Com base no Decreto nº 5.296, a deficiência mental,
atualmente denominada deficiência intelectual, refere-se ao "funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas.” (BRASIL, 2004). CARACTERÍSTICAS Falta de concentração. As principais características são:
Falta de concentração.
Entraves na comunicação e na interação.
Menor capacidade para entender a lógica de funcionamento
das línguas, por não compreender a representação escrita ou necessitar de um sistema de aprendizado diferente. De acordo com a Cartilha das Pessoas com Deficiências (PREFEITURA DE CAXIAS DO SUL, 2010), podemos dividir os sinais apresentados pelas pessoas com deficiência intelectual em quatro áreas:
ÁREA MOTORA: Se a deficiência intelectual for leve, o
aluno apresentará apenas algumas alterações na motricidade fina; já em casos mais graves, pode apresentar dificuldades no equilíbrio, coordenação, locomoção e em manipular objetos. • ÁREA COGNITIVA: O aluno possui mais dificuldades para se concentrar, para memorizar e para solucionar problemas. O processo de aprendizagem será mais lento que os colegas sem deficiências, mas pode atingir os mesmos objetivos escolares. ÁREA DA COMUNICAÇÃO: Apresenta dificuldades para falar e ser compreendido, mas este fator pode ocorrer por falta de estímulos ambientais. ÁREA SOCIOEDUCACIONAL: A diferença entre idade mental e cronológica faz com que a capacidade de interagir socialmente diminua. Esse fato piora quando o aluno é colocado em turmas com igual idade mental, mas é por meio da interação com pessoas com idade cronológica igual que se desenvolverá mais, adquirindo valores, comportamentos e atitudes de seu grupo. DIAGNÓSTICO
A deficiência intelectual ou atraso cognitivo é diagnosticado
observando dois pontos:
FUNCIONAMENTO COGNITIVO OU INTELECTUAL:
capacidade do cérebro da pessoa para aprender, pensar, resolver problemas, encontrar um sentido no mundo. ▪ FUNCIONAMENTO OU COMPORTAMENTO ADAPTATIVO: competência necessária para viver com autonomia e independência na comunidade em que se insere. CAUSAS
De acordo com Viégas (2004) há quatro fatores causais para a
deficiência intelectual:
FATORES BIOMÉDICOS OU GENÉTICOS: são aqueles que dizem
respeito aos processos biológicos.
FATORES COMPORTAMENTAIS: síndrome da criança maltratada,
violentada, golpeada, abusada, negligenciada.
FATORES EDUCACIONAIS: associados ao não atendimento das
exigências de apoio e suporte que certas crianças necessitam para o seu desenvolvimento intelectual e habilidades adaptativas.
FATORES SOCIAIS: dizem respeito à interação familiar e social.
Pesquisas realizadas comprovam que, em países desenvolvidos, para 42% dos casos não se encontram "pistas" da origem da deficiência; 29% é claramente genética, 19% provavelmente genética e 10% é ambiental (APAE SP, 2008). INCIDÊNCIA
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca
de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual. TRATAMENTO
A pessoa com deficiência intelectual tem, como qualquer
outra, dificuldades e habilidades. Seu tratamento consiste em reforçar e favorecer o desenvolvimento dessas habilidades e proporcionar o apoio necessário às suas dificuldades. (APAE SP, 2008) PREVENÇÃO
Aconselhamento genético para famílias com casos de deficiência
existentes, casamentos entre parentes, idade materna avançada.
Acompanhamento pré-natal adequado diagnostica infecções ou
problemas maternos.
O Teste do Pezinho, é a maneira de prevenção da deficiência
intelectual em casos de fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito.
Do ponto de vista pós-natal, a aplicação de vacinas, alimentação
adequada, ambiente familiar saudável e estimulador, cuidados relacionados aos acidentes na infância. de (TGDs), como o OUTROS TRANSTORNOS ASSOCIADOS
Os Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD), como o
autismo, também costumam causar limitações cognitivas. Algumas pessoas com paralisia cerebral também podem ter alguma deficiência intelectual associada.
Dentre as causas da deficiência intelectual, encontram-se
os fatores biomédicos ou genéticos. SÍNDROME DE DOWN
A Síndrome de Down é causada por uma deficiência
cromossômica, pela ocorrência de três (trissomia) cromossomos 21. Uma condição genética conhecida há mais de um século, descrita por John Langdon Down e que constitui uma das causas mais e deficiência intelectual. (RODRIGUEZ, 2010). Há três tipos principais de Síndrome de Down
TRISSOMIA LIVRE: A pessoa possui um cromossomo 21
extra em todas as suas células (ocorre em cerca de 90% dos casos de Síndrome de Down).
MOSAICISMO: A alteração genética compromete apenas
parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos.
TRANSLOCAÇÃO: O cromossomo extra do par 21 fica
"grudado“ em outro cromossomo durante a divisão celular. COMO LIDAR COM ESTAS PESSOAS?
• Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa
com deficiência intelectual.
• Trate-as com respeito e consideração. Se for uma
criança, trate-a como criança. Se for adolescente, trate-a como adolescente. Se for uma pessoa adulta, trate-a como tal. Não as ignore. Cumprimente e despeça-se delas normalmente, como faria com qualquer pessoa.
Dê atenção a elas, converse e vai ver como será
divertido. Seja natural, diga palavras amistosas. Não superproteja. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário.
Não subestime sua inteligência. As pessoas com
deficiência intelectual levam mais tempo para aprender, mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais. Lembre-se: o respeito está em primeiro lugar e só existe quando há troca de ideias, informações e vontades. Por maior que seja a deficiência, lembre-se da eficiência da pessoa que ali está.
Deficiência intelectual não deve ser confundida com
doença mental. ORIENTAÇÕES PARA PROFESSORES
A inclusão depessoas com deficiência intelectual é possível
desde que a escola se prepare para recebê-las e tenha espaço adequado para elas, possuindo rampas, banheiros e espaço físico adaptado (no caso de cadeirantes). É necessário também ter conhecimentos acerca das possibilidades de aprendizagem que elas possuem, adequando o currículo para as necessidades dos alunos, sem excluir ninguém. Segundo Rodrigues (2010), alunos que apresentam dificuldade de concentração precisam de um espaço organizado, uma rotina, atividades lógicas e regras.
Como a sala de aula tem muitos elementos, fica mais
difícil manter o foco. Por isso, o ideal é que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. (RODRIGUES, 2010 ). FILMES RELACIONADOS
Oitavo dia – 1996
Corações em conflito – 1993 Uma lição de amor – 2001 Simples como Amar – 1999 Meu nome é Rádio – 2003 Forrest Gump – O Contador de Histórias – 1994
BONS ESTUDOS E FELIZ PROVA-PE.
REFERÊNCIA VICENTIN, Rosangela de Oliveira. Inclusão Escolar-Trajetória de Escolarização de alunos com Deficiência Intelectual oriundos de uma Instituição especializada e inseridos na rede Regular de Ensino. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2016. Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto: ESCON - Escola de Cursos Online Proibida a reprodução total ou parcial sem permissão expressa da ESCON. (Lei 9.610/98)