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Análise do Comportamento II

Professor:
Almir Dalmolin Filho
Tema:
Prática laboratorial
Filogenética e ontogenética
• Variáveisontogenéticas e filogenéticas, na abordagem
Análise do Comportamento em especial o Behaviorismo
Radical, proposto por Skinner são importantes para
compreender a origem do comportamento do indivíduo,
descreve Baum (1999).
Filogenética e ontogenética
•A ontogenia é resultado da história de vida de um
sujeito, uma forma de seleção pelas consequências das
ações.

• Jáa filogenia corresponde a seleção pela reprodução e


sobrevivência, na qual características adaptativas ao
ambiente são selecionadas.
Filogenia e Darwin
• Baum (1999) relata que Charles Darwin teve
contribuição no conceito de filogenia, uma vez que seus
estudos confirmam que o conceito é um processo
componente da seleção natural;

• Naseleção natural aquele que tem características mais


propícias ao ambiente sobrevive
Experimentos com ratos e ontogenia
• Com base nesses conceitos,
Skinner (2003) defende que a
aprendizagem acontece
relacionada ao modelo
operante, assim como retrata o
seu experimento com os ratos
no qual consequências são
estímulos que modelam o
comportamento do sujeito.
Conceitos associados à ontogenia
• Para a aprendizagem operante, outros dois conceitos
encadeamento e estímulo discriminativo são importantes
para o amparo teórico do entendimento desse modelo.

• Para Moreira e Medeiros (2007), um estímulo é


considerado discriminativo, quando, dentro do ambiente
do sujeito ele passa acontrolar o comportamento.
O que é o encadeamento de respostas?
• Os autores ainda relatam que uma cadeia de respostas é
uma sequência de ações (respostas) que resulta em um
reforçador incondicionado;

•O reforço é importante nessas cadeias de resposta já que,


para a realização de um encadeamento, é necessário um
reforço para desenvolver os elos.
Aplicações do encadeamento de respostas
•Lista das etapas do condicionamento operante para estabelecimento do
encadeamento: Tabela1. Etapas do procedimento experimental e
transformação da função dos estímulos
Etapa Sa R Sc
1 Argola I Tocar Xarope
2 Argola I Atravessar Xarope
3 Argola I Atravessar Baliza
4 Baliza Tocar Xarope
5 Baliza Atravessar Xarope
6 Baliza Atravessar Argola II
7 Argola II Tocar Xarope
8 Argola II Atravessar Xarope
9 Argola II Atravessar Gangorra
10 Gangorra Tocar Xarope
11 Gangorra Atravessar Xarope
12 Gangorra Atravessar Túnel
13 Túnel Tocar Xarope
14 Túnel Entrar Xarope
15 Túnel Atravessar Xarope 
Análise de variáveis que afetam o
comportamento
•É importante destacar as variáveis dentro do laboratório
que se faziam presente durante o experimento.

• Durante as sessões 5 e 10, houve falta de energia elétrica


e, em ambos, a frequência do comportamento do
indivíduo foi a menor se comparada com as demais
sessões, fato descrito no decorrer do relatório.
Análise de variáveis que afetam o
comportamento
•A diferença chegou a 213.3% na quantidade
de reforçadores por comportamento comparando a
sessão 10 com a sessão 16 (com maior
quantidade de reforçadores).

•Ofato alinha-se ao que Galvão e Barros (2001) definem


como variável independente (VI), onde são relações dos
comportamentos com o ambiente, ou seja, ela pode ser
manipulada e fazer relação entre um evento com o outro.
Análise de variáveis que afetam o
comportamento
•A diferença chegou a 213.3% na quantidade
de reforçadores por comportamento comparando a
sessão 10 com a sessão 16 (com maior
quantidade de reforçadores).

•Ofato alinha-se ao que Galvão e Barros (2001) definem


como variável independente (VI), onde são relações dos
comportamentos com o ambiente, ou seja, ela pode ser
manipulada e fazer relação entre um evento com o outro.
Análise de variáveis que afetam o
comportamento
• Outrofato observado na sessão 10 e que também
pode ser relacionado a variável
independente, foi que:
1. Quebrou uma tampa de garrafa onde é oferecido o
xarope de groselha;
2. Mordeu um dos aplicadores do procedimento.
• Esses comportamentos não haviam sido registrados em
outras sessões desde o início do experimento.
Análise de variáveis que afetam o
comportamento
• Em laboratório, temos que
anotar e tomar ciência dos
efeitos das variáveis sobre o
comportamento do sujeito
experimental, tais como:

• Queda de energia;
• Temperatura;
• Sons;
• Odores;
• Imagens, cores e intensidade da luz;
• Etc.;
A “origem” dos comportamentos
• Uma ciência experimental, então, seria
fundamental para unificar os achados a respeito da
unidade do reino animália em sua capacidade de
responder aos eventos do mundo;

• Em suas limitações físico biológicas o que inclui as


limitações humanas quanto a percepção, por
exemplo, auditiva limitada a uma estreita faixa em
hertz (Skinner, 2003).
A Análise do Comportamento e
aprendizagem
• Sabendo que os animais possuem suas peculiaridades,
limitações etc.;

• Issoquer dizer que é possível ensinar cada ser vivo de


acordo com sua filogenia, isto é, suas características
evolutivas/biológicas.
A Análise do Comportamento e
aprendizagem
• Isso não quer dizer que a Análise do Comportamento
trata humanos como animais, mas que, como ciência,
pode ser aplicada a todos indivíduos, humanos e não
humanos, mas, levando em conta suas características;

• Peixesrespiram debaixo da água, aves voam. Mas peixe


não vive fora da água, isso é uma limitação.
A Análise do Comportamento e
aprendizagem
• Para aplicar conceitos de aprendizagem na análise do
comportamento, é necessário entender as características
filogenéticas e ontogenéticas do o indivíduo;

• Sendo assim, podemos entender, por exemplo, porque


um indivíduo respondeu de determinada forma.
Encademaneto de respostas aplicado a
indivíduos humanos
Referências
• BAUM, William M. Compreender o Behaviorismo: ciência, comportamento e cultura. Porto Alegre: ARTMED.1999.
• FARIAS, Ana Karina C. R. de-. Por que “Análise Comportamental Clínica?” Uma introdução ao livro. In: FARIAS,
Ana Karina C. R. de- e colaboradores. Análise Comportamental Clínica: Aspectos Teóricos e Estudos de Casos. Porto
Alegre: Artemed, 2010. Cap. 1. P. 19-29.
• GALVÃO, O. F.; BARROS, R. S. Curso de Introdução à Análise Experimental do Comportamento. São Paulo:
Copymarket. 2001.
• MOREIRA, Marcio B. ; MEDEIROS, Carlos A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
• ROBERTO-FONSECA, Abraão. Ensino de relações arbitrárias e busca de simetria em Cebbusapella. 2010. 51p.
Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós
Graduação em Teoria de Pesquisa do Comportamento, Belém.
• SAMPAIO, Angelo Augusto Silva; OTTONI, Eduardo Benedicto; BENVENUTI, Marcelo Frota Lobato. A Análise do
Comportamento no contexto do estudo evolucionista do comportamento social e da cultura. Estud. psicol. (Natal), 
Natal ,  v. 20, n. 3, p. 127-138,  Sept.  2015 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1413-294X2015000300127&lng=en&nrm=iso>. access on  22  Apr.  2021. 
http://dx.doi.org/10.5935/1678-4669.20150015.
• SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e Comportamento Humano. Trad. João Carlos Todorov, Rodolfo Azzi, 11 ed.
São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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