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Escalas

Testes
Questionários
psicométricos

Técnicas de
Técnicas de
AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA
Testes
Observação
projetivos

Entrevistas 01
Conteúdo programático

1. Histórico dos Testes Psicológicos;


2. Conceitos básicos em avaliação psicológica;
3. Definições e etapas da avaliação psicológica;
4. Competências do psicólogo na condução da avaliação psicológica;
5. Áreas de aplicação da avaliação psicológica;
6. Ética Profissional aplicada à avaliação psicológica (Resoluções);
7. Classificação dos Testes psicológicos (psicométricos e projetivos);
8. Integração de informações decorrentes da avaliação psicológica;
9. Elaboração de documentos decorrentes da avaliação psicológica.
A história dos testes psi.
• Segundo Pasquali (2001), a
história dos testes
psicológicos, se destacam em
sucessivas décadas, de tal
maneira que é possível
associar muitos autores a
alguns períodos bem
específicos.
Panorama internacional
1. A década de Galton: 1880
2. A década de Cattell: 1890
3. A década de Binet: 1900
4. A era dos testes de inteligência: 1910-1930
5. A década da análise fatorial: 1930
6. A era da sistematização: 1940-1980
7. A era da psicometria moderna: 1980

• (Pasquali, 1999, 2001, 2009, 2010)


Francis Galton (1822-1911)
• Em 1869 publica o “Gênio hereditário” cuja ideia era
demonstrar que as habilidades naturais do homem
eram hereditárias.

• Transpor sua tese para auxiliar no aperfeiçoamento das


espécies (Eugenia).
https://www.youtube.com/watch?v=mo9IQcAAacI
Francis Galton (1822-1911)
• “[...] seria bastante viável produzir
uma raça de homens altamente
dotados por meio de casamentos
criteriosos durante várias
gerações consecutivas” (Galton,
1869)

• Como avaliar os mais aptos?


Francis Galton (1822-1911)
• Criação do Laboratório Antropométrico onde eram medidos
aspectos físicos:
• tamanho da cabeça;
• envergadura dos braços;
• Altura;
• Peso
• Etc.

• E eram feitas avaliações de tempo de reação e acuidade


sensorial.
Francis Galton (1822-1911)
• Descobriu os fenômenos da correlação e regressão.

• Pioneiro no uso de questionários e associação livre de


palavras.
Correlação e regressão
• São duas técnicas
estreitamente
relacionadas, que visa
estimar uma relação que
possa existir entre duas
variáveis na população.
Correlação Linear de Pearson
• Uma medida do grau e do sinal da correlação linear
entre duas variáveis (X,Y) é dado pelo Coeficiente de
Correlação Linear de Pearson, definido por:
Correlação e regressão
• Correlação: resume o grau de relacionamento entre
duas variáveis (X e Y, por exemplo).

• Regressão: tem como resultado uma equação


matemática que descreve o relacionamento entre
variáveis.
https://www.youtube.com/watch?v=lLkrCuuhWBk
Hermann Ebbinghaus (1850-1909)
• Teste de Complementação de Ebbinghaus:

• Provas onde as crianças deviam preencher lacunas em


passagens de textos de onde palavras e fragmentos de
palavras haviam sido omitidos
Hermann Ebbinghaus (1850-1909)

Vejo
vocês no
exame!
Hermann Ebbinghaus (1850-1909)
• Importância do procedimento:

a) prenunciou o desenvolvimento de testes em grupo


(era aplicado a classes inteiras de crianças
simultaneamente).

b) provou ser um termômetro eficiente da capacidade


intelectual.
Hermann Ebbinghaus (1850-1909)
• Críticas:

• Desconsidera a emoção no aprendizado e na


memorização.

• Tal como ocorre nos eventos traumáticos.


https://www.youtube.com/watch?v=v7pHAgabu8M
James McKeen Cattell (1860-1944)
• Interesse em medir diferenças
individuais.

• Pioneiro no uso do termo


“Teste Mental” (1890).
James McKeen Cattell (1860-1944)
• Media a capacidade intelectual por meio de testes de
tempo de reação e discriminação sensorial (Galton).

• Os testes incluíam:
• medidas de força muscular;
• velocidade de movimento;
• acuidade visual e auditiva;
• Peso;
• tempo de reação.
Charles Spearman (1863 - 1945)
• Ampliou o uso dos métodos de correlação propostos
por Galton e elaborou as bases conceituais da análise
fatorial.

• Criou uma teoria da inteligência que


enfatizava um fator geral (g) presentes em todas as
atividades intelectuais.
Alfred Binet (1857-1911)

• Acreditava que os testes sensoriais não são bons


para discriminar a capacidade intelectual e que
testes como os verbais seriam mais promissores:
• Memória;
• Atenção;
• Imaginação;
• etc.
https://www.youtube.com/watch?v=eska8hkGhNU
Alfred Binet (1857-1911)
• Identificou quais eram as tarefas intelectuais que a
maioria das crianças estavam aptas a dominar nas
diversas faixas etárias.

• Criou a primeira escala psicométrica para a


avaliação da inteligência: Escala Binet-Simon;
Transtornos de aprendizagem
x
dificuldade de aprendizagem
• “Se hoje você é mais respeitado por conta de um
transtorno, ou mesmo se há política de inclusão,
agradeça a Bient”.
Alfred Binet (1857-1911)
• Escala Binet-Simon (1905): bateria composta por 30
provas, em ordem crescente de dificuldade, que
permitiam a classificação de indivíduos em níveis distintos
de desenvolvimento mental (3 a 11 anos).

• O teste concentrava-se em três funções cognitivas:


• julgamento;
• Compreensão;
• raciocinio.
Alfred Binet (1857-1911)
• Em 1908: 58 itens (3 a 13 anos)

• Em 1911: 58 itens (testes para adultos)


Os autores não partiram de uma definição de
inteligência, mas de pesquisas empíricas.
Escala Binet - Simon - Willian Stern
• Escala Binet-Simon - Willian Stern modifica o nome
“nível mental” para “idade mental” (idade na qual as
crianças podem realizar certas tarefas típicas da idade).

• QI = IM/IC x 100
• QI: Quociente de Inteligência
• IM: Idade Mental
• IC: Idade cronológica
Taxonomia Binet
• Começa a aplicação do teste em larga escala.

• Cria o termo “débil mental” e a taxonomia


hierarquizada a partir da escala de Binet:
• débeis mentais = IM de 8 a 12 anos
• imbecis = IM de 3 a 7 anos
• idiotas = IM < 3 anos.
• Terraplanistas = IM < 1 ano
Robert Yerkes
• 1 guerra mundial: Avaliação para
seleção de recrutas;

• Cria testes coletivos, com itens de


múltipla escolha, para avaliar o
nível inteligência dos recrutas,
para classificá-los e atribuir tarefas
mais adequadas a cada um.
https://www.youtube.com/watch?v=hmrMwotYHSc
Army Alpha
• versão verbal

• Army Beta: versão não-


verbal destinada a
analfabetos e pessoas que
não falavam inglês.
https://www.youtube.com/watch?v=V8dIn7yWy1w
Army Alpha
• Os resultados eram classificados em uma escala de A a
E e tinham como objetivos sugerir as funções que os
soldados estariam aptos a desempenhar.
Familiar? Espero que você se lembre disso, porque vai usar! Escalas likert...
Army Alpha e Beta
• Problemas:
• Tempo de aplicação em razão do número de
recrutas.
• Idioma e cultura.
• Local de aplicação.
• Os próprios aplicados (racismo e negligência).
As perspectivas sobre os testes
• O que você sente quando vai
fazer um teste?

• Qual a relação dos testes com


as pessoas?

• Para quê servem?


As perspectivas sobre os testes
• Os psicólogos buscavam dotar a psicologia de
credibilidade cientifica e autoridade.

• Até hoje a psicologia briga por seu lugar como uma


área legitima, cientifica e fundamental como outras
ciências já estabelecidas como a medicina.
Resultados da busca desesperada
• Surgiram testes inadequados e mal elaborados que
ofereciam resultados insatisfatórios.

• Ex. de itens:
• qual o maior telescópio do mundo? Qual o peso do
ar em uma sala de 6x9x3m? desmoralização dos
testes perante o público e declínio do prestígio
científico da psicologia.
Referências:
• Pasquali, L. (1997). Psicometria: teoria e aplicações. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

• Pasquali, L. (1999). Histórico dos Instrumentos Psicológicos. Em L. Pasquali. (Org.). Instrumentos


Psicológicos: manual prático de avaliação. Brasília: LabPam/IBAP.

• Pasquali, L. (2001). A medida e sua prática em Psicologia. Em Conselho Regional de Psicologia (13a.
região PB/RN). A diversidade da Avaliação Psicológica: considerações teóricas e práticas. João Pessoa,
PB: Idéia.

• Pasquali, L. (2003). Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. Rio de Janeiro: Vozes.

• SILVA, V. G. . Os Testes Psicológicos e as suas Práticas. http://www.psicologia.com.pt/artigos, 2008 (Artigo Publicado


no Portal de Psicologia de Portugal).

• SILVA, V. G. . Nuances dos Testes Psicológicos e algumas inquietações pós-modernas. 1. ed. João Pessoa - PB:
Ideia, 2010. 486p.

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