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“CAUSA” “EFEITO”
“CAUSAS” = “Processos de trabalho”
nocivos ou perigosos
“EFEITO” 2
“CAUSA”
“EFEITO” 3
“EFEITO” 4
“Nexo Causal”: múltiplas “causas” ->
um efeito
“CAUSA” 1
“CAUSA” 2 “EFEITO”
“CAUSA” 3
“CAUSA” 4
Morte por excesso de trabalho
Suicídio desencadeado pelo trabalho
“Trabalho” ou “Ocupação” como um
“Fator de Risco”
“Fator de Risco”: “Um aspecto do comportamento
pessoal ou do estilo de vida, da exposição ao meio
ambiente, ou uma característica própria ou herdada
do indivíduo que se sabe, tendo como base a
evidência epidemiológica, estarem associados com
condições importantes de se prevenir para proteger
a saúde. O fator de risco representa uma
probabilidade maior de ser atingido por
determinada afecção ou dano.”
(Fonte: Luís Rey, Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde, 1999)
“Trabalho” ou “Ocupação” como uma
“Concausa”
“CAUSA” 2 “EFEITO” 2
“CAUSA” 3 “EFEITO” 3
“CAUSA” 4 “EFEITO” 4
Classificação proposta por Richard Schilling (1911–1997)
(Schilling, R.S.F. More effective prevention in occupational health practice?
Journal of the Society of Occupational Medicine, 39:71-9, 1984.)
CATEGORIA EXEMPLOS
I-Trabalho como causa · Intoxicação por chumbo
· Silicose
necessária · “Doenças profissionais”
legalmente prescritas
· Outras
II-Trabalho como fator · Doença coronariana
· Doenças do aparelho locomotor
contributivo, mas não · Câncer
necessário · Varizes dos membros inferiores
· Outras
III-Trabalho como provocador · Bronquite crônica
· Dermatite de contato alérgica
de um distúrbio latente, ou · Asma
agravador de doença já · Doenças mentais
estabelecida · Outras
Classificação proposta por Richard Schilling (1911–1997)
(Schilling, R.S.F. More effective prevention in occupational health practice?
Journal of the Society of Occupational Medicine, 39:71-9, 1984.)
CATEGORIA EXEMPLOS
I-Trabalho como causa · Intoxicação por chumbo
· Silicose
necessária Nexo · “Doenças profissionais”
Epidemiológico! legalmente prescritas
· Outras
II-Trabalho como fator · Doença coronariana
· Doenças do aparelho locomotor
contributivo, mas não · Câncer
necessário · Varizes dos membros inferiores
· Outras
III-Trabalho como provocador · Bronquite crônica
· Dermatite de contato alérgica
de um distúrbio latente, ou · Asma
agravador de doença já · Doenças mentais
estabelecida · Outras
2. Evolução do Entendimento
Legal e Normativo Brasileiro
Legislação Previdenciária
(Art. 20 da Lei 8.213/91)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doe
ncas_relacionadas_trabalho_2ed_p1.pdf
Acesso livre ao “Manual” em PDF:
“Doenças Relacionadas ao Trabalho: Manual
de Procedimentos para os Serviços de Saúde”
(OPAS/Ministério da Saúde, 2001)
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doe
ncas_relacionadas_trabalho1.pdf
LISTA A do Decreto 3.048/99 e da
Portaria MS/GM 1.339/99
“Agentes ou Fatores de Risco de Natureza
Ocupacional Relacionados com a Etiologia de
Doenças Profissionais e de Outras Doenças
Relacionadas com o Trabalho”
“CAUSA”
(“agente” ou
“EFEITO”
“fator de risco”) (CID)
“Lista A” e o “Nexo Causal” (Schilling I e III)
“Efeito” 1 (CID)
“Efeito” 4 (CID)
LISTA B do Decreto 3.048/99 e da
Portaria MS/GM 1.339/99:
“DOENÇAS RELACIONADAS COM O
TRABALHO: lista elaborada pelo Ministério da
Saúde, a partir da relação de agentes
etiológicos ou fatores de risco de natureza
ocupacional, ampliada e atualizada, e disposta
segundo a taxonomia, nomeclatura e
codificação da CID-10”
PARA CADA DOENÇA OS “AGENTES”
CORRESPONDENTES...
Exemplo da Lista B: Neoplasia da
Cavidade Nasal e dos Seios da Paranasais
(CID C30-C31)
• Radiações ionizantes
• Níquel e seus compostos
• Poeiras de madeira e outras poeiras orgânicas
da indústria do mobiliário
• Poeiras da indústria do couro
• Poeiras orgânicas (na indústria têxtil e em
padarias)
• Trabalhadores da indústria do petróleo
A “Lista B” contém 232 categorias da CID-10,
distribuídas em 15 capítulos da mesma
Classificação; quando se juntam categorias
com subcategorias – segundo os conceitos
adotados pela CID-10 –, estima-se em
aproximadamente 400 o número de agravos
relacionados ao trabalho, listados a partir da
CID-10
“Lista B” e o “Nexo Causal” (Schilling I, II e III)
“Causa” 1
“EFEITO” “Causa” 2
(CID)
“Causa” 3
“Causa 4
3. Introdução do “Nexo
Epidemiológico” no Pensamento de
“Causalidade” no Brasil
Algumas Expressões do “Nexo Epidemiológico”
no Brasil, a partir de 1999
Adoção deliberada do título da lista do Ministério da
Saúde (1999): “Doenças Relacionadas ao Trabalho”
Adoção da mesma “Lista da Saúde” pela Previdência
Social (Anexo II do Decreto 3.048/1999 e Decreto
6.957/2009.)
Adoção da categoria II da Classificação de Schilling,
como critério de inclusão de “doenças relacionadas
ao trabalho” nas Listas A e B
Desenvolvimento do conceito de “nexo técnico
epidemiológico previdenciário” (NTEP), e sua
adoção na Previdência Social, a partir de 2009,
gerando a “Lista C”...
LISTA C do Decreto 3.048/99
(e suas atualizações):
A partir de 2006, com o “Nexo Técnico
Epidemiológico Previdenciário”
Resolução do Conselho Nacional de Previdência
Social (Res. 1269/2006)
Lei No. 11.430, 26/12/2006.
Decreto No. 6.042, 13/2/2007.
Instruções Normativas do INSS No. 16 (27/3/2007)
e no. 31 (10/8/2008)
Decreto Nº. 6957/2009
Lei Complementar No. 150 (1/6/2015)
Outros
Critérios de Inclusão e Nexo (Anexo II do
Decreto 3.048/99 e NTEP)
Lista A Fatores de
Doenças
(1999) Risco
Lista B Fatores de
Doenças
(1999) Risco
LISTA C - NTEP
CNAE Doenças
(2009)
Reflexões sobre Dificuldades e Limites
no uso do “Nexo Epidemiológico”
a) Como visto, o “nexo epidemiológico” foi inaugurado por
Ramazzini (1700), utilizado ao longo da história, utilizado pela
OMS (“doenças relacionadas ao trabalho”, a partir de 1984),
utilizado pela OIT (2010), utilizado por Schilling (grupo II),
utilizado na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (“Lista
A” e “Lista B” do MS e MPS, 1999), e também pela Previdência
Social (“Lista C” ou NTEP).
b) O “nexo epidemiológico” é importante para orientar o
raciocínio clínico, mas ele é construído em bases populacionais,
obrigando levar o raciocínio para os enfoques e ideias de
“RISCO”, “PROBABILIDADE”, “RISCO RELATIVO” (e suas
variações), “RISCO ATRIBUÍVEL” e “FRAÇÃO DE RISCO
ATRIBUÍVEL”.
c) O “nexo epidemiológico” é fundamental para orientar
ações de saúde coletiva no trabalho (promoção da saúde,
prevenção de doença, “intervenções” etc) = “Medicina do
Trabalho Preventiva”, dentro da SST!
d) O “nexo epidemiológico”, baseado no raciocínio
epidemiológico aponta mais para perfis de saúde/doença de
pessoas (trabalhadores) e de populações, na perspectiva da
“integralidade” (“saúde integral do trabalhador”), do que
para firmar diagnóstico de doenças individuais...
e) O nexo epidemiológico não é uma boa ferramenta para a
lógica pericial, médico-legal, indenizatória, reparadora. Por
ser baseado em “probabilidade” ou “risco” populacional, não
pode dar respostas categóricas, do tipo “sim” ou “não”,
frente a situações individuais!
4. Considerações Finais e
Discussão Geral