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PÓS-GRADUAÇÃO EM HIGIENE OCUPACIONAL E PERÍCIAS

IEC PUC MINAS

Disciplina:

INTRODUÇÃO À HIGIENE

OCUPACIONAL E PERÍCIAS
Professor: Marco Antônio
profmarcopuc@hotmail.com
31 98630-6879
Ementa:

Histórico e conceitos da Higiene Ocupacional; Classificação dos riscos ambientais:


físicos, químicos e biológicos; Exposição: aspectos e caracterização, exposto de
maior risco; Agentes Insalubres: nomenclaturas, definições, características, limites
de exposição/ limites de tolerância (LT, TLV's, STEL, Valor Máximo, Valor Teto, Nível
de Ação), grupos de exposição homogêneo, grupos de exposição Similar - origem e
formas de definição; Avaliações ambientais: qualitativas e quantitativas; Medidas
de controle coletiva e individual; As principais entidades que estudam a higiene
ocupacional no Brasil e no mundo (Fundação Mafre, NIOSH, OSHA, ACGIH,
2
Fundacentro, etc);
Ementa:
Legislações pertinentes: Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho NR
15 e Normas de Higiene Ocupacional- NHO; A Organização Mundial do Trabalho
(OIT). Convenções e recomendações. Princípios gerais do direito: Trabalho,
previdenciário, civil, justiça estadual; Estrutura organizacional, competências; As
jurisprudências; A prova emprestada; atribuições e competências de peritos
judiciais e assistentes, Certificação digital; Tipos de processo: Físico, processo
judicial eletrônico – Pje; Consulta a processos; Responsabilização civil e criminal
dos Peritos; A sucumbência e os honorários periciais; Impedimento e suspeição do
perito oficial. 3
A DEFINIÇÃO DA ACGIH
Definições de higiene ocupacional podem ser apresentadas de
diferentes maneiras: “A ciência e arte do conhecimento, avaliação e
controle de fatores ambientais originados do, ou no, local de
trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem
estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores
ou entre os cidadãos da comunidade”.
ENGENHARIA E MEDICINA DO TRABALHO
DEFINIÇÃO DA OSHA - OCCUPATIONAL SAFETY AND
HEALTH ADMINISTRATION
A higiene industrial é a ciência de antecipar, reconhecer, avaliar e
controlar as condições do local de trabalho que podem causar
ferimentos ou doenças nos trabalhadores.

Os higienistas industriais usam métodos analíticos e de


monitoramento ambiental para detectar a extensão da exposição
do trabalhador e empregam controles de engenharia, práticas de
trabalho e outros métodos para controlar possíveis riscos à saúde.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HIGIENE
OCUPACIONAL
• O meio ambiente e sua relação com a saúde do trabalhador foram
reconhecidos NO SÉCULO IV AC, quando Hipócrates observou a toxicidade
do chumbo na indústria de mineração;

• No primeiro século dC, Plínio, o Velho, um estudioso romano, percebeu os


riscos à saúde daqueles que trabalham com zinco e enxofre. Ele criou uma
máscara facial feita de uma bexiga animal para proteger os trabalhadores da
exposição ao pó e aos vapores de chumbo;
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HIGIENE
OCUPACIONAL
• No século II dC, o médico grego Galen descreveu com precisão a
patologia do envenenamento por chumbo e também reconheceu as
exposições perigosas dos mineiros de cobre às névoas ácidas;
• Na Idade Média, as guildas trabalhavam para ajudar os trabalhadores
doentes e suas famílias. Em 1556, o estudioso alemão Agricola avançou
ainda mais a ciência da higiene industrial quando, em seu livro De Re
Metallica , descreveu as doenças dos mineiros e prescreveu medidas
preventivas. O livro incluía sugestões para ventilação de minas e proteção
dos trabalhadores, discutia acidentes de mineração e descrevia doenças
associadas a ocupações de mineração, como silicose.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HIGIENE
OCUPACIONAL
• A higiene industrial ganhou maior respeitabilidade em 1700, quando Bernardo

Ramazzini, conhecido como o "pai da medicina industrial", publicou na Itália o primeiro

livro abrangente sobre medicina industrial, De Morbis Artificum Diatriba (As Doenças dos

Trabalhadores). O livro continha DESCRIÇÕES PRECISAS DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS

DA MAIORIA DOS TRABALHADores de seu tempo. Ramazzini afetou bastante o futuro da

higiene industrial, porque afirmou que AS DOENÇAS OCUPACIONAIS DEVERIAM SER

ESTUDADAS NO AMBIENTE DE TRABALHO, e NÃO NAS ENFERMARIAS DOS HOSPITAIS;


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HIGIENE
OCUPACIONAL
• LEI DAS CHAMINES,1788 – Primeiras leis;

• Na mesma época, as agências federais e estaduais dos EUA começaram a investigar as condições
de saúde na indústria. Em 1908, a conscientização do público sobre doenças ocupacionais
estimulou a aprovação de ATOS DE COMPENSAÇÃO para determinados funcionários públicos. Os
Estados aprovaram as primeiras leis de compensação dos trabalhadores em 1911. E em 1913, o
Departamento do Trabalho de Nova York e o Departamento de Saúde de Ohio estabeleceram os
primeiros programas estaduais de higiene industrial. Todos os estados promulgaram essa
legislação em 1948. Na maioria dos estados, existe alguma cobertura de compensação para os
trabalhadores que contraem doenças profissionais.
OBJETIVO DA HIGIENE OCUPACIONAL
A higiene ocupacional tem como objetivo reduzir a exposição de
todos os trabalhadores, a TODOS OS AGENTES ambientais, A VALORES
TÃO BAIXOS QUANTO RAZOAVELMENTE EXEQUÍVEL DENTRO DE
CRITÉRIOS DEFINIDOS DE TOLERABILIDADE.
RISCOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS:
• Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que
possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído,
vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-
som;

• Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos,


parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
RISCOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS:
• Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória,
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores,
ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato
ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão;
GRUPO SIMILAR DE EXPOSIÇÃO (GSE) OU GRUPO
HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO (GHE)
Grupo de trabalhadores que experimentam situações de exposição semelhantes, de forma que o
resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador desse grupo seja
REPRESENTATIVO DA EXPOSIÇÃO DOS DEMAIS TRABALHADORES.

Isso, no entanto, não significa que o resultado de concentração obtido no trabalhador escolhido
ao acaso seria o mesmo obtido nos demais trabalhadores do grupo, pois existe uma variabilidade
das concentrações dentro do próprio grupo em uma mesma jornada de trabalho e em jornadas
diferentes.
ACIDENTE DE TRABALHO – DOENÇA OCUPACIONAL

A Lei no 8.213 de 24 de julho de 1991, em seu Art. 20, diz que: consideram-se
acidente do trabalho, as seguintes entidades mórbidas:

I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício


do trabalho peculiar a determinada atividade e CONSTANTE DA RESPECTIVA
RELAÇÃO ELABORADA PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.
MEDIDAS DE CONTROLES
MEDIDAS COM O OBJETIVO DE INVESTIGAR A PRESENÇA DE AGENTES PODEM SER
EXTREMAMENTE ÚTEIS PARA O PLANEJAMENTO DE MEDIDAS DE CONTROLE E PRÁTICAS
DE TRABALHO:
· Identificação e caracterização da fonte

· Detecção de pontos críticos em sistemas fechados (por exemplo, vazamentos)

· Determinação de caminhos de propagação no ambiente de trabalho

· Comparação de diferentes intervenções de controle

· Verificação de que o ar contaminado não provém de uma área adjacente.


ENTIDADES E ASSOCIAÇOES DA ÁREA
São vários os órgãos e entidades ligados as questões de higiene
ocupacional NO BRASIL e no mundo.

Dentre as principais podemos destacar no BRASIL: Fundacentro,


ABHO.
ASSOCIAÇÕES PELO MUNDO
• Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH)

• Associação Americana de Higiene Industrial (AIHA)

• Associação de Higienistas da Argentina (Associação de Higienistas da República Argentina, AHRA)

• Instituto Australiano de Higienistas Ocupacionais (AIOH)

• Sociedade Belga de Higiene Ocupacional (BSOH)

• Sociedade Britânica de Higiene Ocupacional (BOHS)

• Conselho Canadense de Higiene Ocupacional CRBOH (Conselho Canadense de Agregação de


Hygiénistes du Travail, CCAHT)
OIT – ORGANIÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
• Fundada em 1919 para promover a justiça social, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a única
agência das Nações Unidas que tem estrutura
tripartite, na qual representantes de governos, de
organizações de empregadores e de trabalhadores de
187 Estados-membros participam em situação de
igualdade das diversas instâncias da Organização;
OIT – ORGANIÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
• Uma das funções fundamentais da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) é a elaboração, adoção,
aplicação e promoção das Normas Internacionais do
Trabalho, sob a forma de convenções, protocolos,
recomendações, resoluções e declarações. Todos estes
instrumentos são discutidos e adotados pela Conferência
Internacional do Trabalho (CIT), órgão máximo de decisão
da OIT, que se reúne uma vez por ano.
• O BRASIL É SIGNÁRIO DE VÁRIAS CONVENÇÕES;
OIT – ORGANIÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
• Na primeira Conferência Internacional do Trabalho, realizada em
1919, a OIT adotou seis convenções. A primeira delas respondia a
uma das principais reivindicações do movimento sindical e
operário do final do século XIX e começo do século XX: a
limitação da jornada de trabalho a 8 horas diárias e 48 horas
semanais. As outras convenções adotadas nessa ocasião referem-
se à proteção à maternidade, à luta contra o desemprego, à
definição da idade mínima de 14 anos para o trabalho na
indústria e à proibição do trabalho noturno de mulheres e
menores de 18 anos;
OIT – ORGANIÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

• O Brasil é um dos membros que mais ratificaram


normas criadas pela OIT. Das 188 convenções
aprovadas, 80 foram ratificadas pelo país.
NR-15: INTRODUÇÃO
NR-15: INTRODUÇÃO
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que
se desenvolvem:
15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos nos 1, 2, 3, 5, 11 e 12;

15.1.2 Revogado pela Portaria n° 3.751, de 23-11-1990 (DOU 26-11-90)

15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos nos 6, 13 e 14;

15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho,

constantes dos Anexos nos 7, 8, 9 e 10.


NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
Continuação...

15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade

máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará

dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item

anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da

região, equivalente a: SÚMULA 228


LIMITES DE EXPOSIÇÃO - ACGIH

• Limite de Exposição Tipo TWA (time weighted average)/ACGIH


— (média ponderada pelo tempo);

• Limite de Exposição Tipo Valor Teto (LE — TETO);

• Limite de Exposição tipo STEL


NÍVEL DE AÇÃO
A exposição além dos limites requer ações corretivas imediatas,
aprimorando as medidas de controle existentes ou implementando novas.
De fato, intervenções preventivas devem ser feitas no “nível de ação”, QUE
VARIA DE ACORDO COM O PAÍS (POR EXEMPLO, METADE OU UM QUINTO
DO LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL). UM BAIXO NÍVEL DE AÇÃO É A
MELHOR GARANTIA PARA EVITAR PROBLEMAS FUTUROS.
NÍVEL DE AÇÃO
De acordo com a NR 9, “[...] considera-se nível de ação (NA), o valor acima
do qual DEVEM SER INICIADAS AÇÕES PREVENTIVAS de forma a minimizar
a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem
os limites de exposição […]”. Para os agentes químicos, o nível de ação é
definido na NR 9 como sendo o valor correspondente à metade do limite
de exposição ocupacional.
NR-09 - AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS :

NÍVEL DE AÇÃO (02/08/2021) - Continuação


NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Continuação...
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
SÚMULA TST n° 228
• Em abril de 2008, o STF editou a Súmula Vinculante
(SV) 4, segundo a qual o salário mínimo não pode ser
usado como indexador de base de cálculo de
VANTAGEM de servidor público ou de
empregado nem ser substituído por decisão judicial.
SÚMULA TST n° 228 (Continuação)
• Em julho do mesmo ano, o TST alterou a redação da sua Súmula 228 para definir
que, a partir da edição da SV 4 do STF, o adicional de insalubridade seria
calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em
instrumento coletivo;

• O STF cassou em 2018 a Súmula 228 do TST “apenas e tão somente na parte
em que estipulou o salário básico do trabalhador como base de cálculo do
adicional de insalubridade devido”.
SÚMULA TST n° 228 - Continuação
Na decisão, o ministro Lewandowski explicou que, no julgamento
que deu origem à SV 4, o STF entendeu que, ATÉ QUE SEJA
SUPERADA A INCONSTITUCIONALIDADE do artigo 192 da CLT por
meio de lei ou de convenção coletiva, a parcela deve continuar a
ser calculada com base no salário mínimo
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES
INSALUBRES

15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:

a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o


ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

b) com a utilização de equipamento de proteção individual.


NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e


saúde do trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de
engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente
habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade
quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará


caracterizada através de avaliação pericial por órgão competente, que
comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias


profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho,
através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimento ou
setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou
determinar atividade insalubre.
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde


que comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho
indicará o adicional devido.

15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.


NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
15.7. O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do
MTb nem a realização ex officio da perícia, quando solicitado pela
Justiça, nas localidades onde não houver perito.
ANEXO Nº1 – RUIDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

Fonte: NR 15
Fonte: NR 15
NHO 01-Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído
As principais modificações e avanços técnicos em relação às Normas anteriores são:
• substitui as três Normas anteriormente existentes e trata tanto da avaliação da exposição
ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente, quanto da avaliação da exposição
ocupacional ao ruído de impacto;

• introduz o conceito de nível de exposição como um dos critérios para a quantificação e


caracterização da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente e o conceito de
nível de exposição normalizado para interpretação dos resultados;
• adota o valor "3" como incremento de duplicação de dose (q = 3);
• considera a possibilidade de utilização de medidores integradores e de MEDIDORES DE
LEITURAS INSTANTÂNEAS.
ANEXO 3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO
CALOR – FONTE ARTIFICIAL DE CALOR
A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com
base na metodologia e procedimentos descritos na Norma
de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição - 2017) da
FUNDACENTRO nos seguintes aspectos:
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice
IBUTG - Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo;
ANEXO 3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO
CALOR
b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento e
procedimentos de uso dos mesmos nos locais avaliados;

c) procedimentos quanto à conduta do avaliador;

e d) medições e cálculos.
NHO 06: Avaliação da exposição ocupacional ao calor

Esta segunda edição, revisada e ampliada, cancela e substitui a edição anterior,


trazendo modificações e avanços técnicos, sendo os principais:
• adoção do watt (W) como unidade para taxa metabólica, com a adequação dos
limites de exposição para trabalhadores aclimatizados;
• atualização da tabela para determinação de taxas metabólicas;
• estabelecimento de limites de exposição para trabalhadores não aclimatizados;
• estabelecimento de NÍVEIS DE AÇÃO para trabalhadores aclimatizados;
• estabelecimento de limite de exposição VALOR TETO.
NHO 06: Avaliação da exposição ocupacional ao calor
Esta segunda edição, revisada e ampliada, cancela e substitui a edição anterior,
trazendo modificações e avanços técnicos, sendo os principais:

• estabelecimento de correções no índice de bulbo úmido termômetro de globo


(IBUTG) médio em função do tipo de vestimenta utilizada;
• introdução de considerações sobre avaliações a céu aberto.
• estabelecimento de região de incerteza sobre as condições de exposição para
trabalhadores aclimatizados;
NHO 06: Avaliação da exposição ocupacional ao calor
• introdução de um critério de julgamento e tomada de decisão em função das
condições de exposição encontradas;
• introdução de considerações gerais sobre medidas preventivas e corretivas.
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

FONTE: ARQUIVO PESSOAL


NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

FONTE: ARQUIVO PESSOAL


NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

ANEXO N° 5 – RADIAÇÕES IONIZANTES


(Atualizado pela Portaria MTb n.º 1.084, de 18 de dezembro de 2018)

Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam ser expostos a radiações ionizantes, os limites de tolerância, os
princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos
indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma CNEN-NN-3.01: "Diretrizes Básicas de Proteção
Radiológica", de março de 2014, aprovada pela Resolução CNEN n.º 164/2014, ou daquela que venha a substituí-la.
NHO 05: Avaliação da exposição ocupacional aos raios X nos
Serviços de radiologia
Estabelece os procedimentos para realização de
levantamento radiométrico das salas de equipamentos de
emissores de raio x diagnóstico e para medição da
radiação de fuga dos cabeçotes destes equipamentos.
Radiações ionizantes: perigosas?
E se os valores encontrados em uma avaliação estiverem ABAIXO DOS LIMITES
ESTABELECIDOS PELO CNEN;

Importante ressaltar que, o artigo 191 da CLT estabelece que a adoção de medidas que
conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância e/ou a utilização de
equipamentos de proteção individual que diminuam a intensidade do agente agressivo, são
requisitos essenciais APENAS para a eliminação ou a neutralização da insalubridade;
Radiações ionizantes: Continuação
Ocorre que, as Portarias - 3.393/1987 e 518/2003 – NÃO DEIXAM DÚVIDAS:

QUALQUER EXPOSIÇÃO DO TRABALHADOR A RADIAÇÕES IONIZANTES OU


SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS É POTENCIALMENTE PREJUDICIAL À SUA
SAÚDE;

Repedindo, QUALQUER EXPOSIÇÃO!!!;

O PRESENTE ESTADO DA TECNOLOGIA NUCLEAR NÃO PERMITE EVITAR OU


ELIMINAR O RISCO EM POTENCIAL ORIUNDO DESTAS EXPOSIÇÕES.
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO N° 6 – TRABALHO SOB CONDIÇÕES
HIPERBÁRICAS

Fonte: Google Fonte: Google


NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO N° 7 – RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES

1. Para os efeitos deste anexo, são radiações não-ionizantes as micro-ondas,


ultravioletas e laser.

2. As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não-


ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO N° 7 – RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES

3. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra


(ultravioleta na faixa - 400-320 nanômetros) não serão consideradas insalubres.
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

ANEXO N° 7 – RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES


ANEXO N° 8 – VIBRAÇÃO

(Redação dada pela Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014)

1. Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados


quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária a VCI:

a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de


1,1 m/s2;

b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.


ANEXO N° 8 – VIBRAÇÃO
(Redação dada pela Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014)

2. Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o


limite de exposição ocupacional diária a VMB correspondente
a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada
(aren) de 5 m/s².
ANEXO N° 8 – VIBRAÇÃO

Constarão obrigatoriamente do laudo da perícia:


a) Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos;

b) Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição,


realizada de acordo com o item 3 do Anexo 1 da NR-9 do MTE;

c) Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da


exposição e representatividade da amostragem;
ANEXO N° 8 – VIBRAÇÃO
Constarão obrigatoriamente do laudo da perícia (continuação):
d) Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de
calibração;

e) Dados obtidos e respectiva interpretação;

f) Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação;

g) Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente existentes e


indicação das necessárias, bem como a comprovação de sua eficácia;

h) Conclusão
NHO 09: Avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro
NHO 10 VIB/VMB: Avaliação da exposição ocupacional a vibrações em mãos e
braços

NHO 09 - Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e

procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional a

vibrações de corpo inteiro (VCI) que implique possibilidade de

ocorrência de problemas diversos à saúde do trabalhador, entre os

quais aqueles relacionados à coluna vertebral.


NHO 09: Avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro
NHO 10 VIB/VMB: Avaliação da exposição ocupacional a vibrações em mãos e
braços
NHO 10 - Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios

e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional a

vibrações em mãos e braços que implique risco à saúde do

trabalhador, entre os quais a ocorrência da síndrome da vibração em

mãos e braços (SVMB).


ANEXO N° 9 – FRIO

1. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras


frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que
exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada
no local de trabalho;
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
ANEXO N° 10 – UMIDADE
1.As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade
excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres
em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho;
NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

ANEXO N° 11 – Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada


por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho.

ANEXO N° 12 – Limites de tolerância para poeiras minerais.

ANEXO N° 13 – Agentes químicos.


ANEXO N° 14 – AGENTES BIOLÓGICOS

Relação das atividades que envolvem agentes biológicos,


cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação
qualitativa.
ANEXO N° 14 – AGENTES BIOLÓGICOS

Insalubridade de grau máximo:

Trabalho ou operações, em contato permanente com:


• Pacientes em isolamento por doenças infecto-
contagiosas, bem como objetos de seu uso, não
previamente esterilizados;
ANEXO N° 14 – AGENTES BIOLÓGICOS
Insalubridade de grau máximo (continuação)
• carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de
animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose,
brucelose, tuberculose);

• esgotos (galerias e tanques);

• lixo urbano (coleta e industrialização).


ANEXO N° 14 – AGENTES BIOLÓGICOS
Insalubridade de grau médio:

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material


infecto-contagiante, em:

- hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e


outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente
ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos
de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
ANEXO N° 14 – AGENTES BIOLÓGICOS
Insalubridade de grau médio (continuação):

- contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de


soro, vacinas e outros produtos;

- laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao


pessoal técnico);
ANEXO N° 14 – AGENTES BIOLÓGICOS
Insalubridade de grau médio (continuação):
- gabinetes de autópsias, de anatomia e
histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal
técnico);
- cemitérios (exumação de corpos);
- estábulos e cavalariças; e
- resíduos de animais deteriorados.
GRAUS DE INSALUBRIDADE
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual
Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de
1 tolerância fixados no Quadro constante do Anexo 1 e no item 6 do mesmo 20%
Anexo.
Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos
2 20%
itens 2 e 3 do Anexo 2.
Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos limites de
3 20%
tolerância fixados nos Quadros 1 e 2.
Níveis de iluminamento inferiores aos mínimos fixados no Quadro 1.
4 20%
REVOGADO
Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de
5 40%
tolerância fixados neste Anexo.
6 Ar comprimido. 40%
Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em decorrência de
GRAUS DE INSALUBRIDADE (Continuação)
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual
Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local
8 20%
de trabalho.
Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de
9 20%
trabalho.
Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de
10 20%
trabalho.
Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância
11 10%, 20% e 40%
fixados no Quadro 1.
Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância
12 40%
fixados neste Anexo.
Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres
13 10%, 20% e 40%
em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
14 Agentes biológicos. 20% e 40%
LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966: Regula o exercício das profissões
de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências.

Art. 7º As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do


engenheiro-agrônomo consistem em:
a)...
b)...
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação
técnica;
d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
Lei 5194/66 (Continuação...)
g) execução de obras e serviços técnicos;

h) produção técnica especializada, industrial ou agro-pecuária.

Parágrafo único. Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer outra


atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas profissões.

Art. 68. As autoridades administrativas e judiciárias, as repartições estatais, paraestatais, autárquicas

ou de economia mista não receberão estudos, projetos, laudos, perícias, arbitramentos e quaisquer

outros trabalhos, sem que os autores, profissionais ou pessoas jurídicas; façam prova de estar em dia

com o pagamento da respectiva anuidade.


QUEM PODE SER PERITO?
PERITO OFICIAL: MÉDICO OU ENGENHEIRO DE SEGURANÇA

ASSISTENTE: QUALQUER PESSOA

É O QUE DIZ O ARTIGO 195 DA CLT:


DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho:

Art.195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da

periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão

através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho,

registrados no Ministério do Trabalho.


DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas
requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor

deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou

perigosas.

§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por

Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste

artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do

Trabalho.
O QUE FAZ UM PERITO JUDICIAL?
É CHAMADO AO PROCESSO SEMPRE QUE EXISTE NECESSIDADE DE ESCLARECER
DÚVIDA TÉCNICA QUE EXTRAPOLA AO CONHECIMENTO DO JUIZ.

Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do


processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar
qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.
QUAL O PERFIL DO PROFISSIONAL QUE PRETENDE SE TORNAR PERITO?

• O PERITO É UM EXPERT. LOGO, ESPERA-SE QUE TENHA


EXPERTISE;

• POSSUI EXPERIÊNCIA COMPROVADA NA ÁREA DE


ATUAÇÃO;

• AMPLO CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO


ÁREA DE ATUAÇÃO DO PERITO:

• EM PROCESSOS JUDICIAIS ENVOLVENDO QUESTÕES


RELACIONADAS A SAÚDE E SEGURANÇA;

• EM DIFERENTES ESFERAS DO PODER JUDICIÁRIO:


JUSTIÇA FEDERAL, JUSTIÇA DO TRABALHO, JUSTIÇA
COMUM.
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários


periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda
que beneficiária da justiça gratuita.

(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)


DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943
§ 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido
pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos
capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá
pelo encargo.(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943
Art. 818. O ônus da prova incumbe:(Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)

I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;(Incluído pela


Lei nº 13.467, de 2017)

II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou


extintivo do direito do reclamante. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à IMPOSSIBILIDADE OU À EXCESSIVA DIFICULDADE DE CUMPRIR O
ENCARGO nos termos deste artigo ou à MAIOR FACILIDADE DE OBTENÇÃO DA
PROVA DO FATO CONTRÁRIO, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo
diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à
parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá ser proferida antes da


abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da
audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017);

§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a


desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

Art. 826 - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico. (Vide Lei nº
5.584, de 1970)
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento,
ainda que não requeridas previamente.
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á
imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta
impossibilidade, a critério do juiz.
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte,


comparecerão à audiência de instrução e julgamento
independentemente de intimação.
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente
convidada, deixar de comparecer.
Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar
sua imediata condução coercitiva.
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

§ 4º SOMENTE QUANDO A PROVA DO FATO O EXIGIR, OU FOR LEGALMENTE IMPOSTA, SERÁ DEFERIDA PROVA TÉCNICA, incumbindo
ao juiz, desde logo,
FIXAR O PRAZO, O OBJETO DA PERÍCIA E NOMEAR PERITO.
§ 5º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000).
§ 6º AS PARTES SERÃO INTIMADAS A MANIFESTAR-SE SOBRE O LAUDO, no prazo comum de cinco dias.
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo
relevante justificado nos autos pelo juiz da causa.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas
atribuições sejam determinadas pelas normas de organização
judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça,
O PERITO, o depositário, o administrador, o intérprete, o
tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o
distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem
como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código,
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e
influir eficazmente na convicção do juiz.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar


as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências
inúteis ou meramente protelatórias.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos,


independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na
decisão as razões da formação de seu convencimento.

Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em


outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado,
observado o contraditório.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à


impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou
à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção
das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o
processo.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;

III - admitidos no processo como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.


CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à
parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada
necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.
Art. 396. O juiz PODE ORDENAR QUE A PARTE EXIBA DOCUMENTO OU COISA QUE
SE ENCONTRE EM SEU PODER.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

CPC - Art. 473. O laudo pericial deverá conter:


I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da
qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em
linguagem simples e com coerência lógica, indicando como
alcançou suas conclusões.

§ 2º É vedado ao perito ULTRAPASSAR OS LIMITES DE SUA


DESIGNAÇÃO, bem como emitir opiniões pessoais que
excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos

podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,

obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da

parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo

com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias OU OUTROS

ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO ESCLARECIMENTO DO OBJETO DA PERÍCIA.


CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
CPC - Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria OU avaliação.

§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:

I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;

II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;

III - a verificação for impraticável.

§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia,


determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for
de menor complexidade.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista,
pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial
conhecimento científico ou técnico.

§ 4º Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica


específica na área objeto de seu depoimento, PODERÁ VALER-SE DE QUALQUER
RECURSO TECNOLÓGICO DE TRANSMISSÃO DE SONS E IMAGENS COM O FIM
DE ESCLARECER OS PONTOS CONTROVERTIDOS DA CAUSA.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371 ,

indicando na sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de

considerar as conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo

perito.

Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a REALIZAÇÃO

DE NOVA PERÍCIA quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.


CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre

os quais recaiu a primeira e destina-se a CORRIGIR EVENTUAL

OMISSÃO OU INEXATIDÃO dos resultados a que esta conduziu.

§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas

para a primeira.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo,
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da
causa.

Art. 482. Ao realizar a inspeção, o juiz poderá ser assistido por um ou mais peritos.

Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;

II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;

III - determinar a reconstituição dos fatos.

Art. 484. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo

quanto for útil ao julgamento da causa.

Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.
REFERÊNCIAS

AMERICAN MUTUAL INSURANCE ALLIANCE. Manual de Solventes Orgânicos Industriais. Rio de Janeiro:
Fundacentro, 1974.
AMARAL, Lenio Sérvio. Aerodispersoides. In: Saliba, Tuffi Messias [et al.] Higiene do trabalho e programa
de prevenção de riscos ambientais (PPRA). 2 ed. São Paulo: LTr, 1998.
ANJOS, Alcinéa Meigikos Santos. O tamanho das partículas de poeira suspensas no ar dos ambientes de trabalho.
São Paulo: Spel, 2001.
ACGIH. TLVs® e BEIs®: baseados na documentação dos limites de exposição ocupacional (TLVs®) para substâncias
químicas e agentes físicos & índices biológicos de exposição (BEIs®). Tradução ABHO. São Paulo: ABHO, 2008.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 9: programa de prevenção de riscos ambientais.
Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09_at.pdf>.
Acesso em: 5fev. 2011.

NR 15: atividades e operações insalubres. Disponível em:


<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15.asp>. Acesso em: 5 Jan.
2011.

CARRIL, José Luiz Montserrat Alonso; et al. Manual de higiene industrial. Madrid: Mapfre.
(Curso de Higiene Industrial). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS.
SALGADO, Paulo Eduardo Toledo; et al. Noções gerais de toxicologia ocupacional. São Paulo: De
Paula Guimarães, 1989.
REFERÊNCIAS
TUFFI, Messias Saliba et al. Higiene do trabalho e PPRA. São Paulo: Ltr, 1997.

GANA SOTO, José Manuel Osvaldo. Limites de tolerância – agentes químicos. In: __ Riscos
químicos. São Paulo. FUNDACENTRO, 1989.

LEIDEL, N. A.; BUSH, K.A.; LYNCH, J. R. Occupational exposure


sampling strategy manual. Cincinnati: NIOSH, 1977. 132 p.

NIOSH. NIOSH manual of analytical methods (NMAM). Disponível


em <http://www.cdc.gov/NIOSH/NMAM/>. Acesso em: 5 jan. 2011.
REFERÊNCIAS
NBR 14.725/2001 — FISPQ — Ficha de Informação Segurança de Produtos Químicos.

NHO 04 — Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho. Fundacentro,


2001.

NHO 07 — Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de


Sabão. Fundacentro, 2002.

NHO 08 — Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados Sobre Filtros e


Membranas. Fundacentro, 2008.

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