Anna Clara Leal, Adriana Oliveira e Douglas Samuel

Fito hormônios

BOCAIUVA/MG
2022
Introdução: Reguladores vegetais são substâncias naturais ou sintéticas, que em
pequenas concentrações, podem alterar qualquer processo fisiológico das
plantas, como por exemplo, a emissão de raízes, enlongacão do caule, abscisão
de folhas e frutos, maturação de frutas, entre outros.
As principais substâncias utilizadas em fruticultura e que exercem algum tipo de
influência sobre as plantas pertencem ao grupo das auxinas, giberelinas,
citocinas, etileno e o ácido abscísico, que serão abordados de forma resumida
nos itens seguintes.

Auxinas: As auxinas são substâncias químicas relacionadas com ácido

indolacético ( AIA ), a principal auxina das plantas e a primeira a ser identificada
são produzidas no locais de crescimento ativo, como, meristemas, gemas axilares
e folhas de jovens, embora haja síntese nas folhas adultas.
O transporte das auxinas se caracteriza como sendo basal, ou seja, do ápice do
caule ou de outro órgão para a base deste, e polar.
As auxinas quando sintetizadas pelas plantas ou aplicadas exógenamente podem
provocar uma gama variada de efeitos, como, crescimento do caule, folhas, raiz,
flor e fruto, partenocarpia, determinação do sexo, abscisão foliar, epinastia,
dominância apical e iniciação da atividade cambial.

Giberelinas: Foram descobertas a partir do fungo _Gibberella fujikuroi_ que

atacava plantas de arroz, causando um crescimento excessivo e, por
consequência o tombamento das mesmas.
A identificação das giberelinas chegou através do isolamento do princípio ativo,
presente no extrato do fungo. Já foram identificados mais de 80 tipos diferentes
de giberelinas.
Os órgãos que apresentam maior concentração de giberelinas são sementes em
germinação, endosperma, frutas imaturas e ápices de caules e raízes.
O transporte ocorre das raízes até a parte aérea, via xilema, juntamente com a
seiva bruta e: das folhas até as outras partes da planta, via floema, porém
ocorrem na maioria dos tecidos da planta.
O principal efeito é o crescimento vegetativo, podem também sobre a
germinação: retardar a senescência e abscisão; induzir a partenocarpia; induzir
floração e atuar na expressão sexual.
Ácido giberélico é o que tem mais utilização na fruticultura

Citocininas: Formam no grupo dos reguladores vegetais responsáveis pela

divisão e diferenciação celular, participam também do controle do
desenvolvimento excelência das plantas, na germinação de sementes de
algumas espécies, na maturação dos cloroplastos. O nome foi dado ao grupo de
substâncias com ação semelhante à cinetina.
A primeira citocinina a ser descoberta foi a zeatina, isolada a partir do
endosperma de milho e é a citocinina mais abundante nas plantas. A maioria
utilizadas são comercialmente sintéticas as principais são a benziladenina,
também chamada de benzilaminopurina e a tetrahidropiranibenziladenina.
São produzidas principalmente no meristema apical das raízes, mas também
podem ser sintetizados nas plantas aéreas, folhas jovens, sementes e frutos em
desenvolvimento. O transporte pode acontecer via Xilema e Floema. A
degradação feita pela enzima citocinina oxida-se.
Atualmente as citocininas são amplamente utilizados no cultivo em “in vitro” de
plantas, com objetivo de multiplicar o material propagativo. A benzilaminopurina é
a citocinina que mais tem sido utilizada para a maioria das espécies.

Ácido Abscísico : É um ácido também conhecido pela sigla ABA. Esse hormônio
é sintetizado por vegetais superiores, algas e fungos que, na grande maioria dos
casos, retarda o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Outra função do
ABA é promover a dormência de gemas e de sementes, isso é muito importante
pois evita que uma semente germine em condições desfavoráveis. Além disso, o
ABA também está relacionado ao mecanismo de abertura e fechamento
estomatite.
Sua síntese é alta em folhas maduras e sementes, sendo que seu transporte
ocorre normalmente via forma.

Etileno : O etileno, também conhecido como "hormônio do amadurecimento", é o

único regulador vegetal gasoso, que apresenta atividade biológica em
concentrações bastante reduzidas.
O etileno é produzido em vários tecidos vegetais, e sua síntese está relacionada
com a resposta a algum fator estressante. Além do controle do amadurecimento
das frutas, o etileno provoca alterações de sexo em flores de cucurbitáceas;
dormência de sementes, gemas, esporos, pólen, expansão de órgãos, e pilastra,
senescência de folhas e flores, abscisão, entre outros.
O etileno é sintetizado no vacilo e a sua movimentação pode se dar por difusão
na fase gasoso dos espaços intercelulares dos tecidos ou através do floema e do
xilema.
A maturação de frutas pode ser antecipada pela aplicação de baixas
concentrações de etileno, que pode ser feita em câmaras semi-herméticas,
usando-se produtos que liberam etileno ou tratamentos que introduzem a
produção pela própria fruta.