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Atividade 2 Parte 2 da UA1 - De 03/12/18 (segunda) a 10/12/18 (segunda) -

Elaboração de texto individual por Carla Moura Cazelli, em 02/12/2018 (13:24)

DE 3 a 12. 12 UA1-Atividade 2 (Parte 2): CASO LUAN

Como para participar do fórum vcs já tiveram tempo para ler e estudar o
capítulo 2, nessa semana de 3 a 10/12, vcs terão que realizar a UA1-Atividade
2 (Parte 2): Elaboração de texto individual. A partir dos conceitos
apresentados no Capítulo 2, do debate no fórum e das suas experiências
profissionais, elaborem um texto (de até três páginas) sobre as relações entre
aspectos individuais, relacionais, comunitários e sociais que contribuem
para a violência no cotidiano escolar.

MODELO ECOLÓGICO
O primeiro nível do modelo ecológico, o individual, leva em consideração os
fatores históricos, sociais, biológicos e pessoais que uma pessoa traz em seu
comportamento e que podem afetar a possibilidade de ela ser vítima ou
perpetrador da violência. O nível relacional diz respeito às relações sociais
próximas, por exemplo, relações com companheiros, parceiros íntimos e
membros da família que aumentam o risco para vitimização violenta e
perpetração da violência. O terceiro nível analisa os contextos comunitários
das relações, como as escolas, os locais de trabalho e a vizinhança, e busca
identificar as características desses cenários associadas ao fato de a pessoa ser
vítima ou perpetrador da violência. Por fim, o último nível do modelo
ecológico analisa os fatores sociais mais amplos que influenciam os índices
de violência.

Brasil escola

Os atos violentos estão sujeitos a um grande sistema de relações


interpessoais, nas quais as emoções, os sentimentos, os aspectos cognitivos
estão presentes no âmbito educativo; na verdade, o problema começa quando
se aborda o conflito através do exercício da autoridade, do castigo, das
humilhações, provocando um clima de tensão dentro da sala de aula, o qual o
professor não sabe resolver, pois o núcleo desta questão está submerso em
um currículo oculto de relações interpessoais no processo ensino-
aprendizagem.

No nível mais interno, ou seja, na primeira camada, encontra-se o ambiente


imediato contendo o indivíduo em pleno desenvolvimento em seu lar, na
escola, no clube, o qual denominou de microssistema. A segunda camada já
reflete a relação, a interação do sujeito com estes meios imediatos, ou seja, o
conjunto dos microssistemas, nos quais a pessoa participa, denominou de
mesossistema e por fim, a terceira camada, onde estão os eventos, nos quais o
sujeito nem está presente e nem participa, mas recebe influência, como por
exemplo, as condições
de trabalho dos pais, comunitário e que chamou de exossistema. O
macrossistema é o sistema maior, que engloba os valores, ideologias, estilo de
vida e organização dos sistemas sociais de uma determinada cultura. Enfim, a
abordagem ecológica consiste em um modelo de interconexões ambientais que
causam impacto sobre as forças que afetam o crescimento psicológico do ser
humano.social
Experiências

 Que os pais batiam nele se ele chegasse a casa apanhado ou com


recado dos professores falando do seu mau comportamento ou pedir
presença na escola. Compreendemos que:
 Ao sofrer a violência do tipo bullying, as crianças não têm como se
defender, neste caso quando feito por crianças maiores. Os alunos,
mesmo que digam repudiar esse tipo de violência psicológica e sentirem
pena, mostra que nada podem fazer para defendê-la, com medo de ser
a próxima vítima.
 As crianças que são expostas a televisão, vídeos e filmes, agem de
forma mais agressiva. A TV é simplesmente a nossa maior influência, as
crianças copiam o que veem. Elas convertem isso em competição,
machucando outras crianças, de uma forma ou de outra. Os programas
violentos influenciam o comportamento das criança;
 o problema de indisciplinas e da convivência é de todos nós. Deste
modo, a busca de soluções também é de todos. As instituições escola e
família precisam urgente da união, cada vez mais intensa. Crianças com
tão pouca idade mostrava claramente que rejeitava colega filho de mãe
solteira e outros tipos de pais que tinha na turma
 As crianças se comportavam do modo como queriam e diziam que os
pais não faziam nada (não os repreendiam ou os educavam para a
convivência com os demais colegas), caso isso ocorresse geraria uma
denúncia ao conselho tutelar. Por isso ia para escola só para brincar, e
da mesma forma aconteceria com o professor que castigasse na sala ou
expulsasse ele. As brigas nas escolas são um problema constante.
Muitos deles estão introduzidos num contexto de violência em que as
coisas são decididas na base da briga.
 A falta de afeto e de valores está relacionada com a frequente ausência
dos pais, que, em busca da sobrevivência diária para a família, deixam
seus filhos com irmãos mais velhos ou babás, o que reduz cada vez
mais o tempo de convívio familiar entre pais e filhos. Essa mudança nas
relações familiares tem várias implicações. O abandono pode decorrer
tanto da necessidade de trabalho dos pais, quanto do total despreparo
por parte dos mesmos no trato com a criança, e ainda pela inversão de
valores com relação ao papel da escola.

A questão da violência perpassa tanto pela família quanto pela escola. O


professor deve ser, além de muito bom educador, relacionar-se bem com as
famílias, ser conhecedor das dificuldades existentes dentro e fora da sala de
aula, deve ser próximo de seus alunos e consciente das deficiências no ensino
para que possa realizar suas atividades e obter o resultado esperado.
A falta da educação doméstica contribui para o aumento da
agressividade escolar. Nos dias atuais, a violência nas escolas é uma realidade
vivenciada tanto por profissionais da área, como pelos próprios estudantes.
Todos os dias há notícias de agressões praticadas dentro do âmbito escolar, e
parece que nada é feito para modificar essa situação. Em Salvador, além de
episódios envolvendo alunos contra professores, há também casos de
agressões entre os próprios jovens.
Quando se fala de educação pública no Brasil a primeira imagem que
surge na mente é de um sistema educacional em degradação. Professores
sem valorização, como consequência, sem dedicação. Alunos sem motivação.
O ambiente escolar, antes considerado lugar protegido, hoje inspira
insegurança entre alunos, professores e diretores, prejudicados com a violência
praticada dentro ou no entorno das unidades. A escola deve ser vista como
extensão do lar. Com a missão de ensinar, formar, informar e construir uma
sociedade mais solidária, justa e humana, ela é a esperança e certeza de dias
melhores. A escola é um espaço sagrado, onde as famílias veem como um
local onde seus filhos irão aprender, crescer, evoluir e adquirir capacidades
para enfrentar a vida, entretanto, devido à perda dos valores necessários para
a formação dos indivíduos, ela está reduzindo-se a apenas um local para
demonstração da agressividade.
Um dos principais motivos para a ocorrência de casos de violência em
salas de aula é a falta de educação doméstica. Quando os pais não impõem
limites para os filhos desde criança estão contribuindo para formar um indivíduo
que não respeitará normas e convenções, e, principalmente o outro. A
constatação da necessidade de se impor limites é reconhecida pela pedagogia
e pela psicologia como instrumentos para a formação equilibrada do jovem e
uma contribuição fundamental para o futuro adulto.
A violência escolar já ultrapassa os limites das classes sociais, das
faixas etárias e dos portões das instituições de ensino. Nas faculdades, os
trotes violentos demonstram a falta dos valores impostos pela família.

Ao invés de se fechar cada vez mais, assumindo uma execrável postura


opressora e intransigente em relação a seus alunos, não raro tratados como
"delinqüentes em potencial" e não como pessoas em formação, que assim
merecem ser considerados e respeitados, deve a escola cumprir a lei e abrir
suas portas à comunidade, que precisa nela encontrar um ambiente saudável,
onde se ensina e se pratica a CIDADANIA, que a todos pertence e que por
todos precisa ser preservado.
É preciso que a Escola viabilize a possibilidade e estimule a inserção
comunitária das pessoas a fim de promover uma vivência construtora. O
sentido de pertencer a uma sociedade, a uma cultura deve ser ampliado na
convivência escolar. A Escola é um lugar fundamental para construção e
reflexão sobre o sentido do pertencimento, quer dizer, ter uma identidade,
partilhar de um modelo que reúna ética, moral, afetividade, conhecimento,
definidora de papéis sociais de homens e mulheres em um espaço-tempo
determinado.

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