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CURSO DE PEDAGOGIA

PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA –


SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA

Bullying

Jéssica Batista de Mel


RA: 2025839

Campo Mourão
2022
Tema: Conscientização sobre a violência do Bullying
Título: Bullying

Situação Problema
A partir de inúmeras observações a respeito das violências que
acontecem nas escolas, surgem então, as necessidade por parte da equipe
pedagógica em elaborar discussões e conscientizações que giram em torno
dessas agressões em que esses comportamentos tem sido cada vez mais
frequente na sociedade como um todo. Diante desta contextualização inópia, há
então, uma necessidade de averiguar, conscientizar e debater o tema tão
corriqueiro do bullying que cresce a cada dia dentro da instituição e elaborar em
conjunto, formas de melhorias que agregam para uma porcentagem mínima
desta violência.
A situação de violência dentro da escola traz uma trajetória longa e
permeada de conflitos internos e externos aos praticantes. E por mais que seja
algo de comportamentos corriqueiros que tomam advertência pelo ato de praticar
a violência, a maioria das vítimas sofrem graves consequências, visto que
evidenciam futuramente uma reafirmação deste ato na vida adulta e que, para o
aluno, traz consigo inúmeras formas de elaboração deste sofrimento, indo desde
as dificuldades de aprendizagem que afetam diretamente em sua cognição, aos
comportamentos introvertidos, emocional e a postura socioeducacional abalado,
ameaçando gravemente o bem estar dos envolvidos.
Ao nos darmos conta do alto indicie de bullying realizada por alunos, nos
deparamos com sujeitos que persistem em constituir fatores relacionado a
violência dentro de uma instituição escolar. O bullying faz parte do contexto
social onde vivemos, em que, a grande maioria se enquadra a um determinado
grupo que se diferencia pelo grupo do agressor ou o grupo da vítima. Outrora,
olhamos devidamente para determinados comportamentos e analisamos
desvios no núcleo familiar, visto que é o primeiro grupo social em que a criança
se insere, nos quais são responsável pela transmissão de valores, normas e
condutas que devem seguir, submetendo a criança a esta forma de ensinamento,
fazendo-a repeti-los nos contextos onde é inserida. Para começar, orientadores
e professores a priori, criam modos para que possam transformar esses atos de
violência em comportamentos saudáveis que minimizam o sofrimento ao outro,
trabalhando quanto ao enfrentamento frente ao bullying, tornando-se o primeiro
passo a se pensar em uma ação para colocar em prática dentro da escola.
Tendo essa situação que nos mobiliza a pensar o papel fundamental do
orientador, dos professores, alunos e a comunidade como um conjunto inter-
relacionado, a proposta do projeto foi pensado para que possamos estimular,
conscientizar e tratar deste tema na escola, para promover mudança e melhoria
nas relações. A instituição escolar se torna essencial neste processo, visto que
almejam um futuro, no qual os alunos tornam-se capacitados em valorizar a
solidariedade e a educação, respeitando os limites e convivendo de forma ética
e com a moral civilizatória da realidade.

Justificativa Teórico
Com o objetivo de desenvolver com alunos, professores, toda a equipe
pedagógica, bem como a comunidade presente, todos os aspectos que
envolvem uma violência na instituição de ensino, especificando o Bullying,
traremos uma série de momentos dinâmicos, de interação e socialização, com
aulas expositivas e práticas sobre o tema proposto a fim de obterem a
conscientização necessária, para promover o bem estar na escola e uma melhor
relação de aluno/professor, aluno/aluno, aluno/orientação. Será um ensino que
seguirá necessário na vida de todos e portanto, como orientadores educacionais
da escola, promover o interesse em praticar bons atos que refletira na vida
adulta, para tornarem sujeitos bem posicionados e transformadores no meio em
que vivem, com isso, diminuindo gradativamente o índice de Bullying nas
escolas, tornará um processo de crescimento e desenvolvimento dos sujeitos
com práticas humanitárias que favorecem suas relações com o outro e consigo
mesmo.
De acordo com Martins e Almario (2012) o bullying pode se caracterizar
pela forma intencional em que um ou um grupo de indivíduos “fere” o outro
fisicamente e psicologicamente. Para Pereira (2002) apud Martins e Almario
(2012), esta violência não pode ser confundido com outras formas de
comportamentos que se tornem agressivos em que provavelmente, pode não
existir a forma intencional no agir. O bullying em si, já é caracterizado pelo
“querer” em fazer mal ao outro, e por conta disso, deve ser levado seriamente
em consideração, haja vista o modo em que prejudicará a vida da vítima.
Portanto, como essa violência está cada vez mais presente nas escolas,
ocorrendo de diversas formas, não se torna difícil sua identificação. De acordo
com Yunes e Lima (2004) apud Fernandes et al. (2017) a escola precisa
fundamentalmente contribuir para a formação do sujeito, oportunizando suas
relações aluno/professor obtendo um olhar voltado para as ações que ocorrem
no ambiente, tratando-as de forma interventiva, concebendo ao aluno momentos
saudáveis quando ao enfrentamento das dificuldades do dia a dia. Percebendo
que o bullying traz diversas situações que propiciem as desordens psicológicas,
cognitivas e sociais, o professor, junto com a equipe pedagógica, irá constituir
fatores que alimentam as condições ao diálogo, respeito e que correspondem
com a liberdade de expressão de forma saudável. Sendo assim, para Freire e
Aires (2012)
[...] qualquer tipo de intervenção ao bullying deve levar em
consideração as dimensões sociais, educacionais, familiares e
individuais, partindo do pressuposto de que elas vão se diferenciar
dependendo do contexto em que estão inseridas. (p. 56)

Corroborando com o autor, o lugar educacional deverá propiciar essas


habilidades e competências, visto que a forma de enfrentamento ao bullying se
diferencia de caso a caso. Dentro deste contexto, ainda para as autoras Freire e
Aires (2012) o psicólogo escolar se torna fundamental para realizar um trabalho
de intervenção buscando através de sua prática, com uma escuta diferenciada,
minimizar a violência na escola construindo espaços e relações que sejam
saudáveis atendendo aos mais variados tipos de divergências que necessite de
seu trabalho, promovendo reflexões e discussão sobre o tema da violência.

Público alvo

 Orientador Educacional
 Professores
 Alunos
 Família

Objetivo geral

 Observar o contexto escolar e elaborar estratégias contra o bullying;


 Permitir que o aluno tenha a confiança em evidenciar acontecimentos
relacionados a ele;
 Conscientizar professores, alunos e família quanto ao bullying;
 Favorecer o respeito a igualdade e equidade;
 Aprimorar os conhecimentos dos envolvidos sobre este tema;
 Favorecer a identificação uma ou mais violências realizada no contexto
escolar;
 Obter apoio diante dessas circunstancias;
 Adquirir por meios de planos e ações estratégicos, uma conduta e moral
ética estabelecidos;
 Desenvolver habilidades sociais.

Objetivo específico

 Capacitar a equipe pedagógica para elaborar ações de prevenções


 Orientar aos alunos, professores e família a identificar as agressões
 Intervir corretamente frente a uma ação de violência
 Desempenhar na escola, a importância necessária para o
desenvolvimento dos alunos, professores e família.
 Desenvolver autonomia e independência diante das circunstâncias.
 Conhecer os diferentes tipos de bullying.

Percurso metodológico
Será acordado com a diretoria e toda a equipe pedagógica sobre o tema
proposto que será trabalhado em uma semana com os alunos, professores e
família. Se tratando de algo que decorre a todo momento, a longo prazo, o
projeto e si, será feito em cinco dias com a intenção do processo da continuidade.
O projeto será elaborado junto com a orientadora educacional, para
trabalharmos com a Conscientização do Bullying na Escola. A priori, a pedido da
orientadora, cada professor de turma fará uma aula expositiva, dentro de seus
conteúdos acadêmicos, para introduzir o tema do bullying e observar os
conhecimentos prévios adquiridos. O tempo em que abordará, ficará a critério de
cada professor e poderá ser feito de diferentes formas, como contação de
história, um vídeo expositivo ou uma roda de conversa.
Para o segundo dia do projeto, a convite da orientadora, uma psicóloga
terá um lugar de fala durante o intervalo dos alunos, entre em média 30 a 40
minutos com o dialogo socioeducativo para inserir o reconhecimento da
existência das violências na escola. Em seguida a essa fala, será disponibilizado
para os alunos, um rolo de papel kraft e giz de quadro verde, no qual será pedido
para que desenhe situações onde vivenciaram o bullying, tendo como objetivo
através dessa ação, uma observação e análise feita pelos profissionais, para
direcionar como seguira o processo de prevenção. Ao término, os alunos serão
encaminhados para suas devidas salas e conversar com o professor de turma
sobre o que desenharam e propiciar momentos de escuta entre os alunos.
No terceiro dia, a pedido da orientadora, cada professor dentro de suas
disciplinas, formará grupos e conhecerá os diferentes tipos de bullying que
possam existir. A escola se apropriará de cinco formas diferentes, se tratando
dos Bullying como a agressão Física, Psicológica, Verbal, Moral e Cyberbullying,
trazendo em suas dimensões abrangentes os efeitos que acarreta na vida das
vítimas e dos agressores. Será feito um bilhete pela orientadora, convocando os
pais ou responsáveis, para estarem no quarto dia, as 17h00 na quadra de
esportes.
No quarto dia, após conhecer alguns tipos de bullying, na hora da saída
dos alunos para suas casas, os pais estando presentes, juntamente com os
alunos e a equipe pedagógica, ouvirá uma fala rápida da orientadora sobre os
cuidados a tomar-se frente a violência e a conscientização do bullying em
diversos contextos onde se inserem, obtendo um olhar voltado para o sujeito em
formação, compactuando com o respeito e a igualdade. Através dessa fala, o
objetivo proposto para o dia será a integração da família para uma ação conjunta
com a escola sobre os diálogos e ações de conscientização em casa,
possibilitando um despertar voltado para as violências acometidos a eles.
No quinto dia, com a semana fechada trabalhando com o tema proposto,
será feito nas salas de aulas, cartazes sobre os diferentes tipos de bullying que
existem e que eles observam que há na escola, no qual aprenderam no terceiro
dia, resgatando suas lembranças e o que fixaram sobre o assunto. Os cartazes
serão exposto no mural com a identificação necessária para todos vislumbrarem
o trabalho feito.

Recursos
Giz, Papel Kraft, Pendrive, TV, Notebook, Lápis de cor, Cartolina,
Borracha, Apontador, Caderno, Livros, Musicas, Quadra, Régua, Fotografias.

Cronograma
A priori, o projeto foi pensado a curto prazo, no tempo de cinco dias, mas
o tema em si, é a longo prazo, tendo e vista a continuidade em que pode ser
trabalhado dentro da escola.
No primeiro dia será feito a introdução do tema, com a aula expositiva em
suas respectivas salas, com a duração máxima de 50 minutos.
No segundo dia será convidado uma psicóloga para ter um momento de
fala durante o intervalo, com a duração em média de 30 a 40 minutos. Em
seguida, uma atividade grupal com os alunos no papel kraft com a duração
máxima de 25 minutos.
No terceiro dia será abordado dentro das salas de aulas, os diferentes
tipos dos bullying que possam vir a existir. A duração será a critério do professor
regente, tendo em vista os conteúdos acadêmicos do planejamento escolar.
No quarto dia, será feito uma pequena reunião na quadra de esporte, a
partir das 17h, com os pais ou responsáveis para tratar do assunto do bullying e
outras violências que presenciam na casa ou no contexto onde se inserem. A
duração máxima do dialogo será de 50 minutos.
No quinto dia será feito os cartazes dos diferentes tipos de bullying para
se tornar expositivos pela escola, fechando a semana da Conscientização do
Bullying. A duração será de 1h30 para realizarem a confecção dos cartazes e 30
minutos para colarem no mural da escola.

Avaliação e produto final


A avaliação deste projeto será através de suas produções em registro das
atividades propostas durante o projeto e a participação dos envolvidos. Por mais
que aplicado, o projeto se estende apenas para cinco dias, como já citado
anteriormente, a continuidade ao tema será necessário para que continuemos
reforçando e conscientizando sobre o bullying através de diálogos, rodas de
conversa e modos expositivos de tratar o assunto. Espera-se contudo, que exista
uma colaboração e uma integração da família para a continuidade ao tema, não
ignorando os sinais de violência e compreendendo a situação para trabalhar com
conjunto com a escola. Ao fechamento do projeto, será feito um portfólio com
fotografias das produções dos alunos, na quadra e nas salas de aulas,
juntamente com reuniões feitas com a família.

Referência

FERNANDES, Grazielli; YUNES, Maria Angela Mattar; TASCHETTO, Leonidas


Roberto. Bullying no ambiente escolar: o papel do professor e da escola como
promotores de resiliência. Revista sociais & humanas - VOL. 30 / Nº 3 – 2017.

FERREIRA, J. M. Bullying no ambiente escolar 1. Aedmoodle.Ufpa.Br, p. 187–


197, 2009.

FERREIRA, V.; ROWE, J. F.; OLIVEIRA, L. A. DE. Percepção do professor sobre


o fenômeno bullying no ambiente escolar. p. 1–11, 2012.

FREIRE, Alane Novais; AIRES, Januária Silva. A contribuição da psicologia


escolar na prevenção e no enfrentamento do Bullying. Revista Semestral da
Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 16,
Número 1, Janeiro/Junho de 2012: 55-60.
MARTINS, N. V.; ALMARIO, A. Bullying: uma perspectiva sobre o agressor.
Revista da Universidade Ibirapuera, v. 5, p. 17–21, 2012.

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