Você está na página 1de 11

RESUMO RECONTADO DO LIVRO:

O SENHOR DO ANÉIS –
A SOCIEDADE DO ANEL
AUTOR: J.R.R TOLKIEN
ALUNA: Rosa Maria de Amorim Soares da Silva
TURMA: 9󠆅˚B, PROFESSORA: Leilane
SINOPSE: Numa cidadezinha indolente do Condado, um jovem hobbit é
encarregado de uma imensa tarefa. Deve empreender uma perigosa viagem através
da Terra-Média até as Fendas da Perdição, e lá destruir o Anel do Poder – a única
coisa que impede o domínio maléfico do Senhor do Escuro.

CAPÍTULO I: UMA FESTA MUITO ESPERADA


No Condado, moradia dos chamados “hobbits”, o senhor Bilbo Bolseiro retorna de
suas longas trilhas e caminhadas ao redor da Terra Média, se tornando uma das
figuras mais influentes daquela região. Passados alguns anos desde de sua vinda, ele
anuncia uma grande festa em comemoração ao seu 111̊ aniversário e o 33̊ aniversário
do seu sobrinho Frodo, que ele tinha adotado como herdeiro alguns anos atrás e
trouxera para morar em sua casa.
Antes dos preparativos para a festa, Gandalf, um velho mago que era amigo íntimo
de Bilbo, retorna ao Condado - depois de um longo tempo - para alertá-lo a respeito do
anel que portava consigo, pois aquele foi “furtado” durante um de seus passeios a
terras sombrias. Segundo o mago, aquele anel pertencia a Sauron, o Senhor do Mal,
que havia criado o acessório como um símbolo de sua perversidade e teria depositado
todos os seus poderes malignos no mesmo. Seu conselho dizia que o melhor a se
fazer naquela situação, antes que fosse tarde demais, era deixar o anel com seu
sobrinho e partir em direção a novos rumos, pois Bilbo já não suportaria aquele fardo
por mais tempo depois de já tê-lo usado diversas vezes.
Decidido a seguir os conselhos de Gandalf, Bilbo se prepara para uma
apresentação em meio a janta de seu aniversário, em que um truque de mágica
elaborado pelo mago, juntamente com o poder de invisibilidade do anel, o faria
desaparecer em frente aos convidados; o plano dá certo e os hobbits presentes ficam
totalmente confusos e curiosos em relação ao ocorrido.
Ele fala mais uma vez com Gandalf antes de partir, e quase muda a sua intenção
original de deixar o anel com Frodo; mas o mago o convence a manter a ideia, e Bilbo
parte, muito aliviado e mais feliz do que nunca. Com o anel nas mãos de seu sobrinho,
Gandalf o adverte para não usá-lo em nenhuma hipótese, em razão de ser muito
perigoso. No dia seguinte, Frodo, além de ressentido por causa da partida de seu tio,
também está ocupado pois Bilbo tinha deixado presentes de despedida para muitos
hobbits, e agora uma multidão de pessoas se encontra na porta de sua casa, muitos
deles chegando a invadir a privacidade do garoto. Posteriormente, Gandalf vai embora
e não volta durante um bom tempo.

CAPÍTULO II: A SOMBRA DO PASSADO


Pelos anos que se seguem, o desaparecimento de Bilbo continua vivo na cultura
popular dos hobbits, que ficou conhecido como um acidente resultante da loucura do
“velho”. Enquanto isso, Frodo parecia seguir a mesma vida cotidiana de Bilbo, ficando
sozinho a maior parte do tempo em sua casa, com exceção dos passeios que
realizava com seus amigos, Pippin e Merry.

No quinquagésimo aniversário de Frodo, Gandalf o visita novamente e eles têm


uma conversa longa sobre o objeto que o mesmo tinha herdado de Bilbo. Gandalf
explica a Frodo a natureza e a história do anel por meio de uma espécie de
experimento, que consistia em posicionar o anel na lareira com chamas; feito isso, foi
possível notar que duas frases (numa língua desconhecida para Frodo até então) se
erguiam na parte interna e externa do anel:
“Um Anel para a todos governar. Um Anel para encontrá-los
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los.”

Depois de feita a reflexão a respeito da conectividade do Anel com seu dono, o


Senhor do Escuro, que o procurava ansiosamente, Gandalf aconselhou Frodo a partir
em direção a Montanha da Perdição em Mordor, com o intuito de destruir o Um Anel e
consequentemente afetar o poder maligno de Sauron, impedindo que o mesmo
espalhe seu reino do mal pelo mundo. Frodo decide partir, acompanhado por Sam
Gamgi, seu jovem jardineiro, (que escutou toda a conversa entre os dois por trás da
janela) e que, ao contrário da maioria dos hobbits, acreditava nas antigas histórias
populares e adoraria ver os Elfos.

CAPÍTULO III: TRÊS NÃO É DEMAIS


Antes de partirem definitivamente, Frodo, a pedido de Gandalf, vende sua casa em
Bolsão para os Sacola-Bolseiros (família que possuía rivalidade com Bilbo) e compra
outra na região da Terra dos Buques, na cidade de Cricôncavo, afim de
despistar/amenizar as fofocas em relação a sua partida, já que, segundo Gandalf, o
Senhor do Mal possuía espiões que poderiam estar em toda parte e a aquisição da
casa deixaria menos rastros a respeito de sua real localização. Além disso, por meio
da festa de despedida realizada antes de partirem, a atenção dos hobbits se
concentraria nas comidas, bebidas e presentes ao invés de na verdadeira razão pela
qual Frodo partiria.

No caminho para a Terra dos Buques, Sam comenta que seu pai, Feitor, havia sido
questionado em relação a localização dos hobbits por figuras escuras muito estranhas,
que vestiam capas pretas e andavam a cavalo, mas que não respondeu à pergunta,
porque não sabia a intenção daquelas pessoas. Frodo fica perplexo, pois em sua
conversa com Gandalf, havia sido alertado que estavam sendo procurados e
perseguidos pelos espiões de Sauron e que tomassem muito cuidado, pois estes
seriam capazes de tudo para conseguir a posse do Um Anel.

Em razão dessa preocupação, a comitiva escolhe não ir pela estrada principal, pois
seria mais provável que fossem vistos por essas figuras (que depois receberiam o
nome de Cavaleiros Negros) e optaram por seguir atalhos longe das trilhas principais.
Por causa disso, depois de dois dias caminhando, perceberam a presença de grupos
vagantes de elfos, comandados por Gildor, seu líder. Eles foram muito simpáticos com
o grupo, já que o guia era amigo próximo de Bilbo. Os elfos, sempre fartos de
recursos, ofereceram abrigo e suprimentos para ajudar na viagem dos hobbits. Frodo,
antes de dormir, questiona Gildor no que se refere a localização de Gandalf, pois ele
não o via desde seu 50̊ aniversário e estava ficando preocupado em relação ao seu
destino, porém Gildor não responde.

CAPÍTULO IV: ATALHO ATÉ COGUMELOS


No dia seguinte, Frodo decide pegar um atalho para o rio Brandevin, onde Merry o
estaria esperando; queriam chegar lá mais cedo, e evitar serem vistos novamente
pelos Cavaleiros Negros. Durante o trajeto, tiveram muitas dificuldades em relação ao
revelo e ao clima da região, já que preferiram seguir o caminho mais longo afim de
evitar passar pela estrada principal, como dito anteriormente.

Quase no fim do trajeto, se depararam com uma propriedade que bloqueava o


atalho. Se tratava da fazenda do sr. Magote, conhecido por soltar seus cachorros
ferozes em qualquer invasor que venha a colher os seus cogumelos (como o próprio
Frodo tinha feito em sua adolescência), mas ao contrário do que esperavam, ele os
tratou com muita educação (em razão de ter proximidade com Pippin, que frequentava
a casa do senhor quando mais jovem).

Antes de partirem novamente, Magote se oferece para levar os hobbits e seus


suprimentos em sua carroça, com o objetivo de chegar o mais rápido possível ao
destino do grupo, visto que sinais da chegada de Cavaleiros Negros foram noticiados
pelas proximidades da área. Esse capítulo se encerra com a chegada dos hobbits à
casa de Merry, que ficou muito feliz por rever seus amigos.

CAPÍTULO V: CONSPIRAÇÃO DESMACARADA


Conforme cruzam o Rio Brandevin, notam uma figura negra parada e cada vez mais
próxima. Então decidem ir para a casa nova de Frodo em Cricôncavo, e conversam
sobre as suas aventuras na viagem. Frodo pretende falar finalmente para os amigos
que vai partir o mais cedo possível quando, para a sua surpresa, eles dizem que já
sabem sobre o Anel e sobre o propósito de sua viagem, além disso, afirmam que
pretendem acompanhá-lo e ajudá-lo independentemente dos perigos que iriam passar
no decorrer da viagem. Depois do choque inicial, Frodo aceita a ajuda deles
alegremente, e o grupo decide partir no dia seguinte, bem cedo, pela Floresta Velha,
um lugar conhecido por ser esquisito e perigoso, para evitar as estradas que
provavelmente iriam ser vigiadas pelos Cavaleiros.

CAPÍTULO VI: A FLORESTA VELHA


Fatty, um amigo de infância de Frodo que também estava hospedado em sua casa
em Crincônvaco, decidi não prosseguir com a viagem ao lado dos hobbits, pois
costumava ouvir muitas histórias assombrosas a respeito da Floresta Velha e não
estava com muita coragem; por isso escolhe ficar na casa e esperar os espiões de
Sauron aparecerem para procurar informações, enquanto a localização do grupo
seguia em sigilo.

Durante a viagem, os hobbits se sentiram totalmente desconfortáveis devido a


paisagem sufocante da Floresta, como se as árvores estivessem vigiando-os e os
odiassem. Ao chegaram em determinado ponto, se deparam com um sagueiro enorme
que bloqueava o atalho que estavam seguindo; quando passaram por ele, a planta
lançou lhes um feitiço que deixou todos muito sonolentos de repente, como se
estivessem bêbados, e depois tentou enforca-los. Enquanto gritavam por ajuda,
começaram a ouvir uma melodia cantada por uma voz masculina por entre as árvores:
“Vem, linda boneca! Bela neneca! Querida minha!
Leve é o vento e leve é a pluma da andorinha.
Lá embaixo sob a Montanha, ao sol brilhando,
À luz da lua, na soleira já esperando,
Minha linda senhora está, filha da mulher do Rio,
Mais clara do que a água, esbelta qual ramo esguio.
O velho Tom Bombadil, nenúfares carregando,
Salta de volta pra casa. Podes ouvi-lo cantando?
Vem, linda boneca, bela neneca! Feliz e bela,
Fruta d’Ouro, Fruta d’Ouro, linda amora amarela!
Pobre e velho salgueiro, esconde tuas raízes!
Tom tem pressa agora. Há noites e dias felizes.
Tom de volta de novo, nenúfares carregando.
Vem, linda boneca, bela neneca! Podes ouvir-me cantando?”

O dono daquela voz suave e alegre era Tom Bombadil, um “camarada” que vagava
pelas florestas daquela região e possuía canções místicas que acalmavam as árvores
estressadas, como o sagueiro que capturou o grupo. Tinha cabelos grisalhos e vestia
um traje amarelo, além de um chapéu verde que cobria boa parte de seu rosto. Logo
após salvar os hobbits, Tom os convida para irem dormir e descansar em sua casa na
floresta.

CAPÍTULO VII: NA CASA DE TOM BOMBADIL


Ao entrarem na casa de Tom, os hobbits se deparam com uma linda mulher de
cabelos loiros e que usava um vestido verde com várias joias. Ela os cumprimenta e
pede para que se aprontem para a ceia; foi uma refeição feliz. Antes de dormirem, os
hobbits aproveitam para conversar e perguntar algumas coisas à Tom, já que o
mesmo demonstrava ser uma pessoa muito sábia.

Contou-lhes muitas histórias notáveis, às vezes quase como se as estivesse


contando para si mesmo, com um brilho no olhar. Na maioria dos contos, sua voz
virava uma canção, e ele se levantava da poltrona e começava a dançar alegremente.
Ele falou sobre as abelhas e as flores, da personalidade das árvores e sobre os
segredos escondidos sob os arbustos espinhosos daquela floresta esquisita.

Durante uma de suas histórias, Tom, de maneira repentina, pede para que Frodo
mostre seu Anel, e ele o faz. Porém percebe-se que aquele anel não possuía nenhum
tipo de poder nas mãos de Tom Bombadil, que ao colocá-lo no dedo permaneceu
visível ao grupo (em teoria, quem usasse o Um Anel teria a capacidade de
desaparecer ou torna-se invisível). Depois disso, os hobbits se dirigem aos seus
aposentos e dormem profundamente.

CAPÍTULO VIII: NEBLINA SOBRE AS COLINAS DO


TÚMULO
No dia seguinte, os hobbits deixam a casa de Tom, pretendendo cruzar os Grandes
Túmulos. Antes disso, Tom lhes dá conselhos a respeito da viagem e ensina-lhes uma
rima para cantar, se por azar ficassem em perigo ou em algum tipo de dificuldade:
“Ei, Tom Bombadillo, Tom Bombadil!
Na mata ou na colina ou junto à margem do rio,
No fogo, ao sol e à lua, ouve agora nossa voz!
Vem, Tom Bombadil, que no aperto estamos sós!”
Eles fazem um progresso bom pela manhã, e ao redor de meio-dia param para
descansar. No decorrer do caminho, encontram uma grande pedra fria que se levanta
no topo plano de uma colina. Eles aproveitam que estavam cansados da caminhada e
param para almoçar na rocha, algum tempo depois adormecem e sonham com coisas
estranhas mas são despertados pelo pôr-do-sol cercado pela névoa. Ao acordaram,
eles imediatamente continuam a trilha na direção que eles acreditam ser a mais direta
para a Estrada; algum tempo depois Frodo, que estava na frente em fila indiana,
seguido por Sam, Merry e Pippin, passa por entre duas pedras paradas e no momento
em que olha para atrás nota que os outros desapareceram de sua vista.

Ele começa a gritar por ajuda, e é capturado por uma Criatura Tumular; o medo e o
pavor tomam conta de Frodo. Ele desperta novamente dentro do túmulo, como se
ainda estivesse sonhando, e nota que os outros estão inconscientes perto dele e que
uma mão com aparência mórbida está rastejando na direção de seus amigos. Mesmo
muito assustado, ele lembra da rima que Tom Bombadil tinha lhes ensinado um dia
antes e escuta uma voz distante, que cada vez se tornava mais próxima:
“Sai daí, velha Criatura! Desaparece à luz do dia!
Esvai-te como a neblina, como o vento choraminga,
Pelas terras mais estéreis, além dos longes montes!
Não voltes nunca mais! Deixa o túmulo vazio!
Perdido e esquecido sejas, mais negro que o negror
Onde portões jamais se abrem, até que o mundo se conserte.”

Tom chega o mais rápido possível e desperta os outros três hobbits; dá a cada um
deles uma espada, tirada dos tesouros que estavam dentro do túmulo. Ele também
traz os pôneis deles que fugiram à noite, emprestados pelo velho Magote uma semana
antes, e os acompanha durante algum tempo até as fronteiras da Floresta Velha.

Afim de evitar os Cavaleiros Negros, Tom Bombadil sugere que o grupo siga em
frente até encontrar uma aldeia, Bri, sob a Colina Bri, com portas viradas para o Oeste;
chegando lá, eles veriam uma velha estalagem chamada O Pônei Saltitante, cujo
dono, sr. Cevado Carrapicho, era um homem respeitável. Ali poderiam passar a noite
sem preocupações e partir novamente ao amanhecer. Logo depois, Tom se despede
dos hobbits e volta para a sua casa na floresta, onde Fruta d’Ouro o estaria
esperando.

CAPÍTULO IX: NO PÔNEI SALTITANTE


Bri era a aldeia mais importante daquela região, que era pequena e pouco habitada,
semelhante a uma ilha cercada por terras desertas. Lá moravam homens, hobbits,
anões e elfos. Descendo a estrada, no ponto que ela contornava para a direita, havia
uma grande estalagem chamada O Pônei Saltitante. A estalagem era conhecida como
um ponto de encontro para os desocupados, conversadores e viajantes que
necessitavam de uma noite de sono, e o dono, Cevado Carrapicho, era uma pessoa
importante para aquelas bandas.

Ao chegaram na entrada da estalagem, os hobbits foram questionados a respeito


do Condado e de suas identidades (de maneira muito grosseira) pelo porteiro, mas
logo mentiram seus nomes reais e prosseguiram, mesmo assim, ao saíram da
recepção, foram observados atentamente pelo homem, que parecia muito estranho,
mal-educado e intrometido para o grupo.
Quando finalmente entraram na hospedagem, se depararam com Carrapicho, que
estava na cozinha e parecia muito ocupado, mas parou o que estava fazendo para
conduzir os hobbits a seus quartos, com a ajuda de seu assistente Nob. Depois de
tomarem banho e cearem, o grupo foi convidado pelo dono para se juntarem aos
outros hospedes numa festa que estava acontecendo no salão principal; Sam, Frodo e
Pippin decidem ir, já Merry diz que queria dar uma volta ao redor para respirar um
pouco de ar puro.

Assim que chegaram, ouviu-se um coro de boas-vindas, que vinha dos habitantes
de Bri. Frodo logo percebeu que teria de dar alguma explicação sobre o motivo que o
trazia ali, porém sua justificativa não caiu muito bem, já que disse que estaria viajando
com o intuito de escrever um livro.

Depois de canções cantadas e muitas bebidas, Frodo percebeu que um homem de


aparência estranha e melancólica estaria o observando do fundo do salão, e então
perguntou a Carrapicho quem seria ele, o mesmo responde que não se lembra, mas
tinha conhecimento que seu nome era Passolargo. No mesmo momento, o homem
com um aceno de mão, convida Frodo para sentar-se ao seu lado. Passolargo
demonstrava saber muito sobre os hobbits do Condado e o anel do poder que Frodo
escondia.

Enquanto isso, Sam e Pippin já estavam embriagados e começaram a contar


histórias sobre o desaparecimento de Bilbo; eles estavam prestes a falar sobre o Um
Anel quando Frodo os interrompeu, subindo na mesa e cantando uma melodia que
inventou no momento, porém a mesa pendia a cair e quando ele perdeu o controle,
acabou colocando o anel em seu dedo durante a queda, deixando todos os
convidados espantados e indignados com o sumiço repentino do hobbit.

CAPÍTULO X: PASSOLARGO
O grupo volta junto com Passolargo para o quarto depois do acidente. Frodo o
questiona sobre suas intenções e Passolargo afirma que gostaria de ser o guia e viajar
ao lado dos hobbits até a destruição do anel, porém Sam e Pippin desconfiam o
porquê daquilo e aconselham Frodo a ignorá-lo. O homem diz que seria o mais sábio e
experiente naquele grupo cheio de hobbits amadores, além disso, seria muito útil por
conhecer bem aquela região e possíveis atalhos.

Frodo fica curioso a respeito de como Passolargo sabia do grupo e o mesmo conta
que os Cavaleiros Negros já haviam passado por ali antes e perguntado sobre um
hobbit do Condado cujo nome era Frodo Bolseiro, por esse motivo, o porteiro havia o
encarado mais cedo. Nesse momento, Carrapicho entra no quarto onde estavam
conversando e explica que Gandalf tinha deixado uma carta para um certo Bolseiro,
que ele esquecera de enviar ao Condado há vários meses atrás:
“Caro Frodo,
Recebi uma notícia ruim aqui, e preciso partir imediatamente. Voltarei logo que puder
e seguirei você, se souber que já partiu. Deixe um recado para mim aqui, se passar
por Bri. Pode confiar no estalajadeiro (Carrapicho). Você pode encontrar um amigo
meu na Estrada: um homem, esbelto, moreno, alto, que alguns chamam de
Passolargo. Ele está por dentro de nossos assuntos e ajudará você. Vá para Valfenda.
Lá espero encontrar você de novo. Se eu não for para lá, Elrond poderá
aconselhá-lo. Um abraço
apressado,
GANDALF
Frodo leu a carta e depois passou-a para Pippin e Sam, dessa forma, eles
concordaram em aceitar a ajuda de Passolargo em sua viagem. Logo depois, Merry,
que saiu para pegar um ar fresco antes, volta e conta que viu os Cavaleiros Negros, e
parece que eles têm espiões em Bri. Com medo de um possível ataque, Carrapicho
aconselha os hobbits para que durmam em outro quarto, caso os cavaleiros invadam a
estalagem.

CAPITULO XI: UMA FACA NO ESCURO


Naquela mesma noite, os Cavaleiros Negros arrombam a casa de Frodo em
Cricôncavo, mas descobrem que Frodo não está lá. Fatty durante o ataque não tinha
ficado parado e assim que viu as formas escuras saindo silenciosamente do jardim,
percebeu que devia fugir correndo ou seria morto. Ele corre o mais rápido que
consegue até chegar na casa mais próxima e alerta os moradores sobre o que estava
acontecendo.

Enquanto isso, os Cavaleiros Negros, tendo conhecimento que Frodo não estaria
nas Terras do Buques, cavalgam para Bri e invadem a estalagem, arrombam o quarto
que os hobbits normalmente dormem mas não o encontram, já que na noite anterior
Carrapicho moveu-os para outro assento, temendo que seriam perseguidos. A partir
desse momento, os cavaleiros seguem em direção ao Topo do Vento, desconfiando
que este seria o próximo ponto de parada dos hobbits. O grupo não é descoberto, mas
todos os cavalos e pôneis da hospedaria fugiram com medo, com a exceção do pônei
do senhor Bill Samambaia, que não fugiu pois era um animal mal alimentado e bem
abatido. Mesmo assim, foi comprado por Carrapicho como uma forma de ajudar o
grupo a carregar seus mantimentos durante a viagem.

Depois do café da manhã, o grupo teve de arrumar novamente as mochilas e


organizar os suprimentos para a viagem mais longa que fariam até então. Era quase
meio-dia quando conseguiram partir. Nessa hora, toda a Bri fervilhava, animada. O
truque de desaparecimento de Frodo, o aparecimento dos Cavaleiros Negros, o
assalto aos estábulos, e a notícia que Passolargo, o Guardião, tinha se juntado aos
misteriosos hobbits despertaram a curiosidade da população.

Quando começaram a caminhada, tiveram que lidar com encaradas e palavras não
muito gentis. Mas Passolargo parecia ser respeitado pela maioria da população de Bri,
e aqueles para quem olhava fechavam as bocas e se afastavam. Ele ia na frente com
Frodo; depois vinham Merry e Pippin, e por último Sam trazendo o pônei, que
carregava toda a bagagem. Durante o trajeto, foram obrigados a passar por lugares
degradantes, como o Pântano dos Mosquitos e areias movediças, e só sobreviveram
devido a habilidade de Passolargo de conhecer bem aquela região e ser capaz de
desviar das armadilhas ali escondidas.

Ao chegaram no Topo do Vento, uma colina que se erguia na extremidade sul da


trilha, encontraram uma pedra plana que possuía uma assinatura que parecia
pertencer a Gandalf, que provavelmente teria passado por ali três dias antes. No canto
mais baixo e mais bem protegido do valezinho, acenderam uma fogueira e prepararam
uma refeição; enquanto isso, as sombras da noite começaram a cair, e ficou mais frio.
No decorrer da noite, sobre a saliência do pequeno vale, viram uma sombra ou mais
de uma se levantar no escuro que rodeava o grupo. Forçaram os olhos e as sombras
pareciam crescer. Logo perceberam que três ou quatro figuras negras e altas estavam
ali, avançando cada vez mais em direção ao grupo. Nesse momento, todos estavam
com muito medo, especialmente Frodo, que não conseguiu resistir e acabou
colocando o anel que estava no seu bolso em seu dedo.

Imediatamente depois disso, conseguiu enxergar as figuras paradas a sua frente


mais claramente. Eram cinco, e uma delas, a mais alta, que provavelmente seria o
chefe daquele grupo, correu em direção a Frodo com uma espada brilhante em uma
de suas mãos. Nesse momento, Sam correu mais rápido e se pôs na frente de Frodo
para salvá-lo no momento do ataque. A espada perfurou seu braço esquerdo, fazendo
o gritar de dor. Passolargo, que estava com os outros membros, agora se via com uma
tocha de fogo tentando afastar os Cavaleiros Negros, e depois de um clarão intenso
no céu, quando o grupo conseguiu enxergar novamente, as figuras negras já não
estavam mais ali.

CAPÍTULO XII: FUGA PARA O VAU


De manhã, quando a escuridão sumia gradativamente, Sam voltou a si depois de um
leve desmaio. Os outros três companheiros se debruçavam sobre ele; seu braço ainda
estava sangrando e a dor parecia que piorava cada vez mais. Enquanto isso,
Passolargo tentava encontrar nas proximidades da colina algo que pudesse ajudar
Sam, mas não encontra. Assim que ele retorna, avisa ao grupo que a única maneira
de curar o ferimento seria por meio uma flor élfica chamada Athelas, que somente é
cultivada nas Terras Sagradas de Valfenda.

Frodo, que na hora da invasão colocou o Um Anel, ainda sentia uma energia
negativa vindo daquele objeto em seu bolso, que aos poucos se tornava um fardo
mais pesado para ele. Além disso, se sentia culpado por Sam, que colocou sua vida
em perigo para salvá-lo, e esperava profundamente que ele se recuperasse.

Com tudo isso acontecendo, Passolargo decide partir imediatamente daquele lugar e
marchar para Valfenda o mais rápido possível. Quando terminam de apagar a fogueira
e todos os vestígios de sua passada ali, descem da colina na extremidade leste e
iniciam sua caminhada, que duraria cerca de uma semana; Passolargo e Frodo iam na
frente, Merry e Pippin atrás e por último Sam montado no pônei, que já demonstrava
estar mais saudável e bem alimentado em comparação aos outros animais que tinham
fugido de Bri.

Antes que o primeiro dia de viagem terminasse, a dor de Sam aumentava de novo,
mas ele preferiu não falar sobre o fato por um bom tempo. Quatro dias se passaram,
sem que a paisagem mudasse de modo significativo, a não ser pelo Topo do Vento,
que sumia lentamente atrás deles, e pelas montanhas distantes, que ficavam um
pouco mais próximas.

FIM

A primeira parte desta história termina aqui.


A segunda parte compreende o Livro II da Sociedade do Anel: Guerra do Anel, pois os
acontecimentos que ali são narrados determinam uma mudança drástica na história.
A terceira e quarta parte, As Duas Torres e O Retorno Do Rei, respectivamente, tratam
da última resistência contra a Sombra e do fim da missão do Portador do Anel.

OBSERVAÇÕES: O fim desta história foi alterado por mim, Rosa Maria, ou seja,
sofreu algumas modificações. Por exemplo: no final original, quem acaba sendo ferido
pela espada do Cavaleiro Negro não é Sam, mas sim Frodo, entre outras mudanças e
generalizações.

Você também pode gostar