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T1 5.

Doenças ocupacionais

As modificações no “mundo do trabalho”sofremdiversas, como as


diferentes formas de organização, gestão, vínculos empregatícios, novas
tecnologias, que vão moldando o perfil de morbimortalidade dos trabalhadores.

Perfil de morbimortalidade: característica


de adoecimento e morte do trabalhador.
Morbi=adoecimento
Mortalidade=morte

As doenças ocupacionais são adquiridas através dos riscos existentes no


ambiente de trabalho, como os físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
São muitas as patologias advindas das condições de trabalho, onde
nestecapítulo éapresentado a relação saúde-doença no trabalho, como se
desenvolve o processo de adoecimento pelo trabalho, assim como, formas de
minimizar a doença ocupacional, promovendo e protegendo a saúde do
trabalhador.

T2 5.1 O adoecimento do trabalhador e a relação com o trabalho

As doenças ocupacionais vêm sendo descritas desde antes de Cristo


(a.C.). Existem relatos da relação entre saúde, doença e trabalho nos papiros
egípcios (2.500 a.C.). Hipócrates (460-375 a.C.) descreveesta relação em seu
clássico, Ares, Água e Lugares, em seus estudos faz menção aos casos de
escravos mineirosintoxicadospelo chumbo. Platão (427 – 347 a.C.) indicando o
adoecimento de atletas profissionaise Aristóteles (384-322 a.C.) em relação
aos profissional a cavalo.
Plínio (23-79d.C.) tem seus estudos voltados para os trabalhadores de
minas, expostos ao chumbo, mercúrio e poeiras, estes utilizavam máscaras
feitas por panos ou membranas de bexiga de carneiro, para minimizar a
exposição a poeiras, sendo considerado um equipamento de proteção
individual para a época.
Em 1700 no final do século XVII, BernardidoRamazzini conhecido como o
“Pai da Medicina do Trabalho”, indagava os trabalhadores doentes, com a
seguinte pergunta: que arte exerce? Nesta época, lança seu livro intitulado: De
MorbisArtificumDiatriba – As Doenças dos Trabalhadores (Fig. 1), descrevendo
aproximadamente 50 doenças ocupacionais, dentre estas, podemos citar: as
doenças dos mineiros, químicos, oleiros, pintores, farmacêuticos, agricultores,
pescadores, parteiras, coveiros, dentre outras, sendo referencia histórica na
área da saúde ocupacional.

Fig. 1Livro A doença dos Trabalhadores (De MorbisArtificumDiatriba),


Bernardino Ramazzini (1633-1714)

Sobre a doença dos oleiros, em outras palavras, a doença dos artesãos,


Ramazzini comenta o seguinte:

Como são de várias categorias os operários das oficinas


de olaria, uns ocupados em resolver brasas com as mãos
e os pés, outros em dar forma às vasilhas colocadas junto
à roda giratória, nem todos os oleiros estão sujeitos às
afecções enumeradas; prevenimos, pois, que, somente
por ouvir o nome “oleiro”, não se deve recorrer aos
remédios indicados para corrigir os males contraídos do
contato da matéria mineral, porém todos os que
manipulem continuadamente terra molhada e
permaneçam em lugares úmidos serão, na sua maioria,
bastante pálidos, caquéticos e quase sempre enfermiços.
Os que dão forma aos vasos sentados ao lado da roda
para acioná-la com os pés, sentem debilidade na vista,
sofrem vertigens e, por cansar demasiadamente os pés,
não é estranho que padeçam de ciática; serão atendidos
com remédios que comumente se prescrevem para essas
espécies de artefatos que, se não conseguem deter o
mal, pelo menos o mitigam (RAMAZZINI, 2000 [1700],
p.49).

A primeira lista de doenças ocupacionais oficial é criada pela OIT, em


1919, descrevendo as intoxicações por várias substâncias: chumbo, mercúrio e
por carbúnculo. Em 1980 esta lista é ampliada para 29 grupos de doenças
ocupacionais.No Brasil, atualmente se utiliza a lista de doenças relacionadas
ao trabalho, instituída através da portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de
1999, sendo dividida de acordo com a Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), 10ª edição - CID-10em 14
grupos patológicos.

A Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991, em seu artigo 19, define:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do


trabalhoa serviço da empresa, com o segurado
empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem
como com o segurado especial, no exercício de suas
atividades, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, a perda ou redução,
temporária ou permanente, da capacidade para o
trabalho.

Para legislação previdenciária, considera acidentes de trabalho as


doenças profissionais e do trabalho.Segundo esta mesma Lei, as doenças
ocupacionais são divididas em dois grandes grupos:

• Doenças profissionais: produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho, peculiar à determinada atividade.
• Doenças do trabalho: é aquela adquirida ou desencadeada em função
de condições especiais de trabalho que se relacionem diretamente.

Richard Schilling (1984) caracteriza as doenças ocupacionais em


segundo relação ao nexo de causal com o trabalho, conforme grupo de causa:

Grupo I – Doença específica do trabalho, em que o trabalho é considerado


causa necessária. Exemplificada pelas doenças profissionais típicas, como
silicose, asbestose, intoxicação por chumbo, entre outras.

Grupo II – Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco, contributivo,


mas não necessário, podendo ser exemplificada pela hipertensão arterial e as
neoplasias malignas (câncer).

Grupo III – doenças em que o trabalho é provocador de um distúrbio latente,


ou agravador de doença já estabelecida ou preexistente. As doenças alérgicas
de pele e transtornos mentais podem ser classificadas como Schilling tipo III.

Mendes e Dias (1999) descrevem quatro grupos de causas, que moldam


o perfil de adoecimento e morte dos trabalhadores:

 doenças comuns, sem relação com o trabalho;

 doenças comuns,(crônico-degenerativas, infecciosas, neoplásicas,


traumáticas, etc.) eventualmente modificada pelas condições de
trabalho;

 doenças comuns, tornando-se mais complexo pelo


trabalho.Exemplificado pela: asma brônquica, dermatite de contato
alérgica, a perda auditiva induzida pelo ruído (ocupacional),alguns
transtornos mentais entre outros;
 agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do trabalho e
pelas doenças profissionais, como a silicose e asbestose.

Uma das estratégias utilizadas para moldar o perfil de adoecimento e


morte dos trabalhadores pelo SUS foi apublicação da portaria nº 777/GM, em
28 de abril de 2004, que dispõe sobre as notificações compulsórias em saúde
do trabalhador, sendo descritos onze agravos notificáveis. As fichas
relacionadas aos acidentes de trabalho fatal, acidente de trabalho com
mutilações e acidente de trabalho em crianças e adolescentes, foram
compilados em apenas uma ficha de notificação: acidente de trabalho grave.

 Acidente de trabalho grave (acidentes de trabalho fatal, acidente de


trabalho com mutilações e acidente de trabalho em crianças e
adolescentes);
 Acidente com exposição a material biológico;
 Dermatoses ocupacionais;
 Intoxicação exógena;
 Lesão por esforço repetitivo/doença osteomuscular relacionada ao
trabalho (LER/DORT);
 Pneumoconioses;
 Perda auditiva induzida por ruído (PAIR);
 Transtornos mentais relacionados ao trabalho
 Câncer relacionado ao trabalho.

- Prevenção e promoção das doenças ocupacionais

Atividades voltadas à prevenção e promoção a saúde dos trabalhadores


são de suma importância, estas são medidas que antecipam e minimizam o
processo de adoecimento e morte dos trabalhadores. Vale conceituar os
termos promoção e prevenção a saúde dos trabalhadores.
Segunda a OMS (2010), a definição de ambiente saudável, engloba:
“é aquele em que os trabalhadores e os gestores
colaboram para o uso de um processo de melhoria
contínua da proteção e promoção da segurança, saúde e
bem-estar de todos os trabalhadores e para a
sustentabilidade do ambiente de trabalho...”

Promoção: constituio cuidado a saúde através de medidas gerais e


específicas,cultuando a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores (Fig. 2).
Programas de promoção à saúde no trabalho podem ser realizadas,
como: incentivo a atividade física, reeducação alimentar, cessação de
tabagismo, minimização do uso de bebida alcoólica, entre outros.

Fig. 2 Boas condições de vida.

Prevenção: significa atuar antecipadamente, sendo dividida em três fases:


primária, secundária e terciária.

Prevenção primária:tende a evitar ou remover fatores de risco no trabalho


antes que se desenvolva à doença. Exemplo: imunização para o trabalhador
(hepatite B, influenza, tétano e difteria, entre outros).

Prevenção secundária:a doença já se instalou, evita-se o agravamento.


Exemplo: realização de avaliação da acuidade auditiva.

Prevenção terciária:a doença já se instalou, deixando sequelas para


trabalhador. Exemplo: reabilitação da LER/DORT, para reintegração no
trabalho.
Medidas de controle referente à proteção coletiva e individualdo
trabalhador, assim como, asações de vigilância tornam-seinstrumentos que irão
minimizar os riscos nos ambientes de trabalho.
T2 5.2 Doenças relacionadas a riscos ocupacionais: físico, químico,
biológico e ergonômico

T3 5.2.1 Principais doenças ocupacionais adquiridas por agentes físicos

Relembrando ...
Agentes físicos: ruído, vibração,
temperaturas extremas,
radiação, umidade, pressões
anormais, entre outros.

- Doenças provocadas pela exposição ao ruído:

o Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional - PAIR

É perda da acuidade auditiva, provocada por níveis elevados de pressão


sonora, ocasionando a degeneração das células ciliadas do órgão de Corti.
O trauma acústico também pode ocasionar perda auditiva de instalação súbita,
normalmente unilateral, provocada por ruído repentino e de grande intensidade,
podendo ser exemplificado pelas explosões. Além da exposição ao ruído, o
trabalhador também pode apresentar perdas auditivas ocasionadas por exposição a
substâncias químicas ototóxicas, como mercúrio e o chumbo.
A PAIR tem por características ser neurossensorial, geralmente bilateral,
irreversível e progressiva com o tempo de exposição.Iniciam-se frequentemente pelas
frequências de 3.000, 4.000 e 6.000 Hz, progredindo para as outras frequências com o
tempode exposição. A NR 7 estabelece os parâmetros considerados sugestivos de
PAIR, assim como, estabelece critérios para se realizar os exames audiológicos.
Os efeitos do organismo do trabalhador são diversos: diminuição auditiva,
dificuldade no entendimento da fala, zumbido, podendo ainda apresentar:alterações no
sono, transtornos comportamentais, da comunicação, entre outros.
O diagnóstico é realizado através de avaliação audiológica, como: audiometria
tonal por via aérea e óssea, logoaudiometria e imitanciometria, outros exames também
podem ser utilizados para complemento de diagnóstico.
Medidas preventivas englobam:
Adoção de EPI, como o uso de protetores auriculares:de inserçãoautomoldável, pré
moldado e concha (Fig. 3); EPC; vigilância dos trabalhadores; sensibilização dos
riscos ocupacionais, inserção do Programa de Conservação Auditiva (PCA).A NR15
dispões sobre as atividades e operações insalubres, em seu anexo n.º 1
estabelecemlimites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente, sendo uma
estratégia para monitorização do ruído.

Fig. 3 Tipos de protetores auriculares: inserção automoldável, pré moldado e concha.

o Doenças provocadas pela exposição a outros agentes físicos:

As vibrações são movimentos oscilatórios, podendo abranger o corpo


inteiro ou ser localizada. Na vibração de corpo inteiro,a perda de audição e
alterações gastrointestinais são comuns, sendo frequentes dores de coluna e
alteração de visão. Já a vibração localizada, degenera o tecido muscular e
nervoso, são prevalentes queixas do trabalhador quanto à presença de
insônia,vertigem e branqueamento dos dedos. Medidas de proteção à saúde do
trabalhador envolve a minimização da exposição, utilização de EPI e EPC.
As temperaturas extremas são exposição a altas temperaturas, como o
calor e frio. No calorsurge o aumento da temperatura no ambiente, geralmente
a partir de 41ºC, acontecem às alterações no organismo dos trabalhadores,
podendo os indivíduosapresentarem: alterações visuais, fadiga, sudorese,
vertigem, palidez, vômito, entre outros. As doenças mais prevalentes são:
cãibras, síncope, exaustão, desidratação, choque térmico e urticária.
Alguns trabalhadores possuem contra indicações para as atividades
laborais, quando expostos ao calor, aqueles que apresentam obesidade,
alterações cardíacas, hipertensão arterial e nefropatias. Medidas preventivas
devem ser utilizadas, como, exames médicos, aclimatação, reposição hídrica,
limitação do tempo de exposição, EPI, EPC.
No frio alterações da temperatura interna do organismo começam a
partir dos 36ºC, os sintomas presentes são alterações nos batimentos
cardíacos, respiratória, tonturas, desmaios, confusão mental, dentre outros. As
alterações patológicas são: hipotermia, hipóxia, eritema, urticária, ulcerações,
fenômeno de Raynaud e alterações em vias respiratórias superiores. Medidas
preventivas como hidratação frequente e alimentação balanceada devem ser
utilizadas.
A exposição do trabalhador a umidade, acarreta danos à saúde, como:
alterações no sistema respiratório e doenças de pele, apresentando maceração
e infecções. Utilização de EPI e EPC é de extrema importância.
As radiações podem ser classificadas em ionizantes e não ionizantes.A
radiação ionizantepor sua vez acarreta transtornos ligados a alterações nas
gônadas genitais, no revestimento gastrointestinal, foliculopiloso e pode levar
aocâncer. Os sintomas comuns são: náuseas, vômito, alopecia, esterilidade,
anemia, hemorragia. Medidas preventivas devem ser utilizadas como a
monitoração individual, através de dosímetros, uso de EPI, EPC e exames
médicos.
A radiação não ionizante pode levar o indivíduo a adquirir câncer
cutâneo, insolação, queimadura. Proteções individuais e coletivas devem ser
utilizadas, assim como o uso de proteção solar.
Pressões anormais são as hiperbáricas e hipobáricas. Nas hiperbáricasa
pressão do homem é maior que a atmosférica, o indivíduo pode adquirir
doença descompressiva, barotrauma, narcose por nitrogênio, intoxicação por
oxigênio. Os sinais e sintomas abrangem alterações auditivas, hemorragia,
dificuldade respiratória, irritabilidade, tontura, embolia gasosa, visão alterada.
Medidas de prevenção incluem utilização de oxigenação hiperbárica, EPI, EPC.
Nas pressões hipobáricas o homem está com a pressão menor do que a
atmosfera, asalterações auditivas são comuns.

Tabela 1 Síntese das doenças ocupacionais por agente físico


AGENTE FÍSICO DOENÇA SINAIS E SINTOMAS TRABALHADORES MEDIDAS
EXPOSTOS PREVENTIVAS
Ruído PAIR, Trauma acústico. Diminuição auditiva, Construção civil, Exames médicos,
zumbido. metalúrgicas. EPI e EPC.
Vibração:
Vibração de corpo
Perda de audição, Diminuição auditiva, Operadores de Minimização da
inteiro
alterações dores de coluna. motorroçadeira. exposição,
gastrointestinais, de utilização de EPI e
coluna e visão. EPC.

Fenômeno de Raynaud. Minimização da


Vibração localizada exposição,
Insônia, vertigem e Martelo pneumático.
branqueamento dos utilização de EPI e
dedos. EPC.
Temperaturas
extremas:
Calor
Síncope, cãibras, Alterações visuais, Siderúrgicas, indústria de Exames médicos,
exaustão, desidratação, fadiga, sudorese, vidro, têxtil. aclimatação,
choque térmico, vertigem, palidez, reposição hídrica,
urticária. vômito. EPI e EPC.

Hipotermia, hipóxia, Alterações nos Exames médicos,


Frio eritema, urticária, batimentos cardíacos, aclimatação,
Frigoríficos, operações
ulcerações, fenômeno respiratória, tonturas, portuárias. reposição hídrica,
de Raynaud, alterações desmaios, confusão EPI e EPC.
em vias respiratórias mental.
superiores
Umidade Alterações no sistema Dor, infecções. Corte e acabamento de EPI e EPC.
respiratório e doenças rochas ornamentais.
de pele.
Radiação:
Ionizante
Alterações nas gônadas Náuseas, vômito, Profissionais da saúde. Monitoração
genitais, no revestimento alopecia, esterilidade, individual, através
gastrointestinal, anemia, hemorragia. de dosímetros, uso
foliculopiloso, câncer. de EPI, EPC e
exames médicos.
Proteção
Câncer cutâneo, solar,exames
insolação, queimadura. Dores de cabeça,
Não ionizante fadiga, fraqueza, médicos.
Agricultores, soldadores,
insônia. construção civil.
Pressões anormais:
Hiperbáricas
Doença Alterações auditivas, Construção civil, Oxigenação
descompressiva, hemorragia, mergulhadores. hiperbárica, EPI,
barotrauma, narcose por dificuldade EPC.
nitrogênio, intoxicação respiratória,
por oxigênio. irritabilidade, tontura,
embolia gasosa, visão
alterada.

Alterações auditivas.
Barotrauma.
Utilização da
Hipobáricas Aviadores. manobras
fisiológicas
(deglutição,
mastigação,
bocejo).

T3 5.2.2 Principais doenças ocupacionais adquiridas por agentes químicos

Relembrando ...
QUÍMICOS: agentes e substâncias
químicas, sob a forma líquida, gasosa
ou de partículas e poeiras minerais e
vegetais, entre outros.

Os agentes químicos podem ser absorvidos por via respiratória, cutânea


ou digestiva, penetrando no corpo do trabalhador.
As pneumoconiose são doenças do sistema respiratório que acometem
o pulmão do trabalhador. É classificada em não fibrogênica e fibrogênica. A
exposição a poeiras não fibrogênica, leva o trabalhador há um baixo potencial
de fibrose pulmonar, com poucos sintomas respiratórios, como na exposição ao
ferro, bário e estanho. As pneumoconiose fibrogênicas produzem fibrose
pulmonar, devido à deposição de poeiras no pulmão, como a silicose e
asbestose.

o Silicose

Definida pela exposição à sílica livre e cristalina, através da inalação


destas partículas, em um período de longa duração,leva o trabalhador a
adquirir a silicose. A silicose dificulta a troca gasosa no pulmão, sendo
irreversível e de início tardio, conhecida como a doença do pulmão de pedra.
Fig. 4.
Trabalhos em pedreiras, cerâmicas, extração de minérios, metalurgia e
construção civil são atividades de risco para adquirir silicose.
Considerada uma patologia grave onde são tratados os sinais e
sintomas que surgem decorrente da inalação da partícula da poeira da sílica,
não há tratamento específico e aparece sempre de forma tardia, o trabalhador
deve se afastar imediatamente da fonte de risco após o diagnóstico. Pode se
apresentar na forma aguda, após cinco anos de exposição;sub aguda, após os
cinco anos e apresenta pequenos nódulos e na formacrônica, após 10 anos de
exposição, com nódulos e opacidades. Os sinais e sintomas envolvem tosse,
escarro e dificuldade respiratória.
O diagnóstico é realizado através da histórica clínica, radiografia de
tórax, tomografia computadorizada, espirometria e outros exames para
complemento de diagnóstico.
As medidas preventivas englobam: substituição de perfuração a seco
por úmido; utilização de proteção respiratória; ventilação após exposição;
controle da poeira; exames médico; dentre outros.

Fig. 4 Deposição da poeira de sílica no pulmão

o Asbestose

A asbestose é uma fibrose ocasionada pela inalação das fibras de


asbestos ou amianto.Durante uma longa exposição, o trabalhador começa a
sentir os primeiros sinais e sintomas após dez anos, como dispneia de esforço
e crepitações. Um agravante neste tipo de pneumoconiose é o câncer de
pulmão.
Encontrada em atividades laborais que produzem caixas d’água, telhas
de fibrocimento, produção de componentes elétricos, entre outros, que são
produzidas a partir da fibra mineral do amianto.
O diagnóstico é realizado através da história clínica ocupacional e
exames radiológicos.A vigilância dos trabalhadores expostos é de suma
importância, após a confirmação afastar o trabalhador da exposição pelo
amianto, proteção respiratória, umidificação dos processos, monitoramento das
concentrações das fibras de amianto e controle médico são medidas
preventivas.

o Agrotóxico

Agrotóxicos são substâncias químicas, com o objetivo de prevenir,


destruir ou repelir,algum agente patogênico.
São classificados de acordo com a toxicologia, classe I – extremamente
tóxico; classe II – altamente tóxico; classe III – mediamente tóxico e classe IV –
pouco tóxico. Podendo ser: inseticidas, fungicidas, herbicidas, raticidas,
fumigantes, acaricidas.
As intoxicações agudas e crônicas são frequentes, podendo levar ao
óbito. As intoxicações agudas tem exposição única ou múltipla, por um período
curto, alguns sinais e sintomas são cefaleia, náusea, vômitos, cólicas
abdominais, eritemas, dispneia, alterações cardíacas, insuficiência respiratória
e edema agudo de pulmão.
Nas intoxicações crônicas são exposições repetidas, durante um longo
período de tempo. Os sinais e sintomas atingem os sistemas do corpo humano:
imunológicos, hematológicos, hepáticos, neurológicos, malformações
congênitas e tumores.
A prevenção das intoxicações abrangem medidas de higiene,
monitoramento ambiental, vigilância do trabalhador, mudanças na organização
do trabalho e exames médicos.
Tabela 2 Síntese das doenças ocupacionais por agente químico

AGENTE QUÍMICO DOENÇA SINAIS E SINTOMAS TRABALHADORES MEDIDAS


EXPOSTOS PREVENTIVAS
Sílica Silicose Dificuldade Mineradores, ceramistas, da Uso de EPI, EPC,
respiratória, tosse. construção civil. vigilância do
trabalhador,
exames médicos.
Asbesto ou amianto Asbestose Dispneia de esforço e Indústria de caixas d’água, Uso de EPI, EPC,
crepitações. telhas de fibrocimento. vigilância do
trabalhador,
exames médicos.
Agrotóxicos Intoxicações crônicas e Náusea, vômito, dores Agricultores, pecuaristas. Uso de EPI, EPC,
agudas de cabeça, asma, vigilância do
tumores. trabalhador,
exames médicos.

Tabela 3 Outras doenças ocupacionais por risco químico

AGENTE QUÍMICO DOENÇA SINAIS E TRABALHADORES MEDIDAS


SINTOMAS EXPOSTOS PREVENTIVAS
Bagaço (fungo Bagaçose Dispnéia, sibilos, Cortadores de cana de Uso de EPI, EPC,
Themophilicoachomyeceto) febre, tosse seca, açúcar. vigilância do
mal-estar geral e trabalhador,
fadiga. exames médicos.
Mercúrio Hidragismo Alteração no sistema Fabricação de soda Uso de EPI, EPC,
nervoso central, cáustica, baterias, vigilância do
dificuldade em andar, lâmpadas, profissionais da trabalhador,
escrever e falar. odontologia (amálgama). exames médicos.
Óleos e graxas Elaioconiose Inflamações na pele, Mecânicos, metalúrgicos. Uso de EPI, EPC,
pode levar ao câncer vigilância do
de pele. trabalhador,
exames médicos.
Carvão Pulmão negro Alterações Mineradores. Uso de EPI, EPC,
respiratórias. vigilância do
trabalhador,
exames médicos.
Chumbo Saturnismo Alterações no Fabricação de baterias. Uso de EPI, EPC,
sistema nervoso vigilância do
central, fadiga, trabalhador,
redução da libido, exames médicos.
perda auditiva.
Ferro Siderose Alterações Soldadores, fabricação do Uso de EPI, EPC,
respiratórias tardias. aço. vigilância do
trabalhador,
exames médicos.
Estanho Estanhose Dispneia de esforço. Ensacamento de estanho. Uso de EPI, EPC,
vigilância do
trabalhador,
exames médicos.
Berílio Berilose Cianose, taquicardia, Trabalhadores da indústria Uso de EPI, EPC,
taquipnéia, lesões de aeroespacial e de energia vigilância do
pele. nuclear. trabalhador,
exames médicos.
Fibras do algodão Bissinose Irritação das vias Expostos a poeiras Uso de EPI, EPC,
aéreas, dispneia. orgânicas dealgodão. vigilância do
trabalhador,
exames médicos.
Benzeno Benzenismo Sonolência, tontura, Indústria do petróleo. Uso de EPI, EPC,
dores de cabeça, vigilância do
convulsões e trabalhador,
tremores, podendo exames médicos.
levar ao câncer.
Cromo, mercúrio, Dermatose Eritema, fissura, Expostos ao cimento, Uso de EPI, EPC,
cosméticos, drogas, ocupacional sangramento, borracha, látex, óleos. vigilância do
corantes necrose, ulceração, trabalhador,
infecção. exames médicos.
T3 5.2.3 Principais doenças ocupacionais adquiridas por agentes biológicos
Relembrando ...
BIOLÓGICOS: vírus, bactérias,
fungos, parasitas, entre outros.

Os agentes biológicos são microrganismos, englobando as bactérias,


vírus, fungos e protozoários.Segundo a NR 32 que trata da segurança e saúde
no trabalho em serviços de saúde, no anexo I, os agentes biológicos são
classificados em:

Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador


e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar
doença ao ser humano.
Classe de risco 2: risco individual moderado para o
trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação
para a coletividade. Podem causar doenças ao ser
humano, para as quais existem meios eficazes de
profilaxia ou tratamento.
Classe de risco 3: risco individual elevado para o
trabalhador e com probabilidade de disseminação para a
coletividade. Podem causar doenças e infecções graves
ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios
eficazes de profilaxia ou tratamento.
Classe de risco 4: risco individual elevado para o
trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação
para a coletividade. Apresenta grande poder de
transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar
doenças graves ao ser humano, para as quais não
existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

As transmissões dos agentes biológicos no corpo humano


acontecematravés da inalação, ingestão e penetração na pele e mucosas.As
exposições ocorrem através da exposição a fluidos orgânicos potencialmente
contaminados como sangue; liquido amniótico;sêmen; fezes; urina;
saliva;através de exposições percutâneas (lesa a pele), em mucosas (olho,
nariz e boca), cutâneas (pele não integra) e mordeduras ou picadas.
São vários os microrganismos responsáveis pela contaminação dos
profissionais de saúde, da coleta de lixo, de abatedouros, de
autopsia,bombeiros, carteiros, agricultores, dentre outros. Estes acidentes
podem ocorrer através de materiais perfurocortantes, mordidas e picadas de
animais, nos ambientes de trabalho.Em casos de acidente com exposição a
material biológico potencialmente contaminado, estes profissionais
expostossão consideradoscom um sério risco ocupacional de adquirir doenças,
dentre elas o HIV (vírus da imunodeficiência humana), hepatite B e C,
tuberculose, a raiva humana através de mordidas de animais contaminados,
doença de chagas, dentre outras patologias.
Em casos de exposição a material biológico, o trabalhador deve lavar a
área atingida com água ou solução fisiológica esabão, verificar material
biológico envolvido, conhecimento da fonte de contaminação (paciente, animal,
etc), encaminhar o trabalhador há um serviço de referencia para realizar a
conduta necessária, como exames sorológicos, quimioprofilaxia e orientações
de biossegurança para o trabalhador.
Casos de agricultores e profissionais da pecuária expostos
àcontaminação através deanimais peçonhentos são comuns, acidentes ofídicos
(cobras), araneísmo (aranha), escorpionismo (escorpião), este podem ser
graves levando o trabalhador a óbito, dores, vômitos, febre, diarreia são os
sinais e sintomas. Além do uso de equipamentos de proteção individual e a
prevenção coletiva,o trabalhador acidentado pode receber maiores informações
através de centros de toxicologia, espalhados por todo país.
Normas de biossegurança são eficazes para prevenção da exposição a
materiais biológicos:a imunização, uso de luvas, protetor ocular e facial, gorro,
sapado fechado, jaleco, máscara, equipamentos com dispositivos de
segurança, sensibilização sobre os riscos biológicos para os trabalhadores,
disposição adequada dos resíduos da saúde (Fig. 5), vigilância nos locais de
trabalho, são estratégias que devem ser utilizadas.
Fig. 5 Disposição dos resíduos na saúde: lixo comum, infectante e para
materiais perfurocortantes.

Está previsto na NR 32 no anexo III a elaboração de um plano de


prevenção de riscos de acidentes com materiais perfurocortantes, para os
serviços da saúde. Em seu anexo II esta mesma norma,apresenta uma tabela
de agentes biológicos, classificados nas classes de risco 2, 3 e 4.

T3 5.2.4 Principais doenças ocupacionais adquiridas por agentes


ergonômicos

Relembrando ...
ERGONÔMICO:procedem da organização e gestão
do trabalho, como: da utilização de equipamentos,
máquinas e mobiliário inadequados, levando a
posturas e posições incorretas; locais adaptados
com más condições de iluminação, entre outros.

o LER/DORT (Lesão por esforço repetitivo/Doença osteomuscular


relacionada ao trabalho)

A LER/DORT é considerada uma das patologias ocupacionais mais


recorrentes em postos de trabalho, definidas por doenças que acometem
tendões; músculos; ossos; nervos; ligamentos,atingindo membros superiores e
inferiores, além as região escapular e pescoço.
Geralmente ocorre demanda exagerada das estruturas anatômicas do
corpo e a falta de tempo para recuperação, sobrecarregando assim ossos e
músculos.
As LER/DORT podem ser classificadas por grau I, II, III, IV e V, de
acordo com Mélennec (1997), os sinais e sintomas de acordo com os
transtornos funcionais grau I corresponde: sensação de peso e desconforto;
grau II dor mais intensa, sensação de formigamento, adormecimento; grau
IIIcom dor mais persistente, edema, diminuição da força muscular; grau IV as
dores fortes e contínuas, rigidez,perturbação funcional, edema, atrofia,
depressão e grau V amputações, múltiplas limitações articulares, sinais
inflamatórios e perda de força.
O Diagnóstico é realizado através de anamnese ocupacional,
radiografia, ultrassonografia, eletromiografia além de outros exames para
complemento de diagnóstico. As LER/DORT podem ser: bursite; epicondilites;
dedo em gatilho; síndromes; tendinite e tenossinovite (tabela 4). Geralmente os
tratamentos podem sermedicamentoso, fisioterápico, cirúrgico, psicoterápico e
terapias alternativas (relaxamento, reeducação postural, etc).
Medidas preventivas como a adoção de pausas no trabalho, controle do
ritmo, da postura e ginástica laboral (Fig. 6), são alternativas eficazes.

Tabela 4 Relação exemplificativa entre o trabalho e algumas entidades


nosológicas
LESÕES CAUSAS OCUPACIONAIS EXEMPLOS ALGUNS DIAGNÓSTICOS
DIFERENCIAIS
Bursite do cotovelo (olecraniana) Compressão do cotovelo Apoiar o cotovelo em Gota, contusão e artrite
contra superfícies duras mesas reumatoide
Contratura de fáscia palmar Compressão palmar Operar compressores Heredo – familiar
associada àvibração pneumáticos (Contratura de Dupuytren)
Dedo em Gatilho Compressão palmar Apertar alicates e Diabetes, artrite reumatóide,
associada àrealização de tesouras mixedema, amiloidose.
força
Epicondilites do Cotovelo Movimentos com esforços Apertar parafusos, Doenças reumáticas e
estáticos e preensão desencapar fios, metabólicas, hanseníase,
prolongada de objetos, tricotar, operar neuropatias periféricas, contusão
principalmente com o motosserra traumas.
punho estabilizado em
flexão dorsal e nas prono-
supinações com utilização
de força.
Síndrome do Canal Cubital Flexão extrema do cotovelo Apoiar cotovelo ou Epicondilite medial, seqüela de
com ombro abduzido. antebraço em mesa fratura, bursite olecraniana forma
Vibrações. T de Hanseníase
Síndrome do Canal de Guyon Compressão da borda ulnar Carimbar Cistos sinoviais, tumores do nervo
do punho. ulnar, tromboses da artéria ulnar,
trauma , artrite reumatóide e etc
Síndrome do Desfiladeiro Torácico Compressão sobre o ombro, Fazer trabalho manual Cervicobraquialgia, síndrome da
flexão lateral do pescoço, sobre veículos, trocar costela cervical, síndrome da
elevação do braço. lâmpadas, pintar primeira costela, metabólicas,
paredes, lavar vidraças, Artrite Reumatóide e Rotura do
apoiar telefones entre Supra-espinhoso
o ombro e a cabeça
Síndrome do Interósseo Anterior Compressão da metade Carregar objetos
distal do antebraço. pesados apoiados no
antebraço
Síndrome do Pronador Redondo Esforço manual do Carregar pesos, praticar Síndrome do túnel do carpo
antebraço em pronação. musculação, apertar
parafusos.
Síndrome do Túnel do Carpo Movimentos repetitivos de Digitar, fazer montagens Menopausa, trauma,
flexão, mas também industriais, empacotar tendinite da gravidez
extensão com o punho, (particularmente se bilateral),
principalmente se lipomas, artrite reumatóide,
acompanhados por diabetes, amiloidose, obesidade
realização de força. neurofibromas, insuficiência renal,
lupus eritematoso,
condrocalcinose do punho
Tendinite da Porção Longa do Bíceps Manutenção do antebraço Carregar pesos Artropatia metabólica e
supinado e fletido sobre o endócrina, artrites, osteofitose da
braço ou do membro goteira bicipital, artrose
superior em abdução. acromioclavicular e radiculopatias
C5-C6
Tendinite do Elevação com abdução dos Carregar pesos sobre o Bursite, traumatismo, artropatias
Supra – Espinhoso ombros associada a ombro, diversas, doenças metabólicas
elevação de força.
Tenossinovite de DeQuervain Estabilização do polegar Apertar botão com o Doenças reumáticas, tendinite da
em pinça seguida de polegar gravidez (particularmente bilateral),
rotação ou desvio ulnar do estiloidite do rádio
carpo, principalmente se
acompanhado deforça.
Tenossinovite dos extensores dos Fixação antigravitacional do Digitar, Artrite Reumatóide , Gonocócica,
dedos punho. operar mouse Osteoartrose e Distrofia
Movimentos repetitivos de Simpático–Reflexa (síndrome
flexão e extensão dos Ombro - Mão)
dedos.
Obs.1 : considerar a relevância quantitativa das causas na avaliação de cada caso.
A presença de um ou mais dos fatores listados na coluna “Outras Causas e Diagnóstico Diferencial” não impede, a priori, o estabelecimento
do nexo.
Obs. 2 : vide Decreto nº 3048/99, Anexo II, Grupo XIII da CID –10 – “ Doenças do Sistema Osteomuscular e do Tecido Conjuntivo,
Relacionadas com o Trabalho”

Fonte: Brasil, 2003.

Outras patologias ocupacionais podem ser adquiridas devido a


exposição a agentes ergonômicos, como: má adaptação do trabalho em turnos,
síndrome de burnout e alterações vocais.

Fig. 6 Ginástica laboral

- Atividades

1. A silicose é a principal pneumoconiose no Brasil, atingindo trabalhadores


inseridos em diversos ramos produtivos. Cite as características desta
doença.
2. Em relação à notificação compulsória em saúde do trabalhador do
SINAN, cite os agravos notificáveis.
3. De acordo com as definições estudadas, defina prevenção e promoção a
saúde do trabalhador, descrevendo suas características.
4. Quais as medidas utilizadas pós-acidentes de trabalho com exposição a
material biológico?
5. Quais as características da perda auditiva induzida por ruído?
Referencias

BRASIL. Ministério da Saúde.Instrução normativa nº 98 INSS/DC. Norma


técnica sobre lesões por esforços repetitivos – LER ou distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho – DORT. 05 de dezembro de
2003 DOU de 10/12/2003. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

_____. Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011. Dispõe sobre a NR 7 -


Programa de controle médico de saúde ocupacional. Diário Oficial da União.
13/06/2011.

_____. Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011. Dispõe sobre a NR 15 -


Atividades e operações insalubres. Diário Oficial da União. 01/02/2011.

_____. Portaria GM n.º 1.748, de 30 de agosto de 2011. Dispõe sobre aNR 32 -


Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. Diário Oficial da União.
31/09/2011.

_____. Portaria nº 1339/GM Em 18 de novembro de 1999. Dispõe sobre


Instituir a Lista de Doenças relacionadas ao Trabalho.

_____. Portaria nº. 777/GM/MS, de 28 de abril de 2004. Dispõe sobre os


procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à Saúde do
Trabalhador em rede de serviços sentinelas específica, Sistema Único de
Saúde – SUS. 2004.

_____. LEI Nº 8.213 - de 24 de julho de 1991 - Dispõe sobre Planos de


Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.Diário Oficial da
União. 14/08/1991.

MÉLENNEC, L. (Org.). Baremo internacional de invalideces:valoración de


lasdiscapacidades y deldaño corporal. [S. l.]: Masson, 1997.
MENDES, R. DIAS, E. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador.
Revista de Saúde Pública.São Paulo, 25:341-9, 1991.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Ambientes de trabalho saudáveis:


um modelo para ação: para empregadores, trabalhadores, formuladores de
política e profissionais. Tradução do Serviço Social da Indústria, Brasília:
SESI/DN, 2010.

RAMAZZINI, Bernardino. As doenças dos trabalhadores. Tradução de


Raimundo Estrêla.3. ed. São Paulo: Fundacentro, 2000 [1700].

SCHILLING, R. S. F. More effective prevention in occupational health


practice.Journal of the Society of Occupational Medicine, n.39, p. 71-79,
1984.

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