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TDAH NA PRÁTICA

 Uma das causa que leva crianças em idade escolar à consulta neuropediátrica;

 Desde o final do século XIX, estudiosos já se preocupavam com as crianças


que, por seu comportamento diferente, apresentavam desempenho escolar
insatisfatório.
• Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições com
início no período do desenvolvimento.
• Os transtornos tipicamente se manifestam cedo no desenvolvimento, em geral
antes de a criança ingressar na escola, sendo caracterizados por déficits no
desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social,
acadêmico ou profissional.
• Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na
aprendizagem ou no controle de funções executivas até prejuízos globais em
habilidades sociais ou inteligência. (DSM-V)
Tríade

 Atenção
 Hiperatividade
 Impulsividade
ATENÇÃO

• Dificuldade de prestar atenção em detalhes


 Erros em atividade escolares
 Não consegue acompanhar instruções longas
 Não permanece atenta até o final das tarefas escolares ou domésticas
• Dificuldade na organização, no planejamento e na realização de tarefas
que envolvam esforço mental sustentado.
• Perde com facilidade seus pertences
• Distrai facilmente com estímulos do ambiente.
Hiperatividade
• Atividade motora se apresenta exageradamente intensa.
• Incapacidade de manter controle do próprio corpo
• Atividade motora inútil que parasita o ato motor voluntário
• Hiperatividade verbal e ideativa
• Capacidade de inibição da ação prejudicada.
• Pode ser detectada pelos seguintes comportamentos:
 agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira;
 não conseguir permanecer sentado;
 correr em demasia;
 falar muito;
 não conseguir envolver-se em atividades de lazer de modo
silencioso;
 parecer “estar a mil por hora” ou “a todo vapor”.
Impulsividade

• Dificuldade em aguardar a vez


• Responder a perguntas antes do seu término
• Intrometer-se na conversa dos outros
• Associado a impulsividade:
 Instabilidade;
 Apatia;
 Irritabilidade;
 Agressividade;
 Perseveração
 baixo limiar a frustações;
 reações catastróficas.
DSM 5

• DSM -5: destaca três tipos de apresentação


• 1) Combinada
• 2) Predominantemente desatenta
• 3) Predominantemente hiperativa/impulsiva.

• Pode ser classificado quanto a gravidade:


• Leve: Poucos sintomas estão presentes além daqueles necessários para fazer o
diagnóstico; pequenos prejuízos no funcionamento social ou profissional.
• Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão presentes.
• Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o diagnóstico estão
presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão presentes, ou os
sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no funcionamento social ou
profissional.
Prevalência

• 3 a 30% nas crianças em idade escolar em diferentes países.


• Na infância => mais frequente em meninos => 2:1
• Adolescência => 1:1
• Adultos jovens => predomínio feminino => 2:1
Avaliação

• Determinar a presença ou ausência de TDAH, bem como o diagnóstico


diferencial do TDAH de outros transtornos psiquiátricos da infância.
• Delinear os tipos de intervenções necessários no trato de transtornos
psiquiátricos e comprometimentos psicológicos, acadêmicos e sociais
identificados no decorrer da avaliação.
• Determinar as condições que muitas vezes coexistem com o TDAH e a maneira
como essas condições podem afetar o prognóstico ou as decisões relacionadas
com o tratamento.
 Identificar o padrão das potencialidades e fraquezas psicológicas da criança e
considerar como podem ser usadas no planejamento do tratamento.
Entrevista e Anamnese

 O componente mais importante de uma avaliação abrangente de uma criança


suspeita de portar TDAH é a entrevista clínica – nesse caso, com os pais e,
posteriormente, com os professores.
• Principal fonte de informação quanto ao comportamento em casa e em locais
da comunidade.
• A entrevista parental é considerada o centro do processo de avaliação.
• Propósitos
• Estabelecer cooperação dos pais em relação à avaliação e ao possível
tratamento;
• Obter informações descritivas acerca da criança e da família, revelando as
visões específicas dos pais sobre os problemas visíveis da criança e
concentrando o foco dos estágios e componentes posteriores da avaliação.
• Anamnese: Revisão dos principais domínios, do
desenvolvimento; Histórico escolar, familiar e de tratamento.
• Investigar história clínica
• Habilidades cognitivas: história de atraso de linguagem e dificuldade de
aprendizado geral.
• História familiar: importante devido aos aspectos genéticos
• Funcionamento psicossocial: envolve os relacionamentos entre a criança e seus
pares
 Após a anamnese, observar critérios do DSM
Vinculo terapêutico ou primeira sessão
direta com o sujeito
• A duração dessa entrevista depende da idade da criança, de seu nível intelectual e habilidades
linguísticas.
• Sugestões de perguntas:
• Pergunta à criança sobre a razão da sessão. => permite corrigir qualquer percepção incorreta que a
criança possa ter sobre a razão de consultar com um profissional , e também pode esclarecer o
grau de participação voluntária da criança.
• Perguntar se a criança gosta da escola, quais disciplinas parecem mais fáceis e quais são mais
difíceis, se a criança acredita que pode tirar notas melhores e o que ela pensa estar atrapalhando
seu progresso.

 “Você já se encontrou sentado na classe e, de repente, notou que a professora estava falando
 com você e você não tinha a menor ideia do que ela estava dizendo?”

 “Você às vezes parece demorar mais para fazer o seu trabalho do que asoutras crianças?”
 “Você tem dificuldade para realizar as tarefas de casa?”
 “A sua professora alguma vez já teve que conversar com você porque você estava
falando quando não devia, ou bagunçando quando devia estar trabalhando?”
• Questões sobre relacionamentos com outras crianças devem conter perguntas sobre
casos de bullying na escola. O bullying pode ser uma fonte de ansiedade e distração
para qualquer criança.
• Perguntar sobre atividades recreativas. => é uma maneira de identificar as áreas de
potencialidade ou competência da criança.
• Perguntar sobre os relacionamentos familiares => pode ser um bom momento para
investigar as percepções da criança sobre os seus problemas comportamentais em
casa, assim como as estratégias disciplinares dos pais.
Analise educacional

 Rastreio na vida academia do sujeito


 Visita a escola
 Observação analítica
 HIPERATIVIDADE

 *Relatar se apresenta os seguintes comportamentos:


 Inquietude durantes as atividades


 Levanta muito da cadeira
 Incomoda os demais
 Fala muito e se intromete
 Derruba e desorganiza as atividades
 Desgasta e quebra seus pertences
 Rápido em atividades secundárias e ineficiente no prioritário
 Detalhes do possível comportamento hiperativo na sala de aula, recreio e Educação Física
 AGRESSIVIDADE

 Verbal e, ou física
 Empurra, bate, xinga, explode fácil
 Persuasão violenta e desagregadora
 Assertividade
 Produz acidentes no meio social
 Joga objetos em reação
 Faz ameaças, chantagens
 Senso vingativo
 ATENÇÃO – CONCENTRAÇÃO

 Alta distractibilidade
 Lento na conclusão das atividades
 Ritmo destoado dos demais
 Insuficiência na conclusão de atividades
 Baixa percepção de detalhes
 Não aprende e não memoriza com os erros
 Reincide nos mesmos erros
 Irrita-se ou se aborrece quando tem que corrigir ou reaver erros
 Baixa vigilância ou sonolência ou pouca vontade
 ADEQUAÇÃO ÁS REGRAS E ROTINAS E AUTORIDADES

 Descumprimento sucessivo de regras


 Pouca lembrança ou se perde nas rotinas
 Esquecimento frequente (não automatiza repetições de rotinas)
 Não respeita autoridades
 Ignora prazos, sistemas da escola, instruções e critérios
 Não entrega trabalhos, tarefas e compromissos
 Oposição sistemática
 SOCIALIZAÇÃO

 Interação social global


 Assertividade
 Procura se envolver nas atividades sociais
 Timidez e introspecção
 Comportamento em grupo
 Reação espontânea dos colegas no cotidiano com ele (a)
 Age pensando no todo ou somente nele
 Cooperação, compartilhamento, visão construtiva, altruísta
 RESUMO DAS MAIORES DIFICULDADES DO ALUNO:
 Quais as maiores facilidades e habilidades do aluno?
 Em que momentos de sala de aula as dificuldades mais aparecem ?
 Como aprende no reforço ou na sala de recurso multifuncional? É diferente ?
 Opinião do (a) professor (a) de outras salas e do de Educação Física
Aplicação de testes

 Preparar a criança antes


 Dar orientações a família
Principais testes com enfoque no TDAH

 Conner ➡ Edah ➡ Snap IV ➡ Asrs- 18 ➡ Child Behavior Checklist ➡ Cumanin


Alterações clinicas diagnósticas

• 1) Sinais neurológicos
• Sinais observados: Desatenção, inquietação, instabilidade motora, torpeza
motora, distúrbios da fala e dificuldades gnósicas, principalmente relacionadas à
noção de esquema corporal
• 2) Alterações comportamentais
• Não são especificas do TDAH
• Instabilidade motora e instabilidade emocional
• 3) Problemas escolares
• devidos aos três sintomas principais; torpeza motora e falhas da noção de
esquema corporal
• Associação com dislexia, disgrafia e discalulia
• Os sintomas de TDAH diminuem e se alteram com o passar da idade, desde a
infância até a idade adulta.
• Tais sintomas podem ser explicados, em parte, pela imaturidade cortical, do que
resulta inibição cortical deficiente, ou por outras alterações funcionais, mas, sem
dúvida, o manejo inadequado do meio ambiente (família, escola e sociedade)
repercute de forma decisiva para o seu agravamento.
• A conduta de crianças com TDAH frustra pais e professores, perturbando seu
relacionamento com o ambiente que, ao reprimir, rechaçar ou superproteger,
aumenta a insegurança, gera ansiedade e, a partir disso, piora a sintomatologia,
estabelecendo-se um círculo vicioso.
• Crianças, adolescentes e adultos jovens com TDAH têm alto risco para mau
rendimento escolar; dificuldade de relacionamento; delinquência; acidentes de
automóvel; abuso de álcool ou drogas; dificuldades profissionais.
• Essas situações podem ser prevenidas ou melhoradas com o tratamento
correto, enfocando, além do sintoma principal, as possíveis comorbidades.
Tratamento

• Problema crônico
• Objetivo do tratamento => reorganizar e viabilizar um comportamento
funcional satisfatório na família, na escola e na sociedade.
• Necessário manejo multifatorial e interdisciplinar
• O manejo do quadro é dividido em quatro importantes itens:
 Modificação do comportamento;
 Ajustamento acadêmico;
 Atendimento terapêutico; (fono, psicólogo, psicopedagogo, neuropsicopedagogo,
t.o, nutricionista e etc)
 Terapia farmacológica.
• Pais e professores => bem orientados
Orientações para a intervenção

 Comportamental
 Social
 Cognitiva
 Psicossocial
 Acadêmica

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