Disciplina Biologia de Sementes

Pós-graduação em Biologia Vegetal

Universidade Federal de Uberlândia

Nome: Mateus Moreira Silva

Nota: ____/ 15 pts

Resumo Dormência em Sementes

Instruções

 Escreva um resumo sobre o tema ‘Dormência em sementes’, tendo como base a aula
da Disciplina Biologia de Sementes sobre o tema e o artigo de revisão e classificação
“A classification system for seed dormancy”.

 Este resumo deve conter os seguintes tópicos (1- Conceito de Dormência em

sementes; 2- Classificação da dormência; 3- Dormência fisiológica; 4- Dormência
morfológica; 5- Dormência morfofisiológica; 6- Dormência física; Dormência
combinada; 7- Métodos para superação de cada tipo de dormência).

 Este resumo deve ter um máximo de 3 páginas (Fonte Times, tamanho 12,
espaçamento duplo).
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Universidade Federal de Uberlândia

Uma semente é classificada como dormente quando esta não possui a capacidade

de germinar em um período específico e sob condições adequadas como fatores

ambientais físicos (temperatura, claro/escuro, umidade, oxigênio) para à germinação

ocorrer.

Dizemos que uma semente possui dormência primária quando esta é dispersa já

com dormência, ou seja, a dormência foi adquirida na planta mãe antes da dispersão. Já

sementes com dormência secundaria são aquelas que são dispersas sem dormência e

esta é adquirida após a dispersão.

O modelo proposto por Baskin e Baskin (2004), baseado nos esquemas de

Nikolaeva classifica a dormência em sementes em cinco classes, até oito níveis e até

cinco tipos. Com relação às classes temos:

A dormência fisiológica é causada por mecanismos que promovem a inibição

fisiológica do embrião, impossibilitando a ruptura dos tecidos que o recobrem e

consequentemente a emergência da raiz primária. Este tipo de dormência é mantido por

meio da supressão de várias atividades celulares relacionadas com a germinação,

induzidas pelo ácido abscísico (ABA) enquanto as giberelinas (GA) agem de forma

contrária a este efeito promovendo a germinação. Assim o equilíbrio entre os hormônios

ABA e GA são um fator decisivo para que a resposta germinativa ocorra. Essa classe de

dormência é classificada em três níveis, sendo não profunda, intermediária, profunda.

A dormência morfológica está relacionada exclusivamente ao desenvolvimento

do embrião após a dispersão, pois nesse caso a semente é dispersa com o embrião

imaturo (subdesenvolvido) necessitando assim de um tempo para seu desenvolvimento

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dentro da semente para depois germinar. O período de dormência é o tempo decorrido

entre a incubação das sementes frescas e a emergência da radícula. De acordo com

Baskin e Baskin (2004) sob condições adequadas, as sementes recém maduras, têm seus

embriões crescendo dentro de alguns dias a uma ou duas semanas, germinando em cerca

de 30 dias.

A dormência morfofisiológica é a combinação das duas dormências

anteriormente citadas, ou seja, a semente é dispersa com um embrião subdesenvolvido e

sem potencial germinativo através de barreiras fisiológicas. Assim, para germinar é

necessário a superação de duas etapas, um pré-tratamento para quebra de dormência e o

crescimento do embrião/emergência da radícula requerendo um período

consideravelmente maior do que em sementes com apenas dormência morfológica. Essa

classe de dormência é classificada em oito níveis, sendo simples não profunda, simples

intermediária, simples profunda, simples profunda no epicótilo, simples profunda dupla,

complexa não profunda, complexa intermediária e complexa profunda.

A dormência física é conferida exclusivamente pelo tegumento composto de

uma ou mais camadas de células paliçadas, lignificadas e impermeáveis à água. Dessa

forma há a presença de canais de entrada de água como a lente e o pleurograma que são

estruturas permeáveis que detectam os sinais ambientais e se rompem no tegumento

permitindo a entrada da água na semente alcançando o embrião.

A dormência combinada é a combinação das dormências física e fisiológica,

dessa forma a semente possui um tegumento impermeável e o embrião está

fisiologicamente dormente. Essa classe de dormência é classificada em não profunda.

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Cada espécie vegetal pode ou não apresentar um ou mais tipos de dormência.

Em alguns casos tratamentos pré-germinativos se fazem necessários para que a

dormência seja superada para que a germinação ocorra. Primeiramente é necessário

identificar os tipos de dormência que a semente possui para posteriormente submeter

estas aos métodos de superação da dormência. Sendo:

A imersão em água quente ou escarificação mecânica com o uso de lixa para

remoção de partes do tegumento, e química com imersão em ácido sulfúrico todos estes

procedimentos utilizados para superar a dormência física.

Outros métodos são a estratificação quente ou fria através da manutenção das

sementes em condição úmida ou a imersão em solução de giberelina ou peroxido de

hidrogênio (H2O2) sendo ambos utilizado para superação da dormência fisiológica.

Para os casos em que a dormência e causada por mais de uma condição pode-se

empregar a combinação destes métodos para a superação da mesma.