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HORMONAS VEGETAIS

Biologia e Geologia
10º Ano
Movimento nas planta
 Todos os seres vivos apresentam uma série
de respostas aos estímulos exteriores.

 Algumas dessas respotas manifestam-se


sobre a forma de movimentos.

 As plantas, apesar não serem capazes de


locomoção, também produzem movimentos.

 Esses movimentos podem não ser tão rápidos


ou evidentes como os dos animais.

 Todos os órgãos das plantas podem


apresentar movimentos.
Movimentos das plantas

Alongamento
Curvaturas

Enrolamentos
Abertura e fecho de folhas e flores…
Movimento nas plantas
 Os movimentos das plantas, bem como o
desenvolvimento dos seus órgãos são
afectados por inúmeros estímulos do meio
exterior:
 Temperatura;
 Gravidade;
 Fotoperíodo;
 Toque mecânico.

 Os movimentos que as plantas desenvolvem, e


que resultam em crescimento, em resposta a
estes estímulos, na sua direcção ou em
direcção oposta, denominam-se de
tropismos.

 Os movimentos que não envolvam crescimento


da planta em resposta a um estímulo
denominam-se de movimentos násticos ou
nastias.
Movimento nas plantas
Tropismos
 Os tropismos podem ser…

 Positivos – em direcção ao estímulo;

 Negativos – em direcção oposta ao


estímulo.

 O tropismos podem ser:


 Fototropismo;
 Gravitropismo;
 Tigmotropismo;
 Termotropismo;
 Quimiotropismo;
 Hidrotropismo.
Nastias
 As nastias são movimentos mais
interessantes e de acordo com o
estímulo podem ser classificados:

 Fotonastias;

 Tigmonastias;

 Termonastias;
Fotonastia
 Quimionastias;

 Hidronastias.

Tigmonastia
Acção das Hormonas Vegetais no
Crescimento das Plantas
 Desde cedo que os investigadores se interrogam
qual o processo que leva as plantas a reagir aos
estímulos uma vez que não apresentam sistema
nervoso.

 Entre esses investigadores encontra-se Charles


Darwin e Francis Darwin, os quais desenvolveram
uma série de experiências com vista de descobrir
de onde partia a mensagem que leva planta a
responder.
Experiência de Charles e Francis
Darwin (1881)
Experiência de Charles e Francis Darwin
(1881)
 O que estes dois investigadores
descobriram foi que algures no ápice
do coleóptilo se desenvolvia uma
mensagem que era passada para as
regiões inferiores da planta.

 Esta mensagem levava a planta a


curvar.

 Em 1926, Frits Went deu seguimento


às experiências de Darwin.
Experiência de Frits Went (1926)
 Frits sabia que havia uma substância a ser
produzida no ápice do coleóptilo, só não
sabia qual era.

 Então cortou o ápice e colocou-o em cima


de um bloco de agar, de forma a que este
absorve-se a substância.

 Essa substância foi isolada veio-se a


conhecer que é uma substância química que
percorre toda a planta e intervem no
desenvolvimento da planta.
 Descobriu-se então que tal como os animais,
as plantas produzem substância que
percorrem o corpo da planta e enviam
mensagens.

 Assim descobriram-se as fitohormonas ou


hormonas vegetais.

 Frits tinha descoberto a auxina.


Experiência de Frits Went (1926)
Experiência de Frits Went (1926)
Experiência de Frits Went (1926)

 As auxinas sintetizadas,
sobre o estímulo da luz,
deslocam-se pelo caule
abaixo e para o lado
oposto ao que está exposto
à luz.

 Isto leva a que as células do


lado oposto ao da luz
alongem o que resulta numa
curvatura da planta em
direcção à fonte luminosa.
Fitohormonas
 As fitohormonas são sintetizadas em pequenas
quantidades em determinados locais e
transportadas para outros locais, por exemplo
através do floema.

 Depois da descoberta das auxinas, muitas outras


fitohormonas foram descobertas, pelo que existem
actualmente cinco grandes grupos de fitohormonas:

 Auxinas;
 Giberelinas;
 Citoquininas;
 Ácido abscísico;
 Etileno.

 As suas funções são diversificadas:


 Crescimento;
 Manutenção;
 Reparação.
Auxinas
 As auxinas são das fitohormonas mais bem estudadas e importantes
pois intervem no crescimento da planta.

 Conhecem-se três auxinas naturais sendo a mais activa o Ácido


Indolacético (IAA).
 Produzida nos ápices dos caules, sementes (embrião), folhas jovens,
flores, frutos e grãos de pólen.

 O efeito das auxinas depende, entre outros factores, do local onde são
produzidas, de espécie para espécie e de concentração.
 Certas auxinas têm maior efeito em determinados órgãos do que outras.

 Por vezes as auxinas em vez de promoverem o crescimento em certos órgãos


mas inibe em outros.
 Nos caules estimula o crescimento mas nas raízes inibe.
Auxinas
 As auxinas ajudam a perceber o fototropismo positivo do
caule e o negativo da raíz.

 Se uma planta for colocada na horizontal, os lados voltados


para baixo recebem maior quantidade de auxinas.
 No caule as auxinas levam a que essas células se alongem, logo
o caule curva para cima;

 Já na raiz, as auxinas inibem o crescimento, assim as células


inferiores alongam menos, logo a raíz curva para baixo.
Auxinas
 O crescimento das plantas faz a
partir de células com grande
capacidade de divisão e
diferenciação (totipotência),
formando um tecido denominado
de meristema.

 Os meristesmas podem ser


classificados de acordo com a sua
posição no corpo da planta em:

 Apicais – nas pontas do caule e


raíz;

 Laterais – gomos dos ramos


laterais.
Auxinas
 Nas plantas que apresentam
dominância apical, o
crescimento ocorre quase
exclusivamente a partir dos
meristemas apicais.

 Isto porque as auxinas


produzidas nos meristemas
apicais inibem o
desenvolvimento do meristemas
laterais.

 Se por alguma razão se


eliminar o meristema apical os
meristemas laterais
desenvolvem-se originando
ramos.
Outras acções das auxinas
 As auxinas são ainda responsáveis por:

 Evitam a abcissão e queda dos folhas e


frutas.
 Evitam a desintegração das células da base
do pecíolo.

 Estimulam a formação dos frutos.


 As auxinas produzidas nas sementes levam ao
desenvolvimento das paredes do útero, logo
levando à formação de frutos.

 A aplicação de auxinas em flores não


fecundadas leva à formação de frutos sem
sementes.

 Propagação vegetativa
 A aplicação de auxinas em estacas caulinares
leva à formação de raízes.
Giberelinas
 Conhecem-se cerca de 80 giberlinas naturais.

 São responsáveis pelo alongamento dos caules.

 Acção mais lenta do que a das auxinas.

 Intervenientes também na germinação de sementes e no


processo de floração e maturação dos frutos.

 Actuam muitas vezes em conjunto com a IAA.


Citoquininas
 Estimula a divisão celular em tecidos meristemáticos.

 Em certas situações tem acção contrária à das


auxinas, estimulando o desenvolvimento de gomos
laterais ou inibindo a ramificação das raízes.

 Retardam o envelhecimento de células vegetais,


impedindo a abscissão das folhas.
Etilenos
 Tal como muitas outras fitohormonas, a acção
do etileno era já conhecida antes de se
descobrir a hormona.

 Desde muito cedo que se verificou que as


bananas amadureciam muito mais depressa
quando armazenadas junto a laranjas.

 Em 1934 comprovou-se que as plantas


produzem etileno, um gas que provoca a
maturação dos frutos, bem como a abscissão
das folhas.

 O etileno é também essencial na protecção


de plantas feridas ou infectadas, pois acelera
o envelhecimento das partes afectadas.
Ácido Abscísico
 O ácido abscísico ou ABA inibe a acção de
hormonas de crescimento, a germinação de
sementes e o desenvolvimento de gomos.

 Promove o fecho dos estomas, protegendo a planta


em situações de seca.

 Estimula a abscissão de folhas, ramos e frutos.


Fitohormonas
 As hormonas raramente actuam sozinhas.

 A produção coordenadas de diferentes hormonas


ao mesmo tempo permite às plantas sobreviver e
reagir a diversas situações, como a mudança de
estações ou mesmo mudanças abruptas das
condições climatéricas.

 Controlando assim o seu desenvolvimento.

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