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EMENTA:

 Introduzir o processo psicodiagnóstico


 entrevista inicial
 entrevistas para testes
 hora do jogo diagnóstico
 desenho infantil
 entrevista devolutiva.
 Fundamentação teórica, aplicação, correção e análise interpretativa do HTP e TAT.

O que é psicodiagnóstico?

“Defendemos a ideia de que a prática realizada por psicólogos, tanto aqueles que nunca se
valem de testes psicológicos quanto aqueles que os usam ocasionalmente,
independentemente de sua teoria de base, também possa ser nomeada de “psicodiagnóstico”.

o psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, cujo objetivo é avaliar os sintomas,


costumes e comportamento dos pacientes, aprofundar-se neles e estudá-los, a fim de
encontrar um possível diagnóstico psicológico.

Avaliação Clínica  Diagnóstico  “PSICODIAGNÓSTICO”

Testes  Psicodiagnóstico

Não Teste  Avaliação Clínica, Avaliação Psicológica, Entrevistas Preliminares e Diagnóstico


Psicológico.

O PSICODIAGNÓSTICO EXIGE A APLICAÇÃO DE TESTES PSICOLÓGICOS?

“. . . fazer um diagnóstico psicológico não significa necessariamente o mesmo que fazer um


psicodiagnóstico. Este termo implica automaticamente a administração de testes e estes nem
sempre são necessários ou convenientes”

“Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes


psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemáticas à luz de
pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e
prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são
propostas soluções, se for o caso.”

“também encontramos a ideia de que o processo psicodiagnóstico inclui, obrigatoriamente,


uma etapa de aplicação de testes e técnicas projetivas”

CFP (2013)

A avaliação psicológica é compreendida como um amplo processo de investigação, no qual se


conhece o avaliado e sua demanda, com o intuito de programar a tomada de decisão mais
apropriada do psicólogo. Mais especialmente, a avaliação psicológica refere-se à coleta e
interpretação de dados, obtidos por meio de um conjunto de procedimentos confiáveis,
entendidos como aqueles reconhecidos pela ciência psicológica.
“. . . no âmbito da intervenção profissional, os processos de investigação psicológica são
denominados de avaliação psicológica, descritos em termos de suas modalidades –
psicodiagnóstico, exame psicológico, psicotécnico ou perícia”

PSICODIAGNÓSTICO & TEORIA PSICOLÓGICA

Avaliação  Teorias Psicológicas  Processos Avaliativos

E psicólogo pode dar diagnóstico?

Diretrizes Curriculares Nacionais

III – Identificar e analisar necessidades de natureza psicológica, diagnosticar, elaborar projetos,


planejar e agir de forma coe rente com referenciais teóricos e características da população-
alvo;

IV – Identificar, definir e formular questões de investigação científica no campo da Psicologia,


vinculando-as a decisões metodológicas quanto à escolha, coleta e análise de dados em
projetos de pesquisa;

V – Escolher e utilizar instrumentos e procedimentos de coleta de dados em Psicologia, tendo


em vista a sua pertinência;

VI – Avaliar fenômenos humanos de ordem cognitiva, comportamental e afetiva, em diferentes


contextos;

VII – Realizar diagnóstico e avaliação de processos psicológicos de indivíduos, de grupos e de


organizações;

IX – Atuar inter e multiprofissionalmente, sempre que a compreensão dos processos e


fenômenos envolvidos assim o recomendar;

X– Relacionar-se com o outro de modo a propiciar o desenvolvimento de vínculos interpessoais


requeridos na sua atuação profissional;

XIII – Elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras comunicações


profissionais, inclusive materiais de divulgação;

XV – Saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação profissional, assim


como gerar conhecimento a partir da prática profissional.

O que fazer?

a) realizar a avaliação da pertinência do diagnóstico;

b) realizar o diagnóstico diferencial;

c) identificar forças e fraquezas do paciente e de sua rede de atenção visando subsidiar um


projeto terapêutico;

d) ampliar a compreensão do caso por meio da elaboração de um entendimento dinâmico,


alicerçada em teoria psicológica;

e) refletir sobre encaminhamentos necessários ao caso.


Objetivo do psicodiagnóstico

 Classificação Simples
 Descrição
 Classificação Nosológica
 Diagnóstico Diferencial
 Avaliação Compreensiva
 Prevenção
 Prognóstico

O processo psicodiagnóstico

 Início; Meio; Fim


 Entrevistas, Técnicas e Testes
 Potencialidades e Dificuldades
 Teoria Psicológica
 Encaminhamentos

Passo a passo

1. Determinar os motivos da consulta e/ou do encaminhamento e levantar dados sobre a


história pessoal (dados de natureza psicológica, social, médica, profissional, escolar).

2. Definir as hipóteses e os objetivos do processo de avaliação. Estabelecer o contrato de


trabalho (com o examinando e/ou responsável).

3. Estruturar um plano de avaliação (selecionar instrumentos e/ou técnicas psicológicas).

4. Administrar as estratégias e os instrumentos de avaliação.

5. Corrigir ou levantar, qualitativa e quantitativamente, as estratégias e os instrumentos de


avaliação. 3. Integrar os dados colhidos, relacionados com as hipóteses iniciais e com os
objetivos da avaliação.

6. Formular as conclusões, definindo potencialidades e vulnerabilidades.

7. Comunicar os resultados por meio de entrevista de devolução e de um laudo/relatório


psicológico. Encerrar o processo de avaliação.

Fundamentação Teórica Sobre Entrevista Inicial

Entrevista Clínica

Em psicologia, a entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo


delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em
uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais
ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um processo que visa a fazer
recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das
pessoas entrevistadas.
Mas o que seria técnica?

 Uma série de procedimentos que possibilitam investigar os temas em questão.


 Objetivos primordiais da entrevista: descrever e avaliar
• Levantamento de informações, a partir das quais se torna possível relacionar
eventos e experiências, fazer inferências, estabelecer conclusões e tomar decisões.

- Psicologia do Desenvolvimento

- Psicopatologia

- Psicodinâmica

Entrevista Inicial x Psicoterapia

 Entrevista Inicial ≠ Psicoterapia


 Entrevista Inicial possui um aspecto terapêutico intrínseco
 Psicoterapia possui um aspecto avaliativo intrínseco.

Entrevista Clínica

 Adaptar-se à diversidade de situações clínicas relevantes e de fazer explicitar


particularidades que escapam a outros procedimentos, principalmente aos
padronizados.
 Capaz de testar os limites de aparentes contradições e de tornar explícitas
características indicadas pelos instrumentos padronizados, dando a eles validade
clínica
 Atenção aos objetivos!
 Todos os tipos de entrevista têm alguma forma de estruturação na medida em que a
atividade do entrevistador direciona a entrevista no sentido de alcançar seus objetivos.
 O papel principal da pessoa entrevistada é o de prestar informações.
 Nos casos em que parece haver dificuldades de levantar a informação, é bem provável
que o entrevistador tenha de centrar sua atenção na relação com a pessoa
entrevistada, para compreender os motivos de sua atitude.
 Distorções relacionadas a pessoas ou instituições interessadas na avaliação.
 Temas Difíceis!

Entrevista para quem?

A entrevista clínica deve ter como beneficiado direto as pessoas entrevistadas.

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O entrevistador deve estar ciente dos conflitos de interesse e das questões éticas envolvidas,
mesmo quando a entrevista tem apenas a finalidade de encaminhamento.

Delimitação temporal

 Essa delimitação não requer, necessariamente, um único encontro.


 Não há um contrato de continuidade como em um processo terapêutico, embora,
frequentemente, a entrevista clínica resulte em um contrato terapêutico.
 A função de explicitar as diferenças de objetivos dos dois procedimentos (entrevista e
psicoterapia) e dos papéis diferenciados do profissional nas duas situações.
 Define o setting e fortalece o contrato terapêutico.
Tipos e Objetivos da Entrevista Clínica

Segundo a forma (estrutura) e segundo o objetivo.

Classificação Quanto ao Aspecto Formal

Entrevista Estruturada

• Pouca utilidade clínica

• Mais frequente em pesquisa

• Raramente considera as necessidades ou demandas do sujeito avaliado

• Destina-se ao levantamento de informações definidas pelas necessidades de um projeto

• Exemplo: Entrevista epidemiológica

• Privilegiam a objetividade – as perguntas são quase sempre fechadas ou delimitadas por


opções previamente determinadas e buscam respostas específicas a questões específicas.

• Quando respostas abertas são possíveis, geralmente são associadas a esquemas


classificatórios operacionalizados, que facilitam a tradução da informação em categorias do
tipo objetivo.

Entrevista Livre ou não-estruturada

• Toda entrevista supõe, na verdade exige, alguma forma de estruturação;

• A grande maioria das técnicas de entrevista divulgadas em psicologia clínica, desde seus
primórdios, enquadra-se nesse tipo de entrevista;

• Tomando-se os objetivos de uma técnica de livre estruturação, é possível desenvolver alguma


forma semi-estruturada de se obter o mesmo tipo de informação.

Entrevista semiestruturada

• O entrevistador tem clareza de seus objetivos, de que tipo de informação é necessária para
atingi-los, de como essa informação deve ser obtida (perguntas sugeridas ou padronizadas),
quando ou em que sequência, em que condições deve ser investigada (relevância) e como deve
ser considerada (utilização de critérios de avaliação);

• Aumenta a confiabilidade ou fidedignidade da informação obtida;

• Permite a criação de um registro permanente;

• Banco de dados úteis à pesquisa, ao estabelecimento da eficácia terapêutica e ao


planejamento de ações de saúde.

Entrevista Clínica
• Interdependência entre abordagem e objetivos

• É necessário distinguir dois níveis de objetivo: A finalidade maior de uma entrevista é sempre
a de descrever e avaliar para oferecer alguma forma de retorno.

• Apresentação da demanda,

• Reconhecimento da natureza do problema

• Formulação de alternativas de solução e de encaminhamento.

Tipos de entrevista quanto à sua finalidade:

 De triagem,
 De anamnese
 Diagnósticas (que podem ser sindrômicas ou dinâmicas),
 Sistêmicas e
 De devolução.

Anamnese

• Levantamento detalhado da história de desenvolvimento da pessoa, principalmente na


infância.

• A anamnese é uma técnica de entrevista que pode ser facilmente estruturada


cronologicamente.

• A utilidade da anamnese seja mais claramente vislumbrada na terapia infantil, muitas


abordagens que integram ou valorizam o desenvolvimento precoce podem se beneficiar deste
tipo de entrevista.

• Facilitar a apreciação de questões desenvolvimentais por parte do clínico, pois muitas


abordagens investigam aspectos importantes do desenvolvimento, embora de maneira não tão
extensiva como faz a entrevista de anamnese.

Competências do Avaliador e a Qualidade da Relação

1. estar presente, no sentido de estar inteiramente disponível para o outro naquele momento,
e poder ouvi-lo sem a interferência de questões pessoais;

2. ajudar o paciente a se sentir à vontade e a desenvolver uma aliança de trabalho;

3. facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser encaminhada ou a buscar ajuda;

4. buscar esclarecimentos para colocações vagas ou incompletas;

5. gentilmente, confrontar esquivas e contradições;

6. tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na entrevista;

7. reconhecer defesas e modos de estruturação do paciente, especialmente quando elas atuam


diretamente na relação com o entrevistador (transferência);

8. compreender seus processos contratransferenciais;

9. assumir a iniciativa em momentos de impasse;

10. dominar as técnicas que utiliza.


Fundamentação teórica sobre entrevista para testes

Escolha de instrumentos e técnicas

 Um passo importante para um bom resultado do processo psicodiagnóstico:

Escolha de instrumentos e técnicas adequados a uma dada situação Evita Consequências


conclusões e encaminha mentos inapropriados.

Como escolher os instrumentos?

 Individualizada.
 Domínio do instrumento.
 Para que possamos escolher os instrumentos e as técnicas que serão utilizados,
inicialmente devemos formular as hipóteses com base nos passos iniciais do
psicodiagnóstico.
 Postura investigativa exploratória.
Psicologia do Desenvolvimento – Psicopatologia

Teste x Técnica psicológica

 Teste é um instrumento ou procedimento por meio do qual se obtém uma amostra


de comportamento de um indivíduo em um domínio específico. Para tanto, o
mesmo deve ser avaliado e pontuado por meio de um processo padronizado.
 Então, quando não há padronizações ou quando há uma maior flexibilidade de
aplicação e análise, sem a preocupação com a métrica, podemos adotar o termo
técnica psicológica.

Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – Satepsi

. . . um sistema informatizado de avaliação de instrumentos submetidos à apreciação da


Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que tem
por objetivo avaliar a qualidade técnico-científica dos instrumentos submetidos, conforme
Anexo I da Resolução CFP nº 002/2003, assim como divulgar informações sobre as condições
do uso profissional de instrumentos psicológicos à comunidade e às(aos) psicólogas(os).
(Satepsi, 2015).

Resolução 002/2003

 A Resolução 002/2003 diz que o psicólogo deve utilizar somente os testes avaliados
pelo CFP como favoráveis para uso (Conselho Federal de Psicologia [CFP], 2003).
 Se não houver instrumentos disponíveis, podemos utilizar técnicas ou tarefas com o
objetivo de entender melhor o paciente.

Ordem de aplicação dos instrumentos psicológicos

Pensada conforme o caso.  Instrumentos mais simples.  Instrumentos mais complexos. 


Adaptação à situação de avaliação.
➢ Instrumentos gráficos são sugeridos como instrumentos de entrada, já que desenhar é uma
atividade que todos um dia realizamos na vida.

➢ Além disso, podemos também começar por instrumentos menos ansiogênicos para o caso
em questão.

Resumindo...

1) o que quero avaliar?

2) quais os instrumentos e técnicas disponíveis que avaliam isso que quero saber considerando
a idade do avaliando?

3) sei usar tais instrumentos e técnicas?

Fundamentação teórica sobre a hora do jogo

Por onde começar?

 A primeira hora de contato com a criança ou o adolescente equivale à primeira


entrevista que fazemos com o adulto.
 Você sabe o motivo dos seus pais/responsáveis o/a trouxeram?
 Linguagem lúdica e gráfica.
Anna Freud

 Jogo seria uma forma de acting


 Não se compara aos sonhos ou livre associação
 A criança não possui consciência de doença
 Criança estaria presa aos seus objetos originais

Melanie Klein

 O jogo seria uma via regia ao inconsciente


 O brincar é a linguagem típica da criança
 O brincar expressa tudo
 Linguagem lúdica seria mais expressiva que a verbal

A hora do jogo

Arminda Aberastury desenvolveu amplamente em nosso meio a posição kleiniana e afirma que
durante a primeira horado jogo que ela chamou pela primeira vez de hora de jogo diagnóstico,
a criança expressa as suas fantasias sobrea a doença/transtorno e cura.

Baranger  Fantasia da análise  O que está fazendo mal a criança  O que lhe faria bem
para melhorar  O que faremos ou o que ela teme que nós façamos.

 O papel do psicólogo na hora de jogo diagnóstica é o de um observador não


participante, mas essa não participação tem um limite.
 Existem crianças que ao chegar já solicitam que façamos alguma coisa com elas.
 Realizar anotações de modo comedido.
TESTE HTP

 O HTP foi criado por John N. Buck, em 1948.


 Tem como objetivo compreender aspectos da personalidade do indivíduo bem como a
forma deste indivíduo interagir com as pessoas e com o ambiente.
 Estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da
situação terapêutica e proporciona uma compreensão dinâmica das características e
do funcionamento do individuo (Buck, 2003)
 O instrumento é destinado a indivíduos maiores de oito anos e propõe a realização de
três desenhos sequenciais - uma casa, uma árvore e uma pessoa, os quais devem ser
desenhados em folhas separadas, utilizando lápis e borracha.

HTP

 O HTP é uma dos testes mais utilizados por psicólogos brasileiros (Lago & Bandeira,
2008; Noronha, 2002).
 A popularidade do HTP pode estar relacionada ao baixo custo e à facilidade de sua
aplicação (Lago & Bandeira, 2008).
 Ao mesmo tempo, trata-se de uma das técnicas mais questionadas no que se refere à
validade e fidedignidade (Anastasi & Urbina, 2000; Cunha, 2000.)
 Na sua versão atual, o HTP oferece um manual contendo padronização de aplicação e
de registro das respostas oriundas do inquérito posterior a cada desenho.
 Oferece um protocolo com uma lista de conceitos interpretativos para cada desenho,
associados a possíveis características psicopatológicas da personalidade.
 Quanto à interpretação, o HTP propõe avaliar o desenho a partir dos seguintes
aspectos: proporção, perspectiva, detalhes, qualidade da linha e uso adequado de
cores, no caso dos desenhos cromáticos (Buck, 2003).
 A proposta atual do HTP sugere uma avaliação menos detalhada e mais global do
desenho.
 O próprio manual do HTP adverte que as informações oriundas do protocolo não
devem ser analisadas isoladamente e devem ser combinadas com a história clínica do
indivíduo e com dados oriundos de outras fontes (instrumentos padronizados,
entrevistas e informações obtidas por diferentes informantes - Buck, 2003).
 É importante salientar que o objetivo da avaliação psicológica é compreender o
indivíduo da melhor forma possível, sem rótulos ou preconceitos (Cunha, 2000;
Tavares, 2003).

DESCRIÇÃO GERAL

 2 fases:
 1ªfase: Não verbal, criativa e quase completamente não estruturada. Desenho a
mão livre acromático de uma casa, arvore e pessoa (+ desenho da pessoa de sexo
oposto pode ser solicitado).
 2ª fase: Inquérito posterior ao desenho
 3ª fase: Desenhos cromáticos
 4ª fase: Perguntas adicionais
 30min – 1h30min
ADMINISTRAÇÃO DO HTP

 Cliente sentado em frente a uma mesa, em posição confortável para desenhar.


 O local deve ser silencioso e sem distrações.
 30min – 90min
 Min: 3 desenhos
 Materiais: Protocolo de desenho; Protocolo de Interpretação para cada conjunto
de desenhos; Protocolo de Inquérito Posterior; Lápis preto nº02, borrachas; giz de
cera (min 8 cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta, marrom e preto)
 Preencher com as informações de identificação o Protocolo
 Apresente o Protocolo relativa à casa, com a palavra CASA no topo da página (de
acordo com o ângulo de visão do cliente).
 Posição horizontal – CASA
 Posição vertical – ARVORE e PESSOA
 Escolher um lápis;
 Instrução a ser dada: “Eu quero que você desenhe uma casa. Você pode desenhar
o tipo que quiser. Faça o melhor que puder. Você pode apagar o quanto quiser e
pode levar o tempo que precisar. Apenas faça o melhor possível”
 Iniciar contagem do cronometro
 Marcar:
 Latência inicial
 Ordem dos detalhes desenhados
 Duração das pausas e o detalhe especifico desenhado
 Verbalização espontânea ou demonstração de emoção e detalhe especifico
desenhado
 Tempo total para produção do desenho

INTERPRETAÇÃO DOS DESENHOS

a) análise dos demais fenômenos oriundos da avaliação, quais sejam, os conteúdos gestuais e
verbais ocorridos ao longo da aplicação;

b) associação das informações obtidas pelo HTP a informações oriundas de outras fontes,
conforme propõe o autor no caput do protocolo de aplicação;

c) rigor no uso das informações advindas do manual;

d) interpretações fundamentadas na literatura científica sobre técnicas projetivas gráficas


(Buck, 2003).

AVALIAÇÃO DO DESENHO

 Examinar em relação a localização, tamanho, orientação e qualidade geral.


 Verificar detalhes conforme lista de conceitos interpretativos
 Atitude do sujeito em relação a tarefa
 Atenção ao tempo de construção do desenho
 Não desenhar em 30s – Característica psicopatológica
 Pausas longas - Característica psicopatológica
CAPACIDADE CRÍTICA E RASURAS

 Nunca aprendi a desenhar / Isso aqui está fora de proporção


 Comentários excessivos, sem correção – Possível patologia
 Comentários de autocríticas:
 Abandono de um objeto não completado, recomeçando o desenho em outro lugar da
página, sem apagar o desenho abandonado
 Apagar sem tentar redesenhar
 Apagar e redesenhar. Desenho com melhora é favorável.
 Meticulosidade exagerada, tentativa de perfeição
COMENTÁRIOS

 Comentários escritos – Necessidade de estruturação da situação, indicação de


insegurança
 “eu vou colocar essa gravata nele” – necessidade de estruturar a situação
 Comentários excessivos – preocupação
 Localização central na página – rigidez para compensar a ansiedade e insegurança
 Mudança da posição da página – tendencia a agressividade
 Quadrantes da página – uso do quadrante esquerdo superior – quadrante da regressão
Teste de Apercepção Temática

Histórico e Fundamentos Teóricos

• Henry Murray – 18 de maio de 1893

• Bacharel em artes, Universidade de Harvard; Medicina, em Columbia

• Influenciado por Freud e Jung – Estudos sobre a imaginação e organização da personalidade


humana.

• Defesa da abordagem multidisciplinar

Mesma situação  Diferentes pessoas  Diferentes percepções

• Fotografia de pinturas em museus, anúncios em revistas, fotos de filmes de cinema e outros

• Posteriormente foram redesenhadas para serem uniformes.

• Produto final:

• Situações dramáticas, de contornos imprecisos, impressão difusa e tema inexplícito

• Após a exposição a tal conteúdo, sem perceber, identifica-se com um personagem e


comunica por meio de uma história completa a sua experiência.

• Situações e relações do indivíduo, temores, desejos, dificuldades, necessidades e pressões


em sua personalidade

• Murray acreditava que a primeira teoria de Freud era restrita e limitada - > Personologia
(necessidade e pressão)
Necessidade

• Construto que representa uma força, na região cerebral, que organiza a percepção, a
apercepção, a intelecção (processo de entender), a conação (processo mental de formação da
vontade e da intenção) e a ação, de modo a transformá-la em uma certa direção, ou seja, em
uma situação insatisfatória existente.

• Gera um estado de tensão que conduzirá a ação no sentido de chegar à satisfação


reestabelecendo um equilíbrio.

• Pode ser produzida por forças internas e externas, sempre acompanhada por um sentimento
ou emoção.

• Pode ser identificada a partir do comportamento final, expressões de afeto, atenção


mediante uma classe de objetos

Pressões

• Determinantes do meio externo que podem facilitar ou impedir a satisfação da necessidade,


representando a forma como o sujeito vê ou interpreta o seu meio.

• Personalidade: Abstração formulada pelo teórico e não uma descrição do comportamento do


indivíduo -> Compromisso entre os impulsos do indivíduo e as demandas do ambiente.

• Personalidade -> agente organizador e administrador do indivíduo, para integrar conflitos e


pressões visando à satisfação das necessidades

Método

• Apresentação de pranchas selecionadas pelo examinador ao sujeito, que por sua vez, deverá
contar uma história sobre cada uma.

• Duas tendências:

• Interpretar uma situação humana ambígua baseando-se em experiências passadas e anseios

• Inclinação das pessoas que escrevem histórias para agir de igual maneira: utilizar o acervo de
suas experiências e expressar seus sentimentos e necessidades conscientes e inconscientes.

Material do teste

• 31 pranchas – situações humanas clássicas

• Cada sujeito – 20 estímulos – 20 histórias

• 10 primeiras mais estruturadas

• 10 menos estruturadas

• No verso de cada prancha

• – número + letras (gênero e/ou idade)

• 1 – estimulo universal

• 13FH – estímulo para adultos de ambos os sexos

• 18RH – para sujeitos do sexo masculino de qualquer idade


• 18MF – para sujeitos do sexo feminino de qualquer idade

Tipo de estímulo Convenção

Universal Apenas o número

Para mulheres Número seguido de F

Para homens Número seguido de H

Para crianças do sexo feminino (menina) Número seguido de M

Para crianças do sexo masculino (rapaz) Número seguido de R

Administração do TAT

• Preparação do Sujeito

• Não exige uma preparação específica

• Pessoas muito limitadas, resistentes ou desconfiados ou que não foram submetidos a


provas ou testes antes indica-se começar com uma tarefa menos exigente

• Ambiente do Teste

• Ambiente de cordialidade

Instruções – 1ª Sessão

• Sujeito sentado em uma cadeira confortável ou reclinar-se num divã.

• Ler as instruções DEVAGAR

• Forma A (adolescentes e adultos de grau médio de inteligência e cultura)

• Este é um teste de imaginação que é uma das formas da inteligência. Vou mostrar-lhe
algumas pranchas, uma de cada vez, e a sua tarefa será inventar, para cada uma delas, uma
história com o máximo de ação possível. Conte-me o que levou ao fato mostrado na prancha,
descreva o que está acontecendo no momento, o que as personagens estão sentindo e
pensando. Conte depois como termina a história. Procure expressar seus pensamentos
conforme eles forem ocorrendo em sua mente. Você compreendeu? Você tem cinquenta
minutos para as 10 pranchas, você pode utilizar cerca de 5 minutos para casa história. Aqui
está a primeira prancha.

• Forma B (crianças, adultos pouco inteligentes ou de pouca instrução)

• Este é teste para contar histórias. Eu tenho aqui algumas pranchas que vou lhe mostrar.
Quero que você faça uma história para cada uma delas. Conte o que aconteceu antes e o que
está acontecendo agora. Fale o que as pessoas estão sentindo e pensando e como termina a
história. Você pode fazer o tipo de história que quiser. Compreendeu? Bem, então aqui está a
primeira prancha. Você tem 5 minutos para fazer uma história. Faça o melhor que puder.
Instruções – 2ª Sessão

• Intervalo de pelo menos 1 dia entre as sessões.

• Forma A:

Vamos fazer hoje o mesmo que dá outra vez. Só que agora você pode dar toda liberdade
à sua imaginação. Suas dez primeiras histórias estavam ótimas, mas você se limitou demais aos
fatos do dia-a-dia. Agora, eu gostaria de ver do que você é capaz quando deixa de lado as
realidades comuns e põe sua imaginação para funcionar, como acontece num mito, nas
histórias de fadas ou numa alegoria. Aqui está a primeira prancha.

• Forma B:

Hoje vou lhe mostrar mais algumas pranchas. Será mais fácil porque as pranchas são
bem melhores, mais interessantes. Você me contou ótimas histórias outro dia. Agora quero ver
você fazer algumas outras. Se puder, faça-as mais emocionantes do que as outras – como
sucede num sonho ou num conto de fadas. Aqui está primeira prancha.

• Prancha em branco - 16:

• Veja o que você pode ver nesta prancha em branco. Imagine alguma cena aí e descreva-a em
detalhe.

• Feche os olhos e imagine alguma coisa.

• A gora me conte uma história sobre isso.

Entrevista seguinte

• Inquérito imediato ou após alguns dias.

• Questionar a pessoa em atendimento

• Lembrar das fontes de suas ideias (experiência pessoal, de amigos e parentes, livros e filmes.

• Recorda o enredo da história e estimular a falar livre e abertamente.

• Associações livres.

Análise e Interpretação das Histórias

• Formação do examinador

• Experiência clínica

• Psicanálise

• Conceitos de psicologia básicos

• Dados básicos exigidos:

• Idade, sexo

• Pais vivos ou separados

• Idade e sexo dos irmãos

• Profissão e estado civil


Tipos de análise de conteúdo

• Analisar em relação

• A força do herói

• A força do meio – pressão

Determinantes do meio externo que podem facilitar ou impedir a satisfação da necessidade,


representando a forma como o sujeito vê ou interpreta o seu meio.

O Herói

• Reconhecer com qual personagem o contador de história se identificou

• Maior interesse

• Adota o mesmo ponto de vista

• Sentimentos e motivos mais detalhados

• Mais parecido com o sujeito

• Mesmo sexo

• Mesma idade

• Mesmo status

• Compartilha objetivos e sentimentos

• Mesma pessoa da prancha

• Principal papel

• Sequência de heróis

• Duas forças da personalidade – Dois personagens

• Uma história dentro da outra (herói primário e outro secundário)

• Personagem do sexo oposto

• Sem heróis

• Heróis parciais

• Traços:

• Superioridade, inferioridade, criminalidade, anormalidade, solidão, liderança, inclinação


para discussão.

Motivações, Inclinações e Sentimentos dos Heróis

• Observar TODOS os detalhes de cada um dos 20 ou mais heróis.

• O que sentem, pensam ou fazem?

• Elementos em comum ou não, e a intensidade e frequência.

• Avaliar segundo a literatura da psicologia.


• Lista de 28 necessidades (forças propulsoras) classificadas de acordo com as motivações de
cada atividade.

• Escala de 1-5 para avaliar a força das emoções.

Lista de variáveis

• Agressão

• Ajuda

• Autoagressão

• Degradação

• Desvelo

• Dominância

• Passividade

• Realização

• Sexo

• Abatimento

• Conflito

• Instabilidade Emocional

Forças do ambiente do herói

• Natureza geral das situações

• Elementos extras em relação as pranchas

• Traços recorrentes

Desfecho / Desenlace

• Forças do herói e forças do ambiente.

• Faz as coisas acontecerem ou as coisas lhe acontecem?

• Após cometer um crime, o herói é adequadamente punido?

• Grau de sucesso e fracasso

Temas

• Interação entre as necessidades do herói e pressões ambientais juntamente com o desfecho -


Tema Simples

• Junção de temas simples ou formação de sequências – Tema Complexo

• Enredo, motivação, tema, aspecto dramático da história

• Lista de temas preponderantes

• Que desfechos, conflitos e dilemas têm maior importância para o sujeito?


• Existem temas comuns centrados em rivalidade, amor, privação, etc?

Interpretação

• Atributos do herói – Tendências da personalidade do sujeito

• Necessidades, estados emocionais e sentimentos

• Passado ou futuro antecipado

• Forças potenciais adormecidas ou ativas

• 1. Coisas que o sujeito fez

• 2. Coisas que desejou fazer ou tentou fazer

• 3. Forças da personalidade que não estava consciente

• 4. Sentimentos e Desejos do momento

• 5. Antecipação de comportamento do futuro

• Em torno das pressões do ambiente:

• 1. Situações em que se defrontou

• 2. Situações em que em sonhos e devaneios imaginou encontrar-se com esperança e medo.

• 3. Situação momentânea em relação ao eu lhe é dado.

• 4. Situações que deseja estar

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