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Índice

Introdução........................................................................................................................................1

Movimento de Locomoção ou Deslocamento das plantas..............................................................2

Tactismos.........................................................................................................................................2

Tropismos........................................................................................................................................4

Nastismos.........................................................................................................................................7

Conclusão........................................................................................................................................9

Referencia Bibliográfica................................................................................................................10

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Introdução

Relativamente a movimentação dos vegetais, onde maior parte dos indivíduos podem não ter
uma ideia ou resposta exata, e de acordo com Appezzato e Carmello (2000) “os vegetais também
possuem relativa movimentação”.
Os movimentos dos vegetais respondem à acção de hormônios ou de fatores ambientais como
substâncias químicas, luz solar ou choques mecânicos. As plantas realizam muitos movimentos
de acordo com a natureza dos vários estímulos que elas recebem do ambiente. Estes movimentos
podem ser: movimentos de crescimento e curvatura, fototropismo, geotropismo, quimiotropismo,
tigmotropismo e nastismos.

O presente trabalho da cadeira de Fisiologia Vegetal visa falar detalhadamente dos Movimentos
de Locomoção ou Deslocamento dos vegetais e faz um estudo minucioso do movimento dos
vegetais no âmbito geral.
Os Movimentos de locomoção são orientados em relação à fonte de estímulo, podendo ser
positivos ou negativos, sendo definidos como tactismos. De acordo com a natureza do estímulo,
podem ser: quimiotactismo, aerotactismo, fototactismo e
fotoperiodismo.
Estes e mais conhecimentos em prol do tema são ilustrados no presente trabalho, onde teremos
mais informações detalhadas na fase textual do trabalho, tendo em conta o objectivo geral:
 Aplicar os conhecimentos sobre a fisiologia Vegetal.

Com este objectivo surgiram os seguintes objectivos específicos:


 Distinguir os movimentos de locomoção ou deslocamento;
 Descrever os movimentos vegetais;
 Compreender os movimentos vegetais.

Para realização do trabalho foram usados os métodos científicos, empíricos e comparativo,


obedecendo a consulta bibliográfica que ajudará na argumentação.

O presente trabalho, apresenta três momentos/fases: pré-textual, textual e pós-textual.


Movimento de Locomoção ou Deslocamento das plantas
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Appezato da Gloria e Carmello-Guerreiro (200), “diferentemente do que muitos pensam, os
vegetais também possuem relativa movimentação. Alguns movimentos ocorrem devido a
modificações nos padrões de crescimento em decorrência de algum fator externo. Há ainda
movimentos de deslocamento, como os observados nos anterozoides. Existem três tipos básicos
de movimento: tactismos, tropismos e nastismos” (pág. 83).

1. Tactismos
Os tactismos são movimentos de deslocamentos de células ou organismos, orientados em relação
à fonte de estímulo, podendo ser positivos ou negativos. Na grande maioria das plantas, o
tactismo não ocorre com o organismo inteiro, pois elas estão fixas ao substrato. As gametas ou
organelos celulares podem se deslocar de um local a outro, dependendo do tipo de estímulo.

Para Assane Ussene (2021), “movimentos de deslocamento de células ou organismos são


orientados em relação a fonte de estimulo, podendo ser positivo ou negativos, sendo definidos
como Tactismo. De acordo com a natureza do estimulo, podem ser: quimiotactismo,
aerotacismo, fototactismo e fotoperiodismo” (pág. 121).

1.1. Quimiotactismo que é o movimento orientado em que o estímulo vem de


substâncias químicas presentes no meio externo. Pode ser observado nos anterozoides,
gametas masculinos de plantas briófitas e pteridófitas, que se deslocam no meio aquático
em direção ao arquegônio.
Nesse caso, o deslocamento permite o encontro com a gameta feminina oosfera, o que possibilita
o processo de fecundação. A oosfera elimina substâncias químicas que atraem os anterozoides.

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Por Helivania Sardinha dos Santos (2016)

1.2. Fototactismo é o movimento orientado em relação a uma fonte de luz e pode ser
observado nos cloroplastos, no interior das células vegetais. Quando ocorre a incidência
da luz solar sobre as folhas, os cloroplastos são estimulados e passam a se movimentar
pelo citoplasma celular. Dá-se o nome de ciclose a esse movimento dos cloroplastos pelo
interior da célula vegetal.

Por: Wilson Teixeira Moutinho (2014)

Esquema do interior da célula vegetal. Os cloroplastos, estimulados pela luz, começam a se


movimentar no citoplasma, dirigindo-se para o local de maior luminosidade.

1.3. Aerotactismo: movimento orientado em relação à fonte de oxigênio, como ocorre


de modo positivo com bactérias aeróbicas.

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1.4. Fotoperiodismo é a capacidade do organismo em responder a determinado
fotoperíodo, isto é, a períodos de exposição à iluminação.Nos vegetais o fotoperiodismo
influi no fenômeno da floração e, conseqüentemente, no processo reprodutivo e formação
dos frutos. O florescimento do vegetal é controlado em muitas plantas pelo comprimento
dos dias (período de exposição à luz) em relação aos períodos de noites (períodos de
escuro).

2. Tropismos
Clarenton Press. Oxford (2012), “os tropismos são movimentos irreversíveis e sem
deslocamento, orientados em relação a uma fonte de estímulo. Os tropismos são respostas de
crescimento direcionais decorrentes de um estímulo externo. Eles podem ser positivos, quando o
crescimento ocorre em direção ao estímulo, ou negativos, quando ocorre no sentido contrário ao
estímulo. Existem diferentes tipos de tropismo” (pág. 43 a 62):

2.1. fototropismo é um crescimento em resposta à luz. O caule das plantas, por exemplo, costuma
curvar-se em direção à luz, e esse movimento é determinado pelo hormônio auxina. Esse
hormônio migra para o lado sombreado, causando o alongamento das células nesse local e,
consequentemente, sua curvatura. Essa curvatura do caule é muito importante para a planta, pois,
com essa resposta, as folhas ficam mais expostas à luz e podem absorver mais energia luminosa.
Os movimentos de curvatura são explicados pela distribuição desigual da auxina, ficando o
hormônio mais concentrado do lado não iluminado, tanto no caule quanto na raiz. No caule, o
aumento da concentração de auxina no lado não iluminado promove o alongamento das células
nessa face, fazendo com que o caule se curve em direção à fonte de luz. Nesse caso, fala-se em
fototropismo positivo. Na raiz, o aumento da concentração de auxina no lado não iluminado
promove a inibição do alongamento das células dessa região, fazendo com que a raiz se curve
para o lado oposto à fonte de luz. Nesse caso, fala-se em fototropismo negativo.

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Representação de fototropismo. Em uma planta iluminada unilateralmente, a luz estimula a
migração das auxinas para a face não iluminada do caule e da raiz. O caule apresenta
fototropismo positivo e a raiz, fototropismo negativo.
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/movimentos-vegetais.htm

2.2. Geotropismo ou gravitropismo é um movimento gerado em resposta à


gravidade. O geotropismo da grande maioria das raízes é positivo, ou seja, elas crescem
para baixo. Já o caule, em sua grande maioria, tem geotropismo negativo, portanto,
apresenta crescimento voltado para cima. A auxina também desempenha papel nessa
curvatura;

Monteiro, W. R (1992) defende que:


O crescimento orientado pela força da gravidade, quando uma planta se encontra em posição
horizontal. O caule desenvolve geotropismo negativo, enquanto a raiz desenvolve geotropismo
positivo. Assim como ocorre no fototropismo, a distribuição desigual de auxina, em razão da
força da gravidade no caule e na raiz, explica o movimento de geotropismo.
Quando uma planta está em posição horizontal, a parte inferior, tanto do caule como da raiz,
apresenta acúmulo de auxina devido à ação da gravidade. Esse aumento na concentração de
auxina determina, no caule, o crescimento no sentido oposto ao da gravidade, promovendo uma
curvatura para cima.
Nas raízes, o crescimento ocorre no sentido da gravidade, pois a maior concentração de auxina
determina inibição do alongamento celular. Dessa forma, o lado com menor concentração do
hormônio apresenta maior alongamento celular, fazendo com que a raiz se curve em direção ao
centro da Terra.

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Representação de geotropismo. Em uma planta colocada na posição horizontal, a
gravidade estimula a migração das auxinas para a face inferior do caule e da raiz. O caule
apresenta geotropismo negativo e a raiz, geotropismo positivo.

2.3. Tigmotropismo: movimento que ocorre em resposta ao contato do vegetal com


objetos sólidos. O exemplo mais comum é o das gavinhas das plantas trepadeiras, que se
enrolam em objetos, o que garante a fixação da planta. O maracujazeiro é um exemplo de
planta dotada dessa estrutura. Quando esses tipos de plantas estão se desenvolvendo, o
toque em algum suporte desencadeia um rápido crescimento das gavinhas, que se
enrolam no suporte para a sustentação da planta.

2.4. Quimiotropismo é o crescimento orientado por substâncias químicas


provenientes do meio externo. Pode-se citar como exemplo o desenvolvimento do tubo
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polínico, que, atraído por substâncias químicas, cresce em direção ao óvulo das flores.
Outro exemplo de quimiotropismo é o crescimento de raízes em direção a fontes de água
ou nutrientes encontrados no solo em que a planta está fixada. Nesses dois casos, o
quimiotropismo é positivo, pois o crescimento ocorre em direção ao estímulo.

3. Nastismos
Raven Evert e Eichhorn S (2007) referem que:
Os nastismos são movimentos vegetais que ocorrem em resposta a um estímulo, entretanto, a
direção desse movimento independente do sentido do estímulo. O exemplo mais comum desse
tipo de movimento acontece na sensitiva (Mimosa pudica). Ao ter suas folhas tocadas, essa planta
imediatamente fecha seus folíolos em decorrência de mudanças na pressão de turgor em células
localizadas em uma região da base dos folíolos, conhecida como pulvínulos. Esse movimento
pode ser observado também na planta carnívora Dionaea muscipula. Suas folhas fecham-se assim
que são tocadas por suas presas, funcionando como perfeitas armadilhas (pág. 29 a 42)

Os nastismos são movimentos reversíveis e sem deslocamento, que não apresentam orientação
em relação à fonte de estímulo, portanto eles não são classificados nem como positivos nem
como negativos. Esses movimentos dependem da simetria interna do órgão, que deve ter
disposição dorsiventral como as folhas das plantas.

3.1. O fotonastismo ocorre quando uma flor desabrocha e representa o movimento de


curvatura das pétalas para a base da corola. O movimento não é orientado pela direção da
luz, sendo, então, sempre direcionado para a base da corola. Nas plantas, existem flores
que se abrem durante o dia (na presença de luz), fechando-se à noite, como ocorre com a
planta denominada onze-horas. Há também aquelas que permanecem fechadas durante o
dia, abrindo-se durante a noite (na ausência de luz), como a planta denominada rainha-da-
noite, além de algumas espécies de orquídeas.

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https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/movimentos-vegetais.htm

Flores de angiospermas que apresentam movimentos de nastismos.


(A) A flor da planta onze-horas se abre durante o dia;
(B) As flores de brassavola nodosa, uma espécie de orquídea da América Central, abrem-se à
noite;
(C) Flores de hibisco, que se abrem durante o dia, sendo visitadas por um agente polinizador, o
beija-flor.

3.2. O seismonastismo é o fechamento realizado pelos folíolos das folhas de plantas


sensitivas, também conhecidas como dormideiras ou mimosas. Nesse movimento, os
folíolos se fecham quando sofrem um abalo mecânico provocado por um simples toque
ou pela ação dos ventos sobre as folhas.
Esse fechamento se relaciona com alterações relativamente rápidas no turgor das células da base
dos folíolos. Estas se tornam flácidas devido à perda dos íons potássio e água. Depois de certo
tempo, a água retorna às células e os folíolos se abrem novamente.

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https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/movimentos-vegetais.htm

Exemplos de nastismos em folhas de plantas angiospermas:


(A) folha da planta insetívora Dionaea;
(B) folha de planta insetívora com inseto capturado;
(C) folhas de plantas sensitivas com folíolos abertos; (D) folhas de planta sensitiva com folíolos
fechados

Conclusão

Chegando ao termino do trabalho, onde colhemos vários aprendizados referentes a Movimentos


de Locomoção ou Deslocamento das plantas, de frisar que os vegetais também possuem relativa
movimentação. Alguns movimentos ocorrem devido a modificações nos padrões de crescimento
em decorrência de algum fator externo. Há ainda movimentos de deslocamento que são
orientados em relação a fonte de estimulo, podendo ser positivo ou negativos, sendo definidos
como Tactismo.
De um modo geral, existem três tipos básicos de movimento: tactismos, tropismos e nastismos.
Tactismo, de acordo com a natureza do estimulo, podem ser: quimiotactismo, aerotacismo,
fototactismo e fotoperiodismo.
Os tropismos são movimentos irreversíveis e sem deslocamento, orientados em relação a uma
fonte de estímulo. E estes podem ser fototropismo, geotropismo ou gravitropismo,
tigmotropismo e quimiotropismo.
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Nastismo é uma resposta a um estímulo externo, mas difere-se dos tropismos porque o
movimento não é na direção do estímulo, como no caso das folhas que se voltam para o Sol.
Acredita-se que essa ação seja uma proteção contra predadores, pois o fechamento das folhas
poderia diminuir os riscos de perda de material para algum animal guloso.
a Todos os vegetais apresentam uma propriedade, o fototropismo, que é o movimento em
resposta a algum estímulo luminoso unilateral. Percebido por Charles Darwin por volta de 1880,
o fototropismo é uma característica que permite que as folhas de uma planta sempre se voltem
para o lado que incide luz.
O fototropismo só ocorre por causa da presença de um hormônio vegetal, a auxina, responsável
pelo crescimento da planta. Quando estimulada pela luz solar, esse hormônio foge desse
estímulo, se concentrando na região oposta a que está recebendo a luz.

Estes e vários aprendizados colhidos em prol do trabalho. Em gestos de ultimas considerações,


aceito criticas e sugestões para o melhoramento nas próximas oportunidades.

Referencia Bibliográfica

Assane Ussene (2021), Fisiologia Vergetal. Beira, Moçambique: UCM

Gloria, A.B. & Carmello-Guerreiro, S. M. (2006) Anatomia Vegetal. (2ª edição),

Viçosa: Universidade Federal Editora;

Raven PH, Evert R., Eicchorn S. (1996) Biologia Vegetal. (5ª ed.), Rio de Janeiro,

Brasil: Guanabara Koogan Editora;

Clarenton Press. Oxford (2012), Introdução à Botânica, (9ª edição), São Paulo, Brasil:

Editora Roca Ltda;

Monteiro, W. R (1992) Glossário Ilustrado de Botânica, (3ª ed.) São Paulo, Brasil: IAWA

editora;

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/movimentos-vegetais.htm
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