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HORMÔNIOS VEGETAIS

AUXINAS
● expansão/alongamento celular;
● divisão das células;
● diferenciação vascular;
● dominância apical;
● senescência;
● abscisão.

Foi o primeiro grupo de hormônios descobertos através de estudos acerca


da expansão celular vegetal. As evidências corroboram para a ideia de que as
auxinas exercem uma importante função na regulação do crescimento e
desenvolvimento vegetal; dessa forma, sendo vital para a planta.
A descoberta desse grupo de hormônios vegetais teve sua premissa com
base nos experimentos e estudos encabeçados por Darwin sobre o fototropismo.
Ele observou o desenvolvimento de plântulas e sua curvatura em direção a luz e
de como as mudas respondiam caso o coleóptilo fosse removido ou coberto.

Como a plântula não se desenvolvia e crescia quanto coleóptilo ela


amputada ou coberta, Darwin concluiu que o estímulo para essas ações eram
produzidos no ápices das plantas e nos tecidos mais jovens.
O termo auxina foi criado pela primeira vez por Frits Went no começo do
século XX, em 1926. Com base nos seus experimentos ele demonstrou a presença
dessa substância na promoção do crescimento que causava a curvatura das
plântulas; além disso encontrou uma método para quantificá-la.
Os resultados das pesquisas de Went abriram caminhos para os estudos
que se seguiram na tentativa de isolar e identificar quimicamente as auxinas,
culminando com o isolamento do ácido indolil-3-acético (AIA) em 1946, o qual
foi extraído de grãos de milho imaturos. A partir de então, as pesquisas vêm
demonstrando que o AIA é a principal auxina encontrada nas plantas superiores.
A AIA é a auxina natural mais abundante, embora haja variações desse
composto e que sua concentração depende do tipo de plantas, local e substrato.
As auxinas sintéticas são empregadas na agricultura como herbicida, sendo as
mais frequentemente usadas o 2,4-D, o pidoram e o dicamba.
De um modo geral, as auxinas sintéticas são denominadas de substâncias
reguladoras do crescimento vegetal, enquanto o emprego do termo hormônio ou
fitormônio tem ficado restrito às auxinas naturais.
Biossíntese de AIA

Ocorre em locais de divisão celular rápida:


● meristemas apicais caulinar;
● folhas jovens;
● frutos e sementes em desenvolvimento.

Existem várias rotas de biossíntese!


Tanto dependendo desse aminoácido quanto independente

AIA é sintetizado a partir do aminoácido triptofano (3 etapas):


1. conversão do triptofano em ácido indolil-3-pirúvico (AIP);
2. descarboxilação do AIP em indolil-3-acetaldeído (IAAld);
3. oxidação do IAAld em AIA.

Controle de AIA:
CONJUGAÇÃO -> AIA inativo (+ encontrado)
OXIDAÇÃO -> destruição (irreversível)
COMPARTIMENTALIZAÇÃO -> cloroplastos
TRANSPORTE->

Transporte de auxinas:
1. Sistema de transporte passivo: via floema e longa distância;

Hipótese do crescimento ácido:


1. A auxina acidifica a região da parede celular por estimular a célula
competente a excretar prótons;
2. O abaixamento do pH ativa uma ou mais enzimas, com pH ótimo ácido,
que causariam o afrouxamento da parede celular;

Efeitos Fisiológicos das Auxinas:


1. Alongamento celular (mas em altas quantidades inibem o da raiz;
2. RESPOSTAS TRÓPICAS: respostas de orientação em relação ao ambiente
3. Dominância apical -> Acúmulo de citocininas e nutrientes no ápice;
4. Iniciação de raízes laterais e adventícias -> O alongamento da raiz
primária é inibido por altas concentrações de auxina, porém a iniciação
de raízes laterais e adventícias é estimulada por altos níveis de auxina
5. A quebra da dominância apical pode ser induzida pela aplicação direta de
citocinina sobre a gema lateral ou, de modo contrário, pode ser revertida
pelo tratamento com auxina no ápice decapitado.
6. As citocininas podem antagonizar o efeito da auxina

CITOCININAS
● retardam o envelhecimento;
● atuam na germinação de sementes;
● com a auxina, estimulam a divisão celular.
● atua no crescimento de gemas laterais
● retarda o envelhecimento das folhas, entre outras.

O nome citocinina está relacionado com uma de suas funções, que é estimular a
citocinese ou divisão celular.

Síntese:
● ápice das raízes, embora possam ser sintetizadas também, mas em menor
quantidade, em outros tecidos em crescimento.
● são distribuídas pela planta, das raízes até os brotos, pelo xilema.

Efeitos Fisiológicos:
1. Quando a concentração de citocinina aumenta, ocorre o crescimento de
gemas na parte aérea; quando a auxina aumenta, ocorre a formação de
raízes.
2. Retardando o envelhecimento (senescência) das folhas, pois estimulam a
síntese de RNA e de proteínas, além de inibir a degradação destas.

GIBERELINAS:
● alongamento do caule;
● crescimento do fruto;
● germinação de sementes.

encontrado nas raízes e folhas jovens, nas sementes em fase de germinação, nos
frutos e meristemas.

Alongamento do caule

As giberelinas promovem o alongamento e divisão celular. Acredita-se que essa


substância ative enzimas que afrouxam as paredes das células, permitindo,
assim, a entrada de proteínas expansivas.

Observou-se que plantas de variedades anãs apresentaram um maior


desenvolvimento após tratamento com esse hormônio.

Crescimento do fruto
Assim como no alongamento dos caules, as giberelinas atuam nos frutos
promovendo o seu desenvolvimento. Um exemplo é a utilização na produção de
uvas Thompson sem sementes, o que resulta em frutos com bagas maiores.

Germinação de sementes

As giberelinas atuam na germinação das sementes promovendo a quebra da


dormência por intermédio da produção de enzimas que permitem a utilização
de substâncias de reserva. As enzimas hidrolíticas digerem as reservas
nutritivas e deslocam os produtos para regiões de crescimento do embrião.
Algumas sementes que necessitam de condições especiais para a quebra de
dormência, como a presença de luz, quebram a dormência se tratadas com esse
hormônio.

ÁCIDO ABSCÍSICO:
● proteção do estresse hídrico;
● desenvolvimento da semente;
● dormências de gemas;
● Senescência
Esse hormônio é produzido a partir do ácido mevalônico nos cloroplastos e em
outros plastídios. Sua síntese é alta em folhas maduras e sementes, sendo que
seu transporte ocorre normalmente via floema.

Esse fitormônio, diferentemente da auxina e citocinina, possui uma


característica inibitória no que diz respeito ao crescimento. Ele é responsável
por cessar o crescimento de algumas plantas em determinadas épocas do ano.
Isso, sem dúvidas, é fundamental para que uma espécie consiga se estabelecer
em ambientes com climas extremos.

Podemos atribuir também ao ácido abscísico a função de retardar a germinação


de sementes. Normalmente o acúmulo desse hormônio acontece no início do
desenvolvimento de algumas sementes e está relacionado com o atraso da
germinação. Além disso, ele atua aumentando a produção de proteínas de
reserva, que serão fundamentais para o desenvolvimento do embrião. O ABA
também confere uma tolerância à desidratação e ao frio, sendo este um papel
fundamental, pois evita a destruição de componentes das células, como as
membranas.

Em algumas plantas, a quebra de dormência relaciona-se à queda dos níveis do


hormônio ABA. Isso significa que elas irão germinar somente quando ocorrer
uma queda acentuada nos níveis desse hormônio.

O controle da dormência é muito importante, pois evita que uma semente


germine em condições desfavoráveis, como um inverno extremamente rigoroso.
Além da dormência em sementes, o ABA também garante a dormência das
gemas.

Além de controlar o crescimento, o ABA está relacionado ao mecanismo de


abertura e fechamento estomático. Os estômatos são estruturas responsáveis por
controlar a entrada e saída de gases da planta, sendo importantes, portanto, no
processo de transpiração, fotossíntese e respiração. Além disso, a abertura dos
estômatos (ostíolo) é uma porta de entrada de alguns patógenos, como fungos.

O estômato mantém-se aberto ou fechado em razão da pressão de turgor das


células-guarda. Um estômato mantém-se aberto quando as células-guarda estão
túrgidas, mas se fecha quando elas ficam flácidas. O ABA atua reduzindo a
pressão de turgor e, consequentemente, fechando o estômato.

O fechamento dos estômatos está diretamente relacionado ao papel do ABA de


responder a estresses. Ao fechar o estômato, a planta diminui a perda de água e,
consequentemente, protege-a em casos de estresse hídrico.

ETILENO:
O etileno, um hormônio vegetal (fitormônio) gasoso e incolor, é produzido por
diversos órgãos vegetais e distribuído pela planta por difusão a partir do local
onde é produzido. Pode ser produzido como resposta a fatores de estresse, como
a seca, bem como durante o amadurecimento de frutos.

→ Função do etileno

Alguns efeitos atribuídos à auxina podem estar, na verdade, relacionados com o


aumento da produção do etileno. No entanto, as suas principais ações estão
relacionadas com o amadurecimento de frutos e abscisão de folhas de árvores
decíduas (que perdem a folhagem em determinado período do ano).

● Amadurecimento de frutos

O aumento da produção de etileno desencadeia o processo de amadurecimento


de frutos, que se inicia com a digestão enzimática da pectina, um dos principais
componentes da parede celular, amolecendo o fruto. Nesse período, ocorre
também a conversão de grãos de amido e ácidos orgânicos em açúcares,
tornando os frutos doces e palatáveis.

Quanto mais maduras estiverem as células de um fruto, maior será a produção


de etileno, o que causa o amadurecimento dos frutos ao redor.

● Abscisão de folhas
O aumento da temperatura e o encurtamento dos dias durante o outono levam
ao aumento da produção do etileno e diminuição da concentração de auxina.
Assim, as células da camada de abscisão – camada de células parenquimáticas
que se desenvolve na base do pecíolo –, sensíveis ao etileno, produzem enzimas
que digerem a celulose e outros componentes das paredes celulares, tornando
essa camada enfraquecida. Assim, o próprio peso das folhas ou a ação do vento
causam a separação dentro da camada e a queda da folha.

A mudança na coloração das folhas nessa época do ano deve-se à decomposição


da clorofila e à síntese de carotenoides e antocianinas. A perda das folhas no
outono por parte das plantas decíduas é uma preparação para o inverno, quando
a disponibilidade de água para a planta é menor.

Curiosidade: O etileno tem grande valor econômico, pois pode ser utilizado para
induzir o amadurecimento de frutos mesmo após a colheita. Com o avanço da
engenharia genética, formas mutantes do gene do receptor do etileno em algumas
espécies vêm sendo utilizadas para retardar a senescência (envelhecimento dos
tecidos do organismo) ou o murchamento de flores

O ácido abscísico está relacionado com a inibição da germinação, do


alongamento da raiz e do desenvolvimento das gemas e com o mecanismo de
abertura e fechamento estomático.

O etileno é um gás que estimula a maturação dos frutos, induz a abscisão


de flores, frutos e folhas e desempenha papel importante na determinação do
sexo das flores de algumas plantas.

A auxina estimula a atividade de câmbio vascular e, consequentemente,


promove o desenvolvimento do tecido vascular secundário e o crescimento da
planta em espessura.

As citocininas são sintetizadas no ápice radicular, transportadas via


xilema e atuam na divisão celular, no desenvolvimento das gemas laterais e no
atraso da senescência.

Podemos concluir que a folha está em sua fase senescente, pois a auxina é
produzida nos primórdios foliares e em folhas jovens.

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