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IESDE BRASIL
2021
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detentor dos direitos autorais.
Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: Monster Ztudio/SewCream/Shutterstock
3 Seguridade social 56
3.1 A seguridade social no Brasil 56
3.2 A estruturação do direito à saúde 61
3.3 A estruturação do direito à previdência 66
3.4 A estruturação do direito à assistência social 71
Atenção: direitos humanos não são a mesma coisa que direitos na-
turais. Embora haja uma corrente que defenda que os seres humanos
possuem direitos inatos (naturais), essa concepção não se adequa ao
que vimos sobre o desenvolvimento e a construção dos direitos huma-
nos no decorrer da história. Hoje podemos até discutir se o acesso à
internet seria um direito humano, não é?
Por fim, embora haja uma severa crítica sobre a positivação (in-
serção em um documento oficial com validade jurídica) dos direitos
humanos, ainda hoje, como um requisito para sua aplicação como so-
lução para que eles pudessem ser exigíveis, os direitos humanos são
descritos (positivados) em tratados internacionais. Dessa forma, Sarlet
(2012, p. 24) traça a seguinte distinção didática: direitos do homem
seriam aqueles “direitos naturais não, ou ainda não[,] positivados” e
direitos humanos seriam aqueles “positivados na esfera do direito
internacional”.
WOLLSTONECRAFT, M. Trad. de O grau de efetiva aplicação das normas é muito maior quando se
Andreia Reis do Carmo. São Paulo: considera os direitos fundamentais, uma vez que pertencem ao or-
Edipro, 2015.
denamento jurídico interno de cada país e estão respaldados por le-
Primeiramente, ela não pode ser vista como um direito que exija
somente a abstenção do Estado, assim, não é admissível compreender
que a saúde, a previdência e a assistência social trariam o dever apenas
“seguro obrigatório”.
1940
1ª Fase Hitler. Pensões para velhice e invalidez.
Não foi aplicado.
1941/1942
2ª Fase Plano Beveridge. Seguro social, limitado a trabalhadores com
contrato.
1944
3ª Fase Declaração de Filadélfia OIT: Unificação do sistema de seguro
social → todos os trabalhadores e suas famílias, abrangendo
rurais e autônomos.
2
2
Essa é uma forma de chamar A partir desse marco destacam-se dois instrumentos internacionais
um documento jurídico como
de grande importância para a seguridade social: a Declaração Univer-
um tratado.
sal dos Direitos do Homem (1948), que consagrou a necessidade de
um sistema de seguridade social, e a Convenção n. 102 da Organização
Atividade 2 Internacional do Trabalho, que estabeleceu o que seriam as normas
VARELLA, D.; CESCHIN, M. São dia, participação comunitária, entre outros. Em regra, apresentam
Paulo: Paralela, 2014. valores inferiores ao salário-mínimo, sob a justificativa de que te-
riam como objetivo assegurar somente as necessidades básicas dos
indivíduos (BOSCHETT, 2007).
REFERÊNCIAS
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
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direito previdenciário. São Paulo: LTr, 1998.
BARBIER, J. C.; THÉRET, B. Le Système Français de Protection Sociale. Paris: La Découverte, 2009.
BARROS, S. R. Direitos humanos: paradoxo da civilização. Belo Horizonte, Editora del Rey, 2003.
BEHRING, E. R. França e Brasil: realidades distintas da proteção social, entrelaçadas no
fluxo da história. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 113, p. 7-52, jan./mar. 2013.
BEVERIDGE, W. O Plano Beveridge. Trad. de Almir de Andrade. Rio de Janeiro: Livraria José
Olímpio, 1943.
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da Cidadania (IBASE), n. 11, p. 91–98, 2007.
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25 mar. 1824. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1824-1899/
constituicao-35041-25-marco-1824-532540-publicacaooriginal-14770-pl.html. Acesso em:
13 jan. 2021.
BRASIL. Decreto Legislativo n. 269, de 18 de setembro de 2008. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 19 set. 2008. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/
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asp?incidente=2565078&numeroProcesso=566471&classeProcesso=RE&numeroTema=6.
Acesso em: 13 jan. 2021.
CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional e teoria da constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina,
2003.
CEPAL. La protección social de cara al futuro: acceso, financiamiento y solidaridad. 2006.
Disponível em: https://www.cepal.org/pt-br/node/50604. Acesso em: 13 jan. 2021.
1a geração
Função de defesa
Interferência indevida
Função de
do Estado; impõe uma
prestação fática
omissão.
Ações efetivas e diretas
do Estado, como o
oferecimento dos
Função de prestação próprios serviços.
Impõe ao Estado uma
ação, exigindo a criação Função de proteção
de mecanismos para a Dever de proteger o direito de
Função de violação de terceiros.
efetivação dos direitos.
prestação normativa
Elaboração de normas para
a proteção de determinados
direitos ou a criação de
Função de
órgãos para a sua efetivação.
organização e procedimento
Criação de estruturas
organizacionais para o exercício
dos direitos.
Direitos fundamentais
compreendidos de maneira
inter-relacionada.
Para todos,
Saúde independentemente de
contribuição.
Somente para os
Seguridade social Previdência social
que contribuem.
Relação jurídica da
seguridade social
Objeto:
contingência (situação Prestações:
Sujeito ativo Sujeito passivo
de fato que gera benefícios
(quem cobra) (quem paga)
uma consequência- e serviços
-necessidade)
necessidade)
Leis complementares
Preventivo: realizado
antes da lei ou do Executivo: por meio do veto.
ato normativo entrar
em vigor.
Difuso: discussão de
um caso concreto,
julgamento pelo juiz
do caso. Em regra,
Controle de o efeito é entre as
constitucionalidade partes.
Judiciário
Concentrado:
discussão, em teoria,
por meio de ações
próprias. Em regra, o
efeito é para todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final deste capítulo, consolidamos a certeza de que apenas dizer
que um direito é fundamental ou essencial não garante que ele será res-
peitado e posto em prática. Para que a Constituição de 1988 fosse além
de uma carta de direitos e quebrasse a parede da mera recomendação,
estipulou-se o regime jurídico de direitos fundamentais e as garantias dos
direitos fundamentais.
Deu-se a esses direitos, inclusive à seguridade social, um regime que
garantisse a sua aplicabilidade imediata e impedisse modificações que
pudessem eliminar esses direitos do nosso sistema. Para além disso, é
muito importante compreender que as funções do Estado, diante de uma
Constituição que impõe deveres e obrigações, vão muito além da presta-
ção e abstenção e resultam, em verdade, em um complexo de ações para
a efetivação desses direitos.
Ao fim, como um diálogo com a sociedade, temos o controle de cons-
titucionalidade, seja preventivo ou repressivo, que permite a discussão de
determinado ato, mas principalmente da legislação, e está em conformi-
dade com os ideais que buscamos para a nossa sociedade.
REFERÊNCIAS
ALEXY, R. Teoría de los derechos fundamentales. 2. ed. Madrid: Centro de Estudios Políticos
y Constitucionales, 2007.
BARROSO, L. R. A doutrina brasileira da efetividade. In: BONAVIDES, P. (coord.). Constituição
e democracia: estudos em homenagem ao professor J. J. Gomes Canotilho. São Paulo:
Malheiros, 2006. p. 435-448.
BARROSO, L. R. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática
da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
BEM, L. S. Teoria da relação jurídica: análise da parte geral do novo Código Civil. Curitiba:
JM, 2004.
BOLLMANN, V. Princípios constitucionais da previdência social. Revista Eletrônica Direito
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Vilian%20Bollmann.pdf. Acesso em: 10 fev. 2021.
BONAVIDES, P. Curso de Direito Constitucional. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
BRASIL. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.798, de 27 de agosto de 2014. Supremo
Tribunal Federal, 27 ago. 2014. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/
paginador.jsp?docTP=TP&docID=7134161. Acesso em: 10 fev. 2021.
BRASIL. Ação Civil Originária n. 3.359, de 5 de agosto de 2020a. Supremo Tribunal
Federal, 5 ago. 2020c. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.
asp?incidente=5874086. Acesso em: 10 fev. 2021.
Constituição
Federal
Leis Complementares
Seguridade social 57
Qualquer que seja a norma, conforme a representação das fontes
apresentada, ela deverá seguir o mesmo parâmetro de interpretação:
a Constituição. Para tanto, abordamos os critérios norteadores dessa
interpretação.
Seguridade social 59
As contribuições de maneira direta são as contribuições sociais rea-
lizadas pelas empresas, pelos trabalhadores, pela receita de concurso
1 1
de prognóstico , pelo importador de bens e serviços do exterior, do
Todo e qualquer sorteio de núme- Programa de Integração Social (PIS), do Programa de Formação do Pa-
ros, loterias, apostas – inclusive
trimônio do Servidor Público (Pasep) e o abono previsto no artigo 239,
as realizadas em reuniões hípicas,
nos âmbitos federal, estadual, do parágrafo 3º da Constituição.
Distrito Federal e municipal.
§ 3º. Aos empregados que percebam de empregadores que
contribuem para o Programa de Integração Social ou para o
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público,
até dois salários mínimos de remuneração mensal, é asse-
gurado o pagamento de um salário mínimo anual, computa-
do neste valor o rendimento das contas individuais, no caso
daqueles que já participavam dos referidos programas, até a
data da promulgação desta Constituição. (BRASIL, 1988)
Seguridade social 61
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela res-
pectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de
Saúde ou órgão equivalente. (BRASIL, 1990)
Figura 1
Níveis de atendimento à saúde: Arapiraca-AL.
SERVIÇOS HOSPITALARES
Hospitais Especializados: 01; Hospitais Gerais:
04; Unidade de Emergência: 01
PRIMÁRIA
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: 40
POLO DE ACADEMIA DE SAÚDE: 02
Seguridade social 63
Na imagem é possível vislumbrarmos os três níveis de atuação e,
Atividade 2 também, em que locais é possível buscar esse atendimento, de-
Qual é a função de cada nível de monstrando a amplitude da rede de saúde e as suas necessárias
atendimento realizado pelo SUS?
interligações.
Seguridade Estados/
União Municípios Outras fontes
Social DF
1. serviços que
possam ser pres-
tados sem prejuí-
2018
Desde zo da assistência
2000-2015 2015-2016 2017 em Desde 2000
2000 à saúde;
diante
2. ajuda, contri-
Variável, a partir buições, doações
de proposta e donativos;
apresentada EC nº EC nº EC nº EC nº 3. alienações
EC nº 86/15 EC nº 29/00
pela direção do 29/00 95/16 95/16 29/00 patrimoniais e
SUS e discutida rendimentos de
com os órgãos capital;
da Previdência 4. taxas, multas,
Social e da Assis- Valor 2016 – 13,20% Piso de emolumentos e
Valor Piso de 15%
tência Social. empenha- 2017 – 13,70% 12% das preços públicos
gasto das receitas
do no ano 2017 – receitas arrecadados no
2018 – 14,10% no ano correntes
anterior + 15,00% correntes âmbito SUS; e
2019 – 14,50% anterior líquidas
variação líquidas
+ IPCA anuais 5. rendas even-
do PIB 2020 – 15,00% anuais
tuais, inclusive
comerciais e
industriais.
dos Planos de Saúde (LPS) –, que estabelece expressamente o ressarci- Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=4p_
mento dos planos de saúde ao SUS. Por exemplo, quando uma pessoa FK3ek29w&feature=emb_
possui plano de saúde e o serviço de que ela precisa está no contrato title&ab_channel=DrauzioVarella.
Acesso em: 26 jan. 2021.
e, mesmo assim, ela utiliza a rede pública (SUS), os valores dessa pres-
Seguridade social 65
tação são repassados pela operadora do plano de saúde para o SUS. A
competência para a verificação dessa utilização é da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS). Em 2017 foi realizado o repasse ao SUS
de R$ 585,41 milhões (ANS, 2018). Esse ressarcimento foi considerado
constitucional pelo STF, mediante um Recurso Extraordinário com Re-
percussão Geral, ou seja, por meio do controle difuso de constituciona-
lidade (BRASIL, 2018).
Seguridade social 67
Contribuição das empresas: regra geral
“Dever, pagar ou creditar remuneração a qualquer título, durante o mês, aos segurados empre-
Fato gerador
gados e trabalhadores avulsos”, conforme artigo 22, inciso I, PCSS (BRASIL, 1991).
Alíquota 20%
Salário de
Totalidade dos rendimentos.
contribuição
Portaria Ministério da Economia (atualizada todo ano)
a partir de 1º de março 2020
Seguridade social 69
Filme que dependem financeiramente do falecido/recluso. Não deverá haver
discriminação entre filhos biológicos, adotados e menores tutelados
(quando você cuida de uma criança, há a necessidade de indicação da
dependência ao INSS).
Seguridade social 71
rantia da vida, redução de danos e prevenção de riscos; ii. vigilância
socioassistencial; iii. defesa de direitos.
Com relação ao primeiro eixo (i. proteção social que busca a garan-
tia da vida, redução de danos e prevenção de riscos), vislumbramos
que ele possui um direcionamento similar ao previsto na Constituição,
direcionado a: a. família, maternidade, infância, adolescência e velhice;
b. crianças e adolescentes carentes; c. integração ao mercado de traba-
lho; d. habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência; e. garantia
de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que
não possuam meios próprios para sua sobrevivência, ou por meio de
sua família. Ressaltamos, novamente, que a proteção social aqui está
direcionada aos mais vulneráveis do sistema.
Quadro 1
Objetivos da assistência social
Eixo I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de
riscos, especialmente:
• a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
• o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
• a promoção da integração ao mercado de trabalho;
• a habilitação e a reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
• a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.
(Continua)
Seguridade social 73
• Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas, pro-
jetos assistenciais, recursos e critérios: esse princípio tem por
objetivo dar ampla informação à população vulnerável que ne-
cessita de assistência, e é considerado um grande desafio hoje na
realidade brasileira.
Seguridade social 75
É competência do Distrito Federal:
Seguridade social 77
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tripé da seguridade social é unido pelos elementos principiológicos
e, inclusive, orçamentários. Entretanto, em virtude de suas particularida-
des – como abrangências, princípios, competências, necessidades sociais
e custeio –, cada sistema desenvolveu estruturas próprias e, com elas,
algumas problemáticas que estão longe de serem superadas.
Nesse sentido, o estudo da saúde, da previdência e da assistência se
demonstrou complexo por envolver sistemas que trazem especificidades
muito particulares: a saúde com o sistema público, privado e de servido-
res públicos; a previdência com a diversidade de particularidades em seu
custeio; e a assistência com a obscuridade de sua abrangência que atinge
boa parte da população.
Os três sistemas precisam dialogar entre si e com a sociedade. Muito
se discute sobre a previdência, mas sem o viés da saúde e da assistência
o objetivo de garantir a vida digna a todos não será alcançado.
REFERÊNCIAS
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ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/boletim5edicaoANS.pdf. Acesso em: 10 fev. 2021.
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Legislativo, Brasília, DF, 2 abr. 1986. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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Brasília, DF, 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm.
Acesso em: 10 fev. 2021.
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Justiça, 12 maio 2015. Relator Ministro Luiz Fux. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/
paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8599420. Acesso em: 10 fev. 2021.
GABARITO
1. O sistema de seguridade social é composto de diversas fontes que realizam um diálo-
go entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para a construção desse direito.
O que norteia a interpretação delas é a Constituição, especificamente, os princípios
fundamentais constitucionais da dignidade humana e os valores sociais do trabalho,
promoção do bem de todos sem discriminação; e, também, com base no fundamento
da ordem social que reside no primado do trabalho.
Seguridade social 79
4
As instituições de direito no
Brasil e a seguridade social
A palavra instituição, para a maioria das pessoas, reme-
te a órgão do governo ou órgão do Judiciário, como o Supremo
Tribunal Federal (STF). No entanto, no âmbito do Direito, a ideia
das instituições vai muito além disso, tendo como eixo central a
noção de que cada área, cada matéria, tem os seus “institutos” e,
por isso, as instituições são todo o arcabouço de leis, atos norma-
tivos, políticas públicas e, inclusive, órgãos que estão vinculados a
determinado direito.
Atributos essenciais
• Acesso de primeiro contato
• Longitudinalidade
• Coordenação
• Integralidade
Atributos derivados
• Orientação familiar
• Orientação comunitária
• Competência cultural
• Coleta de material
• Diagnóstico em laboratório clínico
• Diagnóstico por anatomia patológica e citopatologia
• Diagnóstico por radiologia
• Diagnóstico por ultrassonografia
• Diagnóstico por tomografia
Procedimentos com • Diagnóstico por ressonância magnética
finalidade diagnóstica • Diagnóstico por medicina nuclear in vivo
• Diagnóstico por endoscopia
• Diagnóstico por radiologia intervencionista
• Métodos diagnósticos em especialidades
• Diagnóstico e procedimentos especiais em hemoterapia
• Diagnóstico em vigilância epidemiológica e ambiental
• Diagnóstico por teste rápido
• Consultas/atendimentos/acompanhamentos
• Fisioterapia
• Tratamentos clínicos (outras especialidades)
• Tratamento em oncologia
• Tratamento em nefrologia
Procedimentos clínicos • Hemoterapia
• Tratamentos odontológicos
•
Tratamento de lesões, envenenamento e outros, decorrentes de causas
externas
• Terapias especializadas
• Parto e nascimento
•P
equenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa
• Cirurgia de glândulas endócrinas
• Cirurgia do sistema nervoso central e periférico
•C
irurgia das vias aéreas superiores, da face, da cabeça e do pescoço
• Cirurgia do aparelho da visão
• Cirurgia do aparelho circulatório
•C
irurgia do aparelho digestivo, dos órgãos anexos e da parede abdominal
• Cirurgia do sistema osteomuscular
Procedimentos • Cirurgia do aparelho geniturinário
cirúrgicos
• Cirurgia da mama
• Cirurgia obstétrica
• Cirurgia torácica
• Cirurgia reparadora
• Bucomaxilofacial
• Outras cirurgias
• Cirurgia em oncologia
• Anestesiologia
(Continua)
Órteses, próteses e •Ó
rteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico
materiais especiais •Ó
rteses, próteses e materiais especiais relacionados ao ato cirúrgico
Quadro 2
Aposentadoria
Quadro 3
Aposentadoria por incapacidade
12 contribuições mensais, sendo possível a sua dispensa quando se tratar de acidente de qual-
Carência quer natureza, doença profissional ou do trabalho, doenças previstas no artigo 151 da PBPS.
a) para o segurado empregado: a partir do 16º dia contado de afastamento da atividade e a
partir da data do requerimento administrativo, quando o segurado estiver afastado da ativi-
dade por mais de 30 dias;
b) para o segurado que estava usufruindo do auxílio-doença e foi constatado que não seria
Termo inicial possível a recuperação: a partir do dia imediato à cessação do auxílio-doença;
c) para os demais segurados, inclusive doméstico: a partir da data do início da incapacidade
ou a partir da data do requerimento administrativo, se requerido quando o segurado já esti-
ver afastado da atividade por mais de 30 dias.
(Continua)
Quadro 4
Aposentadoria especial
Renda mensal 100% do salário de benefício (ou seja, a média de todas as contribuições).
inicial
a) falecimento do segurado;
Termo final b) situação excepcional: indivíduo com aposentadoria especial que continua no exercício da
atividade que o sujeite aos agentes nocivos.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Brasil, 1991.
Quadro 5
Auxílio-doença
Incapacidade temporária para a atividade habitual, não necessariamente o trabalho, por mais
Contingência de 15 dias.
12 contribuições mensais.
Carência Possibilidade de dispensa: no caso de acidente, de doença profissional (decorrente do traba-
lho) e de doenças graves dispostas em lei.
a) para o segurado empregado: a partir do 16º dia contado de afastamento da atividade –
destaca-se que os primeiros 15 são pagos pelo empregador a título de salário – ou a partir da
data do requerimento administrativo, quando o segurado estiver afastado da atividade por
Termo inicial mais de 30 dias;
b) para os demais segurados, inclusive doméstico: a partir da data do início da incapacida-
de ou da data do requerimento administrativo, se requerido quando o segurado já estiver
afastado da atividade por mais de 30 dias.
Quadro 7
Salário-família
Ser segurado empregado (doméstico ou avulso) com renda bruta não superior a R$ 1.503,25
Contingência e manter filho de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade. Ressalta-se que se
equipara os enteados e tutelados.
Segurado empregado, doméstico, avulso, rural, incluindo-se o aposentado com mais de 60
Sujeito ativo (mulher) e 65 (homem).
Não inclui o trabalhador individual, especial e facultativo.
(Continua)
Quadro 8
Salário-maternidade
Contingência Passar pelo estado gravídico, adotar ou obter guarda judicial para fins de adoção.
Carência 24 contribuições mensais para prisões a partir de 18/02/2019 (ver caso do cônjuge).
Renda mensal A renda é: desse valor, recebe-se 50% + 10% por cada dependente, até o limite de 100%.
inicial
(Continua)
Quadro 11
Benefício de prestação continuada
Situação Abrangência
Necessidade do bebê ao nascer, apoio à mãe quando do nascimento sem
Nascimento
vida e apoio à família quando da morte da mãe.
Atendimento a necessidades urgentes após a morte de um dos provedores
Morte
da família e a despesas funerárias, velório e sepultamento.
Atendimento a situações de risco, perdas e danos à integridade, bem como
Vulnerabilidade temporária
outras situações sociais que comprometam a sobrevivência.
Garantia dos meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo na
Calamidade pública
situação elencada.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Brasil, 2020.
Quadro 13
Bolsa Família
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aperfeiçoamento e o aumento da confiabilidade nas instituições
– enquanto arcabouço normativo, organizacional etc. (“regras do jogo”)
– são um passo essencial para a concretização do desenvolvimento de
maneira ampla e igualitária.
Neste capítulo, abordamos as instituições de direito no que tange ao
sistema de saúde e compreendemos os seus níveis de atuação – atenção
primária, atenção secundária e atenção terciária – e como eles se desen-
volvem no âmbito dos municípios, dos estados e da União. O mais im-
portante entre eles, em virtude de sua abrangência e aproximação com a
população, é a atenção primária, em todos os seus eixos de atuação.
Em um segundo momento, estudamos as instituições de direito no
que diz respeito à previdência social e selecionamos um rol de benefícios
para aprofundamento, abrangendo desde a contingência, os sujeitos, os
tempos de carência, os termos iniciais e a renda inicial até o termo final.
Por fim, tratamos das instituições de direito relacionadas à assistência
social, a qual não é realizada somente por meio de benefícios, mas tam-
bém – e principalmente – por ações informativas e de cuidado. Os bene-
fícios abordados se diferenciam dos elencados no âmbito da previdência
especialmente por seu caráter assistencial e desvinculado da exigência de
contribuição.
Dessa forma, vimos, neste capítulo, uma parte das instituições que
sustentam a seguridade social, sendo de suma importância que o sistema
seja pensado de modo a alcançar todos os cidadãos, ao menos a nível de
informação, e assim ampliar a confiabilidade no sistema, fortalecendo-o.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 25 jul. 1991. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8213cons.htm. Acesso em: 8 mar. 2021.
BRASIL. Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 8 dez. 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.
htm. Acesso em: 8 mar. 2021.
GABARITO
1. Há seis eixos de atuação da atenção primária de saúde: vigilância em saúde; promo-
ção à saúde; atenção e cuidados centrados na saúde do adulto e do idoso; atenção e
cuidados centrados na saúde da criança e do adolescente; procedimentos na APS; e
atenção e cuidados relacionados à saúde bucal. A vigilância em saúde abrange a aná-
lise epidemiológica local, como os programas de imunização por meio de calendários
de vacinação. A promoção à saúde envolve consulta para acompanhamento do cres-
cimento e desenvolvimento de crianças. O eixo de atenção e cuidados centrados na
saúde do adulto e do idoso possui várias divisões, entretanto se destaca a atenção à
saúde da mulher. Já a parte de atenção e cuidados centrados na saúde da criança e do
adolescente pode ser feita por meio do atendimento domiciliar, no caso de impossi-
bilidade de locomoção. Por fim, a ação de atenção e cuidados relacionados à saúde
bucal pode ser feita por meio de exames.
Contingência:
trabalhadores da
iniciativa privada de 65
anos (homem) e 62 anos
(mulher), com tempo
mínimo de contribuição
de 20 anos e 15 anos,
respectivamente.
Sujeitos: ativo
Termo final:
(segurado),
falecimento.
passivo (INSS).
Aposentadoria
Por sua vez, Fonte (2013, p. 49) assevera de forma simplificada que
políticas públicas compreenderiam o “conjunto de atos e fatos jurídi-
cos que têm por finalidade a concretização de objetivos estatais pela
Administração Pública”, não se restringindo então somente a direitos
fundamentais em geral ou direitos sociais.
Por outro lado, é possível extrair algumas características que estão pre-
sentes na maioria: a política pública traz a diferença entre o que o governo
pretende fazer e o que de fato realiza. Como aponta Bitencourt (2014), é
composta por vários níveis de decisão, por meio de atores formais e infor-
Leitura
mais, e é geralmente materializada por meio dos governos; normalmen-
Existem diversos modelos
te abrange leis e regras, mas também é composta de outros elementos.
que representam as políticas
Além disso, é uma ação que traça objetivos a serem alcançados a curto, públicas, mas o modelo de ciclo
médio e longo prazo, como regra geral (SOUZA, 2006). é o mais usualmente utilizado
pela ciência do Direito, demais
Da perspectiva do Direito, ressaltamos o ciclo das políticas públicas modelos podem ser observados
apresentado por Valle (2009, p. 87): “1º) reconhecimento do problema; no artigo “Abordagens metodo-
lógicas em políticas públicas”, de
2º) formação da agenda; 3º) formulação da política; 4º) escolha da po- Ana Luiza Viana, publicado na
lítica pública a ser implementada; 5º) implementação da política pú- Revista da Administração Pública.
blica eleita; 6º) análise e avaliação da política pública executada”. Esse Disponível em: http://biblioteca-
digital.fgv.br/ojs/index.php/rap/
modelo é representado pela doutrina em forma de ciclo, uma vez que
article/view/8095. Acesso em:
cada processo alimenta a formulação e reavaliação de novas e antigas 25 fev. 2021.
políticas públicas, como podemos observar na Figura 1.
Figura 1 Atividade 1
Ciclo das políticas públicas Explique o que é a judicialização
da política e descreva uma
situação com base no que foi
Reconhecimento do
abordado e em suas pesquisas.
problema
Avaliação de Formação da
resultados agenda
Implementação Formulação
da política da política
Escolha da
alternativa
estratégica
AC
MC APS Legenda
AC = alta complexidade
MC = média complexidade
ABS ABS = atenção básica em saúde
APS = atenção primária em saúde
A decisão final ainda não foi tomada, mas com o voto do ministro
Marco Aurélio, o relator do processo, é possível vislumbrar a com-
plexidade da temática e os parâmetros propostos para elucidar essa
problemática. O reconhecimento do direito ao medicamento de alto
custo depende de: a) não estar incluso na Política Nacional de Medica-
mentos ou em Programa de Medicamentos de Dispensação em Caráter
Excepcional (já que isso já garantiria o fornecimento); b) comprovar a
imprescindibilidade, por meio de laudo médico; c) comprovar a impos-
sibilidade de substituição; d) comprovar a incapacidade financeira do
enfermo e de sua família para custear o medicamento (BRASIL, 2020a).
A temática ainda está em discussão, portanto esses critérios ainda não
são definitivos.
Figura 2
Processos previdenciários por assunto
Figura 3
Série histórica da distribuição de processos previdenciários: jan./nov. 2020.
8.298
8 Mil
6.997
6.060
6 Mil 5.833 5.790
6.249 5.595
4.634 5.043
5.548 5.659
4.384
4 Mil
jan 2020 mar 2020 maio 2020 jul 2020 set 2020 nov 2020
Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas, da Associação de Pais, TOZZI, J. A. São Paulo: Gente, 2016.
Figura 4
Pirâmide populacional (distribuição por sexo e idade) do Brasil: 1950, 1985 e 2020
5 0 5 10 5 0 5 10 10 5 0 5 10
Fonte: ONU, 2020.
Nos gráficos apresentados é possível observarmos a transição
das idades e, assim, a transição da população economicamente ati-
va, que é um dos eixos de contribuição. Esse ponto está diretamente
relacionado com o envelhecimento da população, pois, a partir do
momento que a população jovem está diminuindo e a população
idosa está aumentando e prolonga-se a expectativa de vida, surgem
os argumentos favoráveis ao aumento da idade e tempo mínimo de
contribuição. Podemos observar no gráfico a seguir que a expectati-
va de vida, segundo o IBGE, foi de 62,6 em 1980 e projeta-se que em
2050 chegue a 80 anos:
85,00
81,29
79,95
80,00 78,23
76,06
75,00 73,40
70,43
70,00
66,57
65,00 62,60
60,00
1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Várias vertentes podem ser responsáveis e atuarem em prol da efe-
tivação dos direitos envoltos na seguridade social. Estudamos, neste
capítulo, o papel essencial que as políticas públicas possuem, uma vez
que contemplam e estruturam ações a longo prazo, que de tempos em
tempos são reavaliadas, como é possível observar dos ciclos das políticas
públicas aplicáveis a cada um dos eixos da seguridade: saúde, assistência
e previdência.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, M. I. N. de. Uma revisão sobre as políticas públicas de saúde no Brasil. Recife:
s. n., 2015.
BAUMAN, Z.; BORDONI, C. Estado de Crise. Trad. de Renato Aguiar. 1. ed. Rio de Janeiro:
Zahar, 2016.
BITENCOURT, C. M. A reserva do possível no contexto da realidade constitucional brasileira
e sua aplicabilidade em relação às políticas públicas e aos direitos sociais. A&C: Revista de
Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte, ano 14, n. 55, p. 213-244, jan./
mar. 2014.
BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20
set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em:
26 fev. 2021.
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil brasileiro. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 1 mar. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.554, de 30 de julho de 2013. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 31 jul. 2013. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2013/prt1554_30_07_2013.html. Acesso em: 26 fev. 2021.
BRASIL. Ministério da Previdência Social. Previdência Social: reflexões e desafios. 1. ed. v.
30. Brasília: MPS, 2009. (Coleção Previdência Social, Série Estudos)
BRASIL. Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais. Súmula n. 80,
de 15 de abril de 2015. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 abr. 2015. Disponível em:
https://www.cjf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=80. Acesso em: 26 fev. 2021.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário n. 566.471/RN, Tribunal Pleno,
Rel. Des. Marco Aurélio Mello. Vistas ao Ministro Gilmar Mendes, 1 set. 2020a. Disponível
em: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.
asp?incidente=2565078&numeroProcesso=566471&classeProcesso=RE&numeroTema=6.
Acesso em: 1 mar. 2021.
GABARITO
1. A judicialização da política significa que o Poder Judiciário começa a decidir sobre
questões que inicialmente seriam restritas à esfera do Poder Executivo e do Poder
Legislativo. Um dos exemplos mencionados neste livro é o caso dos medicamentos de
alto custo, mas você pode apresentar outras pesquisas.
2. O ciclo das políticas públicas é formado por seis etapas, segundo Valle (2009): “1º)
reconhecimento do problema; 2º) formação da agenda; 3º) formulação da política; 4º)
escolha da política pública a ser implementada; 5º) implementação da política pública
eleita; 6º) análise e avaliação da política pública executada”. Ela é apresentada em ci-
clos, pois demonstra que cada processo alimenta a formulação e reavaliação de novas
e antigas políticas públicas.