questionamentos socráticos, ainda que
se saiba a resposta você deve continuar questionando.

Explicando os pensamentos automáticos para o paciente

Qual a última vez que você se sentiu mal? Você pode descrever a situação?
Que emoção você está sentindo? O que estava passando pela sua cabeça?
Identificar e ensinar o paciente a identificar ele mesmo os pensamentos automáticos disfuncionais
para que consiga responder de forma adaptativa.
T: coloquemos isso no papel. Quando você teve o pensamento "eu jamais serei como aqueles
estudantes "você se sentiu triste. Você se deu conta de que o seu pensamento influencia o seu
estado de espírito?

P: Huh Huh

T: isso é o que nós chamamos de modelo cognitivo. O Que nós faremos na terapia é ensinar a
identificar seus pensamentos automáticos quando você perceber o seu humor mudando. Nós
continuaremos praticando isso até que seja fácil. Então, você aprenderá como avaliar seus
pensamentos e mudá-los se eles não estiverem completamente corretos.

Ansiedade e respostas adaptativas

Obtendo os pensamentos automáticos

Como obter o pensamento automático?


R: existem duas formas:
*A primeira* é identificar pensamentos automáticos que o paciente está tendo na própria sessão
e
*a segunda* é levantar pensamentos automáticos em uma situação problema, por meio da
memória, construção de imagens, role playing (o mesmo que simulação de situações
cotidianas ) ou formulação de hipoteses.

*Obtendo os pensamentos automáticos:*

*1- obter pensamentos automáticos que surgem na sessão*

*Indícios não-verbais, como mudanças na expressão facial, enrijecimento de músculos,


mudanças de postura ou gestos de mão.
*Indícios verbais incluem mudanças em tom, altura volume ou ritmo da voz.

E aí perguntamos: o que está passando na sua cabeça agora?

Palavras do professor: nessa aula queremos identificar os pensamentos distorcidos que o


paciente tem.

*2-identificando os pensamentos automáticos em uma situação específica*


As mesmas perguntas e formas podem ser utilizadas para identificar os pensamentos
automáticos em outras situações, fora da sessão.
Se for insuficiente para obter os pensamentos automáticos, o terapeuta pede ao paciente para
imaginar a situação específica como se ela estivesse acontecendo neste momento.
*Role-play* : o paciente descreve "quem disse o quê" verbalmente, então o paciente
desempenha o papel de si mesmo enquanto o terapeuta faz o papel de outra pessoa na
interação.

*Identificando os pensamentos automáticos complementares*

Após identificar o pensamento automático é importante continuar o questionamento (se possível e


não invasivo), pois outros pensamentos podem aparecer. Inclusive sobre a própria reação
anterior.

*Exemplo de conversa entre paciente e terapeuta:*

T: então você teve o pensamento "eu poderia sentir-me embaraçado ". E você se sente ansiosa?
O que aconteceu depois?
P: meu coração começou a bater realmente rápido e eu pensei: o que há de errado comigo?
T: E você sentiu...?
P: mais ansiedade
T: E então?
P: eu pensei "eu jamais me sentirei bem".

*Ensinando os pacientes a identificar pensamentos automáticos*

Palavras do professor: o objetivo é conseguir que o paciente identifique as distorções e consiga


lidar com isso no futuro.

T: Sally, quando você percebe o seu humor mudando ou piorando na semana que vem, você
poderia parar e perguntar a si mesmo "o que está passando pela minha cabeça nesse exato
momento?"

*Outras técnicas:*
T: às vezes você pode não ser capaz de dizer o que você estava pensando. Então, no momento
ou mais tarde, você poderá tentar o que nós acabamos de fazer aqui na sessão. Repita a cena
tão vividamente quanto você puder na sua imaginação, como se ela estivesse acontecendo agora
e, concentre-se em como você está. Então pergunte a si mesmo "o que está passando pela
minha cabeça? ". Você acha que eu poderia fazer isso? Ou nós deveríamos praticar de novo?

*Focalizando um pensamento automático*

Tendo decidido prestar atenção a um pensamento automático, o terapeuta tenta confirmar se vale
a pena explorá-lo, perguntando o seguinte:
*1-* quanto você acredita nesse pensamento agora de ( 0 a 100%)?
*2* -como esse pensamento faz sentir-se (emocionalmente)?
*3* -conforte de (0 a 100%) é essa emoção?

Palavras do professor: essas três questões acima são importantes porque é uma forma que
auxilia o paciente a identificar suas batalhas.

Se o paciente acredita fortemente e o afeta muito (emoção), o terapeuta pode decidir se focalizar
nele e o trabalho se orienta para que o paciente encontre uma resposta adaptativa.

*Para resumir:*
As pessoas com transtornos psicológicos cometem erros previsíveis em seu pensamento.
O terapeuta cognitivo ensina os pacientes a identificar seu pensamento disfuncional então a
avaliá-lo e modificá-lo.
*O processo inicia com o reconhecimento de pensamentos automáticos específicos em situações
específicas* .
Identificar pensamentos automáticos é uma habilidade que vem fácil e naturalmente para alguns
pacientes e é mais difícil para outros.
O terapeuta precisa escutar cuidadosamente para assegurar que um paciente está relatando
pensamentos reais e pode precisar variar seu questionamento quando o paciente não identifica
prontamente seus pensamentos.

Aula 5
AVALIANDO OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
BECK, J. S. Terapia Cognitivo-Comportamental. Teoria e Prática. 2 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2013. Cap. 11

AVALIANDO OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS


Vamos falar de pensamentos automáticos distorcidos
Como já vimos até aqui, todos têm milhares de pensamentos automáticos todos os dias. E
nossos pacientes também têm.
Todos nós temos pensamentos automáticos. Às vezes eles são distorcidos, porém as pessoas
com transtornos possuem esses pensamentos ainda mais distorcidos.
No entanto, para uma sessão de terapia, o terapeuta deve selecionar poucos desses PAs para
avaliar.

Hoje vamos ver como selecionar os pensamentos automáticos mais importantes para a avaliação,
bem como ensinar o paciente a fazer o mesmo.

O que fazer depois de identificar o PA???

Decidindo sobre o que fazer com o pensamento automático

Precisamos durante a sessão investigar os sinais. Se em algum evento a pessoa


conta que ficou mal precisamos perguntar para ela o que pode ter gerado essa emoção e
esses pensamentos. Exemplo: Juliana não me responde no whats, ela me odeia.
Você pergunta:
o que ocorreu antes desse pensamento?
Onde você estava?
Que crédito você dá para isso,?
O que você fez depois disso?
Para selecionar um pensamento mais importante para avaliação, ou A terapeuta cognitiva pode
agir de diferentes formas.

O QUE FAZER DEPOIS DE IDENTIFICAR O


PA( pensamento automático)???
1- Focalizar o pensamento automático
Quanto de crédito você deu a esse pensamento ?
Como esse pensamento fez você se sentir emocionalmente?
O que você fez após ter tido esse pensamento?
2- Descobrir mais sobre a situação associada ao pensamento automático
O que aconteceu antes de você ter esse pensamento?
Quando isso aconteceu?
Onde você estava?
Conte-me mais sobre a situação...
3. Explorar quão típico o pensamento automático é.
"Quão frequentemente você tem esse tipo de pensamento?" "Em que situações?" "Quanto
esse tipo de pensamento incomoda você?"
Precisamos investigar quanto que esse pensamento incomoda a pessoa. Precisamos
identificar outros pensamentos ou imagens que surgiram decorrentes desse primeiro
pensamento.
4. Identificar outros pensamentos e imagens automáticos nessa mesma situação.
"Alguma coisa mais passou pela sua cabeça?" "Quaisquer imagens ou figuras?
5. Fazer a resolução de problemas da situação associados com o pensamento
automático.
"Quais são as coisas que você podería fazer sobre isso?" "Como você lidou com esse tipo de
coisa antes? O que você gostaria de poder fazer?"
Deve-se buscar trabalhar com a pessoa também na resolução dos problemas. Pode ser um
processo interventivo que inicia-se a partir da primeira sessão. Lembrando que a sessão inicial
é a anamnese e ela antecede a primeira sessão.
6. Explorar a crença subjacente ao pensamento automático.
"Se esse pensamento fosse verdadeiro, o que ele significaria para você?"
Às vezes as crenças da pessoas são mais rígidas utiliza-se então a técnica da flecha
descendente e tentaremos descobrir o que significa de fato para pessoa aquele pensamento.
Nosso trabalho vai basicamente identificar essas distorções que causam esse pensamento e
devemos deixar claro para pessoa que são eles que estão causando sofrimento.
7. Passar para outro tópico.
Ok. Eu acho que eu entendo isso. Você pode contar-me o que mais aconteceu esta semana?
O terapeuta fala para paciente: o que passou pela sua cabeça quando você não conseguiu
encontrar o livro que precisava?
Paciente responde: que eles são tão ineficientes lá. O sistema é tão insatisfatório.
Terapeuta: como esse pensamento a fez se sentir?
Paciente: frustrada.
Terapeuta: qual frustrada?
Paciente: 90%
Terapeuta: então o que aconteceu?
Paciente: eu disse "para o inferno com isso" E voltei para o meu quarto e trabalhei nos meus
problemas de química em vez disso.
Terapeuta: o que aconteceu com o seu humor então?
Paciente: eu me senti melhor. Eu terminei pedindo emprestado o livro da Lisa ponto final no
entanto, eu tenho que devolvê-lo na segunda-feira.
Terapeuta: então você resolveu o problema ponto final alguma coisa mais importante sobre isso
antes que nós passemos adiante?

Palavras do professor: nem todo pensamento distorcido e sentimentos vamos focar.

PARA SABER QUAL DESSAS OPÇÕES DEVEMOS ADOTAR, DEVEMOS LEVAR EM CONTA
QUAL O OBJETIVO DA SESSÃO (CONSIDERANDO O PLANEJAMENTO) QUE IRÁ AJUDAR
REALMENTE O PACIENTE PONTO FINAL EXEMPLO: O PROBLEMA DE SALLY NA
BIBLIOTECA

Avaliando os pensamentos automáticos


Palavras do professor: vamos ajudar o paciente a questionar esse pensamento automático

Aqui, o terapeuta julga que pensamento automático, embora aflitivo no momento, não requer
discussão adicional porque:
1-Sally não estava mais angustiada por ele,
2-Sally agiu de forma funcional,
3-a situação foi resolvida,
4-havia problemas mais prementes no roteiro e
5-Sally provavelmente não exibir um padrão disfuncional nesse tipo de situação

Focalizando um pensamento automático


FOCALIZAR= alvo

Após decidir prestar mais atenção a um pensamento automático específico, o terapeuta cognitivo
deve investigar se vale a pena explorá-lo mais profundamente.

1-quanto você acredita nesse pensamento agora de (0 a 100%)


2-como esse pensamento a faz se sentir emocionalmente?
3-quão forte de 0 a 100 é essa emoção?

Palavras do professor: se a pessoa acredita muito o terapeuta vai então focar nessa situação.

FOCALIZANDO UM PENSAMENTO AUTOMÁTICO

Após obter um quadro mais completo sobre o Pensamento Automatico, o terapeuta irá:
*Conceituar para o paciente ou para si mesmo como esse PA se encaixa em sua conceituação
copriva Sera que esse e mais um exemplo de como você sempre pensa?"

*Usar o Pensamento Automático para com o paciente, fortalecer o Modelo Cognitivo "Então nessa
situação você teve esse pensamento que te fez se sentir assim. Certo?".
*Ajudar o paciente a questionar o pensamento, ajudando-o a Responder a esse pensamento:

Quais são as evidências de que isso é verdade?

Trabalhar na resolução do problema "O que você pode fazer para evitar isso?”

Usar a técnica da flecha descendente para descobrir uma crença subjacente. A técnica consiste
em perguntar a que significa para o paciente se aquele pensamento for verdadeiro. Se isso é
verdade, o que isso significa para (crença intermediara) você?

AVALIANDO OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

QUESTIONANDO OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

Tendo separado um pensamento automático, determinado que ele é importante e aflitivo e


identificado suas reações acompanhantes (emocionais, fisiológicas e comportamentais), o
terapeuta pode decidir ajudar o paciente a avaliá-lo.

Temos que ter atenção para não simplesmente Desafiar o PA


Não se trata de simplesmente dizer que o paciente está errado, mas de, juntos, avaliarem a
veracidade e utilidade do pensamento.

E o terapeuta faz isso por meio do questionamento socrático.


O terapeuta fala para paciente: o que passou pela sua cabeça quando você não conseguiu
encontrar o livro que precisava?
Paciente responde: que eles são tão ineficientes lá. O sistema é tão insatisfatório.
Terapeuta: como esse pensamento a fez se sentir?
Paciente: frustrada.
Terapeuta: qual frustrada?
Paciente: 90%
Terapeuta: então o que aconteceu?
Paciente: eu disse "para o inferno com isso" E voltei para o meu quarto e trabalhei nos meus
problemas de química em vez disso.
Terapeuta: o que aconteceu com o seu humor então?
Paciente: eu me senti melhor. Eu terminei pedindo emprestado o livro da Lisa ponto final no
entanto, eu tenho que devolvê-lo na segunda-feira.
Terapeuta: então você resolveu o problema ponto final alguma coisa mais importante sobre isso
a…

Questionando os pensamentos automáticos

Muitas vezes os pensamentos não são errados completamente. Frequentemente parte deles é
verdadeira. Devemos lembrar que as melhores mentiras são aquelas com fundo de verdade.
Vamos questioná-los juntamente com o paciente, sem tentar provar um ponto, mas realmente
investigando sobre a situação.
1- Quais são as evidências?
Quais são as evidências que apoiam essa ideia?
Quais são as evidências contra essa ideia?
Deve-se investigar as evidências sobre a validade do pensamento do paciente

2-existe uma explicação alternativa?


A partir das evidências contrárias, tenta se encontrar uma explicação diferente razoável para
interpretar a situação problemática.

3-Qual é o pior que poderia acontecer?


Eu poderia superar isso?
O que é melhor que poderia acontecer?
Qual é o resultado mais realista?
Aqui o terapeuta examina os resultados nos casos: da veracidade do pensamento automático. Da
inveracidade do pensamento automático. E da situação mais realista.

4-o que eu diria a____(um amigo ou amiga) se ele ou ela estivesse na mesma situação?
Aqui podemos inserir o nome de algum amigo ou amiga do paciente que conhecemos.
Essa pergunta se adequa para a continuação da resolução do problema.
Não precisamos aplicar todas as perguntas para cada pensamento automático avaliado mas elas
podem ser bons guias nesse trabalho.
Ensinando o paciente avaliar e questionar um pensamento automático (PA)

Após esse trabalho, devemos avaliar novamente o quanto o paciente ainda acredita no
pensamento disfuncional e o quanto sua emoção ainda é negativa. Isso é necessário para avaliar
se o trabalho realizado trouxe reais benefícios.

Ajudando o paciente a avaliar seus pensamentos

Explicar novamente sobre as perguntas que devem ser feitas para avaliar um pensamento.
(O paciente deve saber identificar os pensamentos automáticos antes disso)

Palavras do professor: ao final dos trabalhos perguntar como a pessoa está ponto final se o
paciente dissesse sentir melhor você pode pedir que ele use isso de modelo para que em
situações parecidas ele faça isso sozinho. Na terapia cognitiva tudo o que faremos teremos que
ensinar o paciente a fazer também.

Deixar claro que é um trabalho difícil e tentar prevenir que o paciente se sinta pior ao não
conseguir fazer essa avaliação sozinho.

A última pergunta é especialmente importante quando o paciente está fazendo esse trabalho
sozinho. Criando distanciamento entre ele e a situação vivida.
O terapeuta iniciante é aconselhador a utilizar a lista de perguntas padrão apresentada acima.

Mas essas perguntas podem e deve ser modificadas para pensamentos automáticos específicos
(cada caso é um caso).

Identificando as distorções cognitivas

Distorções cognitivas

Como temos visto, os pacientes com transtornos psiquiátricos têm uma tendência a cometer erros
de pensamento constantes.
É importante que o terapeuta anote os tipos de erros cometidos e os mais comuns. Mais tarde no
processo terapêutico deve também ensinar o paciente a ele mesmo rotular esses tipos de
distorções. Embora alguns pensamentos automáticos sejam verdadeiros, muitos são falsos ou
apenas possuem algumas parcelas de verdade.

Erros típicos de pensamento incluem:


1-pensamento do tipo tudo ou nada (também chamado de pensamento preto e branco, polarizado
ou dicotômico). Você vê uma situação em apenas duas categorias em vez de em um contínuo.
Exemplo: "se eu não for um sucesso total, eu sou um fracasso ".
2-catastrofizando (também denominado adivinhação). Você prevê o futuro negativamente sem
considerar outros resultados mais prováveis. Exemplo: "se eu for mal na prova nunca vou me
formar em nada. "
3-desqualificando ou desconsiderando o positivo: você e razoavelmente diz para si mesmo que
experiências, atos ou qualidades positivas não contam. Exemplo: "eu fiz bem aquele projeto, mas
isso não significa que eu seja competente: eu apenas tive sorte. "
4-argumentação emocional: você pensa que algo deve ser verdade porque você "sente" (em
realidade, acredita) isso de maneira tão convincente que acaba por ignorar ou desconsiderar
evidências contrárias. Exemplo: (síndrome do impostor)"eu sei que eu que eu estudo e entendo
da minha área, mas me sinto que não mereço estar aqui. "
5-rotulando: você coloca um rótulo global e fixo sobre si mesmo ou sobre os outros, sem
considerar que as evidências poderiam ser mais razoavelmente conduzidas a uma conclusão
menos desastrosa. Exemplo: "eu sou um perdedor", "Ele não presta", "eu sou preguiçoso".
6-magnificação/minimização: quando você avalia a si mesmo, outra pessoa ou uma situação,
você magnifica irracionalmente O negativo e/ou minimizo positivo. Exemplo: " receber uma nota
medíocre prova quão inadequada eu sou. Obter notas altas não significa que eu sou inteligente. "
7-filtro mental (também denominado abstração seletiva): você presta atenção indevida a um
detalhe ou evento em vez de considerar o quadro geral. Exemplo: "o encontro todo foi horrível"(foi
tudo legal, mas no final você tropeçou e saiu rolando no cinema. Todos riram... Experiência
própria.)
8-leitura mental: você acha que sabe o que os outros estão pensando assim ao considerar outras
possibilidades mais prováveis. Exemplo: " ele está pensando que eu não sei nada sobre esse
projeto. "
9-supergeneralização: você tira uma conclusão negativa radical que vai muito além da situação
atual. Exemplo: "(porque eu me senti desconfortável) com essas pessoas eu não sei fazer amigos
"
10-personalização: você acredita que os outros estão se comportando negativamente por sua
culpa, sem considerar as explicações mais plausíveis para o seu comportamento. Exemplo: "o
encanador foi seco comigo porque eu fiz algo errado."
11-declarações do tipo "eu deveria" e "eu devo"(também chamadas imperativas): você tem uma
ideia exata estabelecida de como você ou os outros deveriam comportar-se e você super estima
com o ruim é que essas expectativas não sejam preenchidas. Exemplo: "é terrível que eu tenha
cometido um erro. Eu deveria sempre dar o melhor de mim".
12-visão em túnel: você vê apenas os aspectos negativos de uma situação (mesmo sem saber
que podem existir coisas).
Exemplo "o professor não sabe fazer nada direito. Ele é crítico, insensível e ensina mal."

A utilidade dos pensamentos automáticos

Questionando a fim de avaliar a utilidade dos pensamentos automáticos

Quando um pensamento verossímil, ou então quando, mesmo provando sua inveracidade, o


paciente ainda acredita nele, partimos para avaliação da utilidade do pensamento.
Nesse caso perguntamos Qual foi o efeito de ter esse pensamento, ou então, em quais vantagens
e desvantagens de manter-se pensando dessa forma.

Terapeuta: Sally, você pode estar certo de que suas chances de obter o emprego de verão não
são boas. Mas qual é a vantagem de dizer para si mesma "eu jamais conseguirei"?
Paciente: bem, eu não ficarei tão decepcionada quando eu não conseguir.
T: e qual é a desvantagem de dizer isso de novo? Você pode ver que dizer que nunca vai
conseguir ter desvantagens?
P: posso. Me deixa triste de qualquer forma.
T: então, qual seria uma resposta útil, quando você tem o pensamento "eu jamais conseguiria o
emprego?"
P: que eu considerei o emprego?
T: Que tal lembrar a si mesma da probabilidade de que você conseguirá algum trabalho mesmo
que não seja sua primeira escolha? Você acha que isso poderia ajudar? Você quer tentar isso
essa semana?

Deu errado, e aí?

1-há outros pensamentos e/ou imagens automáticos centrais que ainda não foram identificados
ou avaliados?
2-avaliação do pensamento automático foi superficial ou inadequada
3-a paciente não expressou todas as evidências que ela acredita sustentar o pensamento
automático.
4-o pensamento automático em si é também uma crença central.
5-o paciente entende "intelectualmente" que o pensamento automático é distorcido mas não
acredita nele Em um nível mais "emocional".
6-o paciente desconsidera a avaliação... (Pensamentos automáticos sobre a avaliação).
Em todo caso, temos que investigar e tentar novamente.

AULA 6 22/03
Respondendo aos pensamentos automáticos

livro da Judite segunda edição - 2013 capítulo 12


Na edição 1 ele é o capítulo 9

Vimos anteriormente Como avaliar um pensamento automático e determinar a efetividade da


avaliação muitas vezes, depois dessa avaliação, o terapeuta cognitiva adota intervenções para
que o paciente escreva uma resposta adaptativa ao pensamento automático e possa ler nos
períodos entre sessões ou mesmo após a terapia.
Este capítulo descreve o Registro de Pensamento Disfuncional ( RPD) A principal ferramenta
para que os pacientes avaliam e respondam por escrito aos meus pensamentos automáticos. E
ao final vamos ver um relato de caso de atendimento na TCC.
Anteriormente o procedimento havia sido feito no consultório e agora o paciente leva o RPD para
casa e o preenche.

Registro de pensamentos disfuncionais = RPD

É uma folha, um formulário ou minuta, que ajuda o paciente a organizar melhor e entender seus
pensamentos que são produtos desses pensamentos automáticos.
Alguns pacientes não gostam de usar, e outros utilizam com facilidade, mas a maioria dos
pacientes começa a usar de forma consistente com encorajamento e instruções adequadas.

RPD -outra forma de ensinar e ajudar o paciente a fazer algo similar, é ensinar as perguntas da
avaliação, que constam na aula anterior. (Pode pedir na prova) -
¹ Situação
² Pensamento automático (Ela não falou oi. Ela me odeia)
³ Emoção
⁴Respostas adaptativas
⁵Resultado

Nas Respostas adaptativas e no Resultado ela pode ter o pensamento do tipo: "talvez não me
viu".

Antes de usar o RPD:


¹ o próprio terapeuta deve ter dominado o RPD (com seus próprios pensamentos automáticos -
ele deve fazer com ele mesmo) antes de apresentá-lo a um paciente.
² o terapeuta deve planejar induzir o rpd em dois estágios no transcorrer de uma ou mais
sessões. O estágio 1 cobre as primeiras quatro colunas; o estágio 2 as últimas duas colunas.
³ o terapeuta deve apurar se o paciente realmente capta e acredita no modelo cognitivo antes de
induzir o RPD(de outro modo, o paciente não entenderá o valor de identificar e avaliar seus
pensamentos).
⁴ o paciente deve demonstrar habilidade de identificar seus pensamentos e emoções automáticas
antes de ser apresentado ao RPD. Ele deve ser capaz de expor a situação, suas emoções e sua
resposta fisiológica, sem confundir essas três com pensamentos automáticos.
Se ele não tem um entendimento claro e habilidade para diferenciar esses fenômenos,
provavelmente experimentará dificuldades com o RPD.
Sendo assim, o terapeuta deve verbalmente retirar vários exemplos importantes e Claros de
situações específicas com seus pensamentos automáticos e emoções associadas, antes de
demonstrar como registrar tais dados em um RPD.
Palavras do professor: A teoria embasa-se em: quando muda o pensamento a emoção muda
também.
⁵ o paciente deveria demonstrar sucesso em completar as primeiras quatro colunas por conta
própria, com várias discussões diferentes, antes de ser introduzido as duas últimas colunas.
⁶ o terapeuta deveria ter avaliado verbalmente pelo menos um pensamento automático
importante, com o paciente, e ter produzido alguma redução de disforia antes de demonstrar
como completar as duas últimas colunas.
⁷ se o paciente falha em preencher o RPD em casa, o terapeuta deveria:
*obter seus pensamentos automáticos sobre fazer o RPD em si, *ajudá-lo com a resolução
prática de problemas,
* propor executar um RPD como experiência na sessão,
*considerar a manifestação do seu próprio uso do RPD e *motivar o paciente.

Ou seja, como vimos a introdução do RPD deve ser realizada apenas no decorrer do
processo terapêutico em que:
*Já avaliou pelo menos um PA com o paciente,
*O paciente já sabe identificar PA s
No ESTAGIO 1 da implementação do RPD, o terapeuta vai apresentar como complementar as
primeiras colunas, deixando as duas últimas que são resposta adaptativa e resultado da
avaliação de lado.
*A própria ficha de RPD pode conter as perguntas básicas da avaliação de pensamentos
automáticos, para guiar o paciente nessa autoavaliação.
Como tarefa de casa, o paciente deve escrever pelo menos uma situação em que se sentiu
disfórico, suas emoções, seu pensamento e o grau em que acredita nesses PAs (como na
imagem do RPD).

Aqui o quadro com o estágio 1 onde se pede para o paciente preencher as quatro primeiras
colunas que são:
¹ data e hora
² situação
³ pensamento(s) automático(s)
⁴ emoção(ões) (é importante colocar a intensidade da emoção em porcentagem %).

Na próxima sessão o paciente deve apresentar a tarefa e, se ele conseguiu fazer os registros
sem problemas, avançamos para o ESTÁGIO 2 ( SE ELE NÃO CONSEGUIR, OCUPAMOS MAIS
UMA SESSÃO PARA AJUDÁ-LO COM AS DIFICULDADES QUE ELE TEVE PARA
PREENCHER O RPD).

No ESTAGIO 2 o paciente deverá responder a coluna de Respostas adaptativas e a coluna de


Resultado.
Motivando os pacientes a usar os registros de pensamentos disfuncionais.
Alguns pacientes imediatamente são atraídos para o Registro de Pensamentos Disfuncionais e
consistentemente o usam quando se sentem perturbados.
A fim de encorajar o paciente a experimentar o RPD, o terapeuta pede ao paciente para fazer
uma experiência.
Se o paciente retorna na semana seguinte com o registro de pensamento preenchido
corretamente (que foi efetivo para mudar seu humor), talvez não precise de motivação adicional.
Mas é sempre importante reforçar a tarefa com revisão e incentivo.
Se ele não preencheu o RPD, não o fez corretamente ou não experimentou uma melhora de
humor, o terapeuta tentará determinar porque as dificuldades surgiram e, planejar a atividade
normalmente de acordo com essas mudanças. Uma discussão das preocupações do paciente na
sessão seguinte poderia envolver identificação de pensamentos e imagens automáticas sobre:
*Outras pessoas vendo o RPD,
*Desânimo relacionado a ser capaz de sentir-se melhor,
*Não desejar empreender o esforço necessário para modificar seu humor ou, outras ideias
disfuncionais que poderiam atrapalhar o paciente ao fazer o RPD.
Quando o registro de pensamento disfuncional não é suficientemente útil:
Como ocorre com qualquer técnica em terapia cognitiva é importante não super enfatizar sua
importância. A maioria dos pacientes, em algum momento, afirma que preencher um RPD
particular não surtiu muito alívio.
É importante, no entanto, enfatizar sua utilidade geral e os "pontos emperrados" como uma
oportunidade de aprender, bem como, avaliar possíveis pensamentos automáticos de autocrítica,
de crítica à terapia do terapeuta ou do próprio RPD.
O papel não é tão importante, o que importa é o processo.

Dependendo do paciente em questão, A terapeuta poderia explicar razões comuns pelas quais
um rpd não reduziu significativamente à sua disforia.
A avaliação de um pensamento automático com ou sem o RPD pode ser pouco efetiva se:
*O paciente falhou em responder a seu pensamento,
*Seu pensamento automático era uma crença central ou ativou uma crença subjacente,
*Sua avaliação e resposta foram superficiais ou se ele desconsiderou sua resposta.

Meios adicionais de responder aos pensamentos automáticos:


Apesar de ser uma tarefa basicamente de escrita, não é necessário que seja assim.
Algumas vezes, inclusive, esse tipo de atividade pode ser ruim, como no caso de pessoas com
transtorno obsessivo- compulsivo, que podem criar rituais e obsessões pela atividade.
Temos então algumas técnicas alternativas que não requerem a escrita:
¹ fazer um RPD mentalmente,
² ler um rpd anteriormente escrito ou notas da terapia que contém um pensamento automático
idêntico ou semelhante.
³ ditar uma versão modificada do rpd Para que alguma outra pessoa anote ou, pedir que ela leia
as respostas anteriormente escritas (caso o paciente possa entender, mas não possa ele mesmo
ler ou escrever).
⁴ ler um cartão de enfrentamento.
⁵ escutar uma sessão de terapia ou parte de uma fita de áudio.
Finalizando, é mais útil, às vezes, fazer a resolução de problemas em vez de avaliar um
pensamento automático.

Sally, por exemplo, teve o pensamento "eu jamais vou aprender a matéria de economia antes do
teste ".
Através de um questionamento cuidadoso, sua terapeuta conclui que ela continuasse estudando
como estava, provavelmente não aprenderia adequadamente a matéria.
O profissional julgou que seria melhor uso do termo da terapia ajudá-la a projetar soluções
possíveis para seus problemas concretos.
Dentre as soluções: pedir emprestado anotações de um colega de classe, procurar o professor
para obter ajuda, sublinhar os capítulos do livro enquanto os lê, organizar o estudo com um amigo
e assim por diante.
Em suma o terapeuta ensina o paciente uma variedade de meios para responder ao seu
pensamento distorcido.
Um ensino cuidadoso de rpd maximiza a chance de que os pacientes usarão por conta própria
essa importante ferramenta, mas, como vimos há também outros meios para responderem aos
seus pensamentos automáticos

Estudo de caso:
Mariana é a caçula, de 12 anos está no sexto ano do ensino fundamental. Ela mede 1,50 m e tem
40 kg, é tímida, tem poucos amigos mas tem muitos bichos de estimação. É saudável fisicamente
e sua mãe é funcionária pública trabalhando de diurnamente. Seu pai é motorista de veículos
pesados cuja carga horária de 12/36 horas.

Queixa:
Com nove anos de idade, três anos antes 2008, Mariana tinha sido diagnosticada com TOC.
Sintomas de evitação de toque e lavar compulsivamente as mãos, além de não se sentar em
locais públicos, e quando chegava em casa tinha que lavar a roupa. Os sintomas cessaram com
tratamento psiquiátrico e psicológico. Atualmente 2011 a mãe percebeu que alguns sintomas
estavam voltando e procurou ajuda psicológica.

Queixa:
Conta que os sintomas vai apareceram quando foi estudar na escola atual e, percebeu que a
escola era mais apertada e se não estudasse iria tirar notas ruins (sic)= segundo informações
colhidas.

Passou também a:
Estudar mais de 2 horas para qualquer prova, a não conversar com as pessoas que tiravam notas
ruins, começou a sentir necessidade de lavar as mãos toda vez que se encostava a uma pessoa
ou a um objeto que estava a pessoa encostada, e de ler as estampas das blusas das pessoas
para não tirar notas ruins.

Plano:
Foram listados pela paciente que parar de lavar as mãos e não conversar normalmente com as
pessoas seriam seus objetivos na terapia.
Psicoeducação, técnicas de definição de termos, rpd, análise de custo-benefício, exame das
evidências, diário de TOC, exposição.
Após as técnicas, foi trabalhada a prevenção a recaída e o processo de alta.

Tratamento:
Psicoeducação= nessa fase, conversando sobre formas incorretas de interpretar a realidade ela
teve um insight "meu irmão tira notas ruins e eu converso com ele e não tiro notas ruins " (sic).

Definição de termos e registro de pensamentos disfuncionais= Já familiarizada a paciente


conseguiu identificar seus pensamentos automáticos, como: "vou tirar notas ruins iguais a desta
pessoa que conversei "(sic paciente) e como isso era um gatilho para fazer rituais ("tenho que
lavar as mãos para não tirar notas ruins "(sic paciente).

Tratamento:
Análise de benefício e exame de evidências= Análise de pensamentos automáticos distorcidos
(previsão de notas ruins ao falar com pessoas), e para sua conversar com colegas (técnica de
teste comportamental).
Exposição=comportamento de lavar as mãos foi diminuindo a partir de exposições. Em que se
expõe ao evento (e.g., tocar em objetos) e
Não fazer o ritual de lavar as mãos, e, ao observar que nada de ruim ocorre, os rituais perdem
força.

Diário de TOC:
A paciente depois de 20 sessões apresentou grande melhora na diminuição dos rituais e
sofrimento.
Abaixo mapinha mental da história
PANORAMA HISTÓRICO – PSICOLOGIA COGNITIVA
Darwin Pavlov Thorndike Whatson Skinner Mary Mower e Mower Wolpe
1831 1949-1936, Sec. XlX sec. XlX No início do século XX ele Cover 1935 Década de 50
Participou de Por essa dá segmento aos Jojes (um casal), Criou o método
uma grande influência, os experimentos de Watson e realizaram um de
expedição o estudo do norte- Thorndike e cria a noção
Em 1924,
trabalho de dessensibilizaç
como condicionamen americanos Foi o fundador de comportamentos condicionamento ão sistemática
começou a
naturalista to começa com passam a desse operantes. clássico para no tratamento
aplicar os
os russos, com pesquisar o movimento com Behaviorismo radical : tratamento de de fobias, com
conceitos
aplicação de modelo, com o manifesto negação da mente e de enurese noturna uso de técnicas
Para ele as de
métodos da o surgimento behaviorista, estados mentais. Mas com 30 crianças. e relaxamento e
diferenças extinção
fisiologia na da behaviorismo pensamentos e Nesse experimento exposições ao
nas para
nascente área Psicologia metodológico, sentimentos são o casal ligou um estímulo temido.
espécies ajudar
da Psicologia. experimental S-R. Negação do comportamentos, ou circuito elétrico Essas primeiras
eram crianças
animal no estudo de reflexos ou operantes. ao colchão das pesquisas e todo
produto da com
final do pensamentos e A rejeição de crianças e, nesse o trabalho do
evolução. Pavlov nas fobias.
século XIX, sentimentos. Skinner era dirigida circuito uma Wolpe
experiências
em que principalmente as teorias campainha. Toda influenciaram
com cães e o
Na biologia, ficaram que utilizavam variáveis vez que a criança enormemente as
condicionamen
a teoria de conhecidos intervenientes e construtos urinava à noite a práticas de
to
Darwin já os hipotéticos localizados no campainha terapia
reflexo.Depois
bem experimento organismo. tocava. Ao comportamental
desses
fundamentad s de Edward Monismo materialista emparelhar usadas até hoje.
primeiros
a Thorndike, Mas ao estudar estímulo aversivo Em uma época
estudos foram
impulsionava com gatos. pensamentos e ao não controle do em que a ciência
realizados
o estudo do Ne sentimentos, como fazer esfincter as era
outros sobre o
comportame stes uma distinção? crianças passam a predominante e
modelo de
nto humano experimento Público e privado controlar o incentivada
condicionamen
com bases s ele A linguagem quanto o esfíncter e não
to em relação
no estudo de colocava um comportamento verbal e o urinar a noite.
às respostas
comportame gato dentro pensamento enquanto
de medo em
ntos de de uma internalização da
animais.Estím
outros caixa linguagem:
ulos antes
animais fechada "Os monólogos audíveis
incondicionado
Nivel ( caixa auto instrucionais da
s eram
Filogenético problema) criança são gradualmente
emparelhados
– que, a partir substituídos por solilóquios
com um
de uma inaudíveis que continuam a
estímulo
alavanca dirigir e influenciar o
aversivo
dentro da comportamento ".
incondicionado
caixa o gato Condicionamento
só que luz
poderia abrir. operante- Skinner e o
vermelha.
O behaviorismo radical
pesquisador Um pouco antes disso, em
percebeu conjunto com a base
que, após filosófica do Behaviorismo
várias Radical, Skinner e os
tentativas novos behavioristas criam
frustradas o a área de estudo da
gato análise do comportamento
conseguiu experimental e a parte
abrir e sair vinculada a aplicação das
da Caixa. descobertas a análise do
No comportamento aplicada.
s próximos As práticas clínicas da
ensaios o psicoterapia do
Gato behaviorismo, portanto
demorou foram conhecidas como
cada vez Análise do comportamento
menos aplicada , abreviando do
tempo para inglês ABA.
abrir a caixa.
Muitas técnicas
Ele cunhou o
no início do behaviorismo
fenômeno
radical foram utilizadas
como lei do com pacientes
efeito, em institucionalizados, com
que a esquizofrenia, e com
consequênci deficiências intelectuais.
a favorável Na modificação de
ajudava no comportamentos não
aprendizado adaptativos e no ensino de
do gato. novos comportamentos.

Eysenck Ayllon Azrin Bandura Albert Ellis Aaron Beck Judith Beck
1952 1961 1925/2021 “O pai da cognitiva” “A Filha”
evento Cria um implemento um O Avô da Cognitiva Década de 60 O pai e ela
Modelo ABC
particularment sistema de fichas em crítico do modelo de Criador da terapia cognitivo criaram o
Propõ
e importante uma instituição com condicionamento operante, comportamental Beck Institute
e que:
nessa época, pacientes com de Skinner, criando o Percebeu que pensamentos Sem fins
Sintomas e
foi a transtornos psicológicos. movimento mediacional. distorcidos influenciavam os lucrativos,
consequências
publicação de As fichas funcionavam Para o autor, um dos comportamentos e que ao invés com sede na
neuróticas
um estudo como reforço por problemas da aprendizagem de se tratar sintomas, deveria Filadelfia
realizado por comportamentos pelas consequências é que o se tratar os pensamentos Ensina e
Eysenck adequados e desejados, organismo deve sempre se C- distorcidos espalha
(1952), sobre e podiam ser trocadas comportar, (responder), Consequances) A terapia ensina a pessoa a conceitos da
a efetividade por uma série de antes de aprender. Ou seja, são conhecer e reconhecer o terapia
da privilégios na instituição para que ocorra as determinados processo cognitivo e impedir cognitivo-
psicoterapia (sistema econômico). consequências, deve pelos sistemas que esses pensamentos se comportament
psicanalítica Posteriormente, com as haver resposta, mas como de crenças do formem al por todo
no pesquisas na área, foi haveria resposta sem que o indivíduo Enfatiza que os mundo.
tratamento ressaltada também a organismo fosse exposto a pensamentos influenciam as
de doenças importância do reforço consequências ? emoções e comportamentos. O
B- Beliefs) com
psicológicas. social e feedback Bandura então cunhou o pensamento ocorre em três níveis:
relação aos
Estudos sobre nesses programas. É na termo de aprendizado por 1 - pensamentos automáticos-
fatores
efetividade mesma década que modelação , frequente entre avaliações de eventos (vou me
ativadores
são começam as pesquisas seres humanos e se dá pela ferrar nessa matéria).
importantíssim e intervenções com observação. 2 - crenças intermediárias -
os crianças autistas e com Ou seja, aprendizado pelo A- Activanting suposições e regras- menos
Ele outras deficiências. Na modelo observado. events). associadas a eventos específicos
investigou mesma época, fora da A observação e aprendizado Neste modelo, a e menos acessíveis a consciência
terapias clínica, foram criados e por moderação implica intervenção (se eu falhar, quer dizer que eu
psicanalítica implementados outros processos cognitivos busca identificar sou incapaz).
s e chegou à métodos e técnicas de importantes que envolvem e contestar 3 - crenças centrais - o nível
conclusão de ensino voltados atenção, julgamento sobre o crenças mais global da cognição.
que não eram diretamente para a modelo e as consequências irracionais para Construídas no início do
mais efetivas educação (básica e do comportamento deste. que o indivíduo desenvolvimento e fortalecidas
do que a superior) . Skinner com Indicando que a mediação as conteste. durante a vida (eu sou incapaz).
remissão a máquina de ensinar e cognitiva influencia o Se o indivíduo possui uma crença
natural. Este Fred keller com a comportamento. central (por exemplo:" eu sou
polêmico programação de ensino. Da mesma forma, as incompetente"), ele criará
estudo sobre respostas do indivíduo são suposições para enfrentar essa
as terapias também conceituadas e crença (por exemplo: "se der o
psicanalíticas. julgadas através das melhor de mim e me esforçar ao
apesar de ter consequências obtidas e a máximo serei aceito pelos outros,
afetado partir desta observação o se eu demonstrar ansiedade
diretamente a indivíduo consegue discernir significa que eu sou incapaz").
psicanálise, entre respostas adequadas Tais crenças predispõe esse
despertou ou inadequadas. indivíduo a desenvolver formas
uma Dessa forma, a resposta é tendenciosas de interpretar
preocupação emitida também pela eventos específicos.
com a capacidade do indivíduo de Além disso, na teoria de Beck
verificação da prever as consequências ainda é adicionado o conceito de
eficácia futuras. Dentre os conceitos esquema , enquanto grupos de
psicoterápica importantes da autoria da crenças que organizam novas
em geral em aprendizagem social de informações de um modo
contrapartida Bandura, temos a de auto significativo, determinando como
as terapias eficácia: crença que uma os fenômenos são percebidos e
comportament pessoa tem de que será organizados.
ais pautadas capaz de realizar um São filtros de processamento das
em estudos determinado informações.
experimentais comportamento. Esquemas adaptativos
desde o início A criança de auto eficácia é possibilitam avaliações flexíveis e
se mostraram que vai delimitar sua realistas, enquanto esquemas
mais efetivas determinação e enfrentar as desadaptativos são rígidos e
no tratamento situações de obstáculos, levam a distorção da realidade.
de doenças assim como seu início e sua " O objetivo da terapia cognitiva
diversas além perseverança. Outros é ajudar o cliente a desenvolver
das fobias e pesquisadores e psicólogos habilidades para identificar as
adições. começaram a defender a suas distorções cognitivas e
posição de Bandura sobre explorar novas formas de
as cognições sendo entender as suas experiências a
mediadoras do estratégia da abordagem é
comportamento. colaborativa de modo que ajuda
Os behavioristas, no o indivíduo a construir os
entanto argumentam que a próprios recursos para testar a
predição, observação, validade de suas
modelação, e outras coisas, interpretações"
não são processos Da mesma forma que aquela
cognitivos diferentes de revisão feita para investigar os
qualquer outro pensamento efeitos da terapia psicanalítica,
e, portanto, são também foram feitas algumas revisões da
comportamentos . literatura sobre a terapia cognitiva
E lembrando: nessa época e avalia-se que são eficazes no
as teorias psicodinâmicas tratamento da depressão maior,
baseadas na psicanálise transtorno da ansiedade,
estão sendo deixadas de transtornos alimentares, abuso de
lado em prol de terapias e substâncias, problemas conjugais
práticas científicas ou seja, e outros.
que teriam sua eficácia Atualmente as teorias de
comprovada. O abordagem cognitiva
Behaviorismo vai deixando a comportamentais são as mais
psicanálise de lado nos EUA influentes e preferidas por
Outro fator histórico que psicólogos. Dependendo da
auxiliou no crescimento da localidade. Tendo grande
influência cognitiva foi o crescimento nos últimos 20 anos.
avanço tecnológico e os
modelos de
processamento de
informação que passam a
ser cada vez mais aplicados
em constructos clínicos.
Nessa época, muitos
terapeutas comportamentais
se aliam as teorias
mediacionais e formam o
que chamamos de
cognitivo-
comportamentais.
Aumentando a influência da
TCC.
As abordagens cognitivo
comportamentais são
diversas, principalmente
devido à linha teórica que
seguiam seus precursores.
No entanto, a premissa
básica refere-se a existência
de um processo interno e o
culto de cognição, sendo o
comportamento mediado por
processos cognitivos.
Ou seja, não é o evento em
si que nos provoca bem ou
mal estar, mas o
processamento desses
eventos.
Apesar desse ponto central
em comum, uma das
diferenças existentes entre
os modelos teóricos da TCC
está no papel das cognições
e das emoções .

Questões para facilitar memorização:


Aula 2 -

Pressupostos fundamentais da teoria da terapia cognitiva

O que era a Cognitiva para Beck?


a cognitiva é uma junção de várias teorias para fazer uma melhor

O que Beck queria?

queria integrar Psicopatologia com Psicoterapia Efetiva

O que a teoria da psico cognitiva reconhece? Para Back oque as cognições complementam e subordinam?

reconhece a estrutura biopsicossocial na compreensão do ser humano. Ou seja produto de uma fisiologia e de uma
cultura. No entanto deixa claro que sua atenção é sobre os processos cognitivos. Segundo Back as coguinições
complementam e subordinam outros conceitos de outras abordagens, como desejo inconsciente ou o reforço.

O que é cognição e quais os processos nela envolvidos?

*Cognição* - processo de conhecimento através dos quais um organismo adquire, trata, conserva, pondera e explora
informação. Estão envolvidos aí então a *atenção, a percepção, o raciocínio, o pensamento, a memória* etc.

Qual a chave para entender o comportamento?

A chave é a natureza e a função do processamento de informação (i.e., atribuição de significado),

Aaron Beck considerava a psicoterapia cognitiva como a teoria das teorias. Porque?

Porque ela tem como alvo as teorias individuais e idiossincráticas das pessoas ao processarem informação de suas
experiências ponto final ao mesmo tempo a teoria cognitiva é a forma de se entender o ser humano por meio do
enfoque nas cognições.

Para que é utilizada a terapia cognitiva formal?

utilizada para corrigir essas teorias e conceitos pessoais e incorretos.

O que é a terapia cognitiva?

"A terapia cognitiva é a aplicação da teoria cognitiva de psicopatologia ao caso individual. A teoria cognitiva relaciona
os vários transtornos psiquiátricos a variáveis cognitivas específicas E inclui um conjunto formal e abrangente de
princípios, ou *axiomas* ".

Como se deu o desenvolvimento inicial da teoria cognitiva?

Médico, deformação psicanalítica começou a se incomodar com a falta de evidência científicas no tratamento da
depressão dentro da psicanálise. Segundo back, Freud afirmava que, em uma estrutura de personalidade depressiva,
apresenta-se uma "hostilidade retrofletida". Necessidade de sofrer. Como um masoquismo. No entanto, de acordo
com beck, estudos empíricos e observações clínicas mostravam evidências contrárias a essa explicação freudiana. O
resultado foi a reformulação do conceito de depressão enquanto um transtorno caracterizado por profunda tendência
negativa. Visão negativa do self, contexto e objetivos, e expectativa de resultados negativos sobre eventos. Ou seja,
essas distorções do indivíduo com depressão, caracterizariam uma teoria pessoal e informal no processamento de
informações. Resumidamente, o surgimento da teoria cognitiva acontece por questões teóricas e de investigação de
efetividade de intervenções terapêuticas.

((Além disso, podemos observar que, vinculada ao que vimos na aula passada, esse era um ambiente profico
para o surgimento de outras teorias sobre a psique humana)).

O que são AXIOMAS? Quem sugeriu esse sistema axiomizado? Explique

São afirmações que vamos considerar verdadeiras. Quem sugeriu foi karl Popper. Esse sistema deve suportar um
teste rigoroso, que "pressupõe que ele está naquele momento suficientemente definido e em sua forma final para
tornar impossível que novas pressuposições sejam introduzidas clandestinamente".

Ou seja, quando descrevemos uma teoria em axiomas ( postulados), estamos tentando esclarecer e definir uma
teoria científica.

De acordo com o critérios formais de como deve ser uma teoria científica, desenvolvidos por Popper, Beck oferece os
10 axiomas da teoria:

Descreva os 10 AXIOMAS

1- o principal caminho de funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de


cognição com significado denominados ESQUEMAS. ( Significado é interpretação da pessoa sobre o
contexto e a relação do contexto com o self).
2- a função da atribuição de significado é controlar sistemas psicológicos (exemplos:
comportamental, emocional, atenção, memória). Portanto o significado ativa a estratégias de adaptação.
3-as influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas.
4- cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de
emoção, memória e comportamento. Isso se chama *especificidade de conteúdo cognitivo*
5- apesar de os significados serem construídos pela pessoa em vez de pré-existirem na
realidade, eles são incorretos ou corretos em relação ao contexto. Quando ocorre distorção cognitiva, o
significado são disfuncionais ou mal adaptativos. Os erros podem estar no: conteúdo cognitivo
(significado); ou ambos.
6-indivíduos são predispostos a criarem distorções cognitivas ponto final essas predisposições as
distorções são chamadas de vulnerabilidades cognitivas. As vulnerabilidades específicas levam o
indivíduo a síndromes específicas; *especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva* andam juntas.
7- a psicopatologia é o resultado do significados mal adaptativos construídos em relação ao self,
ao contexto (experiência), e ao futuro (objetivos), que juntos são denominados TRÍADE COGNITIVA.
Cada síndrome clínica tem significados mal adaptativos associados aos componentes da tríade. FOCAR
NA TRÍADE
Na depressão são todos interpretados negativamente.
Não cidade, o selfie é visto como inadequado (recursos deficientes). O contexto é perigoso e o
futuro parece incerto.
Em transtornos paranoides- Self (maltratado e abusado). Contexto ( injusto e contra seus
interesses).
Portanto, *há uma relação entre a especificidade de conteúdo e a tríade cognitiva*

8- há dois níveis de significado: a) *Significado Público* ou objetivo de um evento, que pode ter
poucas implicações para um indivíduo; b) *Significado pessoal ou privado* , que tem implicações ou
generalizações extraídas da ocorrência de um evento.
9- Há 3 níveis de Cognição:
a) *pré- consciente* , ou não intencional, ou automático;.
b) *nível consciente* ;
c) *nível metacognitivo* , que inclui respostas realísticas o racionais (adaptativas). Apesar de
muito importantes, é o nível consciente o mais importante na clínica.
10- Os ESQUEMAS evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente, e são, portanto,
estruturas teleonômicas. Ou seja, não são adaptadas ou desadaptadas em si, mas apenas em relação
*a* ou, no contexto ambiental social e físico.
Ou seja, os esquemas não tem progressão definida, são contingentes ao ambiente ponto final ser
ou não adaptativa vai depender do que costumamos falar na psicologia sobre causar sofrimento a si e
aos outros, ou não.

Como os axiomas podem ser interligados e trabalhos entre si para a criação de novas hipóteses? Dê
exemplo

Os axiomas 4 e 6 sobre a especificidade do conteúdo cognitivo e a vulnerabilidade cognitiva surgiram na criação de


hipóteses sobre a previsão da instalação da depressão. Outro ponto importante é que esses axiomas não são
estáticos.

De acordo com Popper: Qual a intenção da ciência? Explique

Para Popper " a ciência nunca persegue o objetivo ilusório de tornar suas respostas finais... Seu avanço é,
preferivelmente, em direção ao objetivo infinito, contudo, alcançável de sempre descobrir problemas novos, mais
profundos e mais gerais e de submeter suas respostas sempre experienciais a testes, continuamente renovados e
invariavelmente mais rigorosos".

Ainda em andamento. Não terminei

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