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OS AUTISTAS
PRECISAM DA
SUA AJUDA!
PARA O TRATAMENTO
ADEQUADO
Essa cartilha tem por propósito auxiliar as famílias e os médicos na conquista
tratamento deve ser realizado pelo paciente, somente o médico poderá definir
como será e quais as intervenções devem ser feitas. Para isso, é necessário
Foi pensando nisso que essa cartilha foi feita, ajudar médicos em suas
Fundador do IBDTEA - Instituto Brasileiro de Defesa dos Autistas & LIGATEA - Advogados que
defendem Autistas. Membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência
da OAB/PE. Membro da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB/Olinda. Membro da
Comissão Nacional de Defesa dos Autistas da ABA.
OBRIGATÓRIO
RESPEITAR A
PRESCRIÇÃO
MÉDICA, ANS
RN 529/2022
DE 24/06/2022
05
Estas mudanças judiciais e regulatórias impactam diretamente os
beneficiários autistas no acesso aos tratamentos adequados,
segundo as evidências científicas nacionais e internacionais, os
guidelines de instituições de credibilidade médica e segundo a
Medicina Baseada em Evidências (MBE).
06
l M
a É
D
u
I
d C
o O
07
RECOMENDAÇÕES PARA
CONSTAR NO LAUDO E NA JUSTIFICATIVA MÉDICA
RECOMENDAÇÕES DE INFORMAÇÕES PARA
CONSTAR NO LAUDO E NA JUSTIFICATIVA MÉDICA
QUE PRESCREVE OS TRATAMENTOS DE AUTISTAS
09
e) Com relação ao PECS: qual a sua função prática ao paciente? Quais os
ganhos ele vai ter com a aplicação desta modalidade de terapia? Quais os
ganhos ele terá? Qual a razão da sua prescrição específica em detrimento
da fonoaudiologia padrão? Qual a diferença que esta terapia pode fazer na
vida do paciente? Qual a qualificação que o Fonoaudiólogo deve ter para
ser considerado especialista em PECS??? Tem comprovação científica de
sua eficácia?
10
I) Com relação à Equoterapia: qual a sua função prática ao paciente?
Quais os ganhos ele vai ter com a aplicação desta modalidade de terapia?
Quais os ganhos ele terá? Qual a razão da sua prescrição específica ao
paciente? Qual a diferença que esta terapia pode fazer na vida do
paciente? Qual a qualificação que o Profissional deve ter para ser
considerado especialista em Equoterapia? Há comprovação científica de
sua eficácia?
11
m) Com relação ao Acompanhante Terapêutico ABA em ambiente
escolar (AT - aplicador ABA): qual a sua função prática ao paciente? Quais
os ganhos ele vai ter com a aplicação desta modalidade de terapia? Quais
os ganhos ele terá? Qual a razão da sua prescrição específica ao paciente?
Qual a diferença que esta terapia pode fazer na vida do paciente? Qual a
qualificação que o Profissional deve ter para ser considerado apto para a
acompanhar o autista na escola, realizando a aplicação da terapia ABA
através do programa ABA? Quem é o profissional responsável pelo
programa ABA? É uma modalidade terapêutica ou
educacional/pedagógica? Há necessidade de supervisão das atividades
do acompanhante? O que é necessário para se considerar apto a exercer o
cargo de supervisão de AT? Há comprovação científica de sua eficácia?
AUTISMO
Nacionais e
internacionais
SAÚDE
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
ESPECÍFICAS PARA O TRATAMENTO DE AUTISMO
As prescrições médicas, nos laudos que diagnosticam pessoas com
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), seguem um rigoroso processo
de avaliação clínica individualizada, para que sejam prescritas às terapias,
métodos e protocolos de avaliação padronizados, que sigam os preceitos
da Medicina Baseada em Evidências (MBE) e que possuam robustas
evidências científicas em saúde, segundo os critérios estabelecidos na
escala de evidências científicas em saúde da Oxford Centre for Evidence-
based Medicine (OCEBM) [1], além dos critérios diagnósticos
recentemente atualizados pela Classificação Internacional de Doenças
(CID-11) [2] e pelos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais, de American Psychiatric Association (DSM-V) [3].
Escala de
evidências
científicas
em saúde
OCEBM.
14
O AUTISMO é um Transtorno Global do (neuro)Desenvolvimento
(TGD), cujo seu espectro é complexo, multifatorial, que afeta todas as
áreas do ser, em especial as áreas da comunicação, interação social,
comportamento entre outros [4], tendo suas causas ainda
desconhecidas, mas com forte cunho genético [5] e que não possui cura
ou tratamento medicamentoso [6], sendo o tratamento multidisciplinar e
integrado o único meio de melhorar o prognóstico do paciente e a
qualidade de vida de sua família [7].
15
1. Psicóloga com capacitação e formação em ABA para aplicação de
estratégias de modulação comportamental
[4,7,9,10,11,12,13,15,16,17,48,49,50,51,52];
2. Psicóloga com abordagem familiar e individualizada, em Terapia
Cognitivo Comportamental ou Terapia Cognitiva Breve [4,21];
3. Psicopedagoga (metodologia TEACCH) [4,22];
4. Fonoaudióloga (metodologias PROMPT/PEC) [23,24];
5. Terapeuta Ocupacional habilitada em treinamento de Atividades de
Vida Diária – AVDs (básicas e instrumentais) [4,7,9, 20,37,38];
6. Terapias de Integração Sensorial de Ayres em sala multifuncional
[4,20,25,26,38];
7. Psicomotricidade relacional e funcional [27,28,29,30,31,32];
8. Musicoterapia [4,20,33,34,35];
9. Fisioterapia Bobath ou Cuevas Medek [36,37,38,39,40,41];
10. Hidroterapia/ Fisioterapia aquática [20,42];
11. Nutrição especializada em seletividade alimentar para o TEA
[28,30,31,32,43];
12. Protocolos de neuromodulação não-invasiva próprios para idade
[44,45,46];
13. Acompanhante Terapêutico ABA em ambiente escolar e diário, em
todo horário escolar, de assistente terapêutico ABA (AT - aplicador ABA)
que deve ser capacitado com curso específico para tal finalidade e
possuir a supervisão [4,7,9,10,11,12,13,15,16,17,47,48,49,50,51,52,53];
14. Supervisão de assistente terapêutico ABA (AT - aplicador ABA) por
profissional de maior graduação, ambos ligados à clínica gerenciadora do
programa terapêutico multidisciplinar.
15. Os Acompanhantes terapêuticos (AT ABA - aplicadores ABA) são
terapeutas atuando no ambiente escolar (dentro e fora da sala de aula) e
não são professores ou assistentes de sala de aula, bem como para
atuando no ambiente domiciliar para manejo do comportamento em
todos os ambientes que o autista frequenta.
[4,7,9,10,11,12,13,15,16,17,47,48,49,50,51,52,53];
16. Devem ser supervisionados por ANALISTA DO COMPORTAMENTO.
Tanto o Analista como o Acompanhante Terapêutico devem fazer parte
da mesma Equipe Multidisciplinar [47,48,49,50,51,52,53].
17. Acompanhante Terapêutico ABA em ambiente domiciliar (AT -
aplicador ABA) [4,5,6,20,28,49,50,51,52,53].
16
Órgãos nacionais de maior relevância que recomendam a ABA e o
tratamento integrado para autistas: Conselho Federal de Medicina (CFM),
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Academia Brasileira de Neurologia
(ABN), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Medicina
Comportamental (ABPMC), Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil
(SBNI), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Ministério da Saúde, Conselho
Nacional de Saúde (CNS), entre vários outros.
17
Cabe salientar que nenhuma das modalidades terapêuticas
indicadas possuem caráter educacional/pedagógico e muito
menos experimental. Todas elas possuem evidências científicas
ao longo de décadas de literatura específica em saúde.
18
ANALISTA DO COMPORTAMENTO é um profissional específico e essencial
para o desenvolvimento adequado de um plano terapêutico baseado na
Análise do Comportamento Aplicado (ABA).
Segundo a Associação Brasileira de Medicina Comportamental (ABPMC): Os
diferentes agentes de ensino podem desempenhar funções de Analista do
Comportamento Supervisor, Analista do Comportamento Coordenador e
Aplicador. A composição dos agentes é variável e é organizada a partir do
delineamento do serviço, mas a presença do Analista do Comportamento
Supervisor é indispensável [53]. A operacionalização de suas atividades deve
seguir a seguinte ordem hierárquica e as qualificações específicas:
19
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22
médicos
23
XXXXXXXXXXXXX, xx anos, Transtorno do Espectro do Autismo – TEA
associado a Apraxia da Fala da Infância – AFI (CID-10: F84.0 + F80.1/ CID-11: 6A02.2 +
6A01.0), com comprometimento qualitativo da linguagem, jargonismos e baixa intenção
comunicativa, poucas oportunidades de sociabilização, com algumas estereotipias,
hiperlexia, desatenção e irritabilidade. Estas características, embora tratáveis no ambiente
clínico, podem trazer limitações por toda vida do paciente.
Já foi alertado, em laudos anteriores que, caso essa condição de saúde da criança
não seja adequadamente abordada e tratada, podem ocorrer graves limitações por toda vida
da criança. XXXXXX tem demonstrado evolução, acredito que manterá seus bons resultados
e alcançará ainda melhores resultados mantendo-se inserido em intervenções intensivas
com a mesma equipe terapêutica com quem já criou vínculos afetivos essenciais para o
processo de reabilitação.
Para que tenha chances de uma boa evolução e melhor prognóstico, XXXXXX deve,
de MODO URGENTE, incrementar seus acompanhamentos com equipe multiprofissional e
realizar terapias específicas para o quadro e integradas entre si, sendo indicadas
intervenções baseadas na ciência do comportamento ABA (Applied Behavior Analysis -
Análise do Comportamento Aplicada), sob supervisão presencial e semanal de
analista de comportamento e aplicação por terapeutas certificados, com formação
acadêmica e experiência profissional necessárias às especificidades de cada método
terapêutico solicitado. Preciso esclarecer que, os profissionais de supervisão e de
aplicação devem ter formação em grau de especialização, mestrado ou doutorado (sendo o
profissional de supervisão aquele mais graduado) e suas atividades precisam ser realizadas
no domicílio do paciente, na escola e em clínica multiprofissional.
Todo o plano de tratamento deve ter carga horária suficiente e necessária para
aquisição de bons resultados e novas habilidades, tendo hoje a indicação de executar pelo
menos, no mínimo, 40 (quarenta) horas semanais [I.], distribuídas em escola (onde a
criança já passará a contar com 20 horas de atividades obrigatoriamente supervisionadas),
domicílio (sendo necessário treinamento, acompanhamento psicológico ABA e supervisão
dos pais e responsáveis) e clínica de reabilitação especializada, capaz de gerenciar e
oferecer o plano terapêutico individualizado, com todas estas terapias integradas entre si de
maneira multidisciplinar e transdisciplinar, em encontros, individualizados ou em grupo, de
acordo com demandas sugeridas em instrumentos de avaliação periódica como o [II.] VB-
MAPP (Verbal Behavior Milestones Assessment and Placement Program), e/ou PEP-R
(Perfil Psicoeducacional Revisado), e/ou ABLLS-R (Assessment of Basic Language
and Learning Skills – Revised), os quais devem ser realizados no próprio estabelecimento.
Este modelo terapêutico, nos termos prescritos neste laudo médico, é o único
tratamento disponível na Medicina Baseada em Evidências que poderá promover o
melhoria no prognóstico do paciente e incluí-lo socialmente, bem como as terapias para
que surtam os efeitos necessários, devem possuir carga horária mínima de 45 (quarenta e
cinco) minutos, tendo respaldo de órgãos internacionais como o (BCBA) e Qualified
Behavior Analyst (QBA), que só entendem válidas para contabilizar horas de supervisão,
sessões que contenham tempo mínimo de 45 minutos, como prescrito.
____________________________________________
Neurologia Pediátrica
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