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Transtorno do Espectro do Autismo

APRESENTAÇÃO
Tatiane Vilela Takayama

Formação:
• Psicóloga pela Universidade São Marcos

• Especialista em neuropsicologia pela Faculdade de Medicina da USP

Experiência:
• Avaliação neuropsicológica em criança, adolescente, adulto e idoso;

• Avaliação psicológica;
ESTURTURA

❑ História

❑ Definição

❑ Critérios diagnósticos

❑ Cognição Social

❑ Comorbidades e Prevalências

❑ Instrumentos de Avaliação

❑ Intervenções
HISTÓRIA

Autismo = grego autós = de si mesmo. Termo foi utilizado pelo psiquiatra Bleuer para se
referir ao isolamento que é característico das pessoas com esquizofrenia.

1943 Kanner identificou um grupo de crianças que tinham como uma das características
marcantes de tendência ao isolamento, achou adequado utilizar o mesmo termo.

Autismo (Kanner) = distúrbio do desenvolvimento que afeta o cérebro em fases precoces


de seu desenvolvimento.

2014 Associação Americana de Psiquiatria: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem


inicio precoce , curso crônico e é caracterizado principalmente por um desvio no
desenvolvimento da sociabilidade e padrões de comportamentos alterados.
DEFINIÇÕES

Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM- V) – F84:

É um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta cedo no desenvolvimento,


em geral antes da criança ingressar na escola , sendo caracterizados por déficits no
desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico
ou profissional.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

A – Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, conforme


manifestado por tudo o que segue, atualmente ou por história prévia:

1. Dificuldade de estabelecer uma conversa normal, compartilhamento reduzido de interesses, emoções


ou afeto, dificuldade de iniciar ou responder interações sociais;

2. Déficits nos comportamentos comunicativos, não verbais usados para interação social, anormalidade no
contato visual e linguagem corporal ou déficits na compreensão e uso dos gestos, ausência total de
expressões faciais e comunicação não verbal;

3. Déficits para desenvolver ou compreender relacionamentos, variando por exemplo, de dificuldade em


ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais diversos a dificuldade em compartilhar
brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse dos pares;
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

B – Padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses ou atividades,


conforme manifestado por pelo menos 2 dos seguintes :

1. Movimento motores, uso de objetos ou fala estereotipado ou repetitivos;

2. Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de


comportamento verbal ou não verbal;

3. Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco;

4. Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos


sensoriais do ambiente;
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

C – Os sintomas devem estar presentes precocemente no período do desenvolvimento;

D – Os sintomas causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social,


profissional ou em outras áreas importantes na vida do indivíduo no presente;

E – Essas perturbações não são mais bem explicadas por deficiência intelectual ou por
atraso global do desenvolvimento;
ATENÇÃO COMPARTILHADA
5

Definição:

Capacidade que a criança demonstra para coordenar a atenção com um parceiro social em relação à
um objeto ou acontecimento.
COGNIÇÃO SOCIAL
5

Definição1:
Cognição Social se apresenta como um construto bastante amplo, ao qual estão
subjacentes as operações mentais que são necessárias às interações sociais.

A CS é composta por quatro componentes:

Percepção de Emoções

Teoria da Mente

Percepção Social

Viés de Atribuição

1Cognição Social: Teoria, Pesquisa e Aplicação. Tatiana Pontrelli Mecca, Natália Martins Dias, Arthur de Almeida Berbeirian, (organizadores). – São Paulo: Memnon, 2016.
COGNIÇÃO SOCIAL
5

Percepção das Emoções2:

Ekman - Preditor da socialização, pois permite ao individuo compreender o


outro, regular seu comportamento diante da emoção desse outro e
consequentemente, apresentar uma resposta socialmente adequada

2CogniçãoSocial: Teoria, Pesquisa e Aplicação. Tatiana Pontrelli Mecca, Natália Martins Dias, Arthur de
Almeida Berbeirian, (organizadores). – São Paulo: Memnon, 2016.
COGNIÇÃO SOCIAL
5

Teoria da Mente3:

Atribuição do estado mental. Sistema de interferências responsável pela


compreensão das intenções, disposições ou crenças dos outros e de si
mesmo (Baron-Cohen 1995)

3CogniçãoSocial: Teoria, Pesquisa e Aplicação. Tatiana Pontrelli Mecca, Natália Martins Dias, Arthur de
Almeida Berbeirian, (organizadores). – São Paulo: Memnon, 2016.
COGNIÇÃO SOCIAL
5

Percepção Social4:

Capacidade de decodificar e interpretar dicas sociais de acordo com o


ambiente (Sergi & Gree, 2003)

4CogniçãoSocial: Teoria, Pesquisa e Aplicação. Tatiana Pontrelli Mecca, Natália Martins Dias, Arthur de
Almeida Berbeirian, (organizadores). – São Paulo: Memnon, 2016.
COGNIÇÃO SOCIAL
5

Viés ou Estilo de Atribuição 5 :

Atribuições são declarações causais, ou seja, como inferimos as causas dos


acontecimentos, fazendo atribuições tanto negativas quanto positivas.

5CogniçãoSocial: Teoria, Pesquisa e Aplicação. Tatiana Pontrelli Mecca, Natália Martins Dias, Arthur de
Almeida Berbeirian, (organizadores). – São Paulo: Memnon, 2016.
Informações importantes: comorbidades, prevalências

✓45% a 60 % das pessoas com TEA apresentam algum grau de


deficiência intelectual (DI);

✓20% a 30% dos indivíduos com TEA são não verbais;

✓20% a 25% apresentam algum retrocesso marcante em termos de


linguagem;

✓Incidência de TEA em meninos é 4 vezes maior que em meninas;


Informações importantes: comorbidades, prevalências

✓Entre 1966 e 2004 foi de 7,1 para 10 mil indivíduos;

✓Entre 1979 e 2004 foi de 20 para 10 mil indivíduos;

✓20% a 25% apresentam algum retrocesso marcante em termos de

linguagem;
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO - ESCALAS

Autism Behavior Checklist - ABC

Composta por umas lista com 57 comportamentos atípicos. No Brasil foi traduzida,

adaptada e pré- validada com o nome de Inventário de Comportamento Autístico.

Engloba 5 área: estímulos sensoriais, relacionamento interpessoal, uso do corpo e

objetos, linguagem e socialização.

Cada ítem é pontuado de 1 a 4

Nota de corte 68 pontos ou mais


INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO - ESCALAS

Vineland de Comportamento Adaptativo

Não é validada no Brasil, mas está disponível no Protocolo do Estado de

São Paulo com a finalidade de pesquisa.

Avalia comportamento adaptativo desde o nascimento à vida adulta.

Composta por quatro domínios: comunicação, autonomia, socialização e

função motora.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO - ESCALAS

CARS - Childhood Autism Rating Scale

Composta por 15 itens

Diferencia o grau de autismo (leve, moderado e grave)

Aplicação a partir de 2 anos de idade

Avalia 14 domínios

Composta por 15 quesitos

Nota de corte 30 pontos


INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ADOS – Entrevista de Diagnóstico de Autismo

Composta por 93 itens divididos em sessões;

Engloba: comunicação, desenvolvimento social, comportamentos repetitivos e ato de

brincar

Público alvo: a partir do 2 anos de idade


INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

ADI-R – Entrevista de Diagnóstico de Autismo

Composta por 93 itens divididos em sessões;

Engloba: comunicação, desenvolvimento social, comportamentos repetitivos e ato de

brincar

Público alvo: a partir do 2 anos de idade


INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

DENVER II – Teste de Triagem do Desenvolvimento

Avalia 125 dos seguintes domínios:

Motor grosso

Motor fino adaptativo

Linguagem

Pessoal - social
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Tarefas da Teoria da Mente

Tarefa da crença diversa: a criança deve compreender

que duas pessoas possuem crenças distintas


INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Tarefas da Teoria da Mente

Tarefa do Desejo diverso: avalia a compreensão de que a

personagem tem um desejo diferente da própria criança;


INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Tarefas da Teoria da Mente

Sally e Anne;
INTERVENÇÃO

ABA – Análise do Comportamento Aplicada

Baseada nos preceitos comportamentalista de Skinner e

visa o aprendizado e aumento de comportamentos

socialmente significativos e redução de comportamentos

adequados
INTERVENÇÃO

ABA – Pareamento

Processo de construção de relacionamento com a criança.

A relação terapêutica deve começar com baixa ou nenhuma demanda.

O terapeuta deve ser visto como alguém divertido.

Tempo: 3 a 4 semanas

Ex:

• Xícaras e pires coloridos

• Bichinhos em pacotes

• Bolinhas coloridas
INTERVENÇÃO

ABA – Comandos

Fixar olhar por 5 segundos

Cumprir 2 comandos
INTERVENÇÃO

ESDM – Modelo Denver de Intervenção Precoce

Indicado para crianças a partir dos 12 meses até a idade

pré- escolar.

Utiliza princípios da análise do comportamentoassociados com

estratégia de ensinos naturalistas, de modo que o individuo

aprenda a partir de brincadeiras


INTERVENÇÃO

PECS – Picture Exchange Communication System

Sistema de comunicação aumentativa/alternativa por troca de figuras.

Construção de vocabulário visual para que o indivíduo possa se

comunicar.
INTERVENÇÃO
CONTATOS

Tatiane Vilela Takayama

99228-1303

tatiane.takayama@gmail.com

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