A violência escolar pode estar relacionada aos comportamentos dos professores e dificuldades em lidar com alunos de diferentes camadas sociais. A violência nas escolas brasileiras tem assumido diversas formas, exigindo uma investigação das perspectivas sociais, políticas e psicológicas. Fatores como a negligência parental, métodos de ensino tradicionais e falta de diálogo entre professores e alunos também contribuem para a violência escolar.
A violência escolar pode estar relacionada aos comportamentos dos professores e dificuldades em lidar com alunos de diferentes camadas sociais. A violência nas escolas brasileiras tem assumido diversas formas, exigindo uma investigação das perspectivas sociais, políticas e psicológicas. Fatores como a negligência parental, métodos de ensino tradicionais e falta de diálogo entre professores e alunos também contribuem para a violência escolar.
A violência escolar pode estar relacionada aos comportamentos dos professores e dificuldades em lidar com alunos de diferentes camadas sociais. A violência nas escolas brasileiras tem assumido diversas formas, exigindo uma investigação das perspectivas sociais, políticas e psicológicas. Fatores como a negligência parental, métodos de ensino tradicionais e falta de diálogo entre professores e alunos também contribuem para a violência escolar.
A violência no ambiente escolar pode estar relacionada de um lado com os comportamentos
dos professores: falta de relacionamento com os alunos, dificuldades em lidar com estudantes de camadas sociais diferentes, despreocupação ou falta de conhecimento no transmitir a utilidade daquilo que ensina. A violência escolar é um fenômeno preocupante no Brasil, tem-se agregado e assumido diversas formas nas escolas, fazendo-se necessária uma investigação das perspectivas sociais, políticas e psicológicas, para que se possa ampliar a compreensão e fazer-se uso do pensamento crítico sobre essas questões. A escola é vista como um centro de formação intelectual, de desenvolvimento e aprendizagem, um espaço constituído por segurança e proteção. Entretanto, atualmente, situações de violência e desrespeito nas instituições ganham cada vez mais destaque nas mídias e pesquisas, como dito por Debarbieux (2001), o enfoque da mídia no assunto contribuiu para que os acontecimentos tivessem mais visibilidade. As agressões nem sempre são físicas, casos de violência psicológica são bem mais comuns e menosprezados, pois constantemente são julgados como brincadeira. O índice de violência nas escolas é alarmante. De acordo com Souza (2019). Consequentemente, fazendo com que seja criada uma atmosfera de medo e vulnerabilidade, tanto para professores quanto para alunos. Vítimas presentes nesse índice são propensas a desenvolverem problemas sérios de saúde (tanto físicos quanto mentais), abono escolar, evasão e ensino-aprendizagem negativos, são alguns dos problemas que podem ser decorrentes à violência. Abramovay e Rua (2003, p. 63) verificaram que muitos jovens são vítimas ou agentes da violência, entretanto, mesmo os que não se envolveram diretamente, relataram inúmeros casos dos quais tomaram conhecimento ou presenciaram no espaço escolar. Essa proximidade contribui para banalizar o comportamento violento [...]. A gratuidade da violência para eles. É uma realidade, e o medo é comum em suas falas. A hostilidade é comumente estimulada por meio do convívio em ambientes violentos, os alunos absorvem para si a atmosfera ali presente e o único modo que encontram de se expressar é por meio da agressividade, ofensas e humilhações contra os colegas, professores e os funcionários da instituição. Para Bourdieu (2002) os alunos apenas reproduzem a violência, não a aprendem, pois, para aprender deve-se abrir espaço para questionamento, ao qual não ocorre. A negligência dos pais ou responsáveis também tem influência no comportamento do discente, uma vez que a família é a base da educação, e se não age paralelamente com a instituição de ensino, o aluno entende que seus atos não têm consequência real. Pais transferem para a escola a responsabilidade de educar e cuidar do indivíduo, tirando de si a obrigação de formar um cidadão para integrar o convívio social. De acordo com Pereira e Zuin (2019), pais que são excessivamente autoritários e violentos, e por outro lado, pais que não têm autoridade, sujeitam influenciar o desempenho do filho e o convívio escolar. Quando ocorrem situações externas, em que o estudante foi vítima, ele tem grandes chances de se tornar o agressor em uma próxima oportunidade, ao causar o mesmo sofrimento que lhe foi ocasionado. De qualquer forma, tudo afeta em grande escala o desenvolvimento do aluno. Os identificados como alvos/autores apresentam maior probabilidade de desenvolverem doença mental, devendo ser considerados como de maior risco. Manifestações como hiperatividade, déficit de atenção, desordem de conduta, depressão, dificuldades de aprendizado, agressividade, além de todas as demais já citadas, podem ser encontradas (Neto, 2005, p. 169). Deve-se ressaltar que os professores também são alvo dessas respostas agressivas. Contudo, é possível que os docentes induzam seus alunos por meio da falta de diálogo e do abuso de poder. Uma vez que, docentes ainda utilizam a metodologia tradicional, que consiste no professor como o detento do conhecimento absoluto, não tendo participação dos discentes, atividades já prontas, não se adaptando às necessidades dos alunos em questão e distribuição de carteiras em fileiras viradas ao quadro e ao professor, desmotivando os educandos a acreditarem no processo de conhecimento. A pedagogia tradicional, nesse contexto educativo, traz aulas expositivas, em que o ensino é centrado na figura do professor. O docente deposita o conteúdo sem abrir espaço para questionamentos e sugestões dos alunos, que por sua vez não tem voz e oportunidade de socializar o que pensam e sentem. Deste modo, quando o professor é autoritário e não transmite um processo educativo de reflexão e participação ativa dos alunos, tende a criar sentimentos de ódio pelo professor e falta de interesse pelas aulas, abrindo espaço para conflitos, ocasionando a violência contra o professor e contra o patrimônio da escola. O intuito não é identificar e rotular vítima ou agressor, mas procurar construir uma cultura de paz nas escolas e promover atendimento psicossocial para profissionais da educação, alunos e comunidade. De acordo com Debarbieux (2001), a família e a escola devem trabalhar em conjunto para acompanhar as mudanças, uma forma de manter a realidade familiar junto à encontrada no ambiente escolar, visto que esse é muito importante para o desenvolvimento e obtenção da dignidade. A instituição de ensino, juntamente à comunidade escolar, necessita repensar seus papeis e proporem estratégias para minimizarem a violência encontrada em ambientes escolares. Buscar a compreensão e a presença do poder público para uma melhor infraestrutura e criação de novas metodologias para que o professor possa estimular e auxiliar o aluno a ansiar por conhecimento e a se desenvolver. Tudo isso, com constante parceria aos profissionais psicossociais, sendo eles, psicólogos, psicopedagogos e/ou psiquiatras, para que assim, alcancem a educação por meio da paz, baseada em respeito mútuo, onde ninguém se sinta coagido no ambiente que deve ser de acolhimento.