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CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIODIVERSIDADE

DISCIPLINA: TECNOLOGIA DE SEMENTES


PROFESSORA: MARINA MATIAS URSULINO.
AVALIAÇÃO 2

Aluno(a): Layla Victória da Silva Sousa ___________________________________

1) Observe a tabela abaixo e classifique as espécies vegetais em amiláceas,


aleuro-amiláceas, oleaginosas e aleuro-oleaginosas. (1 ponto)

1. Aleuro-amilácea
2. Aleuro-amilácea
3. Aleuro-amilácea
4. Amilácea
5. Oleaginosa
6. Amilácea
7. Amilácea
8. Oleaginosa
9. Oleaginosa
10. Aleuro-amilácea
11. Aleuro-oleaginosa
12. Oleaginosa

2) Qual a importância de se determinar o ponto de maturidade fisiológica?(1 ponto)


O momento da colheita é aquele em que a semente atinge a sua maturidade
fisiológica , pois que, após aquele ponto, de maneira geral, o único fato significativo
que ocorre na vida da semente é sua rápida desidratação.

Boa sorte!
Evidentemente, a colheita, para poder ser feita exatamente naquela fase, traria uma
série de problemas de solução bastante difícil. Um dos maiores residiria no fato de
que, naquele ponto, a planta ainda se encontra com uma quantidade relativamente
grande de folhas e ramos verdes, úmidos, o que dificultaria sobremaneira a ação da
colheitadeira. Outro problema seria o resultante de injúria mecânica, dado o alto teor
de água no ponto máximo peso de matéria seca, a semente fica particularmente
suscetível à injúria mecânica por amassamento. Outro sério problema é que, se o alto
teor de água com que as sementes seriam colhidas não for reduzido rapidamente,
isso poderia, em sementes ortodoxas, em um período de tempo extremamente curto,
provocar um drástico processo de deterioração, inutilizando a semente para a
semeadura. Portanto, se dá de grande importância tal conhecimento prático, pois
caracteriza o momento em que a semente deixa de receber nutrientes das plantas,
passando a sofrer influência do ambiente.
3) Com relação a figura abaixo descreva o que está acontecendo com as sementes na fase I,
fase II e fase III da germinação.(1 ponto)

A curva de número 1 representa, genericamente, aquelas sementes cujo principal


tecido de reserva é do tipo cotiledonar, e a 2 aquelas cujo principal tecido de reserva é
endospermático. Haveria, então, conforme mostra a Figura 7.1, e fundamentalmente
em função do teor de água que a semente atinge, 3 etapas no processo germinativo,
designadas na figura pelos números I, II e III.
Essa fase I seria, portanto, essencialmente, uma fase em que as substâncias de
reserva são desdobradas em substâncias de menor tamanho molecular, que
permitem um transporte mais fácil.
Ao atingir teores de água entre 25 e 30% (endospermáticas) e 35 e 40%
(cotiledonares), teria início uma outra fase, indicada na Figura 7.1 como fase II. Esta
é uma fase em que, aparentemente, está ocorrendo um transporte ativo das
substâncias desdobradas na fase anterior, do tecido de reserva para o tecido
meristemático. O eixo embrionário, contudo, não obstante já estar recebendo algum
nutriente, ainda não consegue crescer, de sorte que, nesta fase, de uma amostra de

Boa sorte!
sementes postas para germinar, não se observa nenhuma ainda com o eixo
embrionário visivelmente emergindo de seu interior. Outra característica notável desta
fase é que a semente praticamente para de absorver água: os aumentos do conteúdo
de água são muito pequenos à medida que passa o tempo. A duração desta fase em
relação à I é muito longa. Durante esta fase, a intensidade respiratória da semente
também cresce de maneira muito lenta.
Subitamente, a partir de um teor de água que varia de uns 35 a 40% para as
endospermáticas e de uns 50 a 60% para as cotiledonares, a semente volta a
absorver água e a respirar intensamente. Deste ponto em diante tem início o
crescimento visível do eixo embrionário: inicia-se a fase III da germinação. Ao nível
bioquímico, o que a caracteriza é que as substâncias desdobradas na fase I e
transportadas na fase II, são reorganizadas em substâncias complexas para formar o
protoplasma e as paredes celulares, o que, em última análise, permite o crescimento
do eixo embrionário. Evidentemente que o início de uma nova fase não inibe a
ocorrência da anterior; assim, quando a fase II se inicia, a semente em germinação
apresenta, simultaneamente, as três fases.

4) Existem 3 tipos de sistemas que induzem as sementes ao mecanismo da dormência,


cite-os e descreva resumidamente o que acontece em cada um deles.(2 pontos)
1. SISTEMA DE CONTROLE DE ENTRADA DE ÁGUA NO INTERIOR DA
SEMENTE;
Esse é um sistema que , em última análise , age impedindo que água entre no
interior da semente quando esta é colocada em um substrato com as
condições apropriadas para a germinação. Esse papel é desempenhado pela
casca, que é recoberta, ou constituída, de substâncias que exerceriam
diretamente o papel de obstar a entrada da água.
2. SISTEMA DE CONTROLE DE DESENVOLVIMENTO DO EIXO
EMBRIONÁRIO;
Em algumas espécies, a semente, ao atingir um ponto de maturidade (no caso,
aquele ponto em que a semente se desprende da planta progenitora),
apresenta-se com o embrião apenas parcialmente desenvolvido. O embrião de
Ilex opaca, por exemplo, na ocasião em que as sementes se desprendem da
mãe, apresenta-se como uma massa indiferenciada de células. A semente,
colocada em um substrato apropriado, deixaria, portanto, de germinar, visto
que o embrião teria muito que desenvolver até chegar ao ponto de poder
emergir para fora dos tecidos envoltórios da semente.
3. SISTEMA DE CONTROLE DE EQUILÍBRIO ENTRE SUBSTÂNCIAS
PROMOTORAS E INIBIDORAS DE CRESCIMENTO
Este é, provavelmente, o mais complexo de todos os sistemas de dormência.
Em diferentes espécies, substâncias localizadas em diferentes tecidos,
determinam comportamento às vezes altamente específicos, o que tem levado
a muitos pesquisadores a confundirem esses comportamentos como sendo
causas distintas de dormência. Por exemplo, o fato de que um período de

Boa sorte!
baixas temperaturas, sob condições de umidade, superar a dormência de
semente de certo número de espécies, tem sido distinguido como um tipo
especial de dormência, com a designação de "exigências especiais em
temperatura". A eliminação da dormência pela ação da Luz, em algumas
espécies, tem sido apontada como uma causa de dormência, a qual se
denomina "exigências especiais em Luz".
Este sistema, cuja primeira visão unificada foi apresentada em 1968 por Amen,
(de acordo com Thomas (1977), Luckwill, em 1952, teria sido o primeiro a
formular a hipótese de que a dormência seria consequência de um equilíbrio
entre substâncias inibidoras e promotoras da germinação) funciona através dos
subsistema descritos a seguir, os quais não chegam a se constituir em
sistemas estanques; eles podem se sobrepor, principalmente no que diz
respeito aos efeitos de determinados agentes de superação de dormência.

5) Resuma o capítulo sobre extração de sementes de frutos carnosos (anexado junto ao


trabalho) (5 pontos)
1. Introdução
Na maioria das espécies arbóreas são coletados os frutos para obtenção de
sementes.Por isso, geralmente é necessário extrair as sementes dos frutos.
Uma vez extraídas as sementes, as mesmas podem conter impurezas, as
quais são separadas durante o processo de beneficiamento, o que melhora a
qualidade do lote. Nessas etapas, deve-se tomar cuidado para não danificá-las,
pois os esforços dispensados serão desperdiçados se as sementes perdem a
viabilidade.
2. Colheita dos frutos
Geralmente os frutos são colhidos maduros, para facilitar o processo de
extração das sementes, contudo, não atingem totalmente a fase de maturação.
Considera-se que por ocasião da maturidade fisiológica, a semente apresenta
seu máximo, estabeleceu o momento apropriado para a colheita do fruto para
extração, o período que o fruto tolera na planta sem prejuízos ao vigor das
sementes é mesmo período de tolerância dos frutos após a colheita, em função
do seu grau de maturação, pode auxiliar a racionalização do processo de
extração de sementes.
O estágio para a colheita dos frutos varia de espécie para espécie, a mudança
de cor do fruto é a característica visual de grande utilidade para a
determinação da sua colheita.

3. Extração das sementes


A extração consiste em retirar as sementes do interior dos frutos. O método a
ser usado depende basicamente do tipo de fruto, mas deve-se escolher aquele

Boa sorte!
no qual se obtenha sementes de alta qualidade, preservando-se a sua
integridade física, sanitária e fisiológica. Antes da extração, é importante retirar
restos de galhos, folhas, sementes imaturas ou quebradas, pois é mais fácil
remover esses materiais antes da extração do que após. Quanto à
consistência, os frutos podem ser classificados em carnosos e secos.
São exemplos de frutos carnosos, entre outros, Ilex paraguariensis, Drimys
brasiliensis, Allophyllus edulis.
A extração das sementes de frutos carnosos geralmente é feita por via úmida,
que consiste em colocar os frutos na água por aproximadamente um dia, para
amolecer a polpa, o que facilita a extração das sementes. A seguir, eles são
macerados sobre uma peneira e colocados em outro tanque, onde as
sementes serão separadas por flutuação. Geralmente as sementes boas
afundam e as vazias, juntamente com restos de polpa e outros materiais,
flutuam. Por fim, como as sementes estão muito úmidas, deve-se proceder à
secagem. Em determinadas espécies, como por exemplo Blepharocalyx
salicifolius, a maceração deve ser feita suavemente para não danificar as
sementes. A retirada da polpa não é apenas para extrair as sementes, mas
também para evitar a fermentação e, consequentemente, danos às sementes.
Quando os frutos são colhidos maduros, além das sementes apresentarem
melhor qualidade fisiológica, o processo de extração é facilitado.
A retirada da polpa de palmeiras do gênero Euterpe pode ser facilitada
colocando-se os frutos em uma solução de água e cal virgem por
aproximadamente 20 minutos e posteriormente proceder a lavagem das
sementes (PIÑA-RODRIGUES; FIGLIOLIA, 2002).
4. Remoção da mucilagem
As sementes de algumas espécies são recobertos por um envoltório
gelatinoso, material rico em pectina, chamado mucilagem envoltório dificulta o
processo de extração das sementes de cacau, citrus, tomate, pepino,
maracujá, mamão, etc... a remoção da mucilagem das sementes para facilitar a
operação de lavagem pode ser feita pelos seguintes métodos:
Seca natural diretamente ao sol;
Remoção mecânica da mucilagem;
Fermentação;
Emprego de ácidos, bases e sais;
Emprego de enzimas.
5. Lavagem das sementes
A lavagem pode ser feita imediatamente após a extração das sementes dos
frutos ou, então, após pequeno repouso para facilitar a separação das

Boa sorte!
Sementes da polpa após a fermentação, por tempo variável com a espécie,
após tratamento químico ou qualquer outro processo aconselhável para a
remoção da um silagem das sementes.
A limpeza de sementes visa processar ainda em campo as amostras de
material coletado para se obter uma coleção (sementes ou frutos) limpa e
viável sem incorrer em danos ou perdas. Algumas sementes, por exemplo,
aquelas de espécies de cápsulas secas, são recolhidas diretamente e
necessitam de mínima limpeza. Mais frequentemente, o fruto é coletado e as
sementes precisam ser extraídas. A lavagem das sementes depende do tipo de
cada espécie, porém, é bastante utilizado o uso de água corrente e processo
específicos para que não sejam danificadas.
6. Unidade de extração de sementes por via úmida
Uma unidade de extração de sementes por via úmida é constituída de um
galpão, construído de preferência de alvenaria ou concreto aparente,
suficientemente amplo para permitir a entrada de veículos de transporte de
frutos.
No galpão deverá ser planejada a instalação hidráulica e a rede de esgoto,
dimensionadas para atender a necessidade de água e eliminação de
impurezas, durante o processo de extração. Terminais com energia elétrica
disponível, para acionar os motores das máquinas e equipamentos, são
indispensáveis.
Uma unidade de extração de sementes de frutos carnosos por via úmida deve
conter basicamente um triturador de frutos, tanques de fermentação e/ou
lavagem, tanques de decantação, bica de lavagem, centrifugador e secador de
sementes.

Boa sorte!

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