RELATÓRIO DA AULA DE CAMPO PARA PIRANHAS

O RIO SÃO FRANCISCO, LOCALIZADO NO NORDESTE E NO SUDESTE DO BRASIL,

ALÉM DE SER O MAIOR RIO A CORRER TOTALMENTE DENTRO DO TERRITÓRIO
BRASILEIRO, TAMBÉM É O QUARTO MAIOR DA AMÉRICA DO SUL EM VOLUME DE
ÁGUA.
SUA IMPORTÂNCIA É EXTREMA, TANTO NA ECONOMIA QUANTO NA CULTURA DAS
POPULAÇÕES RIBEIRINHAS E TRADICIONAIS QUE VIVEM ALI, POR MEIO DA
PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E O TURISMO, ALÉM DE SERVIR COMO MEIO DE
TRANSPORTE PARA MUITAS COMUNIDADES, ATENDENDO EM SETORES COMO A
MINERAÇÃO, AGRONEGÓCIO E INDÚSTRIA.
A USINA HIDRELÉTRICA DE XINGÓ É UMA BARRAGEM QUE ESTÁ LOCALIZADA NO
RIO SÃO FRANCISCO, NA DIVISA DE ALAGOAS E SERGIPE, PRÓXIMO A CIDADE DE
PIRANHAS. ALGUNS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA CONSTRUÇÃO
DESSA HIDRELÉTRICA SÃO O ALAGAMENTO EM REGIÕES DE FLORESTA E A
ALTERAÇÃO DOS HABITATS NATURAIS DE VÁRIAS ESPÉCIES, INCLUSIVE AS
AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO, GERANDO UMA MIGRAÇÃO FORÇADA DESSES ANIMAIS
PARA ÁREAS INADEQUADAS, PREJUDICANDO A FAUNA LOCAL.
A PRODUÇÃO DE ENERGIA GERADA POR UMA USINA DO TIPO HIDRELÉTRICA
VARIA DE ACORDO COM A VAZÃO E O NÍVEL DE ÁGUA DOS RESERVATÓRIOS/RIO,
DEVIDO A FATORES CLIMÁTICOS, COMO PERÍODOS DE CHUVA E SECA.
A HIDRELÉTRICA DE XINGÓ POSSUI 6 TURBINAS GERADORAS DE ENERGIA, SENDO
CADA UMA CAPAZ DE PRODUZIR 527.00 Kw DE POTÊNCIA. SUA CAPACIDADE DE
GERAÇÃO, EM TEMPOS CHUVOSOS E PRODUTIVOS, PODE CHEGAR A 3.162 MW
SENDO RESPONSÁVEL POR 30% DA ENERGIA DO NORDESTE E 10% NACIONAL, ALÉM
DE SER CONSIDERADA UMA DAS MAIS AVANÇADAS EM TECNOLOGIA DO BRASIL,
CONTANDO COM APENAS 300 FUNCIONÁRIOS PARA SUA MANUNTENÇÃO
(NÚMERO BAIXO SE COMPARADO A OUTRAS USINAS, JÁ QUE BOA PARTE DE SEU
FUNCIONAMENTO E GESTÃO É CONTROLADO POR MAQUINAS E DISPOSITIVOS
AVANÇADOS).
A MAIOR FONTE DE LUCRO DESENVOLVIDA NO MUNICIPIO DE PIRANHAS,
TOMBADA PATRIMÔNIO HISTÓRICO NACIONAL, É O TURISMO.
OS PONTOS E ROTAS TURÍSTICAS MAIS VISITADAS DA REGIÃO SÃO:
- ROTA DO CANGAÇO
- MUSEU DO SERTÃO
- TORRE DO RELÓGIO
- USINA HIDRELÉTRICA DE XINGÓ
- CENTRO DE ARTESANATO E CULTURA
- MIRANTE DA IGREJA DO SENHOR DO BONFIM
- CÂNIONS DO SÃO FRANCISCO
 O MUSEU DO SERTÃO, CRIADO EM 1982, É UM PEQUENO MUSEU LOCALIZADO NA
CIDADE DE PIRANHAS QUE ABRIGA UM ACERVO QUE CONTA A HISTÓRIA DA REGIÃO
E DO CANGAÇO ATRAVÉS DE BANNERS E OBJETOS QUE PERTENCERAM A LAMPIÃO.
ESSE MUSEU É UM IMPORTANTE REGISTRO DE INSTRUMENTOS QUE COLABORAM
PARA A INDENTIDADE CULTURAL DO NORDESTE, PRESERVANDO A MEMÓRIA DE UM
POVO E VALORIZANDO A SOCIEDADE QUE VIVE NA REGIÃO, ASSIM COMO
COSTUMES, TRADIÇÕES E TERRITÓRIO.
ADENTRANDO MAIS NA HISTÓRIA DO CANGAÇO, ELE FOI UM MOVIEMENTO
SOCIAL DE OPOSIÇÃO A ELITE LOCAL (NA MAIORIA FAZENDEIROS), OCORRIDO NO
NORDESTE BRASILEIRO ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX, ONDE UM GRUPO DE PESSOAS,
DENOMINADO CANGACEIROS, VAGAVAM ENTRE ESTADOS, ATACANDO CIDADES E
COMETENDO CRIMES E ASSASINATOS POR ONDE PASSAVAM, COMO UMA FORMA
DE PROTESTO A DESIGUALDADE SOCIAL E PRECARIEDADE SOFRIDA NA ÉPOCA.
O MOVIMENTO SÓ TEVE UM FIM QUANDO LAMPIÃO (O MAIOR LÍDER DO
CANGAÇO) ACABA SENDO MORTO EM UMA EMBOSCADA ELABORADA EM 1938, NO
ESTADO SERGIPANO.
A HISTÓRIA DO CANGAÇO CONTINUA SENDO MANTIDA ATÉ HOJE, POR MEIO DE
RELATOS, LIVROS, CARTAS E OBJETOS ENCONTRADOS NA REGIÃO, SENDO
ATUALMENTE EXPOSTOS NO MUSEU DO SERTÃO, CITADO ANTERIORMENTE.
A PRESERVAÇÃO DA ARQUITETURA DOS PRÉDIOS HISTÓRICOS EM PIRANHAS
CONTRIBUI PARA A INDENTIDADE CULTURAL, SOCIAL, ECONÔMICA E
COMPORTAMENTAL DAS PESSOAS QUE FAZEM PARTE DESSA COMUNIDADE,
AJUDANDO A ENTEDER TRADIÇÕES IMPORTANTES DA POPULAÇÃO NORDESTINA,
SENDO UM REGISTRO DA SOCIEDADE PASSADA QUE VIVIA NESSA REGIÃO.
A CIDADE DE PIRANHAS, DEVIDO A SUA LOCALIZAÇÃO NA CAATINGA, APRESENTA
DURANTE BOA PARTE DO ANO, TEMPERATURAS ALTAS (PODENDO CHEGAR ATÉ
30ºC ), CLIMA QUENTE E SECO, COM VEGETAÇÃO CARACTERIZADA POR FLORA DE
BAIXO E MÉDIO PORTE, COMO CACTOS, MANDACARUS E ESPÉCIES DE PLANTAS
CAPAZES DE RETER ÁGUA, POR CAUSA DA SECA NA REGIÃO, QUE POSSUI
PRECIPITAÇÃO DE APROXIMADAMENTE 492,2 mm POR ANO.
TODAS ESSAS CARACTÉRISTICAS SÃO REFLETIDAS EM FATORES CULTURAIS E SOCIAIS
DE PIRANHAS, CONTRIBUINDO PARA O TURISMO, BEM COMO O ARTESANATO E
COMUNIDADES EXISTENTES NESSA ÁREA.

Aluna: Rosa Maria de Amorim Soares da Silvia

Turma: 8b
Professor: Jânio Euzébio