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DOENÇAS OCUPACIONAIS

Doenças Profissionais e
Doenças do Trabalho
Constituição Federal - Art. 196

Saúde é um direito de todos e dever do


Estado, garantido mediante Políticas
Sociais e Econômicas que visem a
redução de risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para a
promoção, proteção e recuperação.
“SAÚDE É UM ESTADO DE COMPLETO
BEM ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL,
NÃO APENAS A AUSÊNCIA DE DOENÇA
OU ENFERMIDADES.” OMS
A SAÚDE É DETERMINADA POR UM CONJUNTO DE
FATORES AGRUPÁVEIS EM QUATRO CATEGORIAS:

BIOLOGIA E FISIOLOGIA
HUMANA

AMBIENTE, SAÚDE ESTRUTURA E


INCLUÍDO O ORGANIZAÇÃO
AMBIENTE DE HUMANA DA ATENÇÃO A
TRABALHO SAÚDE
ESTILO DE VIDA
RISCOS
OCUPACIONAIS (Alimentação,
Atividade Física, etc.)
Promoção da Saúde definida na
Carta de Ottawa (1986):
Um processo que visa criar
condições que permitam aos
indivíduos e aos grupos controlar
a sua saúde, a dos grupos onde se
inserem e ao mesmo tempo, agir
sobre os fatores que a
influenciam.
IMPORTÂNCIA RELATIVA DOS AGENTES CAUSADORES
DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

Os agentes químicos ocupam o lugar mais importante


entre os agentes causadores de doenças profissionais,
não só pelo grande números de produtos químicos
encontrados na indústria moderna (número que cresce
diariamente), mas também pelas conseqüências,
bastante sérias, que muitos desses produtos são
capazes de ocasionar a saúde.

Os agentes físicos devido a sua multiplicidade e


conseqüências que podem produzir a saúde, ocupam o
segundo lugar de destaque entre os agentes causadores
de doenças profissionais
Os agentes ergonômicos requerem medidas de
proteção relativamente mais simples do que aquelas
que devem ser adotadas por controle de agentes físicos
e químicos; assim os agentes ergonômicos podem ser
considerados menos importantes que estes, porém
mais importantes que os biológicos.

Os agentes biológicos, apesar dos danos à saúde que


podem ocasionar, podem ter considerada sua
importância reduzida, quando comparada à dos agentes
físicos e químicos nos ambientes de trabalho
industriais, com ressalvas para os ambientes de
trabalho específicos dos estabelecimentos de saúde,
onde sua constatação é preponderante, mas não
exclusiva.
Os agentes de acidentes requerem medidas de atuação
mais relacionadas à equipe de Segurança do Trabalho,
porém, as condições de trabalho, os modelos produtivos, a
proteção de máquinas, são fatores que merecem toda
atenção pois podem determinar acidentes de trabalho
gravíssimos, por vezes sendo responsáveis até pela morte
de trabalhadores.
Nesse sentido, a contribuição do Médico do Trabalho na
vistoria periódica dos ambientes de trabalho pode ser de
grande valia e deve ser realizada, com risco de poder ser
enquadrado no artigo 159 do Código Civil Brasileiro, que
diz:
ASPECTOS RELACIONADOS ÀS CONDIÇÕES E AOS
AMBIENTES DE TRABALHO QUE PROPICIAM O
ADOECIMENTO
CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS E PSICOSSOCIAIS
 situações críticas, com sobrecarga de trabalho;
 precariedade de meios para executar as tarefas;
 falta de treinamento para o trabalho;
 falta de reconhecimento profissional,
 baixos salários, ausência de plano de carreira e/ou incentivos;
 Dificuldade de estabelecer relações interpessoais;
 carga afetiva individual;
 trabalhos em turnos e noturno;
 relação de trabalho precária (temporário, terceirizados,
cooperativados, sem garantias trabalhistas).
COMO IDENTIFICAR,
QUALIFICAR,
QUANTIFICAR E TOMAR
AÇÕES DE PROTEÇÃO
DOS TRABALHADORES
FRENTE AOS RISCOS
EXISTENTES NOS
AMBIENTES DE
TRABALHO?
PROGRAMA DE GESTÃO DE
RISCOS OCUPACIONAIS (PGR)
O PGR ENGLOBARÁ O PPRA (RISCOS AMBIENTAIS
IDENTIFICADOS, AVALIADOS E COM MEDIDAS) E O
PCMSO (ACOMPANHAMENTO MÉDICO E DE SAÚDE
OCUPACIONAL).

Mas engloba o PGR o conceito de saúde previsto pela


OMS?...e a qualidade de vida no trabalho?
AS DOENÇAS OCUPACIONAIS SÃO DIVIDIDAS EM ERGOPATIAS
(PROFISSIONAIS) E MESOPATIAS (DO TRABALHO)

DOENÇAS PROFISSIONAIS OU ERGOPATIAS

Assim entendidas as doenças produzidas ou


desencadeadas pelo exercício de trabalho peculiar a
determinada atividade e constante do Anexo II do
Decreto 3.048/1999.

Têm no trabalho a sua causa única. São doenças típicas


de algumas atividades.

(Ex.: exposição sílica = silicose; exposição ao amianto =


asbestose).
DOENÇAS DO TRABALHO OU MESOPATIAS

• Assim entendidas as doenças adquiridas ou


desencadeadas em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e a que se relacionam diretamente.

• Por serem doenças atípicas exigem a comprovação do


nexo causal com trabalho.

(Exemplo: ar-condicionado = sinusites, pneumopatias;


computadores= tendinopatias).
Classificação Schilling* de doenças ocupacionais
Schilling Categoria Exemplos

- Intoxicação por Chumbo;


I – Trabalho como Causa Necessária (Nexo
- Silicose;
Causal é Direto e Imediato)
- “Doenças Profissionais”
legalmente reconhecidas.

II – Trabalho como Fator Contributivo, mas - Doença Coronariana;


não necessário -Doenças do Aparelho
Locomotor;
(Nexo Causal Estabelecido
- Varizes dos Membros
Epidemiologicamente)
Inferiores.

III – Trabalho como Provocador de


- Bronquite Crônica;
um Distúrbio Latente ou
- Dermatite de Contato Alérgica;
Agravador de Doença já estabelecida.
- Asma;
(Concausalidade)
- Doenças Mentais.

(Schilling, R.S.F. More effective prevention in occupational health practice? Journal of the
Society of Occupational Medicine, 39:71-9, 1984.)
Não serão consideradas como doenças do trabalho :

⚫ a doença degenerativa;
⚫ a que não produz incapacidade laborativa;
⚫ a doença endêmica adquirida por segurados
habitantes de região em que ela desenvolva, salvo
comparação de que resultou de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.
⚫ Em caso excepcional, constatando-se que a doença
não incluída na relação prevista nos incisos I e II
resultou de condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considerá-la acidente do
trabalho.
Tanto as Doenças Profissionais como as Doenças do
Trabalho são equiparadas ao Acidente do Trabalho,
quando delas decorrer a incapacidade para o
trabalho.

Lei n. 8.213/91 - Art. 20 - § 2° - Independentemente


de constar na relação do Regulamento Geral da
Previdência Social (RGPS), a Previdência Social
deverá reconhecer o acidente do trabalho quando
restar comprovado que a doença foi desencadeada
pelas condições especiais de trabalho (insalubres
ou não, de acordo com a classificação das NR’s da
Portaria 3.214/78) a que estava submetido o
segurado.
Lei 8.213/91 - Art. 22 - Comunicação de Acidente do
Trabalho - CAT

Deve ser feita pela empresa!

➢ Na falta desta, pelo:- próprio acidentado


- seus dependentes
- entidade sindical
- médico assistente
- autoridade pública
➢ Prazo: até o primeiro dia útil seguinte ao acidente,
e, imediatamente, em caso de morte.

➢ Forma: formulário próprio de CAT disponível nas


agências do INSS ou via internet: www.mpas.gov.br

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