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Os acidentes do trabalho podem ser reunidos em cinco grandes grupos de riscos, os físicos,
químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Para fins de PPRA, a legislação considera
como riscos ambientais e que devem ser monitorados e registrados no programa os três
primeiros.
EMPREGADOR EMPREGADOS
Estabelecer o programa Participar da implantação do programa
Implantar o programa Seguir as orientações referidas no programa
Garantir o cumprimento do programa Informar ao superior qualquer situação de risco
Deixar o documento disponível para fiscalização
Assegurar direito de participação dos
trabalhadores
Os riscos identificados deverão ser controlados, através de medidas que garantam em primeiro
lugar sua eliminação, quando não possível por medidas que garantam sua minimização ou
controle. Sendo essas medidas monitoradas através de uma avaliação sistemática para
identificação da eficácia.
O programa conta com uma estrutura onde deverá ser registrado um planejamento anual,
incluindo as metas e prioridades, a estratégia de amostragem e controle dos riscos
identificados, os métodos que serão utilizados para controle, bem como as formas que serão
aplicadas para registro, manutenção e divulgação dos dados, além da periodicidade e forma de
avaliação do programa. As etapas previstas no PPRA são:
• Antecipação e reconhecimento dos riscos;
• Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
• Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
• Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
• Monitoramento da exposição aos riscos;
• Registro e divulgação dos dados.
O programa deverá ser analisado globalmente pelo menos uma vez ao ano, essa análise pode
ser realizada através da elaboração de um cronograma incluindo os prazos para
desenvolvimento e cumprimento das ações estabelecidas. Na tabela a seguir, é possível
observar um modelo de cronograma para PPRA com exemplos de ações a serem
desenvolvidas mediante os riscos identificados.
CRONOGRAMA DE AÇÕES
INDETIFICAÇÃO SITUAÇÃO MEDIDAS ROPOSTAS PRAZO
O PPRA tem relação com as demais NRs, devendo este ter suas ações articuladas ao
atendimento dos diversos programas existentes na empresa. A relação mais estreita esta com
a NR 7, que trata do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, estando
o PPRA focado em levantar e eliminar os riscos ambientais existentes e o segundo em
determinar um plano de saúde ocupacional para os trabalhadores, incluindo os exames
necessários para monitoramento da saúde face aos riscos identificados no PPRA.
PROCEDIMENTOS DE ORDEM
ADMINISTRATIVA
PROCEDIMENTOS DE
ORGANIZAÇÃO
É possível dizer que o PCMAT é um programa mais detalhado que o PPRA, para fins de
construção civil, por trazer em seu desenvolvimento as particularidades e obrigatoriedades das
proteções coletivas que devem estar presentes nas diversas fases da obra. Como exemplo
pode-se citar, os projetos de andaimes, linhas de vida, etc. Mas, contemplando ainda as
exigências contidas no PPRA.
PCMAT PPRA
O PCMAT deve ainda estar em sintonia com o PCMSO. No PCMAT são determinados os
riscos existentes e as providências para eliminação, minimização ou controle destes. E o
PCMSO acompanha os funcionários através de exames previstos para auxiliar na verificação
da eficácia das medidas de neutralização dos riscos identificados.
O PPRA prevê que prioritariamente a empresa deve adotar medidas de proteção coletiva, com
foco na neutralização dos riscos existentes, no entanto, quando estas medidas não forem
suficientes, ações de proteção individual devem ser adotadas. Neste contexto, entra o PPR,
com práticas que visem adotar ações para utilização eficaz do EPR. O PPR ainda tem ligação
com o PCMSO, uma vez que exames médicos específicos podem ser solicitados para o
funcionário utilizador do EPR, por recomendação médica.
EMPREGADOR EMPREGADOS
Fornecer respirador apropriado. Utilizar o EPR de acordo com orientações
Estabelecer e manter um programa para uso do recebidas.
EPR. Zelar pelo seu EPR.
Permitir saída do trabalhador da área de risco Sair da área de risco em caso de não
em casos de problemas com o respirador. conformidade com o EPR.
Comunicar alterações em seu estado de saúde.
Apesar da obrigatoriedade o EPR, este só poderá ser utilizado após aprovação do MTE através
do Certificado de Aprovação – C.A, pois se trata de um Equipamento de Proteção Individual –
EPI. Além do certificado de aprovação, é necessário observar outras questões administrativas,
tais como:
a) Administração do programa;
b) Existência de procedimentos operacionais escritos;
c) Exame médico do candidato ao uso de respiradores;
d) Seleção de respiradores;
e) Treinamento;
f) Uso de barba;
g) Ensaios de vedação;
h) Manutenção, higienização e guarda de respiradores;
i) Utilização de respiradores de fuga, emergência e resgate;
j) Avaliação periódica do programa.
O foco do PCMSO é a realização de exames médicos, que devem ser previstos na concepção
do programa. Estes exames são divididos em admissional, periódico, exame de retorno ao
trabalho, mudança de função e demissional, descrito no quadro abaixo:
Estes exames devem contemplar avaliação clínica, anamnese ocupacional, exames físico e
mental, além de exames complementares de acordo com riscos específicos.
Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO),
em 2 (duas) vias: a primeira via ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, à
disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue
ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.
Os dados obtidos nos exames médicos, deverão ser registrados em prontuário clínico
individual e mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do
trabalhador.
Algumas situações devem ser observadas após realização dos exames, como por exemplo a
constatação de exposição excessiva ao risco. Em situações como este deverá se proceder o
afastamento do trabalhador do local de exposição e acompanhamento do indicador biológico
de exposição. O trabalhador só deve retornar ao local de trabalho após aplicação das medidas
de controle de risco no ambiente.
O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos
exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de
resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, devendo
também ser apresentado e discutido na CIPA. As empresas desobrigadas de indicarem médico
coordenador, ficam dispensadas de elaborar o relatório anual.
O programa de conservação auditiva (PCA) tem por objetivo prevenir as perdas auditivas
ocupacionais, protegendo assim, a saúde do trabalhador. Medidas preventivas e corretivas
devem ser implantadas, evitando os problemas de comunicação, localização da fonte sonora,
sinais sonoros de alerta, entre outros. O PCA deve ser um processo sempre contínuo e
dinâmico.
V. Educação e Motivação
Desenvolvimento de atividades que propiciem informação, treinamento e motivação, para os
trabalhadores expostos e profissionais das áreas de saúde, segurança e administração da
instituição. Podendo ser utilizados recursos didáticos, como: faixas, cartazes, panfletos,
palestra, dentre outros.
O sucesso do PCA está atrelado à educação para saúde auditiva, trabalhadores e empregados
devem se conscientizar das consequências dos agentes nocivos a audição nos locais de
trabalho, com as respectivas medidas preventivas e minimizadoras do processo de
adoecimento auditivo.
Baseado no modelo do PDCA, outras etapas do programa podem ser inseridas, a justificativa,
objetivos, população alvo, metodologia, recursos materiais, financeiros e humanos, metas e
indicadores, assim como, a auditoria do programa.
Alguns programas podem ser desenvolvidos nas empresas, como: ginástica laboral,
imunização, controle do tabagismo, alimentação saudável/nutrição, controle de Hipertensão e
Diabetes, redução do estresse/suporte aos trabalhadores, controle de doenças sexualmente
transmissíveis/vida sexual, redução e danos: alcoolismo, uso de drogas, entre outros.
www.saude.gov.br
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