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Ah Bateria Fatorial da Personalidade (BFP)

Teoria dos Traços: Através dos estudos de Gordon Allport, sugere-se que a personalidade é composta por traços
ou características distintas e duradouras. Allport definiu traços como "propriedades neuropsicológicas básicas do
indivíduo, que influenciam seu comportamento em muitas situações diferentes".
Essa teoria influenciou o desenvolvimento dos Cinco Grandes Fatores da Personalidade, que são um modelo de
personalidade amplamente aceito na psicologia atual.
5 grandes fatores da Personalidade
Abertura à Experiência. Conscienciosidade. Extroversão. Amabilidade. Neuroticismo.
Avalia: Comunicação. Altivez. Dinamismo. Interação Social. Amabilidade. Pró-sociabilidade. Confiança nas
pessoas. Competência. Ponderação / Prudência. Empenho / Comprometimento. Vulnerabilidade. Instabilidade
Emocional. Passividade / Falta de Energia. Depressão; Abertura a ideias. Liberalismo. Busca por novidades.
População: Adultos a partir do ensino médio de todas as regiões brasileiras.
Aplicação: Individual ou coletiva.
Tempo: Com tempo livre para sua aplicação leva aproximadamente 30 para sua realização.
Correção: Manual e informatizada (gratuita, mediante a compra do bloco de respostas).
Pode ser usado nesses contextos
Avaliações no contexto da Psicologia do Trabalho e Psicologia Organizacional (processos de seleção, avaliação
para planos de carreira entre outros). Avaliações no contexto da área de Segurança (porte de arma) e contexto
da área do Trânsito (CNH). Avaliações Clínicas e Psicodiagnóstico. Orientação Profissional. Psicologia Forense.
Psicologia Escolar e Educacional. Avaliação Neuropsicológica. Pesquisa.

OBJETIVO do FDT
É um teste neuropsicológico que mede a velocidade de processamento, a atenção e as funções executivas
(subcomponentes do controle inibitório e flexibilidade cognitiva). População: Crianças (a partir de 6 anos),
adolescentes, adultos e idosos (92 anos). Aplicação: individual, com duração de 5 a 10 minutos.
Sua principal função é avaliar em qualquer idioma a velocidade e a eficiência mental do indivíduo, além de
identificar a diminuição na velocidade e na eficiência.
FDT PODE ser útil:
Na detecção de problemas de linguagem, aprendizagem e memória operacional em população de crianças e
adolescentes; Na detecção de problemas neurocognitivos nas populações juvenis e adulta; Na detecção de
comprometimento cognitivo leve e no desenvolvimento de demências em populações senescentes analfabetas;
Na seleção de pessoal, detectando a capacidade estabelecida para o esforço e persistência, ou como parte do
treinamento e da reabilitação em situações convencionais de trabalho.
Funções cognitivas básicas
Memória operacional: capacidade de manter uma determinada informação disponível em repositório
temporário, para que outras funções cognitivas realizem operações mentais. Controle Inibitório: capacidade de
inibir respostas, distratores, e comportamentos já iniciados. Flexibilidade Cognitiva: capacidade de alternar
entre padrões cognitivos e comportamentais de forma adaptada às demandas do contexto.
O teste permite a comparação entre esses processos cognitivos controlados (supracitados) e processos
cognitivos automáticos, que são mais relacionados à emissão rápida de respostas já bem consolidadas como a
leitura e a contagem, que são representativos de processos atencionais simples.
A partir do desenvolvimento dessas funções executivas nucleares possibilita o aparecimento de outras mais
complexas como a capacidade de planejar, resolver problemas e raciocinar de forma abstrata.
Disfunções executivas: É comum observarmos em pessoas acometidas pelo: Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH). Transtorno Afetivo Bipolar; Esquizofrenia; Alzheimer; Depressão; Transtorno Obsessivo
Compulsivo.
Material para aplicação: Manual (normas técnicas de aplicação, interpretação e teoria); folheto de estímulos
(com elementos da prova); folha de respostas do examinador; Lápis e cronômetro.
Normas de Aplicação: instruções gerais: 4 partes (Leitura, Contagem, Escolha e Alternância) com 50 itens cada;
A) O examinando; B) Local do exame; C) O aplicador.D) A aplicação
Instruções específicas: preenchimento dos dados.
INTERPRETAÇÃO
Escalas correspondem aos tempos de execução – maiores valores – piores resultados;
Quanto menor a pontuação – melhor o resultado no teste.
Escores abaixo do percentil 25 – indicam dificuldades discretas no funcionamento executivo e na velocidade de
processamento (não necessariamente possui significado clínico);
Escores abaixo do percentil 5 – são mais indicativos de déficits mais proeminentes, possivelmente de natureza
clínica.
Correção e pontuação: Inibição = Escolha – Leitura. Flexibilidade = Alternância – Leitura
Exemplo de laudo:
Considerando os guias comumente adotados em neuropsicologia, escores abaixo do percentil 25 indicam
dificuldades discretas no funcionamento executivo e na velocidade de processamento, sem necessariamente
possuir significado clinico. Já escores abaixo do percentil 5 são mais indicativos de déficits possivelmente de
natureza clínica. Levando em conta essas considerações o paciente apresentou no teste os seguintes resultados:
De acordo com os dados analisados no teste FDT, os processos que a paciente apresenta resultados abaixo do
percentil 25, indicam dificuldades discretas na velocidade de processamento e no funcionamento executivo. Sua
principal dificuldade está na velocidade de processamento de informação, que se apresenta um pouco menor
que a média esperada. No que se diz respeito ao controle inibitório do comportamento, apresentou alto escore,
o que demonstra que consegue controlar bem suas ações e comportamentos e tem flexibilidade para mudanças
de atividades.
Bateria psicológica para avaliação da atenção (BPA)
Objetiva mensurar a capacidade geral de atenção, bem como realizar uma avaliação de tipos de atenção
específicos, quais sejam:
• Atenção Alternada (AA): indica a capacidade que um indivíduo tem de focalizar sua atenção ora em um
estímulo, ora em outro.
• Atenção Concentrada (AC): é definida como a capacidade de um indivíduo selecionar apenas uma fonte de
informação em detrimento de outros estímulos.
• Atenção Dividida (AD): se refere à capacidade de uma pessoa buscar dois ou mais estímulos simultaneamente.
O teste conta com um estudo de normas para os diagnósticos do Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade e de Dislexia.
Público-alvo: Indivíduos entre 6 e 94 anos, de ambos os sexos e com diferentes níveis de escolaridade.
Contextos de atualização: Pode ser utilizada em todo contexto em que a atenção precise ser avaliada, por
exemplo, trânsito, porte e manuseio de arma de fogo, concursos públicos, processos seletivos, avaliações
neuropsicológicas, entre outros.
Aplicação: Individual ou coletiva, com tempo determinado.
Tempo: Atenção Alternada (AA) – 2 minutos e 30 segundos; Atenção Concentrada (AC) – 2 minutos; Atenção
Dividida (AD) – 4 minutos.
Avaliação: A avaliação é quantitativa, realizada segundo o número de acertos, erros e omissões. Apresenta
normas em percentis por faixa-etária, idade e escolaridade.
A BPA-2 também conta com o recurso de correção informatizada gratuita, por meio da Plataforma VOL Vetor
Online.
Exemplo no laudo: No teste Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção (BPA), para avaliar de forma mais
aprofundada os demais tipos de atenção com base na faixa etária e escolaridade, indicaram nos resultados da
atenção concentrada foi 75 pontos, com percentil 25 e resultado médio inferior; na atenção alternada foi 72
pontos com percentil 30 com resultado médio inferior; já atenção dividida foi 22 pontos e percentil 10, obtendo
inferior de acordo com a escolaridade. Observa-se indicativo de déficit, fazendo-se necessário ser estimulado.

NEUPSILIN: Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve:


Aplicado: Indivíduos entre 12 e 90 anos; diferentes níveis de escolaridade; em quadros neurológicos ou
neuropsiquiátricos (adquiridos ou de desenvolvimento). Neurologicamente saudáveis; Aplicação de 30 a 50min.
Avalia 8 funções neuro - 32subtestes.
Examina o desempenho nos processos neuropsi: orientação temporo-espacial; atenção concentrada, percepção
visual (de tamanho, de campos visuais, de faces), habilidades aritméticas (calculias simples), linguagem oral e
escrita (níveis da palavra e da sentença), memória verbal (de trabalho, episódica, semântica, prospectiva) e
visual (reconhecimento), praxias (ideomotora, construtiva e reflexiva), funções executivas (resolução de
problemas efluência verbal fonêmica).
Neuropsicologia clínica refere-se ao estudo das relações entre as funções cognitivas humanas e seus substratos
neurais. Tradicionalmente ela dirige seu foco aos distúrbios cognitivos de pacientes com lesões no sistema
nervoso central, além de uma especial atenção aos mecanismos cognitivos de indivíduos sem lesão.
Área multidisciplinar. Conhecimentos transdisciplinar
A avaliação neuropsicológica tem por objetivo principal descrever a preservação (ou deterioração) ou o
desenvolvimento de funções cognitivas e associá-las a possíveis lesões ou disfunções cerebrais.
A característica principal de uma bateria neuro é ter como base o modelo de funcionamento cognitivo do
cérebro em busca de detecção de funções preservadas e/ou deficitárias.
Existem avaliações neuropsicológicas dirigidas:
apenas uma função cognitiva (como as avaliações de linguagem para diagnóstico das afasias, de funções
executivas para o exame da síndrome disexecutiva, etc.);
avaliações dirigidas a uma determinada população normal ou patológica (avaliações infantis, baterias de provas
para diagnóstico de epilepsia, etc.).
Há, ainda, avaliações neuropsicológicas que procuram dar um panorama geral do estado cognitivo do paciente.
Neupsilin infantil; 08 funções – 26 subtestes. Crianças do 1º ao 6º ano. Idade entre 6 e 12 anos e 11 meses

A DECLARAÇÃO é o documento psicológico mais objetivo e sucinto entre todos. Responde a solicitações
pontuais que visam a informar situações que envolvem dia(s), horários e tempo de atendimento da(o)
paciente/cliente e/ou da pessoa que a(o) acompanha. Diferente do Atestado Psicológico, a declaração NUNCA
deve apresentar registro de sintomas, estados psicológicos, ou qualquer outra informação que diga respeito ao
funcionamento psicológico da pessoa atendida. A especificação da finalidade do documento é essencial e
refere-se a um item obrigatório. É por meio da identificação da finalidade ou motivo do documento que a(o)
psicóloga(o) se resguarda em relação ao uso dado ao documento depois de sua entrega.

O ATESTADO é oriundo de um processo de avaliação psicológica, realizado para verificar determinada situação
ou condição do estado psicológico (diagnóstico psicológico). Ressalta-se que o diagnóstico psicológico a que se
refere o Art. 10 não corresponde a diagnóstico nosológico, mas sim a descrição de estado psicológico relativo
aos construtos avaliados. Desta forma, o atestado psicológico serve para informar sobre a saúde mental do
avaliando a partir de evidências científicas encontradas no âmbito da ciência psicológica. Nos processos de
avaliação psicológica compulsória, o documento a ser emitido pela(o) psicóloga(o) deverá ser o atestado
psicológico.

O RELATÓRIO PSICOLÓGICO deverá atender aos objetivos dos serviços prestados; portanto, poderá abranger
finalidades diversas a depender do contexto de solicitação. Podem ser elaborados Relatórios Psicológicos
decorrentes de visitas domiciliares, para fins de encaminhamento, sobre um único atendimento — como em
situações de orientação ou de acolhimento nos serviços — para prestar informações de referência e de
contra-referência; para subsidiar atividades de outros profissionais, entre outras situações que já ocorrem no
exercício profissional, desde que constitua instrumento de comunicação escrita resultante da prestação de
serviço psicológico à pessoa, grupo ou instituição, conforme artigo 4.º.

O LAUDO É FRUTO de um processo de avaliação psicológica diante de uma demanda específica e deve
apresentar os itens descritos no § 1.º identificação; descrição da demanda; procedimento; analise; conclusão e
referencia, com destaque para o procedimento conduzido, a análise realizada e a conclusão gerada a partir desse
processo de avaliação. Em contrapartida, o relatório não envolve um processo de avaliação psicológica. Todos os
itens de Estrutura devem estar presentes.

PARECER PSICOLÓGICO é um documento em que a(o) parecerista emite o seu ponto de vista fundamentado
cientificamente sobre uma questão solicitada que está relacionada ao âmbito da Psicologia e, portanto, não é
decorrente de avaliação ou intervenção psicológica realizada pela parecerista. O parecer pode ser unicamente
teórico, fruto do conhecimento científico da profissional acerca de um tema (questão específica ou ampla).
Exemplo de situações onde se aplica a emissão de um parecer são: quando alguém solicita um parecer sobre se
“o teste de Rorschach é confiável e válido para o seu uso no contexto jurídico”. Neste caso, o parecerista,
especialista na área, irá emitir um parecer demonstrando cientificamente como o teste Rorschach é adequado
para avaliação neste caso e contexto específico.
O que são testes psicológicos?
Pode-se definir teste psicológico como um instrumento padronizado que busca fornecer amostras do
comportamento ou de funções cognitivas, com o objetivo de descrever e/ou mensurar processos psicológicos
em áreas como emoção, cognição, motivação, personalidade, memória, percepção, entre outras. um teste
psicológico deve estar relacionado a características, traços ou ao desempenho do sujeito em outras situações
reais de vida.
Características técnicas necessárias para um teste psicológico
• Precisão ou fidedignidade: a precisão de um teste é a consistência dos resultados obtidos pelo sujeito, ou seja,
o grau em que os achados se mantêm em diferentes momentos de aplicação, utilizando o mesmo teste; ou em
uma mesma ocasião, utilizando testes equivalentes
• Validade: a validade é o grau em que o teste de fato avalia o que se propõe medir, ou seja, demonstra quão
congruente o resultado do teste é com a propriedade que ele se propõe a mensurar ou avaliar
• Padronização: A padronização refere-se aos cuidados e a preparação necessária que o psicólogo deve ter antes
e durante a aplicação de um instrumento com evidências de validade.
• Normatização: A normatização diz respeito à interpretação dos resultados, ou seja, à forma como os resultados
de um teste devem ser compreendidos. Entende-se que os resultados brutos de um teste só irão adquirir sentido
quando contextualizados.

Os testes psicométricos buscam mensurar, através de critérios objetivos (concretos e observáveis), o atributo ou
construto que estão avaliando (p. ex., quociente de inteligência ou nível de depressão). Esse tipo de instrumento
envolve tarefas padronizadas e foca-se muito mais no produto, ou seja, no resultado final, do que no processo ao
longo da produção de respostas do sujeito.

nos testes projetivos, os critérios para interpretar e/ou caracterizar determinado construto são subjetivos
(dinâmicos e não observáveis) (Bandeira, Trentini, Winck & Lieberknetch, 2006), envolvendo tarefas pouco
estruturadas. Tanto a apuração das respostas quanto sua interpretação mostram-se mais sujeita à subjetividade
do avaliador. Por que razão, é imprescindível um profundo conhecimento do instrumento por parte deste, e da
teoria que o embasa. Durante a avaliação também são levados em conta comportamentos exibidos durante a
testagem, abrangendo todo o espectro de respostas, inclusive as não verbais

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