Descreva uma proposta de intervenção no contexto escolar para a questão acima
Focando nas demandas de Marcos e Antônio, tanto os professores,
quanto o corpo diretivo, pedagogos e até mesmo um psicólogo escolar, caso exista a figura deste último na escola, poderiam trabalhar em três frentes. A primeira delas diretamente com os dois alunos, para entender o que está acontecendo com eles, ouvindo-os. A partir disso, poder-se-ia trabalhar com as turmas dos dois alunos. No caso de Marcos, uma hipótese que pode ser levantada é do bullying, sofrido através de alunos mais velhos que desencadeou a agressividade e desinteresse nas aulas. Além disso, investigar se há outro motivo próprio, pessoal, tanto do ambiente escolar ou do ambiente familiar, tal como o menor tempo passado com o pai. Partindo disso, é possível realizar uma conversa com os envolvidos no caso da briga e das turmas dos mesmos, ressaltando a importância do respeito entre os estudantes e dos benefícios que a união traz ao ambiente escolar como um todo. Atividades em conjunto, multidisciplinares, como jogos poderiam fortalecer e incentivar a cooperação e trabalho em equipe. Para o caso de Antônio, a hipótese do bullying parece ser mais concreta, envolvendo a situação de estar acima do peso. Nessa situação, um trabalho de conscientização sobre o respeito as diferenças seria importante. Novamente, uma palestra com os alunos de todas as turmas e atividades lúdicas, onde os professores pudessem expor que as diferenças são importantes e que cada um pode utiliza-las conforme a sua aptidão. Por exemplo, um aluno mais alto consegue pegar coisas mais altas ou se sair melhor em um esporte como basquete, ou aluno mais baixo consegue passar por lugares menores. Mas, o importante seria desenvolver uma atividade onde seria difícil conseguir realizar sozinho, e em dupla, ou em grupo, eles conseguissem realizar melhor. De todo modo, seria importante conversar com os pais de Marcos e Antônio e entender o ambiente doméstico, onde a hipótese de João estar dedicando menos tempo a família poderia ter alguma influência sobre os seus filhos. Nesse caso, a atuação da escola poderia ser mais restrita, mas há de se tentar negociar que os pais pudessem ouvir os seus filhos sobre as suas queixas e trazer esse feedback dos filhos aos professores e responsáveis na escola para propor medidas mais específicas e diretas que se apliquem a ambos.