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PGR
Programa de Gerenciamento de
Riscos Inventário de Riscos e Plano de
ação

BARCO DE PESCA SEIVAL III

CLIOMED MEDICINA DO TRABALHO SERVICOS MEDICOS HOSPITALARES


LTDA.
Rua Lauro Muller, 616 - Centro - Itajaí/S
BARCO DE PESCA SEIVAL III
886.607.299-00
Endereço
Travessa Paulo Malburg,204– Barra do Rio, Itajaí
88305-440

CNAE
0311-6/01 - Pesca de peixes em água salgada
Grau de Risco 3

Caracterização da embarcação pesqueira e da modalidade de pesca

Número de Inscrição Autoridade Naval 4450055331


Tipo de Embarcação Pesqueiro- Fishing Vessel
Área de Navegação Cabotagem
Atividade/Serviço Pesca
Casco Madeira
Ano de Construção 1980
Tipo de Propulsão Motor
Potência do Motor 240,00 HP
Arqueação Bruta 62,00
Comprimento Total 25,88
Boca 5,68
Calado (carregado) 2,10

Método de pesca: Cerco/Traineira

Descrição do método: Após a localização do cardume, um bote auxiliar, denominado de caíco , é lançado ao mar pela popa da
embarcação principal, detendo uma das extremidades da rede de pesca. Enquanto o caíco permanece parado, a embarcação
principal realiza o cerco do cardume liberando a rede pela popa. Após o cerco realizado, o fundo da rede é fechado mediante o
recolhimento do cabo de fundo pelo guincho de convés.

Com o recolhimento da rede realizado pelo guincho "power block" a bolsa formada ao redor do cardume é reduzida e o pescado é
trazido próximo à embarcação para a despesca. O cardume é retirado do interior do cerco pelo cesto (sarico), operado
mecanicamente por um guincho instalado no convés.

Após a despesca o pescado é embarcado, diretamente para o porão de armazenamento, onde será conservado no gelo.

Petrecho: Rede de cerco.

MÉTODO DE CONSERVAÇÃO DO PESCADO:

O pescado é conservado na salmoura. O sal é dissolvido na água do mar (água limpa) que permanece refrigerada através de
trocadores de calor. A embarcação possui um tanque de amônia com volume de 80 L, utilizado no processo de resfriamento da
salmoura. O processo de resfriamento é realizado por um conjunto de bombas de sucção, acionadas da casa de máquinas, que
circulam a solução no sistema de resfriamento da embarcação.

PROCESSO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL:


O abastecimento de combustível (óleo diesel) é realizado por empresa especializada, não havendo exposição de nenhum membro
da tripulação aos riscos inerentes à operação.

PROCESSO DE DESCARGA DOS PESCADOS:

Descrição do processo: Um cesto é inserido no interior da tina manualmente. O objetivo da haste metálica é mergulhar o cesto na
tina, com o intuito de retirar a maior quantidade de peixes. O içamento do cesto é realizado por intermédio do guincho do convés.

PROCESSO DE MANUTENÇÃO DA EMBARCAÇÃO:

Este processo envolve a manutenção da embarcação como um todo, incluindo a execução de serviços preventivos e corretivos dos
motores; inspeção e manutenção nos equipamentos de bordo (sistemas de guinchos, geradores, bombas, compressores etc.); na
estrutura da embarcação (casco, convés, áreas de vivência, porão de armazenamento etc.) limpeza e recuperação de tanques
reservatórios de água e combustível; pintura da embarcação.

Os serviços de manutenção são realizados em terra, sempre que a embarcação retorna de uma viagem. As operações de
manutenção são realizadas por trabalhadores especializados de empresas terceiras, ou que possuem vínculo empregatício com o
armador em outro estabelecimento. Não há participação de membros da tripulação nos processos de manutenção.
Introdução PGR

1. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) engloba a multiplicidade de ações que têm como intuito a prevenção de
acidentes e doenças potencialmente desencadeadas no ambiente laboral. O GRO é regulamentado pela Norma
Regulamentadora N° 1, aprovada pela PORTARIA 6.730, de 9 de março de 2020 e que estabelece os requisitos mínimos a
serem implementados por empregadores e empregados a fim de antecipar, identificar, avaliar, classificar e controlar riscos
ocupacionais.

O Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (PGR), por sua vez, refere-se ao conjunto de abordagens sistemáticas
que objetivam a implementação estruturada de todas as atividades diretamente relacionadas ao GRO. Em outras palavras, o
PGR articula e organiza as ações para uma implementação concreta e eficaz do GRO.

Trata-se de um Programa dinâmico e continuado, composto, basicamente, por dois documentos: Inventário de Riscos e Plano
de Ação. O primeiro consolida a identificação de todos os perigos e avaliação dos respectivos riscos ocupacionais do
estabelecimento. Este deverá ser alvo de constante atualização por parte da organização, levando-se em conta a dinâmica de
alterações ocorridas nos diversos aspectos que a compõem.

O Plano de Ação, constituído com base no Inventário de Riscos, contemplará todas as medidas recomendadas para o controle
dos riscos ocupacionais caracterizados e estabelecerá, minimamente, as medidas de controle propriamente ditas e sua
priorização, os responsáveis pela tomada de ação e o prazo para sua execução. Espera-se do Plano de Ação um documento
altamente dinâmico, atualizado e que se adapte às constantes alterações do Inventário de Riscos.

Este relatório é constituído por 3 documento: O texto base do PGR; O Inventário de Riscos do PGR; e o Plano de Ação do PGR.
Num primeiro momento, a documentação busca determinar o Inventário de Riscos do estabelecimento, concebido após as
etapas de levantamento preliminar, identificação de perigos, avaliação e classificação dos riscos ocupacionais e proposição de
medidas de controle de riscos. Posteriormente, buscou-se estabelecer o Plano de Ação com as medidas preventivas a serem
adotadas ou aprimoradas com vistas a controlar os riscos anteriormente identificados. Os dois documentos - Inventário de
Riscos e Plano de Ação - conforme mencionado, configuram o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) da organização.

Vale ressaltar que as informações descritas no presente relatório refletem a situação encontrada no momento das inspeções
técnicas realizadas no estabelecimento. Sendo assim, é de essencial importância que a organização promova a reavaliação dos
riscos ocupacionais mediante mudanças significativas nos processos de produção, no ambiente ou na organização do trabalho,
mantendo atualizados o Inventário de Riscos e o Plano de Ação.

2. OBJETIVOS

O principal objetivo do PGR é estruturar e direcionar as ações de implementação do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. O
GRO visa identificar, avaliar e caracterizar os riscos ocupacionais e, posteriormente, propor medidas para eliminar ou
neutralizar tais riscos.

Como objetivos secundários, cita-se:

• Antecipar riscos ocupacionais em potencial, relacionados com mudanças significativas do processo de trabalho;
• Identificar os perigos e riscos existentes no ambiente de trabalho, caracterizando as fontes geradoras e os efeitos adversos
à saúde e a segurança do trabalhador.
• Avaliar a concentração ou a intensidade dos riscos, comparando-as com os limites dispostos na legislação;
• Classificar os riscos ocupacionais de acordo com a probabilidade de sua ocorrência e severidade dos possíveis danos,
estabelecendo o grau de risco.
• Priorizar as medidas de prevenção de acordo com a classificação do grau de risco.
• Atender aos requisitos legais vigentes em matéria de saúde e segurança do trabalho, em especial as Normas
Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria N° 3.214/1978.
3. ETAPAS DO PGR

3.1. Levantamento preliminar de perigos

O levantamento preliminar de perigos reconhece e avalia os potenciais perigos ocupacionais de uma atividade ainda não
iniciada. A etapa deverá ser aplicada de forma preliminar à novos projetos, instalações, adoção de novos processos de
trabalho, alterações significativas de leiaute, utilização de novos produtos químicos ou matérias-primas e toda e qualquer
atividade que apresente o potencial de introduzir novos riscos ocupacionais ao processo.

O principal objetivo da análise preliminar é buscar eliminar ou neutralizar perigos já na fase de projetos, de forma que novos
riscos não sejam inseridos no ambiente laboral. Sendo assim, é responsabilidade da organização garantir que toda modificação
nos processos e no ambiente laboral seja previamente analisada.

3.2. Identificação de perigos

Esta etapa do PGR visa identificar os perigos existentes no ambiente de trabalho, as fontes ou as circunstâncias pelas quais
estes perigos são gerados e as possíveis consequências à saúde e a integridade física da população de colaboradores exposta.

O processo de identificação de perigos ocorre por meio de inspeção técnica nos locais de trabalho. Durante o processo de
vistoria técnica, busca-se observar e caracterizar os aspectos do estabelecimento que influenciam, direta ou indiretamente, na
ocorrência de perigos e respectivos riscos ocupacionais, como, por exemplo:

• A estrutura física do estabelecimento;


• Os setores de produção;
• A organização do trabalho;
• As máquinas, equipamentos e ferramentas utilizados;
• Os produtos químicos utilizados;
• Os processos de trabalho;
• As tarefas prescritas e tarefas reais.

A observação sistemática do ambiente de trabalho e das atividades realizadas, permite ao profissional de SST identificar os
perigos e os possíveis riscos que se revelarem durante o período da inspeção. Neste sentido, é determinante para a correta
identificação de perigos, que os aspectos encontrados pelo técnico responsável no momento da inspeção reflitam as condições
normais de trabalho, sem nenhuma modificação significativa. Ainda neste âmbito, ressalta-se a responsabilidade da
organização de gerenciar os riscos que potencialmente passem a existir, na ocorrência de modificações significativas nos
processos normais de trabalho.

3.2.1 Consulta e comunicação com os trabalhadores

A percepção dos trabalhadores quanto aos riscos ocupacionais a que estão expostos, configura aspecto importante na etapa de
identificação dos riscos, sendo fundamental a participação da população de colaboradores, seja de maneira direta, ou através
de representantes, como por exemplo, os membros da CIPA.

Durante o processo de inspeção in loco, os trabalhadores foram consultados e suas percepções acerca dos riscos consideradas
para fins de identificação e caracterização das condições de trabalho e dos riscos ocupacionais.

A organização é responsável por estabelecer a sistemática de consulta e comunicação com os trabalhadores sobre assuntos
relacionados à sua saúde e segurança. Os resultados dados do PGR deverão ser amplamente divulgados a todos os
funcionários, da forma que o empregador julgar mais eficiente.

3.3. Avaliação de riscos

A avaliação dos riscos ocupacionais é o processo pelo qual estima-se o nível de risco, permitindo ao avaliador estabelecer a
necessidade de tomada de ações de controle e, adicionalmente, definir prioridades quanto a adoção de tais medidas.

3.3.1. Avaliação qualitativa

A avaliação qualitativa caracteriza-se pela percepção do avaliador quanto à ocorrência de um risco ocupacional. Aplica-se a
todos os riscos ocupacionais, inclusive àqueles cujos limites de tolerância são estabelecidos na legislação e, por este motivo,
deverão ser avaliados quantitativamente.

A avaliação qualitativa permite a adoção de medidas de controle de maneira antecipada, caso a percepção do avaliador indique
a necessidade de tomada de ações de prevenção anteriormente às avaliações quantitativas.

3.3.2. Avaliação quantitativa

A quantificação da intensidade ou da concentração dos agentes de riscos se dá por meio de um processo de avaliação
quantitativa. De maneira geral, os resultados das avaliações quantitativas são comparados aos valores e limites prescritos na
legislação, com o objetivo de determinar se o agente de riscos configura risco ocupacional propriamente dito.

A avaliação quantitativa é fundamental para a correta caracterização da exposição dos trabalhadores aos agentes de riscos e
para determinar a realização de atividades em condições insalubres, conforme disposto da NR-15. Assim sendo, quando
identificada a necessidade de realização de avaliação quantitativa durante a etapa de identificação de perigos ou avaliação
qualitativa de riscos, é responsabilidade da organização providenciá-la.

Adicionalmente, as avaliações quantitativas embasam a classificação dos riscos ocupacionais em diferentes níveis, permitindo
assim a priorização na tomada de ações de controle que comporão o Plano de Ações do PGR.

A necessidade de avaliação quantitativa de agentes de riscos específicos será indicada no plano de ação do PGR, ficando a
cargo da organização a execução da mesma. Os prazos para a realização da avaliação quantitativa também serão
recomendados no plano de ação, seguindo os critérios de priorização para a tomada de ações.

3.4. Classificação dos riscos

Nesta etapa do PGR, cada risco ocupacional identificado nas etapas anteriores será classificado de acordo com níveis de risco.
O objetivo desta classificação é determinar se o risco ocupacional é aceitável, sendo necessária apenas a manutenção e o
monitoramento das condições de trabalho, ou se ações de prevenção adicionais serão necessárias para reduzir o nível de risco
a um patamar que não seja prejudicial aos trabalhadores expostos.

A classificação dos riscos leva em consideração a gradação da probabilidade de ocorrência de danos ou agravos à saúde
relacionados ao risco ocupacional e a gradação da severidade destes danos ou agravos.

3.4.1. Critérios para gradação da probabilidade

A probabilidade de ocorrência de danos ou agravos à saúde dos trabalhadores considera os requisitos estabelecidos em Normas
Regulamentadoras, as medidas de prevenção já implementadas, as exigências da atividade e a comparação do perfil de
exposição ocupacional com valores de referência estabelecidos na legislação.

A probabilidade será classificada em:


3.4.2. Critérios para a gradação da severidade

A severidade do dano ou agravo à saúde leva em consideração o número de trabalhadores potencialmente afetados e a
magnitude da consequência.

A severidade será classificada em:

3.4.3. Nível de Risco/Matriz de Riscos

O nível de risco ocupacional é determinado pela combinação da severidade dos danos ou agravos à saúde e integridade física
com a probabilidade de sua ocorrência. A combinação das gradações de severidade e probabilidade é representada
graficamente através de uma matriz de riscos 4x4, estruturada com base na matriz de riscos propostas pela Norma Britânica
BS 8800 (1996).
As possíveis combinações da matriz de riscos correspondem a 5 níveis de riscos distintos:

3.5. Controle de riscos

É responsabilidade da organização a implementação de medidas preventivas para eliminar, reduzir ou controlar os riscos
ocupacionais identificados. A adoção de medidas preventivas leva em conta os aspectos previstos nas Normas
Regulamentadoras, os resultados da avaliação e da classificação de riscos ocupacionais e a relação entre os riscos e as doenças
e agravos à saúde estipulados pelo monitoramento da saúde do trabalhador.

A aplicação das medidas preventivas seguirá, obrigatoriamente, a seguinte hierarquia:

• Eliminação do risco ocupacional;


• Medidas de proteção coletiva;
• Medidas administrativas de prevenção;
• Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

As medidas de controle administrativas e individuais, serão implementadas quando comprovada a inviabilidade técnica da
adoção de medidas de caráter coletivo, ou quando estas estiverem em fase de implementação, ou ainda, quando necessitarem
de complementação.

A adoção de medidas de controle deverá ser registrada e seu funcionamento continuamente monitorado, a fim de garantir sua
eficácia.
3.5.1 Critérios para tomada de decisão

A implemetação das ações de controle de riscos respeitará aos seguintes critérios:


As medidas de controle de riscos classificados como críticos ou como intoleráveis, quando atreladas à severidade
"extremamente prejudicial" ou "altamente prejudicial", serão tomadas de forma imediata, sendo proibida a continuidade
da tarefa antes da tomada da ação.

Medidas de controle de simples implementação, que tenham sido previamente implementadas pela organização ou que
sejam conhecidas pela mesmo e que não envolvam recursos financeiros significativos, serão implementadas de maneira
imediata.

As medidas de controle de riscos deverão obedecer a seguinte hierarquia de implementação de acordo com a
classificação dos riscos:

1) Controle de riscos críticos.


2) Controle de riscos intoleráveis.

3) Controle de riscos toleráveis.


4) Monitoramento/Controle de riscos aceitáveis e insignificantes.

3.5.2 Equipamentos de Proteção Individual

A organização será responsável pela aquisição, fornecimento, troca, manutenção e higienização dos EPI. Também é
responsabilidade do empregador instruir os trabalhadores quanto ao uso correto, guarda e conservação dos EPI, conforme
estabelecido pela NR-6 - Equipamentos de Proteção Individual.
Os EPI serão recomendados após a avaliação dos riscos ocupacionais, conforme a exposição do trabalhador e o grau de
atenuação necessário.

3.6. Atendimento a emergências

A organização estabelecerá procedimentos para a identificação e o atendimento aos cenários de emergência conforme o
disposto nas normas regulamentadoras. Os procedimentos devem levar em consideração as atividades da empresa e os riscos
inerentes à atividade. Devem ainda, conter, minimamente:

• Os recursos para a prestação de primeiros socorros e abandono do local de risco;


• O encaminhamento de acidentados para tratamento necessário;
• As medidas de necessárias para o atendimento de eventos de maior magnitude, como, por exemplo, incêndios, explosões,
eventos naturais, se aplicável.

4. REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DE DADOS

O inventário de riscos deverá ser mantido constantemente atualizado por responsabilidade da organização, que manterá
registros de todas as alterações por um período mínimo de 20 (vinte) anos.

Os dados do PGR deverão permanecer no estabelecimento, a disposição dos trabalhadores, da fiscalização e das autoridades
competentes.

A forma de divulgação dos dados do PGR será definida pela organização, devendo ser escolhida a que melhor atenda as
necessidades dos trabalhadores.

5. INTEGRAÇÃO COM O PCMSO E COM OUTROS PROGRAMAS

A observância das normas de SST é primordial para o direcionamento apropriado do GRO e para a tomada de decisões em
relação à prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Baseado nessa premissa, faz-se fundamental a
integração do PGR com os demais documentos, programas e planos voltados à saúde e segurança ocupacional - em especial o
PCMSO.

O PGR configura-se na fonte basal de informações para a elaboração do Plano de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) que, por sua vez, sistematiza o monitoramento da saúde do trabalhador exposto à riscos ocupacionais por meio de
exames e procedimentos médicos. Desta forma, alterações concretizadas no PGR terão o potencial de acarretar alterações no
PCMSO da organização.

6. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E EMPRESAS TERCEIRAS

As informações contidas neste PGR deverão ser comunicadas para todos os prestadores que por ventura vierem a executar
seus serviços no estabelecimento.

Os riscos gerados por empresas terceirizadas que prestem serviços no estabelecimento de forma contínua serão
considerados, obrigatoriamente, neste PGR, sendo responsabilidade da organização a solicitação dos riscos ocupacionais
inseridos no estabelecimento por empresas terceiras.

Os riscos contidos neste PGR deverão ser comunicados, obrigatoriamente, à empresa que por ventura contratar os serviços
da organização.

7. ORDEM DE SERVIÇO
O empregador deverá emitir a Ordem de Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho, elaboradas com base nos riscos
ocupacionais identificados e avaliados no estabelecimento onde os serviços são prestados, para todos os empregados
registrados.
A Ordem de Serviço de SST é um documento que prescreve instruções quanto às precauções para evitar acidentes do trabalho
ou doenças ocupacionais. Nela são descritos todos os riscos ocupacionais aos quais o trabalhador estará exposto durante a
execução de suas tarefas, as medidas de controle obrigatórias e os procedimentos de segurança a serem seguidos , além de
estabelecer as medidas a serem tomadas em casos de acidentes do trabalho.

8. CAPACITAÇÃO E TREINAMENTOS EM SST


O empregador deve promover capacitação e treinamento dos trabalhadores, em conformidade com o disposto nas
Normas Regulamentadoras.
Os treinamentos iniciais devem ser realizados antes do empregadado inicar a execução dos serviços, salvo os casos nos quais
a legislação prevê um prazo para a execução dos treinamentos. Os treinamentos periódicos serão executados conforme a
periodicidade prevista em norma.
Os conteúdos programáticos, a carga horária mínima, a necessidade de realização de conteúdo prático ou exercícios
simulados e possibilidade de realização dos treinamentos na modalidade de ensino à distância (EAD) estão previstas nas
Normas Regulamentadoras.
Inventário de
Riscos
Introdução

INVENTÁRIO DE RISCOS DO PGR

Os dados coletados durante levantamento técnico realizado no estabelecimento, incluindo as etapas de identificação, avaliação,
classificação e adoção de medidas de controle de riscos foram consolidados no inventário de riscos do estabelecimento.

O inventário que compõe o presente PGR contém, basicamente, as seguintes informações:

• Caracterização dos processos e ambientes de trabalho;


•Caracterização das atividades executadas;

•Descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou
circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos,
e descrição de medidas de prevenção implementadas;
•Dados do levantamento preliminar de perigos ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos e
os resultados da avaliação ergonômica preliminar;
•Avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação;
•Critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.

O inventário de riscos que compõe este PGR foi elaborado com base no levantamento técnico realizado no estabelecimento e
nas informações adicionais fornecidas pela organização. A atualização do inventário de riscos deve ser contínua, de forma que
todas as alterações ocorridas na organização e que de alguma maneira afetem a exposição dos trabalhadores de forma
significativa sejam analisadas e tenham seus riscos devidamente avaliados.

A constante reavaliação e atualização do Inventário de Riscos é responsabilidade exclusiva da organização.


UNIDADE CONTRATANTE

JOSE GILVANIO BARRETO


555.978.155-04
Endereço
Julia da Costa Flores,444 – Gravatá, Penha
88385-000

BARCO DE PESCA SEIVAL III


886.607.299-00
Endereço
Travessa Paulo Malburg, 204– Barra do Rio, Itajaí
88305-440

CNAE
0311-6/01 - Pesca de peixes em água salgada
Grau de Risco 3

Dimensionamento CIPA NR-5


Titular Suplente Designado
Previsto 0 0 1
Atual 0 0 0
SETORIZAÇÃO DA EMBARCAÇÃO

Convés da embarcação

Área descoberta da embarcação, onde são executadas as atividades de pesca propriamente ditas.
A partir do convés da embarcação são executados os processos de lançamento e recolhimento das redes de pesca e despesca do
pescado.
No convés encontra-se instalado o guincho de tambor duplo, utilizado no recolhimento das redes após o arrasto. O guincho pode
ser operado do convés ou a partir do passadiço.
Há iluminação artificial, composto por luminárias de LED, para a iluminação do convés durante o período noturno.

O acesso ao porão de armazenamento se dá por uma abertura no convés da embarcação. A abertura permanece fechada enquanto
não houverem atividades sendo realizadas no porão de armazenamento.

Passadiço

Local onde estão instalados os comandos, e os sistemas de navegação e comunicação da embarcação.


O ambiente é separado dos outros setores da embarcação e é isolado, térmica e acusticamente.
O mestre do barco tem, a partir do passadiço, visão das ações referentes aos principais processos relacionados à pesca executados
na embarcação e da navegação propriamente dita.

Por meio de câmeras de vídeo, o mestre da embarcação tem visão geral da situação e dos serviços realizados na sala de máquinas.

Não há sistema específico de comunicação entre os ocupantes do passadiço e o restante da tripulação.

Há um sistema de alarme de emergências (sirene) que pode ser acionado a partir do passadiço.

Cozinha

Instalada na casaria da embarcação, o local é destinado à preparação das refeições da tripulação, mantido sob responsabilidade do
Pescador-Cozinheiro.

A iluminação da cozinha é natural/artificial e a ventilação é apenas natural.

O fogão é dotado de mecanismo que impede a movimentação indesejada de panelas e utensílios utilizados na cocção.

Os vasilhames de GLP, utilizado no fogão, permanecem no exterior da casaria e é canalizado até o fogão por meio de tubulação de
cobre, conforme normativas técnicas.

Os armários utilizados para guarda de utensílios e mantimentos são dotados de travamento que impedem a abertura acidental das
portas e a consequente queda dos materiais.

A cozinha possui refrigerador específico para o armazenamento de mantimentos em baixas temperaturas.

Sala de máquinas

A sala de máquinas abriga os motores principal e auxiliar e os geradores da embarcação.

Além dos motores e geradores, a sala de máquinas possui bombas, compressores, painéis elétricos de comando, bateria de
acumuladores, equipamentos hidráulicos, tubulações, acesso aos tanques de óleo lubrificante e combustível.

O acesso à sala de máquinas se dá por meio de uma escada fixa, dotada de corrimão.

O acesso a sala de máquina é restrito ao motorista de pesca e ao mestre do barco e somente trabalhadores autorizados poderão
ingressar no local.

A iluminação do local é artificial e a ventilação do local é realizada por meio de exaustores de ar.

A sala de máquinas é dotada de extintores de incêndio de dióxido de carbono e PQS.

Porão de armazenamento
Área da embarcação utilizada para o armazenamento do pescado em baixas temperaturas, o porão de armazanamento é
subdividido em tinas de fibra de vidro, que comportam o pescado capturado conservado na salmoura.

As tinas não são projetadas para a permanência dos trabalhadores, embora eventualmente haja a necessidade de adentrar no local
para realizar algum tipo de manutenção ou até mesmo auxiliar no processo de descarga do pescado.
RELAÇÃO DE CARGOS E DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES

Pescador/Pescador Profissional
Número de funcionários: 3

 Executar tarefas próprias da detecção e captura do pescado


 Preparar os apetrechos de pesca
 Manejar redes e outros instrumentos para capturar o pescado
 Efetuar os trabalhos de conservação do pescado
 Manutenção da organização e limpeza do barco
 Reparar redes e demais apetrechos de pesca
 Participar das manobras do barco e de outras tarefas de bordo.

Pescador Cozinheiro
Número de funcionários: 1

Todas as atribuições da função de pescador, além de:

 Realizar o preparo de todas as refeições da tripulação


 Criar lista de compras de alimentos e mantimentos
 Organizar o estoque de alimentos e mantimentos
 Manter a cozinha limpa e organizada

Pescador Gelador
Número de funcionários: 1

Todas as atribuições do cargo de pescador, além de:

 Realizar o processo de conservação do pescado com solução de Metabissulfito de Sódio 5%


 Estocar o pescado de forma organizada e bem distribuída nas caixas de estocagem
 Organizar as caixas com o pescado no interior da câmara fria
 Auxiliar no processo de descarregamento do pescado.

Motorista de Pesca Costeira


Número de funcionários: 1

Todas as atribuições do cargo de pescador, além de:

 Operar as máquinas propulsoras, manipulando os comandos de acordo com ordens recebidas, para possibilitar a
movimentação da embarcação
 Operar e conservar outras máquinas de bordo, como geradores, guinchos, bombas e compressores
 Realizar a manutenção preventiva e corretiva das máquinas propulsoras e auxiliares, bem como de outros equipamentos,
procedendo à regulagem, lubrificação e reparos, para assegurar suas perfeitas condições de funcionamento durante o
período da pesca,
 Realizar revisões periódicas nos circuitos elétricos, para garantir a distribuição de energia elétrica pelos diversos setores do
barco,
 Manter a sala de máquina limpa e organizada.

Mestre/Patrão de Pesca
Número de funcionários: 1

 Executar tarefas de armação, condução e comando da embarcação e da captura do pescado em regiões ao longo da costa
ou em alto mar
 Proceder às manobras de zarpagem, navegação e atracamento, observando as normas de segurança e as condições de
navegabilidade
 Supervisionar o abastecimento de água, combustível, gelo, sal e viveres, garantindo as provisões necessárias às operações
de pesca
 Determinar o local da pesca
 Supervisionar as operações de recolhimento do pescado a bordo, a conservação do mesmo e o descarregamento do barco
 Zelar pela segurança da navegação, do barco e da tripulação
 Inspecionar os equipamentos de bordo, bem como os instrumentos de detecção e captura, certificando-se do bom estado
desses equipamentos
 Orientar o lançamento/recolhimento de redes e outros petrechos de pesca
 Zelar pela embarcação e tripulação, fazendo cumprir as normas de navegação, higiene do barco, regulamento de bordo e
outras exigências, para assegurar a normalidade dos trabalhos.
PROCESSO DE TRABALHO - Abastecimento de combustível.
A embarcação possui um motor principal movido à diesel. O mesmo combustível é utilizado no motor auxiliar e nos geradores de energia. O processo de
abastecimento dos tanques da embarcação é realizado por empresa especializada. O mestre/patrão de pesca acompanha o processo de abastecimento
da embarcação e forma indireta. Não há participação direta de nenhum membro da tripulação no processo de abastecimento da embarcação.
TAREFA 1: Abastecimento da embarcação
Avaliação e
Medidas
gradação de Medidas de
Fonte/ População de
Perigo Risco Lesões/Agravos Exposição Risco / Matriz Controle Ação
Circunstância exposta Controle
* Existentes
Propostas
P S GR
Equipamentos de
prevenção e
Ignição Líquido Queimaduras, combate a
Incêndio Mestre (1) Ocasional AI EP RA Manter N/A
acidental inflamável asfixia, morte. incêndios
(extintores classe
B e C).
Os responsáveis
pela atividade
Exposição aos Efeito narcótico;
Mestre (1) permanecem em
Óleo vapores Abastecimento de náuseas; dores Monitorar/
Trabalhador Ocasional AI MP RI local bem N/A
Diesel orgânicos óleo diesel de cabeça; pode Manter
terceirizado(1) ventilado durante
desprendidos causar câncer.
o processo de
abastecimento.
PROCESSO DE TRABALHO – Preparo da salmoura
A água utilizada para o preparo da salmoura é bombeada para o interior das tinas quando o barco atinge a região de águas limpas. O Sal é misturado à
água para o preparo da solução. Neste processo, executado pelo pescador especializado, os perígos limitam-se às exigências ergonômicas
identificadas no momento do levantamento manual dos sacos de sal, que pesam 25 Kg.
TAREFA 1: Manuseio da mangueira que transporta o gelo para o enchimento das baias.
Avaliação e
Medidas
gradação de
Fonte/ de Medidas de
População Exposiçã Risco /
Perigo Risco Circunstânci Lesões/Agravos Controle Ação Controle
exposta o Matriz *
a Existente Propostas
G
P S s
R
Orientação aos
trabalhadores
quanto aos
métodos de
levantamento
Levantament Lesões Pescador
Movimentaçã Sacos de sal IM M Implementa manual de
o manual de osteomusculares Profissional(1 Ocasional RA N/A
o de sacas. com 25 Kg. P P r carga,
cargas. . )
consederando
as
individualidade
s de cada
colaborador.
PROCESSO DE TRABALHO - Navegação e operação da embarcação
A navagação da embarcação é um processo intrínseco ao processo mais amplo de pesca. Nesse processo há riscos específicos que deverão ser gerenciados,
de forma a controlar possíveis acidentes. Os principais riscos relacionados ao processo de navegação da embarcação e suas respectivas tarefas são descritos
na tabela abaixo:
TAREFA 1: Navegação da embarcação
Avaliação
e
Medidas de Medidas de
Fonte/ População gradação
Perigo Risco Lesões/Agravos Exposição Controle Ação Controle
Circunstância exposta de Risco /
Existentes Propostas
Matriz *
P S GR
Correto
balanceamento
Distribuição de cargas.
Perdas
Perda de incorreta de Limite máximo
Instabilidade da materiais e Toda a Manter e
estabilidade cargas. Permanente AI EP RT de carga N/A
embarcação humanas tripulação monitorar
e Naufrágio Excesso de respeitado.
irreverssíveis
peso Equipamentos
de salvamento
e emergência.
Equipamentos
Instalar
Combustíveis de prevenção
Manter medidas detector de
líquidos e Danos (extinotres)
aplicadas/ incêndios
Danos na inflamáveis. irreverssíveis na Mangote
Toda a Implementar (fumaça) na
Incêndio embarcação/ embarcação. Permanente AI EP RT Trabalhadores
tripulação medidas sala de
Naufrágio Sistema Queimaduras. capacitados
complementare máquinas,
elétrico Asfixia para operar
s cozinha e
defeituoso. equipamentos
camarotes
de combate.
Sistema de
acumuladores
Ausência de
Falha no de bateria
energia Perdas Toda a A Manter e
Sistema elétrico sistema Permanente AI RA ligado na N/A
elétrica na materiais tripulação P monitorar
elétrico instalação
embarcação
elétrica
principal.

Desabastecimento Ausência de Mal Desidratação, Toda a Permanente A AP RA O abastecimento Manter e N/A


materiais,
(alimentos, de combustível,
água potável viveres e água
e potável é
combustível) planaejamento realizado com
fundamentai de má nutrição tripulação I base na duração monitorar
s para a suprimentos máxima da
continuidade viagem, com
da viagem margem de
em condições segurança de 10%.
adequadas.
Realizar avaliação
quantitativa de
Exposição ao
Emissão de Monóxido de
monóxido de
fumaça Carbono. Instalar
Monóxido de carbono Toda a A
contendo CO Asfixia Permanente EP RT N/A Implementar dispositivo de
Carbono acima dos tripulação I
pelo motor a detecção de
Limites de
combustão concentração de
tolerância
moóxido de
carbono.
PROCESSO DE TRABALHO - Preparo das refeições
O preparo das refeições é atribuição do Pescador Cozinheiro, que prepara, no mínimo, 3 refeições diárias aos integrantes da tripulação. Para tanto, utiliza-se
dos métodos de cocção mais comumente utilizados: fritar, ferver, cozinhar, assar, grelhar entre outros. Os equipamentos e ferramentas utilizados no
processo de preparo das refeiçõe são, basicamente: Fogão à gás (GLP), panelas, facas, garfos e outros objetos pontiagudos e acessórios de cozinha em geral.
TAREFA 1: Descascar e cortar alimentos
Avaliação e
Fonte/ gradação de Medidas de
Lesões/ População Medidas de Controle
Perigo Risco Circunstânci Exposição Risco / Matriz Controle Ação
Agravos exposta Propostas
a Existente
P S Grau
Contato do Manuseio de
Objetos Pescador Facas Disponibilizar luva
corpo com objetos Cortes e M
cortantes e Cozinheir - P RT mantidas Implementar anticorte (malha de
partes cortantes cortantes e perfurações. P
perfurantes o (1) afiadas. aço) para o cargo.
e perfurantes. perfurantes.
TAREFA 2: Cozer os alimentos
Avaliação e
Fonte/ gradação de Medidas de
Lesões/ População Medidas de Controle
Perigo Risco Circunstânci Exposição Risco / Matriz Controle Ação
Agravos exposta Propostas
a Existente
P S Grau
Contato com Manuseio de Queimadura
Superfícies e objetos e objetos, s de Pescador Disponibilizar luva de
M
ingredientes materiais ingredientes primeiro, Cozinheir - P RT N/A Implementar proteção contra calor
P
aquecidos demasiadament e utensílios segundo e o (1) de contato
e aquecidos aquecidos. terceiro
Calçado de
Piso Piso sujo de Traumas Pescador
M proteção Manter/
escorregadi Escorregões óleos e leves e Cozinheir - I RA N/A
P antiderrapant Monitorar
o gorduras moderados o (1)
e
Contato de Queimadura
Gás
combustíveis s de Pescador
Princípio de inflamável, Manter/
líquidos e primeiro, Cozinheir - AI AP RA N/A N/A
Incêndio gorduras Monitorar
gasosos com a segundo e o (1)
inflamáveis
chama do fogão. terceiro
PROCESSO DE TRABALHO - Captura do pescado (pesca propriamente dita)
O processo de pesca propriamente disso inicia-se com a localização do cardume. O mestre posiciona a embarcação principal e lança o caíco ao mar com 2 tripulantes. O caíco
permanece parado, portanto uma das extremidades da rede, enquanto a embarcação principal faz o cerco ao cardume, deslocando-se em velocidade constante e lançando
as redes de cerco ao mar.
Com o cardume cercado, o guincho powerblock inicia o recolhimento da rede, reduzindo o tamanho do cerco e aproximando o cardume da embarcação.
Quando próximo o suficiente da embarcação, os peixes são retirados do interior do cerco por meio do sarico (espécie de cesto), que é interligado ao guincho da embarcação
por meio de um cabo de fibra sintética.
TAREFA 1: Lançamento das redes
Avaliação e
Medidas de Medidas de
População gradação de
Perigo Risco Fonte/Circunstância Lesões/Agravos Exposição Controle Ação Controle
exposta Risco / Matriz
Existente Propostas
P S Grau
Pescador/
Vestimentas de
Exposição à Queimaduras; Pescador
Radiação não- Implementa mangas
radiação Radiação solar Insolação; profissional() Intermitente QC MP RT Protetor Solar
ionizante r compridas com
solar câncer de pele Pescador
proteção UV
Cozinheiro (1)
Equipamentos
de salvamento Implementar
Movimentos da Pescador/ (colete, boia e procedimento de
Proximidade
embarcação / Pescador balsa salva- inspeção
com as Afogamento, Manter /
Queda no mar Agarramento pelo profissional() - I AP RT vidas). periódica dos
bordas da hipotermia. Monitorar
contato com partes Pescador Treinamento equiamentos de
embarcação
móveis Cozinheiro (1) de salvamento salvamento e
de homem ao resgate.
mar (NR 30)
Equipamentos
Implementar
Contato com de salvamento
Pescador/ procedimento
cabos Lesões e (colete, boia e
Pescador operacional de
sintéticos no traumas balsa salva- Manter /
Agarramento Partes móveis profissional() - I AP RT segurança para a
momento do moderados e vidas). Monitorar
Pescador etapa de
lançamento graves Treinamento
Cozinheiro (1) lançamento das
da rede de salvamento
redes.
(NR 30)
Pescador/
Queda no Pescador
Queda de Movimentos da Manter /
convés da Traumas leves profissional() - P LP RA N/A N/A
mesmo nível embarcação Monitorar
embarcação Pescador
Cozinheiro (1)
TAREFA 2: Recolhimento das redes
Avaliação e
Medidas de Medidas de
População gradação de
Perigo Risco Fonte/Circunstância Lesões/Agravos Exposição Controle Ação Controle
exposta Risco / Matriz
Existente Propostas
P S Grau
Contato com
cabos de aço
Traumas, Pescador/ Instalar botão de
sintéticos no Partes móveis do Implementa
Agarramento fraturas, Pescador - I AP RT N/A parada de
momento do guincho r
amputação profissional (3) emergência
recolhimento
da rede
Rompimento Pescador/ Procedimento
de cabos de Içamento de cargas Traumas Pescador para inspeção de
Queda de Implementa
aço e de com cabos de moderados e profissional() - I AP RT N/A equipamentos e
objetos r
fibra tração graves Pescador acessórios de
sintética Cozinheiro () içamento.
TAREFA 3: Despesca
Avaliação e
Medidas de Medidas de
Fonte/ Lesões/ População gradação de
Perigo Risco Exposição Controle Ação Controle
Circunstância Agravos exposta Risco / Matriz
Existente Propostas
P S Grau
Contato com Animais capturados Mordeduras,
Animais Luvas de Manter /
animais nas redes da ferroadas, Pescador (3) - P LP RA N/A
marinhos proteção Monitorar
marinhos. embarcação envenenamento
Agarramento Contato com Partes móveis de Traumas, Pescador (3) - I AP RT N/A Implementa Implementar
cabos de aço máquinas e fraturas, r procedimento e
sintéticos no equipamentos. amputação instrução de
momento do trabalho quanto
recolhimento ao recolhimento
da rede e das redes.
com as Treinar os
partes funcionários
móveis do envolvidos quanto
guincho. a operação dos
equipamentos de
tração.
Instalar botão de
parada de
emergência.

PROCESSO DE TRABALHO - Armazenamento do pescado capturado.


Os peixes são transferidos do sarico para as tinas de salmoura. As tinas são abastecidas através dos agulheiros, pequenas aberturas no convés. Para facilitar a
entrada do pescado, um funil é acoplado à entrada do agulheiro.
TAREFA 1: Organização do pescado nas urnas em camadas intercaladas de gelo e pescado.
Avaliação e
gradação Medidas de Medidas de
Fonte/ Lesões/ População
Perigo Risco Exposição de Risco / Controle Ação Controle
Circunstância Agravos exposta
Matriz Existentes Propostas
P S GR
Trabalho em Traumas Pescador/ Manter
Queda de Trabalho em Calçado
piso leves e Pescador - I MP RA medidas N/A
mesmo nível piso molhado antiderrapante
escorregadio moderados profissional() existentes
EPI contra
umidade:
Pés de
Pescador/ Calçado, Manter
Salmoura/Água imersão,
Umidade Contato água Pescador Intermitente I LP RI macacão com medidas N/A
do mar problemas
profissional(2) bota acoplada existentes
de pele.
e luvas
impermeável

Pescador/ Procedimento
Rompimento Içamento de
Traumas Pescador para inspeção de
Queda de de cabos de cargas com
moderados profissional() - I AP RT N/A Implementar equipamentos e
objetos aço e de fibra cabos de
e graves Pescador acessórios de
sintética tração
Cozinheiro () içamento.
PROCESSO DE TRABALHO - Operação da sala de máquinas
A operação da sala de máquinas é responsabilidade do Motorista de Pesca. Na sala de máquinas da embarcação estão instalados os motores, geradores, baterias, bombas,
compressores, painéis elétricos e de comando e outras máquinas e equipamentos que mantém o funcionamento dos sistemas da embarcação. A sala de máquinas é um
ambiente altamente ruidoso e com temperaturas acima das recomendadas para fins de conforto térmico. Por tais motivos, a permanência dos trabalhadores no ambiente não
é contínua e sim intermitente.
A sala de máquinas é dotada de câmeras, que podem ser monitoradas através de monitores instalados no passadiço.
TAREFA 1: Operação das máquinas que mantém o funcionamento dos sistemas da embarcação
Avaliação
e gradação Medidas de
Fonte/ Lesões/ População
Perigo Risco Exposição de Risco / Controle Ação Medidas de Controle Propostas
Circunstância Agravos exposta
Matriz * Existentes
P S GR
Exposição
Protetor auditivo
ao ruído Emissão dos
tipo concha
acima dos motores,
(CA:43878)
limites de geradores e Motorista
Intermitent Atenuação de 23 Manter/
Ruído segurança outros PAINPSE de Pesca P MP RT N/A
e dB NRRsf Monitorar
103 dB(A) equipamentos (1)
em instalados na
Controle do tempo
medição sala de máquinas
de exposição.
pontual.
Contato Óleos
Motorista
com lubrificantes de Dermatites de Fornecer creme de proteção contra
Óleos de Pesca - P MP RT N/A Implementar
óleos máquinas e contato agentes químicos
(1)
minerais equipamentos

Correias, polias, Lesões e


Proteções com
Partes móveis Contanto zonas de traumas
Motorista barreiras físicas
de máquinas com agarramento e graves, A Manter/
de Pesca - AP RA que impedem o N/A
e partes prensagem dos incluindo I Monitorar
(1) acesso às zonas
equipamentos móveis motores e fraturas e
perigosas
compressores amputações
Irritação e Implementar procedimento de
Vazamento de
queimaduras atendimento à emergência, em caso
Exposição amônia do Motorista
nas vias A de vazamento.
Amônia ao gás sistema de de Pesca Eventual EP RT N/A Implementar
aéreas, I
amônia refrigeração da (1) Máscara facial inteira com filtro
intoxicação e
salmoura químico para gás amônia (NH3)
asfixia.
PROCESSO DE TRABALHO – Descarga do pescado
O processo de descarga inicia-se com a chegada da embarcação no local que irá receber o pescado capturado. Com a utilização de uma haste metálica de cerca de 5 metros
de comprimento, o cesto (sarico) é introduzido nas tinas de armazenamento. O cesto com os peixes é içado até o convés pelo guincho de convés. O pescado é transferido
do cesto diretamente para a esteira de transporte, que leva o pescado para o interior da indústria de pescados.
Neste processo, observou-se esforço intenso dos pescadores no momento da introdução do cesto na tina com auxílio da haste metálica.
TAREFA 1: Enchimento das caixas plásticas de pescado.
Avaliação e
gradação de
Fonte/ Lesões/ População Medidas de Medidas de Controle
Perigo Risco Exposição Risco / Ação
Circunstância Agravos exposta Controle Existentes Propostas
Matriz*
P S GR
Contato
Queimaduras
direto com a Pescador/
Exposição à de frio; Manter
salmoura à Pescador EPI impermeável:
Frio baixas eritemas; Ocasional I LP RI medidas N/A
baixas profissional
tempreaturas vasoconstrição existentes
temperaturas (3)
.
(-9°C)

Pés de Pescador/ EPI contra umidade:


Entrada na tina Manter
imersão, Pescador Calçado
Umidade de Salmoura Ocasional P LP RA medidas N/A
problemas de profissional impermeável, luvas
armazenamento existentes
pele. (3) impermeáveis.

Pescador/ O processo permite Manter/


Inserção do cesto
Esforços Natureza da Dor muscular Pescador pausas para a Monitorar
(sarico) na tina de Ocsional I MP RA N/A
intensos tarefa e fadiga profissional recuperação medidas
armazenamento.
(3) muscular. existentes

Pescador/
Trabalho em Manter
Queda de Trabalho em piso Traumas leves Pescador Calçado
piso - I MP RA medidas N/A
mesmo nível molhado e moderados profissional antiderrapante
escorregadio existentes
(1)
TAREFA 2: Lavagem do pescado e transporte das caixas até a esteira.
Avaliação e
gradação de
Fonte/ Lesões/ População Medidas de Medidas de Controle
Perigo Risco Exposição Risco / Ação
Circunstância Agravos exposta Controle Existentes Propostas
Matriz*
P S GR
Manter
Queda de Trabalho em piso Piso Traumas leves Calçado
Pescador (3) - I MP RA medidas N/A
mesmo nível molhado escorregadio e moderados antiderrapante
existentes

Pés de EPI contra umidade:


Processo de Manter
imersão, Calçado
Umidade Contato água lavagem do Pescador (3) Ocasional I LP RI medidas N/A
problemas de impermeável, luvas
pescado existentes
pele. impermeáveis.

Adoção de
movimentos
incômodos
durante o Natureza da O processo permite Manter/
Postura manuseio da pá tarefa/ Dor muscular pausas para a Monitorar
Pescador (3) Ocasional I LP RI N/A
inadequada para a Ferramenta e fadiga recuperação medidas
transferência de inadequada muscular. existentes
gelo das baias
para as caixas de
armazenamento
O processo permite Manter/
Levantamento Levantar caixas Dores e leões
Natureza da pausas para a Monitorar
manual de de pescado musculares e Pescador (3) Ocasional I MP RA N/A
cargas
tarefa recuperação medidas
manualmente. fadiga
muscular. existentes
PROCESSO DE TRABALHO – Manutenção da embarcação
O processo de manutenção da embarcação é realizado apenas com a embarcação em terra ou atracada. Apenas pequenos reparos são realizados durante o
período de viagem. Todos os serviços de manutenção são realizados por empresa especializada, sem a participação de membros da tripulação.
As manutenções em terra são realizadas uma vez ao ano, aproximadamente. Esta manutenção contempla reformas na estrutura da embarcação (incluindo o
casco), pintura, retirada de equipamentos que necessitam passar por serviços especificos, desmontagem do motor, troca de equipamentos entre outras
atividades.
As manutenções realizadas com a embarcação atracada normalmente envolvem serviços relacionados aos motores e sistema elétrico da embarcação, além de
pequenos reparos na estrutura, sem envolver serviços no casco.
P = Probabilidade S = Severidade GR = Gradação do Risco
AI = Altamente improvável I = Improvável P = Provável QC = Quase Certo
LP = Levemente Prejudicial MP = Moderadamente Prejudicial AP = Altamente Prejudicial EP = Extremamente Prejudicial
RI = Risco Insignificante RA = Risco Aceitável RT = Risco Tolerável RIT = Risco Intolerável RC = Risco Crítico
Conclusão do Inventário de Riscos do PGR

Os elementos presentes neste inventário de riscos configuram a base para a estruturação do Plano de Ações do PGR.

As informações inseridas neste Inventário de Riscos refletem a situação encontrada no momento das inspeções técnicas
realizadas no estabelecimento e as informações adicionais prestadas pela organização.

Qualquer alteração significativa no leiaute do estabelecimento, no número de funcionários, nos serviços prestados, nas
atividades realizadas, nos procedimentos de trabalho, no maquinário e nos insumos utilizados ou ainda qualquer alteração que
tenha potencial de inserir novos riscos ocupacionais ou alterar aqueles já avaliados, deverá se alvo de análise técnica, para que
o processo contínuo de avaliação dos riscos seja colocado em prática.
Plano de
Ação
Introdução

PLANO DE AÇÃO DO PGR

O Plano de Ação do PGR estabelece as medidas de prevenção que deverão ser implementadas, aprimoradas ou mantidas pela
organização a fim de eliminar, reduzir ou controlar os riscos ocupacionais inseridos no Inventário de Riscos. É responsabilidade
da organização a definição de um cronograma que organize a tomada de ações, priorizando aquelas relacionadas aos riscos
que apresentam níveis mais elevados, de acordo com Inventário de Riscos.

Todas as ações previstas no Plano de Ação e implementadas pela organização deverão ser registradas e continuamente
monitoradas, de forma a confirmar sua eficácia, ou promover os ajustes necessários para tal.

O Plano de Ações conterá as seguintes informações:

•A ação a ser implementada pela organização;


•O responsável pela implementação da medida de ação;
•Os prazos para a implementação da medida de ação, respeitando a priorização, de acordo com o nível de risco definido no
Inventário de Riscos;
•A situação ou “status”, indicando se a ação já foi implementada, se está dentro do prazo ou se encontra-se pendente;
•A população de colaboradores a qual a medida de prevenção se aplica.

Ressalta-se que o Plano de Ação é estruturado com base nas informações contidas no Inventário de Riscos, desta forma,
qualquer alteração no Inventário acarretará, obrigatoriamente, na atualização do Plano de Ação.
Ação Risco relacionado Prioridade Responsável Prazo Situação
Instalar detector de incêndios (fumaça) na sala de máquinas e nos
Incêndio Planejar Armador 28/02/2022
camarotes
Realizar avaliação quantitativa de Monóxido de Carbono. Instalar
dispositivo de detecção de concentração de monóxido de Monóxido de carbono Planejar Armador 28/02/2022
carbono.
Contato com objetos Imediata (antes da
Disponibilizar luva anticorte (malha de aço) para o cozinheiro. Armador Imediato
cortantes próxima viagem)
Disponibilizar luva de proteção contra calor de contato para o Contato com superfícies Imediata (antes da
Armador Imediato
cozinheiro aquecidas próxima viagem)
Vestimentas de mangas compridas com proteção UV para todos Exposição à radiação Imediata (antes da
Armador Imediato
os tripulantes solar próxima viagem)
Implementar procedimento de inspeção periódica dos Queda no mar / Imediata (antes da
Armador Imediato
equipamentos de salvamento e resgate. Naufrágio próxima viagem)
Implementar procedimento operacional de segurança para a Queda no mar / Imediata (antes da
Armador Imediato
etapa de lançamento das redes. Agarramento próxima viagem)
Imediata (antes da
Instalar botão de parada de emergência Agarramento Armador Imediato
próxima viagem)
Procedimento para inspeção de equipamentos e acessórios de Rompimento de cabos e
Imediata (antes da
tração (guincho, roldanas, anilhas, alças, cordas, cabos de aço, acessórios de tração / Armador Imediato
próxima viagem)
cintas, ganchos etc.) Queda de Objetos
Implementar procedimento e instrução de trabalho quanto ao Imediata (antes da
Agarramento Armador Imediato
recolhimento das redes. próxima viagem)
Treinar os funcionários envolvidos quanto a operação dos Imediata (antes da
Agarramento Armador Imediato
equipamentos de tração. próxima viagem)
Fornecer creme de proteção contra agentes químicos para o Contato com óleos Imediata (antes da
Armador Imediato
motorista de pesca minerais. próxima viagem)
Implementar procedimento de atendimento à emergência, em Vazamento de amônia Imediata (antes da
Armador Imediato
caso de vazamento de amônia do sistema de refrigeração. (NH3) próxima viagem)
Vazamento de amônia Imediata (antes da
Máscara facial inteira com filtro químico para gás amônia (NH3) Armador Imediato
(NH3) próxima viagem)
Conclusão PGR

CONCLUSÃO DO PGR
O presente relatório apresentou o texto base, o Inventário de Riscos e o Plano de Ação referentes ao Programa de
Gerenciamento de Riscos da organização. A caracterização dos riscos e seus desdobramentos permanecerão válidos enquanto
as condições de trabalho se manterem como aquelas observadas e informadas durante os levantamentos de campo, inclusive
para a caracterização de atividades insalubres e perigosas.

As ações listadas no Plano de Ação têm por objetivo a eliminação, a redução ou o controle dos riscos ocupacionais identificados
e avaliados nas etapas do PGR. A implementação do PGR bem como a execução das ações recomendadas no Plano de Ação é
responsabilidade exclusiva da organização que, adicionalmente, deverá determinar o responsável pelas ações e os prazos para
o seu cumprimento, seguindo as indicações do Inventário de Riscos quanto à priorização das medidas de controle.

Reforça-se a necessidade de reavaliação e atualização contínuas do PGR e respectivos documentos por parte da organização.
Sempre que houverem alterações significativas nos processos, na organização ou no ambiente de trabalho o Inventário de
Riscos e, consequentemente, o Plano de Ação, deverão ser, obrigatoriamente, atualizados.

GUILHERME BAGATELLI BOZZ


Conselho de classe: CREA
123447 UF: PR
Especialidade: Engenheiro de Segurança

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