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ESCOLA TÉCNICA MUNICIPAL DE SETE LAGOAS

TÉCNICO EM METALURGIA 4º MÓDULO - NOTURNO

GESTÃO SEGURANÇA DO TRABALHO


NA INDÚSTRIA METALÚRGICA

PROF. RONIVALDO LEAL

SETEMBRO/2022
COMPONENTES

SETEMBRO/2022

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INDÍCE

0. OBJETIVO______________________________________________4
1. APRESENTAÇÃO________________________________________5
2. NR1 - DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS
OCUPACIONAIS___________________________________________6
• 2.1 Objetivo___________________________________________________ 6
• 2.2 Campo de aplicação_________________________________________ 6
• 2.3 Competências da NR 1_______________________________________ 6
• 2.4 Direitos e deveres___________________________________________ 7
• 2.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais___________________________9
• 2.6 Prestação das informações digital e digitalização de documentos______15
• 2.7 Capacitação e o treinamento na segurança do trabalho pela NR1______16
• 2.8 Tratamento diferenciado entre MEI, ME e EPP pela NR1____________ 18
• 2.9 Disposições finais __________________________________________ 19

3. NR25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS__________________________ 19


4. NBR 10004: 2004________________________________________20
• 4.1 Classificação de resíduos_______________________________ 24
• 4.1.1 Resíduos classe I Perigosos____________________________ 24
• 4.1.2 Resíduos classe II - Não perigosos_______________________27

5. GESTÃO POLÍTICA DE CONTROLE DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS


GERADOS NA INDÚSTRIA METALÚRGICA____________________28
6. ISO 16001 - RESPONSABILIDADE SOCIAL__________________ 30
7. A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA DO
TRABALHO______________________________________________39
8. NBR 7195 CORES PARA SEGURANÇA_____________________40

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0. OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo fornecer uma base de conhecimento para o
desenvolvimento e implementação da estratégia de ações de segurança do trabalho,
de acordo com a legislação vigente. Também a entender e avaliar potencial de perdas
e danos em casos de incidentes e acidentes de trabalho, acompanhar os planos de
ação para gerenciamento de riscos, conforme as normas estabelecidas para os
programas de prevenção, verificar o objetivo e campo de aplicação de programas de
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e interpretar normas
regulamentadoras e suas respectivas aplicações

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1. APRESENTAÇÃO

A Segurança no trabalho é uma disciplina que trata da prevenção de acidentes e de


doenças profissionais bem como da proteção e promoção da saúde dos
trabalhadores. Tem como objetivo melhorar as condições e o ambiente de trabalho. A
saúde no trabalho abrange a promoção e a manutenção do mais alto grau de saúde
física e mental e de bem-estar social dos trabalhadores em todas as profissões. Neste
contexto, a antecipação, a identificação, a avaliação e o controle de riscos com origem
no local de trabalho, ou daí decorrentes, que possam deteriorar a saúde e o bem-estar
dos trabalhadores, são os princípios fundamentais do processo de avaliação e de
gestão de riscos profissionais. O possível impacto nas comunidades envolventes e no
meio ambiente deve ser igualmente tomado em consideração.

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2. NR1 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 01
DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS
OCUPACIONAIS
2.1 Objetivo

A NR 1 é um documento fundamental para as empresas, pois ela baliza todas as


ações que se referem às demais Normas Regulamentadoras. Afinal, ela esclarece
sobre o campo de aplicação, termos, definições e disposições gerais das
regulamentações.

Tudo isso para minimizar os riscos de acidentes e doenças ocupacionais no ambiente


de trabalho. A NR 1 é, na verdade, uma norma geral. Ela costuma ser aplicada em
situações de segurança do trabalho que não existem uma regra específica, por
exemplo.
Em março de 2020, a NR 1 passou por alterações e foi incluída nas suas diretrizes
o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Na prática, ela define o mínimo de
medidas que as empresas precisam fazer nessas áreas que envolvem a Segurança e
Saúde do Trabalho (SST).

2.2 Campo de aplicação


As NR obrigam, nos termos da lei, empregadores e empregados, urbanos e rurais.
As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos públicos da
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo,
Judiciário e Ministério Público, que possuam empregados regidos pela Consolidação
das Leis do Trabalho
Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nas NR a outras relações jurídicas.
A observância das NR não desobriga as organizações do cumprimento de outras
disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou
regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, bem como daquelas oriundas de
convenções e acordos coletivos de trabalho.

2.3 Competências da NR 1
A Secretaria de Trabalho - STRAB, por meio da Subsecretaria de Inspeção do
Trabalho - SIT, é o órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho para:
a) formular e propor as diretrizes, as normas de atuação e supervisionar as atividades
da área de segurança e saúde do trabalhador;
b) promover a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho -
CANPAT;

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c) coordenar e fiscalizar o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT;
d) promover a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares
sobre Segurança e Saúde no Trabalho - SST em todo o território nacional;
e) participar da implementação da Política Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho - PNSST; e
f) conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões
proferidas pelo órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, salvo disposição expressa em contrário.
Compete à SIT e aos órgãos regionais a ela subordinados em matéria de Segurança
e Saúde no Trabalho, nos limites de sua competência, executar:
a) fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no
trabalho; e
b) as atividades relacionadas com a CANPAT e o PAT.
Cabe à autoridade regional competente em matéria de trabalho impor as penalidades
cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança
e saúde no trabalho.

2.4 Direitos e deveres


Cabe ao empregador:

• Cumprir as normas regulamentares


Em primeiro lugar, os empregadores são obrigados a tomar todas as providências
necessárias para aplicar as normas regulamentadoras sobre saúde e segurança do
trabalho. Além disso, a NR1 não afasta regras municipais e estaduais que venham a
ser fixadas pelo poder público, que também serão obrigatórias.

• Dever de informação
A regulamentação traz informações e orientações que devem ser fornecidas para os
profissionais. A lista completa está no item 1.4.1 b da NR1, mas as principais são:
a) riscos ocupacionais;
b) medidas preventivas adotadas;
c) resultados de exames médicos e complementadores;
d) relatórios de avaliações do ambiente de trabalho.

• Formalizar procedimentos
Todas as ordens de serviços relacionadas à segurança e saúde do trabalho devem
ser documentadas pela empresa com a ciência dos colaboradores. Igualmente, é
preciso ter procedimentos em caso de acidentes e doenças ocupacionais,
principalmente os passos para investigar as suas causas.
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• Permitir a fiscalização e prestar contas
A empresa também deve estar aberta aos representantes dos trabalhadores, caso os
sindicatos desejem inspecionar o cumprimento das normas trabalhistas. E, no caso
de Inspeção do Trabalho do MTE (Ministério do Trabalho), todos os documentos
pertinentes à fiscalização das obrigações de saúde e segurança devem ser entregues.

• Implementar medidas preventivas


Por fim, as empresas devem ficar atentas às medidas preventivas, que deverão ser
implementadas após ouvir os trabalhadores. A NR1 traz as ações necessárias em
ordem de prioridade:
a) eliminação dos fatores de risco;
b) minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de
proteção coletiva;
c) minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas
administrativas ou de organização do trabalho;
d) adoção de medidas de proteção individual.
Com as atualizações mais recentes, a NR1 também traz a necessidade de elaborar
um programa de gerenciamento de riscos (PGR). Nessa política de saúde e
segurança, a empresa mantém um inventário mapeando, avaliando e classificando os
riscos e perigos existentes no ambiente de trabalho. Posteriormente, desenvolve um
plano de ação com as medidas para prevenir os acidentes.
No entanto, muitas organizações vêm enfrentando dificuldades para cumprir esses
deveres, devido à falta de uma tecnologia adequada: ausência de automação de
processos do PGR, uso de documentos físicos, controle com planilhas etc. Por
isso, priorize um software de gestão para ter mais segurança e agilidade na
prevenção de riscos.
Cabe ao trabalhador:
Os empregados também estão obrigados a seguir a NR1. No caso dos trabalhadores,
o objetivo é facilitar as medidas adotadas pelas empresas, fazendo com que os
profissionais colaborem com as políticas de saúde e segurança do trabalho.

• cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no


trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
• submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;
• colaborar com a organização na aplicação das NR;
• usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.

Além disso, a NR1 prevê a adoção de treinamentos de saúde e segurança do trabalho.


A capacitação pode ser realizada de três maneiras:
• inicialmente, para preparar o trabalhador para uma função;
• periodicamente, para reforçar e atualizar diretrizes;
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• eventualmente, para lidar com mudanças nas condições de trabalho e novos
riscos.

Caso o colaborador se recuse a cumprir os deveres, o RH da empresa pode aplicar


advertências, suspensões ou demissões de acordo com a gravidade do ato. É o caso,
por exemplo, do funcionário que se recusar a usar um EPI.

2.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais


Considerado um dos principais instrumentos da NR1 o gerenciamento de risco
ocupacional alcança todos os perigos e riscos ocupacionais presentes nas
organizações. Além disso, identifica e avalia os riscos trabalhistas, ações e medidas
de preparação de emergência dentro de uma empresa.
Os processos do gerenciamento de risco ocupacional, são registrados em um
programa denominado: Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

• Responsabilidades

a) A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento de


riscos ocupacionais em suas atividades.
b) O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir um Programa de
Gerenciamento de Riscos - PGR.
c) A critério da organização, o PGR pode ser implementado por unidade
operacional, setor ou atividade.
d) O PGR pode ser atendido por sistemas de gestão, desde que estes cumpram
as exigências previstas nesta NR e em dispositivos legais de segurança e
saúde no trabalho
e) O PGR deve contemplar ou estar integrado com planos, programas e outros
documentos previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho .

A organização deve:
a) evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho;
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de
medidas de prevenção;
e) implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e
na ordem de prioridade estabelecida
f) acompanhar o controle dos riscos ocupacionais.
A organização deve considerar as condições de trabalho, nos termos da NR-17.
A organização deve adotar mecanismos para:

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a) consultar os trabalhadores quanto à percepção de riscos ocupacionais,
podendo para este fim ser adotadas as manifestações da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA, quando houver; e
b) comunicar aos trabalhadores sobre os riscos consolidados no inventário de
riscos e as medidas de prevenção do plano de ação do PGR.
A organização deve adotar as medidas necessárias para melhorar o desempenho em
SST.
• Processo de identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais
Deve considerar o disposto nas Normas Regulamentadoras e demais exigências
legais de segurança e saúde no trabalho.
➢ Levantamento preliminar de perigos
O levantamento preliminar de perigos deve ser realizado:
a) antes do início do funcionamento do estabelecimento ou novas instalações;
b) para as atividades existentes; e
c) nas mudanças e introdução de novos processos ou atividades de trabalho.
Quando na fase de levantamento preliminar de perigos o risco não puder ser evitado,
a organização deve implementar o processo de identificação de perigos e avaliação
de riscos ocupacionais, conforme disposto nos subitens seguintes
A critério da organização, a etapa de levantamento preliminar de perigos pode estar
contemplada na etapa de identificação de perigos.
➢ Identificação de perigos
A etapa de identificação de perigos deve incluir:
a) descrição dos perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
b) identificação das fontes ou circunstâncias; e
c) indicação do grupo de trabalhadores sujeitos aos riscos.
A identificação dos perigos deve abordar os perigos externos previsíveis relacionados
ao trabalho que possam afetar a saúde e segurança no trabalho.
➢ Avaliação de riscos ocupacionais
A organização deve avaliar os riscos ocupacionais relativos aos perigos identificados
em seu(s) estabelecimento(s), de forma a manter informações para adoção de
medidas de prevenção.
Para cada risco deve ser indicado o nível de risco ocupacional, determinado pela
combinação da severidade das possíveis lesões ou agravos à saúde com a
probabilidade ou chance de sua ocorrência.

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A organização deve selecionar as ferramentas e técnicas de avaliação de riscos que
sejam adequadas ao risco ou circunstância em avaliação.
A gradação da severidade das lesões ou agravos à saúde deve levar em conta a
magnitude da consequência e o número de trabalhadores possivelmente afetados
A magnitude deve levar em conta as consequências de ocorrência de acidentes
ampliados.
A gradação da probabilidade de ocorrência das lesões ou agravos à saúde deve levar
em conta:
a) os requisitos estabelecidos em Normas Regulamentadoras;
b) as medidas de prevenção implementadas;
c) as exigências da atividade de trabalho; e
d) a comparação do perfil de exposição ocupacional com valores de referência
estabelecidos na NR-09.
Após a avaliação, os riscos ocupacionais devem ser classificados, para fins de
identificar a necessidade de adoção de medidas de prevenção e elaboração do plano
de ação.
A avaliação de riscos deve constituir um processo contínuo e ser revista a cada dois
anos ou quando da ocorrência das seguintes situações:
a) após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos
residuais;
b) após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes, processos, condições,
procedimentos e organização do trabalho que impliquem em novos riscos ou
modifiquem os riscos existentes;
c) quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das medidas de
prevenção;
d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho;
e) quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis.
• Controle dos riscos

➢ Medidas de prevenção
A organização deve adotar medidas de prevenção para eliminar, reduzir ou controlar
os riscos sempre que:
a) exigências previstas em Normas Regulamentadoras e nos dispositivos legais
determinarem;
b) a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar
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c) houver evidências de associação, por meio do controle médico da saúde, entre as
lesões e os agravos à saúde dos trabalhadores com os riscos e as situações de
trabalho identificados
Quando comprovada pela organização a inviabilidade técnica da adoção de medidas
de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em
fase de estudo, planejamento ou implantação ou, ainda, em caráter complementar ou
emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte
hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
A implantação de medidas de prevenção deverá ser acompanhada de informação aos
trabalhadores quanto aos procedimentos a serem adotados e limitações das medidas
de prevenção.
➢ Planos de ação
A organização deve elaborar plano de ação, indicando as medidas de prevenção a
serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas.
Para as medidas de prevenção deve ser definido cronograma, formas de
acompanhamento e aferição de resultados.

• Implementação e acompanhamento das medidas de prevenção


A implementação das medidas de prevenção e respectivos ajustes devem ser
registrados.
O desempenho das medidas de prevenção deve ser acompanhado de forma
planejada e contemplar:
a) a verificação da execução das ações planejadas;
b) as inspeções dos locais e equipamentos de trabalho; e
c) o monitoramento das condições ambientais e exposições a agentes nocivos,
quando aplicável.
As medidas de prevenção devem ser corrigidas quando os dados obtidos no
acompanhamento indicarem ineficácia em seu desempenho
Acompanhamento da saúde ocupacional dos trabalhadores
A organização deve desenvolver ações em saúde ocupacional dos trabalhadores
integradas às demais medidas de prevenção em SST, de acordo com os riscos
gerados pelo trabalho.

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O controle da saúde dos empregados deve ser um processo preventivo planejado,
sistemático e continuado, de acordo com a classificação de riscos ocupacionais e nos
termos da NR-07.

• Análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho


A organização deve analisar os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho.
As análises de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho devem ser
documentadas e:
a) considerar as situações geradoras dos eventos, levando em conta as atividades
efetivamente desenvolvidas, ambiente de trabalho, materiais e organização da
produção e do trabalho;
b) identificar os fatores relacionados com o evento; e
c) fornecer evidências para subsidiar e revisar as medidas de prevenção existentes

• Preparação para emergências


A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos de respostas
aos cenários de emergências, de acordo com os riscos, as características e as
circunstâncias das atividades
Os procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem prever:
a) os meios e recursos necessários para os primeiros socorros, encaminhamento de
acidentados e abandono; e
b) as medidas necessárias para os cenários de emergências de grande magnitude,
quando aplicável.
• Documentação
O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes documentos:
a) inventário de riscos; e
b) plano de ação.
Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a responsabilidade da
organização, respeitado o disposto nas demais Normas Regulamentadoras, datados
e assinados.
Os documentos integrantes do PGR devem estar sempre disponíveis aos
trabalhadores interessados ou seus representantes e à Inspeção do Trabalho

• Inventário de riscos ocupacionais


Os dados da identificação dos perigos e das avaliações dos riscos ocupacionais
devem ser consolidados em um inventário de riscos ocupacionais.

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O Inventário de Riscos Ocupacionais deve contemplar, no mínimo, as seguintes
informações:
a) caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das atividades;
c) descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores,
com a identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos
perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e
descrição de medidas de prevenção implementadas;
d) dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos,
químicos e biológicos e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-
17.
e) avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de
ação; e
f) critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.
O inventário de riscos ocupacionais deve ser mantido atualizado.
O histórico das atualizações deve ser mantido por um período mínimo de 20 (vinte)
anos ou pelo período estabelecido em normatização específica.

• Disposições gerais do gerenciamento de riscos ocupacionais


Sempre que várias organizações realizem, simultaneamente, atividades no mesmo
local de trabalho devem executar ações integradas para aplicar as medidas de
prevenção, visando à proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos
ocupacionais.
O PGR da empresa contratante poderá incluir as medidas de prevenção para as
empresas contratadas para prestação de serviços que atuem em suas dependências
ou local previamente convencionado em contrato ou referenciar os programas d
contratadas.
As organizações contratantes devem fornecer às contratadas informações sobre os
riscos ocupacionais sob sua gestão e que possam impactar nas atividades das
contratadas.
As organizações contratadas devem fornecer ao contratante o Inventário de Riscos
Ocupacionais específicos de suas atividades que são realizadas nas dependências
da contratante ou local previamente convencionado em contrato.
• Vantagens do PGR

• Maior clareza das normas a serem seguidas;

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• Com o PGR não há mais necessidade de duplicação dos planos de prevenção
adotados pelas empresas;
• Proporcionou maior flexibilidade, pois agora a renovação do plano só precisa
ocorrer se houverem mudanças no ambiente de trabalho da empresa;
• Permitiu também uma redução de custos, pois o PGR não precisa ser renovado
todo ano;
• A avaliação de riscos pode ser revista a dois ou três anos se não tiverem
alterações no ambiente de trabalho.

2.6 Prestação das informações digital e digitalização de documentos


As organizações devem prestar informações de segurança e saúde no trabalho em
formato digital, conforme modelo aprovado pela STRAB, ouvida a SIT.

Os modelos aprovados pela STRAB devem considerar os princípios de simplificação


e desburocratização.

Os documentos previstos nas NR podem ser emitidos e armazenados em meio digital


com certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira (ICP-Brasil), normatizada por lei específicas.

Os documentos físicos, assinados manualmente, inclusive os anteriores à vigência


desta NR, podem ser arquivados em meio digital, pelo período correspondente exigido
pela legislação própria, mediante processo de digitalização conforme disposto em Lei.

O processo de digitalização deve ser realizado de forma a manter a integridade, a


autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o
emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira (ICP-Brasil).

Os empregadores que optarem pela guarda de documentos prevista no caput devem


manter os originais conforme previsão em lei.

O empregador deve garantir a preservação de todos os documentos nato digitais ou


digitalizados por meio de procedimentos e tecnologias que permitam verificar, a
qualquer tempo, sua validade jurídica em todo território nacional, garantindo
permanentemente sua autenticidade, integridade, disponibilidade, rastreabilidade,
irretratabilidade, privacidade e interoperabilidade.

O empregador deve garantir à Inspeção do Trabalho amplo e irrestrito acesso a todos


os documentos digitalizados ou nato digitais.

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Para os documentos que devem estar à disposição dos trabalhadores ou dos seus
representantes, a organização deverá prover meios de acesso destes às informações,
de modo a atender os objetivos da norma específica

2.7 Capacitação e o treinamento na segurança do trabalho pela NR1

O empregador deve promover capacitação e treinamento dos trabalhadores, em


conformidade com o disposto nas NR.
Ao término dos treinamentos inicial, periódico ou eventual, previstos nas NR, deve ser
emitido certificado contendo o nome e assinatura do trabalhador, conteúdo
programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e
qualificação dos instrutores e assinatura do responsável técnico do treinamento.

A capacitação deve incluir:


a) treinamento inicial;
b) treinamento periódico; e
c) treinamento eventual.

O treinamento inicial deve ocorrer antes de o trabalhador iniciar suas funções ou de


acordo com o prazo especificado em NR.

O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade estabelecida nas


NR ou, quando não estabelecido, em prazo determinado pelo empregador.

O treinamento eventual deve ocorrer:


a) quando houver mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho,
que impliquem em alteração dos riscos ocupacionais;
b) na ocorrência de acidente grave ou fatal, que indique a necessidade de novo
treinamento; ou
c) após retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 180 (cento e oitenta)
dias.

A carga horária, o prazo para sua realização e o conteúdo programático do


treinamento eventual deve atender à situação que o motivou.
A capacitação pode incluir:
a) estágio prático, prática profissional supervisionada ou orientação em serviço;
b) exercícios simulados; ou
c) habilitação para operação de veículos, embarcações, máquinas ou equipamentos
O tempo despendido em treinamentos previstos nas NR é considerado como de
trabalho efetivo.

O certificado deve ser disponibilizado ao trabalhador e uma cópia arquivada na


organização.
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A capacitação deve ser consignada nos documentos funcionais do empregado.

Os treinamentos previstos em NR podem ser ministrados em conjunto com outros


treinamentos da organização, observados os conteúdos e a carga horária previstos
na respectiva norma regulamentadora.

• Aproveitamento de conteúdos de treinamento na mesma organização

É permitido o aproveitamento de conteúdos de treinamentos ministrados na mesma


organização desde que:

a) o conteúdo e a carga horária requeridos no novo treinamento estejam


compreendidos no treinamento anterior;
b) o conteúdo do treinamento anterior tenha sido ministrado no prazo inferior ao
estabelecido em NR ou há menos de 2 (dois) anos, quando não estabelecida esta
periodicidade; e
c) seja validado pelo responsável técnico do treinamento.

O aproveitamento de conteúdos deve ser registrado no certificado, mencionando o


conteúdo e a data de realização do treinamento aproveitado.

A validade do novo treinamento passa a considerar a data do treinamento mais antigo


aproveitado.

• Aproveitamento de treinamentos entre organizações

Os treinamentos realizados pelo trabalhador podem ser avaliados pela organização e


convalidados ou complementados.

A convalidação ou complementação deve considerar:

a) as atividades desenvolvidas pelo trabalhador na organização anterior, quando for


o caso;

b) as atividades que desempenhará na organização;

c) o conteúdo e carga horária cumpridos;

d) o conteúdo e carga horária exigidos; e

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e) que o último treinamento tenha sido realizado em período inferior ao estabelecido
na NR ou há menos de 2 (dois) anos, nos casos em que não haja prazo estabelecido
em NR.

O aproveitamento de treinamentos anteriores, total ou parcialmente, não exclui a


responsabilidade da organização de emitir a certificação da capacitação do
trabalhador, devendo mencionar no certificado a data da realização dos treinamentos
convalidados ou complementados.
Para efeito de periodicidade de realização de novo treinamento, é considerada a data
do treinamento mais antigo convalidado ou complementado. Dos treinamentos
ministrados na modalidade de ensino a distância ou semipresencial 1

Os treinamentos podem ser ministrados na modalidade de ensino a distância ou


semipresencial, desde que atendidos os requisitos operacionais, administrativos,
tecnológicos e de estruturação pedagógica previstos no Anexo II desta NR.

O conteúdo prático do treinamento pode ser realizado na modalidade de ensino a


distância ou semipresencial, desde que previsto em NR específica.

2.8 Tratamento diferenciado entre MEI, ME e EPP pela NR1

O Microempreendedor Individual - MEI está dispensado de elaborar o PGR

A dispensa da obrigação de elaborar o PGR não alcança a organização contratante


do MEI, que deverá incluí-lo nas suas ações de prevenção e no seu PGR, quando
este atuar em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato.

Serão expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho – SEPRT fichas


com orientações sobre as medidas de prevenção a serem adotadas pelo MEI.

As microempresa e empresas de pequeno porte que não forem obrigadas a constituir


SESMT e optarem pela utilização de ferramenta(s) de avaliação de risco a serem
disponibilizada(s) pela SEPRT, em alternativa às ferramentas e técnicas, poderão
estruturar o PGR considerando o relatório produzido por esta(s) ferramenta(s) e o
plano de ação.

As microempresas e empresas de pequeno porte, graus de risco 1 e 2, que no


levantamento preliminar de perigos não identificarem exposições ocupacionais a
agentes físicos, químicos e biológicos, em conformidade com a NR9, e declararem as
informações digitais, ficam dispensadas da elaboração do PGR.

As informações digitais de segurança e saúde no trabalho declaradas devem ser


divulgadas junto aos trabalhadores.
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A dispensa prevista nesta Norma é aplicável quanto à obrigação de elaboração do
PGR e não afasta a obrigação de cumprimento por parte do MEI, ME e EPP das
demais disposições previstas em NR.

O MEI, a ME e a EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem as informações digitais, e


não identificarem exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos, biológicos e
riscos relacionados a fatores ergonômicos, ficam dispensados de elaboração do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.
A dispensa do PCMSO não desobriga a empresa da realização dos exames médicos
e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.
Os graus de riscos 1 e 2 mencionados nos subitens

2.9 Disposições finais

O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e


saúde no trabalho acarretará a aplicação das penalidades previstas na legislação
pertinente.
Os casos omissos verificados no cumprimento das NR serão decididos pela Secretaria
de Trabalho, ouvida a SIT.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Site: iusnatura.com.br
Link: https://iusnatura.com.br/nr1-atualizada/ - Acesso em 22/08/2022 as 18h58

Site: www.gov.br
Link: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-6.730-de-9-de-marco-de-2020-
247538988 - Acesso em 22/08/2022 as 19h15

3. NR25 - NORMA REGULAMENTADORA Nº 25


Resíduos Industriais
25.1 Entende-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos processos
industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas
características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos
domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias,
poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões
gasosas contaminantes atmosféricos.

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25.2 A empresa deve buscar a redução da geração de resíduos por meio da adoção
das melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis.
25.3 Os resíduos industriais devem ter destino adequado sendo proibido o lançamento
ou a liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que possam
comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores. (Alterado pela Portaria SIT n.º
253, de 04/08/11)
25.3.1 As medidas, métodos, equipamentos ou dispositivos de controle do lançamento
ou liberação dos contaminantes gasosos, líquidos e sólidos devem ser submetidos ao
exame e à aprovação dos órgãos competentes.
25.3.2 Os resíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações
industriais devem ser adequadamente coletados, acondicionados, armazenados,
transportados, tratados e encaminhados à adequada disposição final pela empresa.
25.3.2.1 Em cada uma das etapas citadas no subitem 25.3.2 a empresa deve
desenvolver ações de controle, de forma a evitar risco à segurança e saúde dos
trabalhadores.
25.3.3 Os resíduos sólidos e líquidos de alta toxicidade e periculosidade devem ser
dispostos com o conhecimento, aquiescência e auxílio de entidades
especializadas/públicas e no campo de sua competência. (Alterado pela Portaria SIT
n.º 253, de 04/08/11)
25.3.3.1 Os rejeitos radioativos devem ser dispostos conforme legislação específica
da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. (Inserido pela Portaria SIT n.º 253,
de 04/08/11)
25.3.3.2 Os resíduos de risco biológico devem ser dispostos conforme previsto nas
legislações sanitária e ambiental. (Inserido pela Portaria SIT n.º 253, de 04/08/11)
25.4 Revogado pela Portaria SIT n.º 253, de 04/08/11)
25.5 Os trabalhadores envolvidos em atividades de coleta, manipulação,
acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição de resíduos
devem ser capacitados pela empresa, de forma continuada, sobre os riscos
envolvidos e as medidas de controle e eliminação adequadas.

4. NBR 10004:2004
4.1 Introdução

Esta Norma classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio
ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente.

20
Considerando a crescente preocupação da sociedade com relação às questões
ambientais e ao desenvolvimento sustentável, a ABNT criou a CEET-00.01.34 -
Comissão de Estudo Especial Temporária de Resíduos Sólidos, para revisar a ABNT
NBR 10004:1987 - Resíduos sólidos - Classificação, visando a aperfeiçoá-la e, desta
forma, fornecer subsídios para o gerenciamento de resíduos sólidos. 0

As premissas estabelecidas para a revisão foram a correção, complementação e a


atualização da norma em vigor e a desvinculação do processo de classificação em
relação apenas à disposição final de resíduos sólidos

A classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do processo ou atividade


que lhes deu origem, de seus constituintes e características, e a comparação destes
constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio
ambiente é conhecido.

A segregação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem são


partes integrantes dos laudos de classificação, onde a descrição de matérias-primas,
de insumos e do processo no qual o resíduo foi gerado devem ser explicitados.

A identificação dos constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo deve


ser estabelecida de acordo com as matérias-primas, os insumos e o processo que lhe
deu origem.

A figura 1 abaixo ilustra a classificação dos resíduos sólidos quanto ao risco à saúde
pública e ao meio ambiente. Os resíduos sólidos são classificados em dois grupos -
perigosos e não perigosos, sendo ainda este último grupo subdividido em não inerte
e inerte.

Esta Norma estabelece os critérios de classificação e os códigos para a identificação


dos resíduos de acordo com suas características.

Todos os resíduos ou substâncias listadas nos anexos A, B, D, E, F e H têm uma letra


para codificação, seguida de três dígitos.

Os resíduos perigosos constantes no anexo A são codificados pela letra F e são


originados de fontes não específicas.

Os resíduos perigosos constantes no anexo B são codificados pela letra K e são


originados de fontes específicas.

Os resíduos perigosos classificados pelas suas características de inflamabilidade,


corrosividade, reatividade e patogenicidade são codificados conforme indicado a
seguir:
D001: qualifica o resíduo como inflamável;
D002: qualifica o resíduo como corrosivo;

21
D003: qualifica o resíduo como reativo;
D004: qualifica o resíduo como patogênico.

Os códigos D005 a D052 constantes no anexo F identificam resíduos perigosos devido


à sua toxicidade, conforme ensaio de lixiviação realizado de acordo com ABNT NBR
10005.

Os códigos identificados pelas letras P e U, constantes nos anexos D e E,


respectivamente, são de substâncias que, dada a sua presença, conferem
periculosidade aos resíduos e serão adotados para codificar os resíduos classificados
como perigosos pela sua característica de toxicidade

Figura 1 – Caracterização e classificação de resíduos


22
4.2 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de


atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços
e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o
seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso
soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

periculosidade de um resíduo: Característica apresentada por um resíduo que, em


função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode
apresentar:

a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou


acentuando seus índices;

b) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.

toxicidade: Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior


ou menor grau, um efeito adverso em conseqüência de sua interação com o
organismo.

agente tóxico: Qualquer substância ou mistura cuja inalação, ingestão ou absorção


cutânea tenha sido cientificamente comprovada como tendo efeito adverso (tóxico,
carcinogênico, mutagênico, teratogênico ou ecotoxicológico).

toxicidade aguda: Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar um


efeito adverso grave, ou mesmo morte, em conseqüência de sua interação com o
organismo, após exposição a uma única dose elevada ou a repetidas doses em curto
espaço de tempo.

agente teratogênico: Qualquer substância, mistura, organismo, agente físico ou


estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal,
produz uma alteração na estrutura ou função do individuo dela resultante.

agente mutagênico: Qualquer substância, mistura, agente físico ou biológico cuja


inalação, ingestão ou absorção cutânea possa elevar as taxas espontâneas de danos
ao material genético e ainda provocar ou aumentar a freqüência de defeitos genéticos.

agente carcinogênico: Substâncias, misturas, agentes físicos ou biológicos cuja


inalação ingestão e absorção cutânea possa desenvolver câncer ou aumentar sua
freqüência. O câncer é o resultado de processo anormal, não controlado da
diferenciação e proliferação celular, podendo ser iniciado por alteração mutacional.
23
agente ecotóxico: Substâncias ou misturas que apresentem ou possam apresentar
riscos para um ou vários compartimentos ambientais.

4.3 Processo de classificação

A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes


deu origem e de seus constituintes e características e a comparação destes
constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio
ambiente é conhecido.

A identificação dos constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo deve


ser criteriosa e estabelecida de acordo com as matérias-primas, os insumos e o
processo que lhe deu origem.

NOTA Outros métodos analíticos, consagrados em nível internacional, podem ser


exigidos pelo Órgão de Controle Ambiental, dependendo do tipo e complexidade do
resíduo, com a finalidade de estabelecer seu potencial de risco à saúde humana e ao
meio ambiente.

4.4 Laudo de classificação

O laudo de classificação pode ser baseado exclusivamente na identificação do


processo produtivo, quando do enquadramento do resíduo nas listagens dos anexos
A ou B. Deve constar no laudo de classificação a indicação da origem do resíduo,
descrição do processo de segregação e descrição do critério adotado na escolha de
parâmetros analisados, quando for o caso, incluindo os laudos de análises
laboratoriais. Os laudos devem ser elaborados por responsáveis técnicos habilitados

4.5 Classificação de resíduos


Para os efeitos desta Norma, os resíduos são classificados em:
a) resíduos classe I - Perigosos;
b) resíduos classe II – Não perigosos;
– Resíduos classe II A – Não inertes.
– Resíduos classe II B – Inertes.
• 4.5.1 Resíduos classe I - Perigosos
Aqueles que apresentam periculosidade
Inflamabilidade
Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável (código de identificação D001), se
uma amostra representativa dele, obtida conforme a ABNT NBR 10007, apresentar
qualquer uma das seguintes propriedades:
24
a) ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, determinado conforme ABNT NBR
14598 ou equivalente, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% de
álcool em volume;
b) não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C
e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações
químicas espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosa e persistentemente,
dificultando a extinção do fogo;
c) ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como
resultado, estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material;
d) ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte
de produtos perigosos (Portarianº 204/1997 do Ministério dos Transportes).
Corrosividade
Um resíduo é caracterizado como corrosivo (código de identificação D002) se uma
amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma
das seguintes propriedades:
a) ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou
sua mistura com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que
apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5;
b) ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido
e corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma
temperatura de 55°C, de acordo com USEPA SW 846 ou equivalente.
Reatividade
Um resíduo é caracterizado como reativo (código de identificação D003) se uma
amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma
das seguintes propriedades:
a) ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar;
b) reagir violentamente com a água;
c) formar misturas potencialmente explosivas com a água;
d) gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar
danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água;
e) possuir em sua constituição os íons CN- ou S2- em concentrações que ultrapassem
os limites de de 250 mg de HCN liberável por qulilograma de resíduo ou 500 mg de
H2S liberável por quilograma de resíduo, de acordo com ensaio estabelecido no
USEPA - SW 846;
f) ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo,
ação catalítica ou temperatura em ambientes confinados;
25
g) ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou
explosiva a 25°C e 0,1 MPa (1 atm); h) ser explosivo, definido como uma substância
fabricada para produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito
pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para este
fim.
Toxicidade
Um resíduo é caracterizado como tóxico se uma amostra representativa dele, obtida
segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) quando o extrato obtido desta amostra, segundo a ABNT NBR 10005, contiver
qualquer um dos contaminantes em concentrações superiores aos valores constantes
no anexo F. Neste caso, o resíduo deve ser caracterizado como tóxico com base no
ensaio de lixiviação, com código de identificação constante no anexo F;
b) possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C e apresentar toxicidade.
Para avaliação dessa toxicidade, devem ser considerados os seguintes fatores:
― natureza da toxicidade apresentada pelo resíduo;
― concentração do constituinte no resíduo;
― potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem
para migrar do resíduo para o ambiente, sob condições impróprias de manuseio;
― persistência do constituinte ou qualquer produto tóxico de sua degradação;
― potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem
para degradar-se em constituintes não perigosos, considerando a velocidade em que
ocorre a degradação;
― extensão em que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, é
capaz de bioacumulação nos ecossistemas;
― efeito nocivo pela presença de agente teratogênico, mutagênico, carcinogênco ou
ecotóxico, associados a substâncias isoladamente ou decorrente do sinergismo entre
as substâncias constituintes do resíduo;
c) ser constituída por restos de embalagens contaminadas com substâncias
constantes nos anexos D ou E;
d) resultar de derramamentos ou de produtos fora de especificação ou do prazo de
validade que contenham quaisquer substâncias constantes nos anexos D ou E;
e) ser comprovadamente letal ao homem;
f) possuir substância em concentração comprovadamente letal ao homem ou estudos
do resíduo que demonstrem uma DL50 oral para ratos menor que 50 mg/kg ou CL50
inalação para ratos menor que 2 mg/L ou uma DL50 dérmica para coelhos menor que

26
200 mg/kg. Os códigos destes resíduos são os identificados pelas letras P, U e D, e
encontram-se nos anexos D, E e F.
Patogenicidade
Um resíduo é caracterizado como patogênico (código de identificação D004) se uma
amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, contiver ou se
houver suspeita de conter, microorganismos patogênicos, proteínas virais, ácido
desoxiribonucléico (ADN) ou ácido ribonucléico (ARN) recombinantes, organismos
geneticamente modificados, plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas
capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais.
Os resíduos de serviços de saúde deverão ser classificados conforme ABNT NBR
12808. Os resíduos gerados nas estações de tratamento de esgotos domésticos e os
resíduos sólidos domiciliares, excetuando-se os originados na assistência à saúde da
pessoa ou animal, não serão classificados segundo os critérios de patogenicidade.

• 4.5.2 Resíduos classe II - Não perigosos


Os códigos para alguns resíduos desta classe encontram-se no anexo H.

• Resíduos classe II A - Não inertes


Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos
ou de resíduos classe II B - Inertes, nos termos desta Norma. Os resíduos classe II A
– Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.

• Resíduos classe II B - Inertes


Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo
a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água
destilada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum
de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme
anexo G.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Site: https://www.gov.br
Link:https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
regulamentadoras/nr-25.pdf - Acesso em 22/08/2022 as 22h05
Link:https://analiticaqmcresiduos.paginas.ufsc.br/files/2014/07/Nbr-10004-2004-
Classificacao-De-Residuos-Solidos.pdf - Acesso em 23/08/2022 as 20h
27
5. GESTÃO POLÍTICA DE CONTROLE DOS RESÍDUOS
INDUSTRIAIS GERADOS NA INDÚSTRIA METALÚRGICA
Conforme a LEI Nº 12.305 – 02/08/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos, a
indústria ou empresa geradora tem a responsabilidade sobre a gestão de seus
efluentes, mesmo no caso de contratação de um terceiro para o processo de
tratamento e destinação.

No setor metalúrgico isso não é diferente, tendo em vista o impacto causado pelos
efluentes destas indústrias que podem conter metais pesados e organometálicos além
do alto grau de corrosão, ter atenção em todas as etapas é fundamental não só para
a redução dos impactos ambientais, mas também para possibilitar que a empresa
opere de forma eficiente e segura.

• Na geração e identificação

O primeiro passo para a gestão eficiente dos efluentes é a identificação exata dos
tipos gerados pela indústria metalúrgica em questão. Para auxiliar nesse processo,
conforme citado acima, temos a NBR 10004:2004, que estabelece os critérios de
classificação segundo os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde humana. No
caso das indústrias metalúrgicas os resíduos gerados costumam ser enquadrados na
Classe I já que geralmente englobam em sua composição óleos e graxas, e produtos
químicos tóxicos, reativos ou corrosivos. No entanto, a classificação sempre deve
ocorrer mediante análise laboratorial.

Após a classificação, os cuidados são com o armazenamento. Depois de definido se


o resíduo enquadra-se na categoria de perigoso ou não perigoso, existem duas
normas que estabelecem os requisitos a serem seguidos: a NBR 11174:1990 para
resíduos da Classe II; e a NBR 12235:1992 para os Classe I.

• Na armazenagem

Essas normas definem que o armazenamento é a contenção temporária em área


autorizada pelo órgão de controle ambiental até a reciclagem, recuperação,
tratamento ou disposição final de forma a atender todas as condições de segurança.

Estabelecem também que os contêineres ou tambores devem ser colocados sobre


base de concreto ou outro material que impeça a lixiviação e percolação de
substâncias para o solo e águas subterrâneas, além de serem armazenados
preferencialmente em áreas cobertas e bem ventiladas.

O armazenamento, independente da classe do resíduo, é uma fase importantíssima


do gerenciamento justamente para evitar a contaminação e os impactos negativos ao
meio ambiente e à saúde.

28
• No transporte

Quando uma empresa conta com um parceiro para tratar seus resíduos em estações
terceirizadas, a atenção no transporte deve levar em consideração algumas
regulamentações da ANTT, como a Resolução nº 5.947, de 1º de junho de 2021.

ATPP e ATRP para Transportadores de Produtos e Resíduos Perigosos, é uma


solicitação e projetos para Autorização De Transporte De Produtos Perigosos-ATPP
e Autorização de Transporte de Resíduos Perigosos-ATRP.

A ATPP é um documento emitido pelo IMA/AL necessário para transportadores de


produtos perigosos tais como transporte de combustíveis, botijões de GLP, gases
industriais, produtos químicos em geral.

A ATRP é um documento emitido pelo IMA/AL necessário para transportadores de


resíduos perigosos tais como transporte de óleo lubrificante usado, resíduos de
limpeza de fossa, resíduos de construção civil entre outros.
P
ara solicitação entre outros é exigido o Plano de emergências para transporte
rodoviário de produtos ou resíduos perigosos – PET

São exigências da lei estadual 6787 e da resolução 420 da ANTT para todo
transportador de produtos ou resíduos químicos e perigosos em geral .

A norma determina que o transporte pode ser realizado somente por veículos e
equipamentos que não apresentem contaminação proveniente de outro produto
perigoso em seu exterior; e que atendam as características técnicas e operacionais
previstas nesta instrução.

Ainda ressalta que a empresa geradora deve exigir do transportador o uso de veículo
em boas condições operacionais e adequados para a carga a ser transportada, com
um condutor aprovado em curso específico para tal atividade.

• Tratamento e destinação

Na fase de tratamento e destinação cabem as diretrizes da Política Nacional de


Resíduos Sólidos (Lei Nº 12.305/10) e da Resolução CONAMA Nº 430/11. A PNRS
determina que em toda essa gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser
observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente
adequada aos rejeitos.

Já a resolução CONAMA 430 dispõe sobre a classificação dos corpos de água e


diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições
e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

29
Mesmo em casos onde os efluentes são enviados para tratamento em unidades
terceirizadas, as indústrias metalúrgicas devem se atentar aos processos e condições
da destinação final conforme essas normativas.

Isso porque a empresa geradora ainda é corresponsável pelo resíduo e pode ter
graves prejuízos financeiros e de imagem, caso haja algum incidente decorrente de
passivos ambientais inadequadamente gerenciados.

A comprovação de um tratamento adequado e destinação final ambientalmente


adequada deve ser comprovada através do CDF - Certificado de Destinação Final.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Site: info.opersan.com.br
Link:https://info.opersan.com.br/geracao-a-destinacao-efluentes-das-industrias-
metalurgicas - Acesso em 28/08/2022 as 19h
Site: https://www.terraambientalal.com.br/
Link:https://www.terraambientalal.com.br/atpp-e-atrp-para-transportadores-de-
produtos-e-residuos-perigosos/ - Acesso em 29/08/2022 as 19h15

6. ISO 16001 - RESPONSABILIDADE SOCIAL

6.1 Objetivo

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos relativos a um sistema da gestão da


responsabilidade social, permitindo à organização formular e implementar uma política
e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros, seus compromissos
éticos e sua preocupação com a:

- promoção da cidadania;
- promoção do desenvolvimento sustentável; e
- transparência das suas atividades.

Esta Norma tem por objetivo prover às organizações os elementos de um sistema da


gestão da responsabilidade social eficaz, passível de integração com outros requisitos
de gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objetivos relacionados com os
aspectos da responsabilidade social. Não se pretende criar barreiras comerciais não-
tarifárias, nem ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização.

30
Esta Norma não prescreve critérios específicos de desempenho da responsabilidade
social e se aplica a qualquer organização que deseje:

a) implantar, manter e aprimorar um sistema da gestão da responsabilidade social;

b) assegurar-se de sua conformidade com a legislação aplicável e com sua política da


responsabilidade social;

c) apoiar o engajamento efetivo das partes interessadas;

d) demonstrar conformidade com esta Norma ao:

- Realizar uma autoavaliação e emitir autodeclaração da conformidade com esta


Norma;

- Buscar confirmação de sua conformidade por partes que possuam interesse na


organização;

- Buscar confirmação da sua autodeclaração por uma parte externa à organização; ou

- Buscar certificação do seu sistema da gestão da responsabilidade social por uma


organização externa.

Os requisitos desta Norma são genéricos para que possam ser aplicados a todas as
organizações. A sua aplicação dependerá de fatores como a política da
responsabilidade social da organização, a natureza de suas atividades, produtos e
serviços e da localidade e das condições em que opera.

6.2 Requisitos do sistema da gestão da responsabilidade social

• Requisitos gerais

A organização deve estabelecer, implementar, manter e continuamente aprimorar um


sistema da gestão da responsabilidade social, de acordo com os requisitos desta
Norma. Quando forem efetuadas exclusões de requisitos desta Norma, não será
aceita reivindicação da conformidade com esta.

• Política da responsabilidade social

A Alta Administração deve definir a política da responsabilidade social da organização,


consultando as partes interessadas, e assegurando que esta:

a) seja apropriada à natureza, escala e impactos da organização;

b) inclua o comprometimento com a promoção da ética e do desenvolvimento


sustentável;

31
c) inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção de
impactos adversos;

d) inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e demais requisitos


subscritos pela organização;

e) forneça a estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas da


responsabilidade social;

f) seja documentada, implementada e mantida;

g) seja comunicada para todas as pessoas que trabalham para, ou em nome da,
organização;

h) esteja disponível para o público; e

i) seja implementada por toda a organização.

• Planejamento

Aspectos da responsabilidade social A organização deve estabelecer, implementar e


manter procedimentos documentados para identificar as partes interessadas e suas
percepções, bem como os aspectos da responsabilidade social que possam ser
controlados e sobre os quais presume-se que tenha influência, a fim de determinar
aqueles que tenham, ou possam ter, impacto significativo, positivo ou negativo.

A organização deve assegurar que os aspectos relacionados a estes impactos


significativos sejam abrangidos ao estabelecer, implementar e manter o seu sistema
da gestão da responsabilidade social. A organização deve manter essas informações
documentadas e atualizadas.

• Requisitos legais e outros

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar


e ter acesso à legislação aplicável a seus aspectos da responsabilidade social e outros
requisitos por ela subscritos.

• Objetivos, metas e programas

A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas


documentados da responsabilidade social, em funções e níveis relevantes dentro da
organização, bem como em relação às demais partes interessadas.

32
Ao estabelecer e revisar seus objetivos, a organização deve considerar os requisitos
legais e outros requisitos, seus aspectos significativos, suas opções tecnológicas,
seus requisitos financeiros, operacionais e comerciais, os meios sociais e culturais em
que a organização está inserida, bem como a visão das partes interessadas sobre as
suas atividades e os impactos decorrentes.

Os objetivos e metas devem ser compatíveis com a política da responsabilidade social


e devem contemplar, mas não se limitar a:

a) boas práticas de governança;


b) combate à pirataria, sonegação, fraude e corrupção;
c) práticas leais de concorrência;
d) direitos da criança e do adolescente, incluindo o combate ao trabalho infantil;
e) direitos do trabalhador, incluindo o de livre associação, de negociação, a
remuneração justa e benefícios básicos, bem como o combate ao trabalho forçado;
f) promoção da diversidade e combate à discriminação (por exemplo: cultural, de
gênero, de raça/etnia, idade, pessoa com deficiência);
g) compromisso com o desenvolvimento profissional;
h) promoção da saúde e segurança;
i) promoção de padrões sustentáveis de desenvolvimento, produção, distribuição e
consumo, contemplando fornecedores, prestadores de serviço, entre outros;
j) proteção ao meio ambiente e aos direitos das gerações futuras; e
k) ações sociais de interesse público.

A organização deve estabelecer, implementar, manter e documentar programas para


atingir seus objetivos e metas da responsabilidade social. Esses programas devem
incluir:

a) atribuição de responsabilidades às funções e níveis relevantes da organização para


se atingirem os objetivos e metas; e
b) meios e prazos nos quais estes devem ser atingidos

• Recursos, regras, responsabilidade e autoridade

A Alta Administração deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para


estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema da gestão da responsabilidade
social. Os recursos abrangem recursos humanos, qualificações específicas,
tecnologia, recursos de infra-estrutura e recursos financeiros.

As funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e


comunicadas, a fim de facilitar uma gestão eficaz da responsabilidade social.

33
A Alta Administração da organização deve nomear representante(s) específico(s) que,
independentemente de outras atribuições, deve(m) ter funções, responsabilidades e
autoridade definidas para:

a) assegurar que os requisitos do sistema da gestão da responsabilidade social sejam


estabelecidos, implementados e mantidos de acordo com esta Norma; e

b) relatar à Alta Administração o desempenho do sistema da gestão da


responsabilidade social, para análise, como base para o aprimoramento do sistema
da gestão da responsabilidade social.

• Implementação e operação

➢ Competência, treinamento e conscientização

A organização deve assegurar a competência, por meio de educação, treinamento ou


experiência apropriados, de qualquer pessoa que realize tarefas para esta, ou em seu
nome, e que possa causar impactos significativos.

A organização deve identificar as necessidades de treinamento associadas com seus


aspectos e com o seu sistema da gestão da responsabilidade social.

A organização deve fornecer o treinamento ou adotar ações para atender às


necessidades levantadas, mantendo registros.

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados


que façam com que as pessoas que trabalham para esta, ou em seu nome, estejam
conscientes:

a) da importância da conformidade com a política da responsabilidade social,


procedimentos e requisitos do sistema da gestão da responsabilidade social;
b) dos impactos significativos, reais ou potenciais de suas atividades e dos benefícios
ao meio ambiental, econômico e social resultantes da melhoria do seu desempenho
pessoal;
c) de suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com a política da
responsabilidade social, procedimentos e requisitos do sistema da gestão da
responsabilidade social; e
d) das potenciais conseqüências da inobservância de procedimentos operacionais
especificados.

A organização deve manter registros adequados de educação, treinamento e


experiência.

34
➢ Comunicação

Com relação aos aspectos da responsabilidade social e sistema da gestão da


responsabilidade social, a organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimentos para:
a) comunicação interna entre os vários níveis e funções da organização;
b) recebimento, documentação e resposta às comunicações pertinentes das partes
interessadas externas; e
c) elaboração e divulgação periódica de documento, envolvendo as partes
interessadas, contendo no mínimo as informações relevantes sobre:

- o sistema da gestão da responsabilidade social;


- os objetivos e metas da responsabilidade social; e
- as ações e resultados da responsabilidade social.

➢ Controle operacional

A organização deve identificar e planejar aquelas operações que estão associadas


aos aspectos da responsabilidade social significativos, de forma a assegurar que são
executadas sob condições especificadas, por intermédio de:

a) estabelecimento, implementação e manutenção de procedimentos documentados,


quando a ausência destes puder levar a desvios em relação à política e objetivos e
metas da responsabilidade social;
b) definição de critérios operacionais nos procedimentos documentados; e
c) definição e revisão periódica de planos de contingência para as situações em que
houver potencial de danos.

• Requisitos de documentação

➢ Generalidades

A documentação do sistema da gestão da responsabilidade social deve incluir:

a) declarações documentadas da política da responsabilidade social e dos objetivos e


metas da responsabilidade social;
b) manual do sistema da gestão da responsabilidade social;
c) procedimentos documentados, documentos e registros requeridos por esta Norma;
d) procedimentos documentados, documentos e registros definidos pela organização
como necessários para assegurar o planejamento, a operação e o controle eficazes
de seus processos relacionados com a responsabilidade social.

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Manual do sistema da gestão da responsabilidade social

A organização deve estabelecer e manter um manual da responsabilidade social que


inclua:

a) política da responsabilidade social, ou referência a esta;


b) objetivos e metas da responsabilidade social, ou referência a estes;
c) escopo do sistema da gestão da responsabilidade social;
d) procedimentos documentados requeridos por esta Norma, ou referência a estes; e
e) descrição e interação dos elementos principais do sistema da gestão da
responsabilidade social

➢ Controle de documentos

Os documentos requeridos pelo sistema da gestão da responsabilidade social e por


esta Norma devem ser controlados. Registros são um tipo especial de documento e
devem ser controlados de acordo com os requisitos apresentados.
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s)
documentado(s) para:

a) aprovar documentos quanto à sua adequação, antes de sua emissão;


b) analisar, atualizar e reaprovar documentos, se necessário;
c) assegurar que as alterações e a situação da revisão atual dos documentos sejam
identificadas; d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis
estejam disponíveis nos locais de uso;
e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis;
f) assegurar que os documentos de origem externa sejam identificados e que sua
distribuição seja controlada; e
g) evitar o uso não intencional de documentos obsoletos e aplicar identificação
adequada nos casos em que forem retidos por qualquer propósito.

➢ Controle de registros

A organização deve estabelecer e manter registros para prover evidências da


conformidade com os requisitos de seu sistema da gestão da responsabilidade social
e com esta Norma. A organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimento(s) documentado(s) para identificação, armazenamento, proteção,
recuperação, tempo de retenção e descarte dos registros.

• Medição, análise e melhoria

➢ Monitoramento e medição

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A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados
para monitorar e medir, em base regular, as características principais de suas
relações, processos, produtos e serviços que possam ter um impacto significativo.
Tais procedimentos devem incluir o registro de informações para acompanhar o
desempenho, controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos
e metas da responsabilidade social da organização

➢ Avaliação da conformidade

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para avaliação


periódica do atendimento à legislação e demais requisitos por esta subscritos. Ações
corretivas devem ser tomadas conforme. A organização deve manter registros destas
avaliações.

➢ Não conformidade e ações corretivas e preventiva

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para tratar


não-conformidades, reais e potenciais, e implementar ações corretivas e preventivas.

Os procedimentos devem incluir:

a) identificar e corrigir não-conformidades e adotar ações para mitigar impactos;


b) investigar não-conformidades, determinar suas causas e adotar ações para evitar
a recorrência destas (incluindo as manifestações das partes interessadas);
c) avaliar a necessidade de ações para prevenir não-conformidades e implementar
ações apropriadas para evitar a ocorrência destas;
d) registrar os resultados das ações corretivas e preventivas adotadas; e
e) avaliar criticamente a eficácia das ações corretivas e preventivas adotadas.

As ações adotadas devem ser adequadas à magnitude dos problemas e proporcionais


ao impacto verificado.
A organização deve analisar criticamente as ações corretivas e preventivas adotadas
e quaisquer mudanças devem ser documentadas.

➢ Auditoria interna

A organização deve assegurar que as auditorias internas do sistema da gestão da


responsabilidade social sejam conduzidas a intervalos planejados para:

a) determinar se o sistema da gestão da responsabilidade social:

- está em conformidade com as disposições planejadas para a gestão da


responsabilidade social, inclusive com os requisitos desta Norma; e

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- tem sido devidamente implementado e mantido;

b) fornecer informações à Alta Administração sobre os resultados das auditorias.


O programa de auditoria deve ser planejado, estabelecido, implementado e mantido
pela organização, considerando a importância das operações envolvidas e os
resultados de auditorias anteriores.

Procedimentos de auditoria devem ser estabelecidos, implementados e mantidos para


tratar:

- as responsabilidades e requisitos para o planejamento e condução das auditorias, o


relato de resultados e a manutenção de registros; e

- a determinação dos critérios, escopo, freqüência e métodos de auditoria.

A seleção dos auditores e a execução de auditorias devem assegurar a objetividade


e a imparcialidade do processo de auditoria.

➢ Análise pela Alta Administração

A Alta Administração deve analisar o sistema da gestão da responsabilidade social,


em intervalos planejados, para assegurar sua contínua pertinência, adequação e
eficácia. Essa análise deve incluir a avaliação de oportunidades para melhoria e
necessidade de mudanças no sistema da gestão da responsabilidade social, incluindo
política da responsabilidade social e objetivos e metas da responsabilidade social.

Os registros das análises pela Alta Administração devem ser mantidos.

As entradas para a análise devem incluir, entre outras:

a) resultados das auditorias internas do sistema da gestão da responsabilidade social,


das avaliações sobre a conformidade legal e demais avaliações;
b) comunicação com as partes interessadas, incluindo sugestões e reclamações;
c) desempenho da responsabilidade social da organização;
d) situação das ações corretivas e preventivas;
e) acompanhamento das ações oriundas de análises anteriores pela Alta
Administração;
f) circunstâncias de mudanças, inclusive de requisitos legais e outros associados com
os aspectos da responsabilidade social; e
g) recomendações para melhoria.

As saídas da análise pela Alta Administração devem incluir quaisquer decisões e


ações relacionadas a possíveis mudanças na política da responsabilidade social, nos

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objetivos e metas e em outros elementos do sistema da gestão da responsabilidade
social.

Estas saídas da análise devem ser consistentes com o compromisso de melhoria


contínua.

Importância da ISO 16001

Considerando objetivos como crescimento (de volume de vendas e faturamento) e


melhora de posicionamento no mercado, certificações desse tipo podem fazer
bastante diferença para o sucesso do negócio, visto que elas atestam a
responsabilidade da marca com diversas causas sociais e ambientais, conferindo
muito mais credibilidade e confiabilidade à companhia.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Site: www.linkana.com
Link:https://www.linkana.com/blog/iso16001/#:~:text=A%20ISO%2016001%20%C3%
A9%20uma,a%20veracidade%20das%20suas%20pr%C3%A1ticas. Acesso em
28/08/2022 as 20h

Site: http://www.crea-sc.org.br/
Link: http://www.crea-sc.org.br/portal/arquivosSGC/NBR%2016001.pdf Acesso em
28/08/2022 as 20h20

7. A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA E QUALIDADE DE


VIDA DO TRABALHO
A abordagem da segurança, saúde e qualidade de vida tem se mostrado cada vez
mais emergente e de grande importância na atualidade corporativa. Muitos
administradores já perceberam que melhorar a qualidade de vida e a segurança de
seus colaboradores torna a organização mais saudável e competitiva.

O conceito tem sido utilizado como forte indicador do grau de satisfação das pessoas
que desempenham um trabalho. Sua efetiva aplicação implica em um profundo
respeito pelo colaborador. É importante disponibilizar aos colaboradores ferramentas
que passam por educar, treinar e proporcionar a eles o equilíbrio dos hábitos que
interferem na sua segurança, saúde e qualidade de vida.

Hoje há uma unanimidade na certeza que o fator humano é o elemento diferenciador


para o crescimento de uma corporação. Uma empresa que busca ser competitiva, em
mercados cada vez mais globalizados, precisa criar um ambiente onde o trabalhador

39
sinta-se bem ao desempenhar suas funções. Isto exige cada vez mais a necessidade
de se investir em programas e ferramentas que priorizem a segurança e a qualidade
de vida no trabalho.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Site: longevidade.ind.br
Link: https://longevidade.ind.br/noticia/a-importancia-da-seguranca-e-qualidade-de-
vida-no-trabalho/ - Acesso em 28/08/2022 as 20h35

8. NBR 7195 CORES PARA SEGURANÇA

Esta Norma estabelece as cores a serem utilizadas na prevenção de acidentes, para


identificar e advertir contra riscos. Esta Norma não se aplica aos resíduos de serviço
de saúde.

• Requisitos gerais
A indicação dos riscos por meio de cores não dispensa a utilização em outras formas
de prevenção de acidentes.

• Requisitos específicos
Cores
As cores aplicadas nesta Norma são as seguintes:
a) vermelha; e) azul;
b) laranja; f) violeta;
c) amarela; g) branca;
d) verde;

Vermelha

É a cor empregada para identificar e distinguir equipamentos de proteção e


combate a incêndio, e sua localização, bem como os acessórios destes
equipamentos (válvulas, registros, filtros etc.).
A cor vermelha não pode ser utilizada para indicar perigo.

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A cor vermelha também é utilizada em sinais de parada obrigatória e de
proibição, bem como nas luzes de sinalização de tapumes, barricadas etc., e em
botões para paradas de emergência.
Nos equipamentos de soldagem oxiacetilênica, a mangueira de acetileno deve
ser de cor vermelha (e a de oxigênio de cor verde).

Laranja

É a cor utilizada para indicar “perigo”, podendo ser utilizada na pintura completa
ou com contraste (faixa).
Deve ser utilizada em equipamentos de salvamento aquático, como boias
circulares, coletes salva-vidas, flutuadores salva-vidas, baleeiras, botes de
resgate e similares.
Recomenda-se a utilização quando a apreciação de riscos indicar e for
tecnicamente viável. Por exemplo, em partes móveis de máquinas e
equipamentos.

Amarela

É a cor utilizada para indicar “advertência”.


Recomenda-se a utilização, por exemplo, em:
a) corrimãos, parapeitos e rodapé de escadas;
b) faixas no piso de entrada de elevadores de carga e plataformas de carga;
c) meios-fios ou diferenças de nível onde haja necessidade de chamar atenção;
d) faixas de circulação conjunta de pessoas e empilhadeiras, máquinas de
transporte de cargas e outros veículos similares;
e) faixas em torno das áreas de sinalização dos equipamentos de combate a
incêndio;
f) partes superiores e laterais de passagens que apresentem risco;
g) equipamentos de transporte e movimentação de materiais, pontes rolantes,
pórticos e caçambas;
h) pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e
equipamentos onde apresentem risco de colisão;

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i) cavaletes, cancelas e outros dispositivos para bloqueio de passagem;
j) faixas de delimitação de áreas destinadas à armazenagem;
k) fundos de letreiros em avisos de advertência.

Verde

É a cor utilizada para caracterizar “condição segura”.


Deve ser utilizada para identificar, por exemplo:
a) localização de caixas de equipamentos de primeiros socorros e emergência;
b) caixas contendo equipamentos de proteção individual;
c) chuveiros de emergência e lava-olhos;
d) localização de macas;
e) faixas de delimitação de áreas seguras quanto a riscos mecânicos;
f) sinalização de portas de entrada das salas de atendimento de urgência;
g) sinalização para rota de fuga.
Nos equipamentos de soldagem oxiacetilênica, a mangueira de oxigênio deve
ser de cor verde (e a de acetileno de cor vermelha).

Azul

É a cor utilizada em sinais de ação obrigatória, por exemplo, uso de EPI


(equipamento de proteção individual) ou outras ações similares.

Violeta

É a cor utilizada para indicar os perigos provenientes das radiações penetrantes


e partículas nucleares. É empregada, por exemplo, em:
a) portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam
materiais radioativos ou contaminados por materiais radioativos;
b) locais onde tenham sido enterrados materiais radioativos e equipamentos
contaminados por materiais radioativos;

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c) recipientes de materiais radioativos ou refugos de materiais radioativos e
equipamentos contaminados por materiais radioativos;
d) sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações
eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.

Branca

É a cor utilizada, por exemplo em:


a) faixas para demarcar passadiços, passarelas e corredores pelos quais
circulam exclusivamente pessoas;
b) áreas em torno dos equipamentos de primeiros socorros e outros
equipamentos de emergência.

• Cores de contraste
Recomenda-se o uso das cores de contraste da Tabela 1, para se melhorar a
visibilidade da sinalização.

As cores de contraste também podem ser utilizadas na forma de listras,


contornos ou quadrados, para destacar a visibilidade, porém a sua área não
pode ultrapassar 50 % da área total.

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• Especificação das cores
A especificação das cores constantes nesta Norma obedece aos padrões RAL e
Munsell, conforme a Tabela 2

• Tolerâncias
São admitidas pequenas variações nas três propriedades da cor (tonalidade ou
hue; luminosidade ou value; saturação ou chroma). As referências de 3.3
destinam-se mais a evitar que se use, indiferentemente, qualquer uma das
inúmeras cores que correspondem a uma mesma denominação (vermelha, por
exemplo), do que à necessidade de estabelecer um padrão rigoroso, na prática
sem benefício ponderável à segurança.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Site: segurancadotrabalhoacz.com.br
Link:https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nbr
7195/#:~:text=Vermelha%20%C3%A9%20a%20cor%20empregada,ser%20ide
ntificados%20na%20cor%20amarela. - Acesso em 29/08/2022 as 22h

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