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NEUROLOGISTA INFANTIL
LAUDO MÉDICO
Declaro para os devidos fins que, NOME, IDADE encontra-se em acompanhamento médico
por se enquadrar no Transtorno do Espectro Autista - CID 10 F84.0 ou CID 11 6A02.0;
TDAH, apresentação xxxxxxx – CID 10 F90.0 ou CID 11 6A05,2. O diagnóstico é
realizado segundo os Critérios do Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais
- 5ª Edição - DSM-5.
Para contextualizar:
Este mesmo estudo foi posteriormente replicado em 2005 e 2014 com elevada
confiabilidade por Jane S. Howard e outros (Comparison of behavior analytic and eclectic
early interventions for young with autism after three year). Tais replicações sistemáticas,
confirmaram os resultados superiores das terapias baseadas em ABA em relação a outros
métodos de intervenção. Dados relevantes foram observados, como o fato de que crianças
com menor desenvolvimento do grupo ABA apresentaram resultados significativamente
melhores do que crianças com maior desenvolvimento do grupo de terapias ecléticas.
Em nova replicação de estudo, realizada em 2020 (“Helping parents close treatments for
young children with autism: A comparison of applied behavior analysis and eclectic
treatments"), os resultados anteriores foram reforçados: crianças que receberam
tratamentos baseados na ciência ABA apresentaram um desenvolvimento
significativamente melhor do que aquelas que receberam tratamentos não baseados em
ABA, com uma carga horária adequada de intervenção.
Segundo Copeland & Buch (2013: REICHOW, 2012: Virués-Ortega, 2010), nos últimos 30
anos, a aplicação intensiva e precoce da intervenção analítico comportamental (ABA)
produz melhoras significativas no comportamento de crianças autistas.
Em publicação, McDonald, Parry – Cruwys Dupere, & Ahern, 2014, demonstram que, após
1 ano de tratamento das terapias, houve melhora significativa nas habilidades sociais e de
comunicação dos pacientes. Demais estudos revelam que, além de intensa e constante, as
intervenções ABA devem ser realizadas em todos os ambientes frequentados pela criança
(CASA-ESCOLA-CLÍNICAS).
Entre 2009 e 2012, o National Standard Project - National Autism Center, fez uma revisão
sistemática em mais de 1114 estudos sobre intervenções em autismo, para avaliar e
identificar práticas baseadas em evidências no tratamento do Transtorno do Espectro
Autista. A partir desses estudos, foram encontradas 14 intervenções com evidências
científicas estabelecidas para o tratamento do autismo, entre as quais: 12 são baseadas em
Análise do Comportamento Aplicada - ABA, as outras 2 intervenções são terapia em Ayres
e Terapia Cognitivo Comportamental, para pacientes autistas maiores de 6 anos com baixo
nível de suporte.
Evidence-based Practices for Children, Youth and Young Adults with Autism, do NCAEP,
2020, destaca que, além das intervenções globais baseadas na ciência ABA, várias práticas
são consideradas parte do tratamento comprovadamente científico, como Comunicação
Alternativa Aumentativa (CAA), Terapia Cognitivo-Comportamental, Intervenção Naturalista,
Intervenção Mediada por Música e Integração Sensorial de Ayres.
A ciência ABA poderá ser aplicada com supervisão do responsável pelo caso, geralmente
um analista do comportamento. Esse profissional será responsável por avaliar as
habilidades em excesso ou em déficit, montar programas terapêuticos (PIT/PEI) e
supervisionar os aplicadores das sessões.
Assim, diante dos dados expostos, recomendamos que o tratamento seja realizado, em
caráter emergencial, visando a diminuição de prejuízos permanentes. Para tanto, solicito:
O laudo médico possui validade em todo o território nacional, sendo o médico neuropediatra
responsável por avaliar atrasos no desenvolvimento infantil. Realizar a avaliação formal do
Desenvolvimento Neuropsicomotor é parte integrante da consulta neuropediátrica. Alegar
invalidade deste laudo gera prejuízos ao prescritor, à família e, acima de tudo, à criança,
uma vez que o atraso no início às intervenções pode causar danos irreversíveis ao
desenvolvimento infantil. Conforme Lei n.º 13.438/2017, “esses profissionais
especializados que farão o diagnóstico e o tratamento podem ser pediatras, médicos
especialistas e demais profissões da saúde que atendem aos problemas de
desenvolvimento infantil, como psicólogos e terapeutas ocupacionais.”
D esde já agradeço,
Maria Beatrix Azevedo,
Neurologista infantil
CRM-ES 3943 – RQE 2158
Pós-graduada em Transtorno do Espectro do Autismo
Vitória, 00 de xxxxxxx de 202x.