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ATIVIDADE EXTRA FISIOLOGIA VEGETAL 2

DISCENTE: JOSÉ BELMIRO JACINTO DAS CHAGAS

1) O que é fotoperíodo crítico?

É o valor em horas diárias de iluminação capaz de provocar a floração

2) Em termos de resposta fotoperiódica, como as plantas podem ser classificadas?

PLANTAS DE DIAS CURTOS OU PLANTAS PDC: Florescem no início da primavera ou do

outono. Devem ter um período de luz mais curto que um determinado comprimento crítico.

PLANTAS DE DIAS LONGOS ou PLANTAS PDL: Florescem principalmente no verão.

Devem ter um período de luz mais longo que um determinado comprimento crítico

PLANTAS INDIFERENTES ou NEUTRAS: florescem sem nenhuma relação com o

comprimento do dia. Como exemplo: Milho, Tomate

3) Os movimentos de crescimento das plantas são classificados em duas categorias

básicas: os movimentos orientados (tropismos) e os movimentos não orientados

(nastismos). Explique o significado de cada um desses tipos de movimento, apresente

dois exemplos de cada movimento e explique como os movimentos acontecem.

Tropismo: descreve o movimento direcional de um organismo, geralmente uma planta, em

resposta a um estímulo externo. Esse estímulo pode ser a luz, a gravidade, a umidade, entre

outros fatores ambientais. O tropismo é uma forma de resposta adaptativa que permite aos

organismos ajustarem seu crescimento ou movimento em relação a esses estímulos,

otimizando sua sobrevivência e eficiência.

• Tigmotropismo é a movimentação vegetal promovida por um estímulo mecânico.

Por exemplo, plantas que enrolam suas “gavinhas’ em suportes, o que permite a

sustentação do vegetal.

• Quimiotropismo ocorre a partir de um estímulo químico, como o desenvolvimento


das raízes a procura de maiores concentrações de água e sais minerais, bem como

o desenvolvimento do tubo polínico, durante a fecundação do óvulo.

Nastismo: é um movimento realizado pelos vegetais em resposta a estímulos externos,

mas difere do tropismo por ser um movimento em que a direção do estímulo não

influencia em seu movimento, o estímulo provoca a abertura ou fechamento de um órgão

independente da direção do estímulo, sendo a sua intensidade mais importante.

• Fotonastismo Esse tipo de movimentação ocorre, por exemplo,

nos estômatos, pois quando há presença de luminosidade a folhas abrem os

estômatos para favorecer as trocas gasosas, e no escuro eles são fechados

• Nictinastismo as folhas das leguminosas, que ficam com os seus pulvinos

levantados durante o dia (túrgidos) e abaixados durante a noite (murchos). Esse

fenômeno ocorre pela transferência da água por osmose, dada pelo gradiente de

íons potássio,

4) Quais são as fases do desenvolvimento da semente? Explique cada uma delas?

• Fertilização: Após a polinização, o grão de pólen se funde com o óvulo na flor, resultando

na formação de um zigoto.

• Divisões Celulares: O zigoto se divide por mitose, formando um embrião multicelular.

• Desenvolvimento do Embrião: O embrião se desenvolve a partir do zigoto e começa a

diferenciar tecidos e órgãos.

• Maturação da Semente: Acúmulo de Reservas: A planta mãe fornece nutrientes para o

desenvolvimento da semente, que acumula reservas de amido, proteínas e lipídios.

• Secagem: A semente perde água, endurece e se torna resistente à dessecação

• Dormência: Período Inativo: Algumas sementes entram em um estado de dormência, um

período de inatividade durante o qual a germinação não ocorre, mesmo em condições

favoráveis. Isso pode ser uma adaptação para garantir que a germinação ocorra no momento
certo.

• Dispersão: Propagação: As sementes maduras são dispersas para longe da planta mãe,

seja pelo vento, água, animais ou outros meios.

• Germinação: Ativação Metabólica: A semente absorve água, ativando o metabolismo e

iniciando o crescimento do embrião.

• Emergência da Plântula: A plântula emerge da semente e começa a crescer em direção à

fonte de luz e solo.

5) Descreva todas as etapas de germinação das sementes.

Embebição: consiste na captação de água que provoca o umedecimento inicial dos tecidos

mais próximos à superfície. A quantidade de água absorvida deve ser suficiente não só para

iniciar a germinação, como também para garantir que o processo ocorra até o fim.

Indução do Crescimento Nessa fase há uma redução na captação de água. Ocorre a

formação de novos tecidos e a ativação do metabolismo.

Crescimento do Eixo Embrionário fase de crescimento compreende o processo de

expansão celular e a ruptura do tegumento com a protrusão da radícula (raiz embrionária).

A radícula é a primeira parte a emergir da semente.

6) Defina germinação epígea e hipógea, e descreva suas principais diferenças.

Epigea: É a germinação na qual os cotilédones e a gema apical são elevados acima do solo

pelo alongamento do hipocótilo

Hipógea: É a germinação na qual os cotilédones ou uma estrutura semelhante, como o

escutelo, permanecem no solo ou na superfície do mesmo e dentro da semente. O eixo é

elevado acima do nível do solo pelo o epicótilo, como nas Dicotiledôneas ou pelo

alongamento do mesocótilo em algumas Monocotiledôneas.

Principais Diferenças:

Posição Inicial da Plântula: Em germinação epígea, a parte aérea emerge acima do solo,
enquanto em germinação hipógea, a parte aérea permanece abaixo do solo inicialmente.

Local da Fotossíntese Inicial: Em germinação epígea, a fotossíntese ocorre nas folhas

expostas à luz desde o início, enquanto em germinação hipógea, a fotossíntese inicialmente

ocorre nos cotilédones enterrados.

Adaptações Ambientais: Cada tipo de germinação é uma adaptação a diferentes condições

ambientais, como a disponibilidade de luz e temperatura.

7) Como se dá a classificação da dormência? Quais são as suas principais causas?

A dormência em plantas pode ser categorizada em dois tipos distintos: endógena e exógena.

Essas classificações desempenham um papel crucial na análise das razões subjacentes à

dormência e no estágio em que as sementes se encontram nesse processo. Vejamos as

diferenças entre esses dois tipos:

Dormência Endógena: Este tipo de dormência ocorre quando o impedimento à germinação se

manifesta no embrião da semente. O prefixo "endo" sugere que a causa é interna. A dormência

endógena pode ser originada por questões herdadas da planta-mãe, como problemas

hormonais ou a presença de inibidores químicos.

Dormência Exógena: O prefixo "exo" indica que as condições externas à semente são

responsáveis por este tipo de dormência. Pode ocorrer quando a hidratação não consegue

penetrar nos tecidos da semente ou quando as condições ambientais, como solo e clima, não

são favoráveis para a germinação.

Principais Causas da Dormência:

Inibidores Químicos: Substâncias presentes na semente que inibem a germinação.

Problemas Hormonais: Desregulação hormonal no embrião, afetando o processo de

germinação.

Tegumento Resistente: Casca da semente que impede a entrada de água, necessária para a

germinação.
Condições Ambientais Desfavoráveis: Temperaturas inadequadas, falta de luz ou umidade

insuficiente.

Características Genéticas: Variações genéticas que conferem predisposição à dormência.

8) O que são as SEMENTES FOTOBLÁSTICAS? Como são classificadas?

Sementes fotoblásticas referem-se à capacidade das sementes de responderem à luz, para

iniciar o processo de germinação. Esse fenômeno é conhecido como fotoblastismo e é

importante para regular a germinação de sementes em relação às condições de luz ambiental.

• As sementes fotoblásticas podem ser classificadas em dois tipos principais:

Sementes Fotoblásticas Positivas: Características: Essas sementes requerem uma

exposição prévia à luz para germinar de maneira eficiente. A exposição à luz ativa processos

fisiológicos que permitem a germinação.

Sementes Fotoblásticas Negativas: Características: Essas sementes germinam melhor no

escuro e podem ser inibidas pela exposição à luz durante o período crítico de germinação.

9) Cite os principais fatores que interferem na germinação e dormência?

Dentre os principais fatores que afetam a germinação pode-se citar: a luz, a temperaturas

disponibilidade de água e o oxigênio.

Luz Algumas sementes germinam apenas no escuro. Outras, no entanto, precisam de um

longo ou curto período de luz. É preciso conhecer as características de cada espécie e

garantir que suas necessidades sejam atendidas.

Temperatura pode afetar as reações bioquímicas que determinam o processo germinativo.

Há espécies que respondem bem tanto à temperatura constante como à alternada. A

alternância de temperatura corresponde à uma adaptação às flutuações naturais do

ambiente.

Água é o fator mais importante e que mais influencia o processo de germinação das

sementes. Ela precisa ser oferecida na quantidade correta, pois o excesso de umidade
provoca o decréscimo na germinação, inibindo a penetração do oxigênio.

10) Qual a principal característica que distingue a transição entre as fases vegetativa e

reprodutiva

A primeira, fase vegetativa, inicia-se com a germinação da semente indo até a planta

adulta. A segunda, fase reprodutiva, vai do início da floração até a formação dos frutos e

sementes. A transição da fase adulta vegetativa para a fase adulta reprodutiva,

caracterizando a primeira etapa da reprodução sexuada, está associada a mudanças

profundas nos padrões de morfogênese e de diferenciação celular do ápice meristemático

caulinar ou das gemas axilares próximas a ele.

11)Defina:

a) Meristema de reprodução é um tecido em plantas que é responsável pelo

desenvolvimento de estruturas reprodutivas, como flores, órgãos sexuais (estames e

carpelos) e outros tecidos associados à reprodução. Ele é uma região de crescimento

ativa e é vital para o ciclo reprodutivo das plantas.

b) Competência refere-se à capacidade de uma célula ou tecido responder a sinais

específicos ou estímulos, muitas vezes desencadeando a diferenciação em um tipo

celular específico. Por exemplo, uma célula pode se tornar competente para se

diferenciar em um órgão floral em resposta a determinados sinais durante o

desenvolvimento da planta.

c) Fotoperíodo é a regulação da fisiologia ou do desenvolvimento em resposta à

duração do dia. O fotoperiodismo permite que algumas espécies de planta

floresçam—ativem o modo reprodutivo—somente em alguns períodos do ano

d) Vernalização é o processo pelo qual o florescimento é promovido por um tratamento

de frio dado a uma semente completamente hidratada (isto é, uma semente que foi

embebida em água) ou a uma planta em crescimento. Sem o tratamento de frio, as


plantas que exigem a vernalização, mostram retardo no florescimento ou

permanecem vegetativas. Em muitos casos, tais plantas permanecem como rosetas,

com nenhum alongamento caulinar

e) Relógio circadiano é um mecanismo interno que regula ciclos biológicos com base

em um período de aproximadamente 24 horas. Nas plantas, influencia vários

processos fisiológicos, como a abertura e fechamento de estômatos, a expressão

gênica e outros eventos relacionados ao ritmo diário. Esse relógio interno ajuda as

plantas a se ajustarem aos ciclos ambientais, como luz e escuridão.

12) Descreva todas as fases da floração

Indução floral refere-se aos eventos que sinalizam à planta a alteração do seu programa

de desenvolvimento. Como consequência, o meristema caulinar se reestrutura para produzir

um primórdio floral, em vez de um primórdio foliar. A indução floral ocorre principalmente nas

folhas, podendo também se dar em outros órgãos.

Evocação floral representa o momento em que o meristema se reorganiza para a produção

das flores, em vez das folhas. os eventos localizados especificamente no meristema caulinar

vegetativo que resultam na formação das flores são coletivamente denominados de

evocação floral.

Desenvolvimento floral: é caracterizada pelo crescimento e diferenciação das estruturas

florais. Durante esse período, as sépalas, pétalas, estames e carpelos se desenvolvem de

acordo com o plano genético da planta. Cada uma dessas estruturas desempenha um papel

específico na reprodução da planta. A formação de órgãos reprodutivos como anteras (parte

dos estames que produz o pólen) e estigmas (parte dos carpelos que recebe o pólen) é

fundamental nessa fase.

13) Quais são os quatro grandes períodos da frutificação?

O fruto passa por quatro fases de desenvolvimento, a saber: crescimento, maturação,


amadurecimento e senescência.

O crescimento é marcado por um período de rápida divisão ou alongamento celular. A

maturação é caracterizada por mudanças físicas e químicas que afetam a qualidade

sensorial do fruto. A maturação sobrepõe-se à parte do estádio de crescimento e culmina

com o amadurecimento do fruto, período no qual o fruto se torna apto para o consumo, em

virtude de alterações desejáveis na aparência, no sabor, no aroma e na textura. No final do

período de maturação várias mudanças qualitativas ocorrem dentro do fruto (frutos

carnosos). Estas mudanças são coletivamente conhecidas como amadurecimento do fruto.

Tais mudanças incluem o amolecimento devido à quebra enzimática da parede celular,

hidrólise de amido e de outras macromoléculas, acúmulo de açúcares e redução nos teores

de ácidos orgânicos e compostos fenólicos, incluindo tanino. Também se observa

degradação de clorofila e acúmulo de outros pigmentos, como carotenóides (nos

cromoplastos) e antocianina (nos vacúolos), nas células da epiderme desses frutos. Além

disso, é comum a produção de compostos voláteis (ésteres aromáticos, aldeídos, etc.), os

quais dão o cheiro característico de cada fruto. Senescência: série processos que ocorrem

após a maturidade fisiológica levando à morte dos tecidos.

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