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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO
VARA DO TRABALHO DE VILHENA
ATOrd 0000493-58.2022.5.14.0141
RECLAMANTE: ELIANE DA SILVA TARGINO
RECLAMADO(A): HOSPITAL E MATERNIDADE THEREZINHA DE JESUS
ATA DE AUDIÊNCIA
Presente o(a) preposto(a) do(a) Reclamado(a), Sr(a). DOUGLAS GARCIA SISINO, CPF:
119.670.147-44, e seu(a) advogado(a), Dr(a). RITA DE CASSIA MACHADO ALVES DE BARROS, OAB
nº 24.153/PE, por videoconferência.
Concede-se o prazo de 5 dias para juntada de eventual carta de preposição, procuração e/ou
substabelecimento.
As partes presentes requerem a tramitação do feito pelo Juízo 100% digital, o que se
defere, devendo a Secretaria proceder às anotações de praxe.
CONCILIAÇÃO REJEITADA.
https://trt14-jus-br.zoom.us/rec/share/T5Vc-
hIkcK1go3a8yDmMbDmqIHV5kLs_4l6fFtP6mMPQJIxjL60eEOZQu-ACiUgv.23tm1AGSQJMPhe2j?
startTime=1694007710000
As partes declaram que não têm outras provas a produzir, além das já constantes nos autos.
Encerrada a instrução processual.
Razões finais orais pela parte reclamante, no prazo de 10 minutos, sendo agora
10h03min, disse que: "MM. Juiz, Durante a instrução do feito, somado à todas as provas constituídas nos
autos, restou comprovado que a reclamante padece e/ou padeceu de todas as patologias indicadas na exordial,
tal como os problemas decorrentes e eventuais sequelas da COVID-19, bem como os problemas relacionados
É
https://consulta.trt14.jus.br/abrirDoc 1/2
29/09/2023, 17:18 consulta.trt14.jus.br/abrirDoc
à sua saúde mental. É evidente, conforme comprovado por prova documental, que a reclamante teve seu
contrato de trabalho rompido, antes do final do período estabilitário, que restou comprovado através do nexo
de causalidade reconhecido em laudo pericial. Ou seja, a reclamada rescindiu o contrato da reclamante em
momento que não poderia, causando assim danos de ordens material e moral. Sem falar que, considerando
agora todo o conjunto probatório, de fato se mostrou uma dispensa discriminatória. Conforme observou o
laudo pericial, não restou possível identificar a incapacidade laboral da reclamante, uma vez que seu trabalho
não exigia/exige esforços físicos, razão pela qual, eventualmente as sequelas da COVID não lhe trariam
prejuízos específicos para o trabalho de assistente social, todavia, restou claro e atestado que as mesmas
existem e que de certa forma impactou em muito a vida da reclamante, diminuindo substancialmente sua
qualidade de vida, aliado aos problemas de saúde mental. A reclamada, ao demitir a reclamante antes do seu
período estabilitário, não lhe garantindo o acompanhamento necessário, principalmente junto ao INSS, gerou
todos os danos narrados na exordial. Posto isso, reitera-se os pedidos, pugnando pela procedência dos
mesmos. Sem mais.“
Razões finais orais pela parte reclamada, no prazo de 10 minutos, sendo agora
10h10min, disse que: "MM. Juiz, restou devidamente provado, tanto pela prova documental, como prova
testemunhal que a Reclamada - conveniada do Ministério da Saúde para atuar na Saúde Indígena, forneceu os
EPIs necessários para a situação pandêmica que existia naquele momento. A Reclamante não apresenta
documentos médicos que confirmem as alegadas sequelas físicas decorrentes da COVID-19, não havendo
juntado sequer uma tomografia, espirometria ou mesmo um Laudo de um penumologista. Ao contrário, em
seu perfil público do Instragam, apresenta-se em plena forma física e pulmonar, participando de competições,
assim como, de extensas quilometragens de passeios ciclisticos quer individuais, quer acompanhada. Isso
demonstra a sua plena capacidade pulmonar e a total recuperação. E, quanto ao estado mental, restou
consignado em Laudo Pericial que o acompanhamento de saúde mental era anterior ao seu trabalho na
Reclamada e anterior ao COVID, conforme relatado pela testemunha. Ressalte-se que ao ser dispensada, não
se encontrava doente, tendo recebido alta do INSS e sendo realizado exame de retorno ao trabalho, assim
como, exame demissional, já estando extinta a estabilidade. Assim, reitera o pedido de improcedência da
Reclamação.“
Este Juízo adverte as partes que os depoimentos, cujos links estão disponibilizados nos
autos, estão acessíveis apenas para as partes e advogados habilitados no processo, nos moldes previstos no
Ato Conjunto CSJT. GP. VP e CGJT. no 006/2020 e no Ato TRT14/GP no 006/2020 deste Tribunal.
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