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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

BACHARELADO EM FARMÁCIA
DISCENTE: MARDONIO CUNHA DE MEDEIROS
TEMA: VIOLÊNCIA NA ESCOLA

“A violência escolar é um fenômeno preocupante, que tem assumido diversas formas,


fazendo-se necessária uma investigação das perspectivas sociais, políticas e psicológicas,
para que se possa ampliar a compreensão e fazer-se uso do pensamento crítico sobre essas
questões.” (BARBIERI; DOS SANTOS; AVELINO, 2021).

“Só em 2019, 81% dos estudantes e 90% dos professores souberam de casos de
violência em suas escolas estaduais no último ano. Ocorrências mais frequentes de violência
nas escolas estaduais envolveram bullying, agressão verbal, agressão física e
vandalismo.”(SOUZA, 2019).

A negligência dos pais ou responsáveis também tem influência no


comportamento do discente, uma vez que a família é a base da
educação, e se não age paralelamente com a instituição de ensino, o
aluno entende que seus atos não têm consequência real. Pais
transferem para a escola a responsabilidade de educar e cuidar do
indivíduo, tirando de si a obrigação de formar um cidadão para
integrar o convívio social. pais que são excessivamente autoritários e
violentos, e por outro lado, pais que não têm autoridade, sujeitam
influenciar o desempenho do filho e o convívio escolar (SOUZA,
2008).

Uma das principais causas da violência nas escolas são reproduções


de ambientes violentos, como por exemplo: presença de discussões
familiares, ausência dos pais ou responsáveis, falta de afeto,
desemprego, pobreza, falta das políticas públicas, violência presentes
nos meios de comunicação (televisão, celular, filmes, desenhos, redes
sociais e até mesmo nos videogames), violência sexual, falta de
empatia, entre outros. São formas que encontram de manifestar, uma
vez que as crianças reproduzem o que veem ou o que lhes é ensinado.
O agressor por vezes vem de convívios familiares perturbados e/ou
desestruturados, e é frequente que tenha sido submetido à violência
doméstica, acaba reproduzindo na escola o uso de forças e da
intimidação, sob a qual é sujeitado em seu meio familiar
(LOURENÇO; SENRA, 2014).
Souza (2008) relata que muitos alunos apresentam desinteresse nas aulas e possuem
dificuldades em relacionar-se com a turma, adquirindo comportamentos antissociais,
inclusive faltas constantes nas aulas, repetência, fracasso escolar, a evasão caracterizada
como abandono escolar. O discente que é vítima de alguma violência passa a demonstrar
desinteresse nas atividades pedagógicas, o mesmo não atinge seus objetivos em uma
formação integral, abalando seu processo de ensino-aprendizagem e por consequência
encontrará dificuldades em ingressar no mercado de trabalho.

Os autores Lourenço e Senra (2014) expuseram em seu estudo que na rede pública,
um fato muito comum é a falta de investimentos e as estruturas precárias, as salas de aulas
são sempre lotadas, dificultando assim o desenvolvimento do aluno e um atendimento
individual, como também a falta constante de recursos e a fragilidade de materiais, com efeito
prejudicial na formação do cidadão com pensamento crítico, dessa forma afetando o
desenvolvimento escolar e, por conseguinte, ocasionando conflitos interpessoais.

REFERÊNCIAS

LOURENÇO, Lélio Moura; SENRA, Luciana Xavier. A violência familiar como fator de
risco para o bullying escolar: contexto e possibilidades de intervenção. Aletheia, V. 37, p.
42-56, abr. 2012.

SOUZA, Ludmilla. Violência contra professores e alunos cresce na rede pública paulista.
Agência Brasil, 2019.

BARBIERI, Bianca da Cruz; DOS SANTOS, Naiara Ester; AVELINO, Wagner Feitosa.
Violência escolar: uma percepção social. Revista Educação Pública, v. 21, nº 7, 2 de março
de 2021.

SOUZA, Mirian Rodrigues de. Violência nas escolas: causas e consequências. Caderno
Discente do Instituto Superior de Educação, Aparecida de Goiânia, p. 119-135, 2008.

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