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Higiene do Trabalho

Prof.ª Cynthia
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1. INTRODUÇÃO
• A higiene ocupacional, com seu caráter prevencionista,
tem como objetivo fundamental atuar nos ambientes de
trabalho, aplicando princípios administrativos, de
engenharia e de medicina do trabalho no controle e
prevenção das doenças ocupacionais.

• Objetiva, também, detectar os agentes nocivos,


quantificando sua intensidade ou concentração e
propondo medidas de controle necessárias para
assegurar condições seguras para realização de
atividades laborais.

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1. INTRODUÇÃO

• Desenvolvimento tecnológico: benefícios e


conforto

• Outro lado: exposição dos trabalhadores a


diversos agentes potencialmente nocivos
(sob certas condições, podem provocar
doenças ocupacionais ou desajustes no
organismo decorrentes das condições de
trabalho).

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1. INTRODUÇÃO
• A higiene do trabalho também é denominada
higiene industrial ou higiene ocupacional.

• É a área em que os profissionais de segurança


exercerão grande parte de suas atividades
prevencionistas.

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2. HISTÓRICO
• Identificaram problemas ocupacionais: Hipócrates (séc.
IV a.C.), menções de doenças ocupacionais
(intoxicações por chumbo);
• Plinius Secundus (Plínio, o Velho), no século I, escreveu
que os fundidores envolviam as faces com bexigas de
animais, para não inalar as poeiras fatais;
• Agricola – 1556: descreveu as doenças e acidentes na
mineração, fundição e refino de metais, com medidas de
controle, incluindo ventilação;
• Bernardino Ramazzini (1713), tratado completo de
doenças ocupacionais.

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2. HISTÓRICO

• Muitos dos praticantes iniciais de higiene


industrial eram médicos, interessados na
diagnose e tratamento da doença, mas também
no controle dos riscos, para prevenção futura.

• Esses médicos trabalhavam com engenheiros e


outros cientistas interessados em saúde pública
e riscos ambientais.

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2. HISTÓRICO

• O divisor de águas para higiene e a medicina industrial


veio com o Factory Act britânico de 1901, que iniciou a
regulamentação das ocupações perigosas .
• Nos Estados Unidos destaca-se em 1910 a Dra. Alice
Hamilton, como pioneira no campo da doença
ocupacional, campo que era totalmente inexplorado até
então.
• O seu trabalho individual, que compreendia não só o
reconhecimento da doença, mas a avaliação e o
controle dos agentes causadores, deveria ser
considerada como o início da prática da higiene
industrial nos EUA.

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2. HISTÓRICO

• Em 1938, forma-se a ACGIH, então chamada Conferência


Americana de Higienistas Industriais Governamentais.

• E no Brasil?
– Criada oficialmente em 1966, a FUNDACENTRO teve
os primeiros passos de sua história dados no início da
década, quando a preocupação com os altos índices
de acidentes e doenças do trabalho crescia no
Governo e entre a sociedade.

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3. O que é Higiene Ocupacional?

• Visa à prevenção da doença ocupacional por meio da


antecipação, reconhecimento, avaliação e controle
dos agentes ambientais;

• “Ciência e arte devotada ao reconhecimento, à


avaliação e ao controle dos fatores e estressores
ambientais, presentes no local de trabalho ou oriundos
deste, os quais podem causar doença, degradação da
saúde ou bem-estar, ou desconforto significativo e
ineficiência entre os trabalhadores ou cidadãos de uma
comunidade” (OIT).

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Fases da Higiene Ocupacional

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3.1 Fases da higiene ocupacional
1. Antecipação:
• A antecipação consiste em ações realizadas antes da
concepção e instalação de qualquer novo local de
trabalho.
• Envolve a análise de projetos de novas instalações
(impacto ambiental, saúde ocupacional), equipamentos,
ferramentas, métodos ou processos de trabalho,
matérias-primas, ou ainda, de modificações.
• Exemplo: na compra de novos equipamentos
podemos especificar níveis de ruído máximos e a
obrigatoriedade de dispositivos de proteção
instalados.

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8.8.0....0...1c.1.64.psy-ab..4.0.0....0.lnc1STOAbkE#imgrc=SWfb-i2WcIDOiM:
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Antecipação – aquisição de grupo gerador com cabine acústica

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3.1 Fases da higiene ocupacional
2. Reconhecimento
• Visa identificar os diversos fatores ambientais relacionados aos
processos de trabalho, suas características (etapas, subprodutos,
rejeitos, produtos finais, insumos) e compreender a natureza e
extensão de seus efeitos no organismo dos trabalhadores e/ou meio
ambiente.
• O reconhecimento é um levantamento preliminar qualitativo dos
riscos ocupacionais e vai exigir um conhecimento extenso e
cuidadoso de processos, operações, matérias-primas utilizadas ou
geradas e eventuais subprodutos.
• O PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – NR 09), o
Mapa de Riscos Ambientais (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – NR 05) e técnicas de análise de riscos industriais são
importantes ferramentas de informação nessa etapa.

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Observação de uma atividade para reconhecimento dos riscos
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3.1 Fases da higiene ocupacional

3. Avaliação
• É o processo de avaliar e dimensionar a exposição dos
trabalhadores e a magnitude dos fatores ambientais.

• Nessa etapa, se estabelece o plano de monitoramento


(estratégia de amostragem) para avaliar
quantitativamente as fontes potenciais de exposição e a
eficiência das medidas de controle.

• A avaliação objetiva determinar a exposição, ou seja,


quantas vezes e por quanto tempo o trabalhador fica
exposto.

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3.1 Fases da higiene ocupacional

4. Controle
• Selecionar meios, medidas e ações (procedimentos de
trabalho) para eliminar, neutralizar, controlar ou reduzir,
a um nível aceitável, os riscos ambientais, a fim de
atenuar os seus efeitos a valores compatíveis com a
preservação da saúde, do bem-estar e do conforto.
• As medidas de controle podem estar relacionadas ao
ambiente de trabalho ou ao trabalhador.
• A hierarquia dos controles deve ser: Controle na fonte
do risco, Controle na trajetória do risco ( entre a fonte
e o receptor) e Controle no receptor (trabalhador).
,

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Controle: ventilação local exaustora de processo

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a) Controle na fonte do risco – melhor forma de controle. Deve ser a
primeira opção, envolve substituição de materiais e/ou produtos,
manutenção, substituição ou modificação de processos e/ou
equipamentos.

b) Controle na trajetória do risco (entre a fonte e o receptor) – quando


não for possível o controle na fonte, podemos utilizar barreiras na
transmissão do agente, tais como: barreiras isolantes, refletoras, sistemas
de exaustão, etc.

c) Controle no receptor (trabalhador) – as medidas de controle no


trabalhador só devem ser implantadas quando as medidas de controle na
fonte e na trajetória forem inviáveis, ou em situações emergenciais. Como
exemplo, podemos citar: educação, treinamento, equipamentos de
proteção individual, higiene, limitação da exposição, rodízio de tarefas, etc.

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ATIVIDADES EM SALA

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4. INSTITUIÇÕES DE PESQUISA NA
ÁREA DE HIGIENE OCUPACIONAL

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4.1 Entidades e Associações da Área
• ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists;

• OSHA – Segurança Ocupacional e Administração de Saúde

• AIHA – Associação Americana de Higiene Industrial

• NIOSH - National Institute of Occupational Safety and Health norte-


americano, governamental;

• No Brasil a FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de


Segurança e Medicina do Trabalho.

• ABHO – Associação Brasileira de Higiene Ocpacional

• MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

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