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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo


1000649-14.2022.5.02.0254
PARA ACESSAR O SUMÁRIO, CLIQUE AQUI

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 21/09/2022


Valor da causa: R$ 12.228,00

Partes:
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
ADVOGADO: SILVANO OLIVEIRA DE SOUZA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

ADVOGADO: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES


PERITO: ANTONIO DE ANDRADE NETO
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

CONCLUSÃO

Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 4ª Vara


do Trabalho de Cubatão/SP.

CUBATAO/SP, data abaixo.

ROGERIO KAZUO TAMASHIRO

DESPACHO

Vistos.

Considerando o disposto no art. 7º do ato GP 08/2020 deste E.


Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, no art. 2º, § 1º da Portaria CR 06/2020, da
Corregedoria Regional deste Tribunal Regional e a Resolução CNJ 314/2020, que
estabelecem medidas para garantir o acesso à justiça no período de emergência
decorrente da pandemia;

Considerando a necessidade de evitar a circulação e


aglomeração de pessoas, sem descurar, contudo, dos princípios do acesso à Justiça,
celeridade e economia processual, contando-se ainda com o princípio da cooperação
de todos os sujeitos processuais;

1. Designo audiência UNA (Rito Sumaríssimo) a ser realizada por


meio de videoconferência através da plataforma ZOOM no dia 08/12/2022 11:50.

Os advogados, partes e testemunhas poderão acessar a


videoconferência através do sistema ZOOM, pelo computador ou através de aplicativo
no celular por meio do link informado ao final desse despacho.

2. As partes deverão comparecer à audiência acima designada,


bem como deverá(ão) a(s) reclamada(s) apresentar defesa, observados os termos dos
arts. 844 e 847, da CLT.

Assinado eletronicamente por: GUSTAVO GHIRELLO BROCCHI - Juntado em: 12/10/2022 14:21:31 - 1fe2bf2
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3. Caberá aos advogados repassar o link de acesso à audiência


às testemunhas, na forma do art. 852-H, parágrafo 2º da CLT.

A fim de evitar deslocamentos e minimizar as possibilidades de


contaminação daqueles que participarão da audiência, advirto que partes, advogados e
testemunhas deverão acessar a audiência, em espaço isolado, de preferência, cada
qual de sua RESIDÊNCIA, observados os termos do § 2º do art. 15 do Ato Conjunto CSJT.
GP.GVP.CGJT n. 6/2020. Registro que a plataforma de videoconferência permite a
realização da audiência com a participação de todos sem necessidade de
deslocamentos, podendo ser acessada em quaisquer computadores ou celulares
(smartphones).

Eventual impossibilidade técnica ou tecnológica de acesso à


audiência deverá ser informada em petição com antecedência de 48h da data da
audiência, acompanhada dos números de telefone e e-mail da parte/testemunha em
questão, para que seja verificada pelo Juízo a melhor forma de oitiva, respeitado o
distanciamento social, sem prejuízo da aplicação de multa caso reste demonstrado
interesse meramente protelatório.

Não serão admitidas ausências pelo simples desinteresse na


realização virtual da audiência, por falta de amparo legal.

Informo, por fim, que o acompanhamento da pauta das


audiências realizadas por meio da plataforma Zoom poderá ser feito mediante o
aplicativo de celular JTe, o qual, dispõe, também de uma versão “web” (https://jte.csjt.
jus.br). Referido aplicativo apresenta em tempo real o estado das audiências (“Não
apregoada”, “Em andamento”, "Suspensa" e “Finalizada”) viabilizando, assim, que as
partes e seus procuradores saibam exatamente o status das audiências designadas.

LINK PARA ACESSO À AUDIÊNCIA TELEPRESENCIAL:

https://trt2-jus-br.zoom.us/j/87518400677?
pwd=eGg1RDNSRzZBeERiUUs3dzFmYXI2QT09

ID da reunião: 875 1840 0677

Senha de acesso: 1150

Intimem-se.

CUBATAO/SP, 12 de outubro de 2022.


Assinado eletronicamente por: GUSTAVO GHIRELLO BROCCHI - Juntado em: 12/10/2022 14:21:31 - 1fe2bf2
GUSTAVO GHIRELLO BROCCHI
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/22101210255109500000275556964?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Juiz do Trabalho Substituto
Número do documento: 22101210255109500000275556964
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª Vara do Trabalho de Cubatão
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 8 de dezembro de 2022, na sala de sessões da MM. 4ª Vara do


Trabalho de Cubatão, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho TAMARA
LUIZA VIEIRA RASIA , realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito
Sumaríssimo número 1000649-14.2022.5.02.0254, supramencionada.

Às 12:05, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA,


pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). JAIME ANTONIO DE
OLIVEIRA, OAB 252449D/SP.

Presente a parte ré NIPLAN ENGENHARIA S.A., representado(a) pelo(a)


preposto(a) Sr.(a) Andrea Maria Cardeal da Silva, acompanhado(a) de seu(a) advogado
(a), Dr(a). TATIANA VALÉRIA AMORIM SANTOS, OAB/AL 111584.

INCONCILIADOS.

Recebo nesta oportunidade a(s) defesa(s) apresentada(s) digitalmente


pela(s) ré(s).

Defere-se ao(à) reclamante o prazo de 10 (dez) dias para manifestar-


se sobre a(s) defesa(s) e documentos.

Tendo em vista a arguição de insalubridade, impõe-se a realização de


perícia, (a teor do disposto no art. 195 da CLT), nomeando-se para o encargo o Sr.
Antônio de Andrade Neto - (13) 99782-6415, que deverá entregar o laudo em trinta
dias, contados a partir da data da realização da perícia, que deverá ser informada
antecipadamente ao Juízo para intimação das partes, por meio de seus advogados.

O perito deverá responder aos seguintes quesitos do Juízo:

1 - Nos termos das normas regulamentadoras do Ministério do


Trabalho e Emprego, o(a) reclamante submetia-se a condições nocivas de labor? Em

Assinado eletronicamente por: TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA - Juntado em: 08/12/2022 16:20:56 - 042fc2e
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caso afirmativo, indicar o agente insalubre/perigoso, as atividades e os períodos


trabalhados sob tais condições, bem como o enquadramento previsto nas NRs.

2 - A empresa ré cumpre as normas de higiene, medicina e segurança


do trabalho? Verificar a entrega de EPI’s, bem como orientação e fiscalização de uso.

3 - Apontar eventual neutralização do agente nocivo.

Faculta-se aos litigantes a apresentação de quesitos e assistentes


técnicos no prazo de 10 (dez) dias, ocasião em que deverão discriminar as rotinas e
locais de trabalho do(a) reclamante, minuciosamente, sob pena de preclusão de
impugnações ao laudo quanto às tarefas exercidas. Todavia, na data da realização da
perícia, apenas um dos assistentes indicados por parte poderá acompanhar a
diligência, observando-se, quanto ao prazo para eventual entrega de laudo
assistente, o disposto no § único do artigo 3º da Lei 5584/70.

No caso de prestação de serviços fora das dependências da


reclamada, as partes deverão informar precisamente o endereço em que deverá ser
realizada a diligência, sob pena de preclusão. Defiro o acompanhamento de
eventuais diligências pelas partes e respectivos patronos.

A reclamada deverá fornecer ao Louvado todos os documentos que


este solicitar, sob pena de caracterizar-se crime de desobediência.

Requerem as partes que a audiência de instrução seja designada de


forma virtual. Defiro.

Para a realização da INSTRUÇÃO por videoconferência designa-se a


data de 03.05.2023, às 14h30min, devendo as partes comparecer para depoimentos
pessoais, sob pena de confissão, mediante acesso à plataforma Zoom com os dados
abaixo:

https://trt2-jus-br.zoom.us/j/89661408326?
pwd=NzlaVms0MkRSZVRFT0t1dXAyaDJUdz09

ID da reunião: 896 6140 8326

Senha de acesso: 1430

Comprometem-se o(a)s advogado(a)s presentes a esta audiência a


enviar o link a suas TESTEMUNHAS as quais comparecerão independentemente de
intimação, sob pena de preclusão.

Cientes os presentes. Nada mais.

Lida a ata pelos presentes.

Assinado eletronicamente por: TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA - Juntado em: 08/12/2022 16:20:56 - 042fc2e
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Audiência encerrada às 12h11min.

TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por KARINA OLIVA DOMINGUES, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA - Juntado em: 08/12/2022 16:20:56 - 042fc2e
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/22120812515523700000282162634?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 22120812515523700000282162634
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

CONCLUSÃO

Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 4ª Vara


do Trabalho de Cubatão/SP.

CUBATAO/SP, 31/01/2023.

ROGERIO KAZUO TAMASHIRO

DESPACHO

Vistos.

Considerando o disposto no art. 765, CLT, bem como o ato GP


/CR 1/2023 do TRT2 e a decisão proferida pelo CNJ no PCA n. 0002260-
11.2022.00.0000, ficam cientes as partes e procuradores que todas as audiências desta
Unidade ocorrerão de forma PRESENCIAL.

Consequentemente e em razão da necessidade de readequação


da pauta, designo AUDIÊNCIA Instrução (rito sumaríssimo) para o dia 02/05/2023 14:30,
a qual ocorrerá de forma PRESENCIAL, mantidas as cominações anteriormente fixadas.

Esclareço que em razão das dificuldades técnicas observadas


nas audiências telepresenciais realizadas na secretaria desta unidade judiciária,
mantenho a audiência no formato PRESENCIAL mesmo nos processos com
requerimento de “Juízo 100% Digital”, com fundamento no §2º do art. 1º da Resolução
CNJ 345/2020 que prevê que “inviabilizada a produção de meios de prova ou de outros
atos processuais de forma virtual, a sua realização de modo presencial não impedirá a
tramitação do processo no âmbito do Juízo 100% Digital”. Assim, ainda que as partes
optem pela tramitação na forma do Juízo 100% Digital, a audiência ocorrerá de forma
presencial.

Os casos excepcionais serão resolvidos pontualmente pelo Juízo,


no momento processual oportuno.

Assinado eletronicamente por: TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA - Juntado em: 01/02/2023 15:43:11 - a60b4c8
Fls.: 8

No mais, considerando que a audiência será realizada de forma


presencial, ficam as partes cientes da mudança de endereço do Fórum Trabalhista de
Cubatão, que agora está localizado na Praça Getúlio Vargas, nº 126, Vila Paulista,
Cubatão/SP.

Por fim, deverão as partes observar o disposto no ATO GP/CR N.


5, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2022, que restabelece o uso obrigatório de máscaras de
proteção facial em todas as dependências do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª
Região.

Intimem-se.

CUBATAO/SP, 01 de fevereiro de 2023.

TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA - Juntado em: 01/02/2023 15:43:11 - a60b4c8
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23013115110786900000285805670?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23013115110786900000285805670
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

CONCLUSÃO

Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 4ª Vara do


Trabalho de Cubatão/SP.

Cubatão, 14 de março de 2023.

ROSELI MOURA DA SILVA CORREA

DESPACHO

Vistos.

Sobre o laudo pericial, manifestem-se as partes no prazo de 08 dias.

Intimem-se.

CUBATAO/SP, 15 de março de 2023.

TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: TAMARA LUIZA VIEIRA RASIA - Juntado em: 15/03/2023 15:19:58 - e856de8
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23031417211286400000291438866?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23031417211286400000291438866
Fls.: 10

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

CONCLUSÃO

Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 4ª Vara


do Trabalho de Cubatão/SP.

CUBATAO/SP, 14/04/2023.

ROGERIO KAZUO TAMASHIRO

DESPACHO

Vistos.

Por força do disposto no artigo 3º, § 1º, II da Resolução 354 de 19


/11/2020 do Conselho Nacional de Justiça, determino a conversão da audiência para a
modalidade TELEPRESENCIAL.

Desde já se esclarece que o fato de partes e testemunhas


comparecerem no escritório do patrono para prestar depoimento não induz presunção
de má-fé e prejuízo à incomunicabilidade. No momento do depoimento, será solicitada
a exibição do ambiente, para que parte e testemunha não estejam na mesma sala,
cabendo ao Juízo verificar a existência de ambiente com paredes e porta fechada, de
modo a impedir que testemunha acompanhe o depoimento da parte.

No entanto, o Juízo esclarece que, havendo mais de uma


testemunha convidada pela mesma parte, estas sim devem estar em locais físicos
diferentes (endereços diversos), pois não há como o Juízo controlar o encontro entre
elas no tempo entre os depoimentos de cada uma, tal como é possível fazer nas
audiências presenciais.

A audiência telepresencial será realizada através da plataforma


ZOOM que poderá ser acessada pelo link ao final do despacho.

Assinado eletronicamente por: MARTHA CAMPOS ACCURSO - Juntado em: 17/04/2023 10:16:56 - 5164acf
Fls.: 11

Após o ingresso, as partes deverão aguardar o comparecimento


do juiz, porque poderá haver atrasos decorrentes da condução das audiências
anteriores.

Em caso de dúvidas ou problemas de acesso, podem as partes


entrar em contato com a Secretaria da Vara pelo telefone (13) 2102-1204, sob pena de
preclusão.

Por economia e celeridade processual, com base no artigo 765


da CLT, o link para a realização de audiências por teleconferência não será
encaminhado aos interessados por e-mail, cabendo às partes e seus patronos consultá-
lo no processo.

Para participar da audiência, as partes e testemunhas deverão


apresentar um documento de identificação oficial com foto (RG, CNH ou CTPS).

Por fim, o acompanhamento da pauta das audiências realizadas


por meio da plataforma Zoom poderá ser feito mediante o aplicativo de celular JTe, o
qual, dispõe, também de uma versão “web” (https://jte.csjt.jus.br). Referido aplicativo
apresenta em tempo real o estado das audiências (“Não apregoada”, “Em andamento”,
"Suspensa" e “Finalizada”) viabilizando, assim, que as partes e seus procuradores
saibam exatamente o status das audiências designadas.

LINK PARA ACESSO À AUDIÊNCIA TELEPRESENCIAL EM (02/05


/2023 14:30 - Instrução (rito sumaríssimo) por videoconferência):

https://trt2-jus-br.zoom.us/j/89661408326?
pwd=NzlaVms0MkRSZVRFT0t1dXAyaDJUdz09

ID da reunião: 896 6140 8326

Senha de acesso: 1430

Intimem-se.

CUBATAO/SP, 17 de abril de 2023.

MARTHA CAMPOS ACCURSO


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: MARTHA CAMPOS ACCURSO - Juntado em: 17/04/2023 10:16:56 - 5164acf
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23041422114977400000295752065?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23041422114977400000295752065
Fls.: 12

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª Vara do Trabalho de Cubatão
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

ATA DE AUDIÊNCIA

Em 2 de maio de 2023, na sala de sessões da MM. 4ª Vara do Trabalho


de Cubatão, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do Trabalho CHARLES
ANDERSON ROCHA SANTOS, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista - Rito
Sumaríssimo número 1000649-14.2022.5.02.0254, supramencionada.

Às 14:30, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.

Presente a parte autora WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA,


pessoalmente, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). JAIME ANTONIO DE
OLIVEIRA, OAB 252449D/SP.

Presente a parte ré NIPLAN ENGENHARIA S.A., representado(a) pelo(a)


preposto(a) Sr.(a) Andrea Maria Cardeal da Silva, acompanhado(a) de seu(a) advogado
(a), Dr(a). RICARDO JEREMIAS, OAB 218144/SP. Deferido o prazo de 3 dias para a
juntada de substabelecimento e carta de preposição.

INCONCILIADOS.

Dispensados reciprocamente os depoimentos pessoais.

As partes informam que não possuem outras provas a produzir.

Declaro encerrada a instrução processual.

Proposta conciliatória final infrutífera.

Razões finais remissivas.

Venham os autos conclusos para julgamento no dia 06.07.2023, às


17h02min, do qual as partes serão oportunamente intimadas.

As partes ficam cientes de que esse julgamento poderá ser


antecipado, mas o prazo recursal somente começará a fluir após a intimação.

Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDERSON ROCHA SANTOS - Juntado em: 02/05/2023 15:31:56 - e13bf4a
Fls.: 13

Cientes os presentes.

Nada mais.

Audiência encerrada as 14h41min.

CHARLES ANDERSON ROCHA SANTOS


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por ROGERIO KAZUO TAMASHIRO, Secretário(a) de Audiência.

Campanha CNJ - "Se Renda à Infância - As diferentes infâncias precisam de você"


(Confira em: https://ww2.trt2.jus.br/noticias/noticias/noticia/destinacao-do-ir-para-
campanha-se-renda-a-infancia-pode-ser-realizada-ate-31-5)

Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDERSON ROCHA SANTOS - Juntado em: 02/05/2023 15:31:56 - e13bf4a
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23050214422977300000297809071?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23050214422977300000297809071
Fls.: 14

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

SENTENÇA DE CONHECIMENTO

RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA

RECLAMADA: NIPLAN ENGENHARIA S/A

1. RELATÓRIO

Por se tratar de processo submetido ao rito sumaríssimo e em


função de expressa autorização legal (art. 852-I, caput, in fine, CLT), dispenso o
relatório.

2. FUNDAMENTAÇÃO

DIREITO INTERTEMPORAL

A Lei nº 13.467/2017, com vigência a partir de 11/11/2017,


reacendeu as discussões acerca da aplicação da lei no tempo (retroativade X ato
jurídico perfeito).

Materialmente falando, compreendo que o Direito do Trabalho


observa o princípio geral, segundo o qual, a norma jurídica heterônoma estatal possui
efeito imediato, desde que respeitados o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CF/1988).

Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDERSON ROCHA SANTOS - Juntado em: 15/05/2023 09:18:56 - 4030560
Fls.: 15

No contexto específico do contrato de trabalho, as cláusulas


pactuadas – diversamente das normas jurídicas – possuem aderência contratual quase
que absoluta, tendo em vista que somente podem ser alteradas ou revogadas se não
gerarem prejuízos ao empregado (art. 468, caput, CLT).

Por outro lado, as normas jurídicas não se agregam aos


contratos permanentemente, especialmente em se cuidando de avenças de trato
sucessivo como ocorre com o contrato de trabalho. Para esses, as normas jurídicas
produzem efeitos apenas enquanto vigentes no ordenamento jurídico. Obviamente
que as situações contratuais já consolidadas permanecem reguladas pela antiga
legislação, agindo a nova lei apenas sobre as novas prestações sucessivas ou, ainda,
sobre os efeitos futuros de atos ou fatos passados (a chamada retroatividade mínima).

Assim, em se tratando de contrato de trabalho (contrato de trato


sucessivo), a meu sentir, a nova lei incide sobre o ato jurídico perfeito praticado
anteriormente, porém, atingindo-o apenas em seus fatos geradores futuros, sem
atingir sequer o efeitos pendentes. Aliás, há vozes doutrinárias que não enxergam
qualquer retroatividade legal nesses casos.

Se se adotasse a teoria da irretroatividade total da norma, a lei


trabalhista não atingiria fatos passados sequer nos casos em que beneficiasse o
trabalhador, o que a hermenêutica juslaborista jamais poderia conceber, visto que
todo o arcabouço legislativo do direito do trabalho está estruturado de modo a
propiciar melhores condições de vida ao trabalhador. Por isso, num juízo de
ponderação, entendo que a “retroatividade mínima” seja a melhor solução para
conciliar a “nova ordem trabalhista” com os valores sociais do trabalho, a livre iniciativa
e com a dignidade da pessoa humana, fundamentos da República Federativa do Brasil
(art. 1º, III e IV, CF/1988).

Em conclusão, quanto ao direito material, a nova Lei nº 13.467


/2017 (intitulada de “Reforma Trabalhista”) possui efeito retroativo mínimo, isto é,
aplica-se aos contratos pactuados anteriormente a sua vigência, porém atingido
apenas aos fatos geradores futuros, respeitando-se as situações já consolidadas.

No que se refere ao direito processual, a regra geral de direito


determina que a nova lei processual é autoaplicável, atingindo os processos em curso
no estado em que se encontram, visto que não há direitos adquiridos a prazos ou a
procedimentos. Assim o é porque a melhor maneira de manter a harmonia da cadeia
de atos processuais é isolar aqueles já praticados, resguardando-os do império da nova
lei, e permitir que os atos futuros sejam regulados pela nova ordem ( Teoria do
Isolamento dos Atos Processuais).

Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDERSON ROCHA SANTOS - Juntado em: 15/05/2023 09:18:56 - 4030560
Fls.: 16

Nesse passo, quanto às alterações de ordem processual


promovidas pela “Reforma Trabalhista”, entendo que possuem aplicação imediata aos
processos em curso, mais uma vez, respeitados os atos processuais já praticados, nos
termos do art. 14 do NCPC.

Contudo, quanto às específicas normas que impliquem novos


riscos, ônus e custos processuais às partes (a exemplo de honorários advocatícios e
periciais, custas processuais, regras de justiça gratuita e similares), entendo que
somente se aplicam às ações ajuizadas após a vigência da Lei nº 13.467/2017, isto é,
apenas após 11/11/2017.

Assim compreendo, posto que é no momento do ajuizamento


da ação que as partes podem antever e sopesar os riscos da demanda e, com base
nisso, estruturar suas condutas processuais. Alterar esse complexo de normas no
curso do processo, resultaria em situação surpresa para as partes e consequente
violação aos postulados da lealdade, transparência e cooperação processuais.

Nesse sentido, o art. 6º da IN nº 41/2018 do TST, in verbis:

“Na Justiça do Trabalho, a condenação em


honorários advocatícios sucumbenciais, prevista no art. 791-A, e
parágrafos, da CLT, será aplicável apenas às ações propostas após 11
de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017). Nas ações propostas
anteriormente, subsistem as diretrizes do art. 14 da Lei nº 5.584/1970
e das Súmulas nsº 219 e 329 do TST.”

Feitas essas considerações preliminares acerca da aplicação da


lei no tempo, passo a decidir a lide.

DA PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.


EXECUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS AO LONGO DO VÍNCULO

A parte demandada suscita a preliminar em tela, ao argumento


de que esta Especializada não pode determinar o recolhimento das contribuições
previdenciárias referente ao período do vínculo de emprego.

Sucede, todavia, que não cuidam os autos de reclamação na


qual se objetiva apenas o reconhecimento de vínculo empregatício – hipótese que, aí
sim, tornaria esta Justiça incompetente.

O C. TST já sedimentou o entendimento por meio da Súmula nº


368, I, isto é, a Justiça do Trabalho só se revelará incompetente para a execução das

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contribuições previdenciárias incidentes sobre os salários já pagos nas ações que tão
somente reconheçam o vínculo empregatício, o que, definitivamente, não é o caso dos
autos. Em caso de condenação em pecúnia ou de acordo homologado, incidirá a
contribuição.

REJEITO.

DA PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL

A parte reclamada suscitou a inépcia da inicial, ao argumento de


que não se indicou a forma e os parâmetros de cálculo da liquidação de cada pedido.

Sem razão.

Observe-se que a parte reclamante tomou o cuidado de liquidar


todos os pedidos ofertados. Não se exige a apresentação da memória de cálculo de
cada pedido, mas, isso sim, que cada pleito encontre-se certo e determinado, segundo
o direito que o autor entende fazer jus. Cuida-se, pois, de mera estimativa daquilo que
o autor pretende receber ao final.

Parcelas acessórias como contribuição previdenciária ou fiscais


não se incluem na relação jurídica material deduzida em Juízo, posto que decorrem da
própria condenação. Logo, não necessitam de liquidação expressa, até mesmo porque
estão submetidas ao Princípio da Extrapetição (art. 322, § 1º, NCPC).

Tenho por perfeitamente inteligível todo o conteúdo da peça


inicial, tanto que oportunamente contestado pela parte ré.

REJEITO.

DA MULTA DO ART. 477, §8º, CLT

Afere-se da data do pagamento da rescisão contratual,


conforme recibo de fl. fl. 150, em cotejo com a data de término do contrato de
trabalho, que a parte reclamada efetuou o pagamento das verbas rescisórias dentro do
decêndio legal, logo, de forma tempestiva. INDEFIRO, pois, a multa do art. 477, § 8º,
CLT.

DO FGTS

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Quanto aos depósitos do FGTS, nos termos da Súmula nº 461 do


TST, é “do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do
FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor”, encargo do qual não se
desvencilhou.

Existem diversas competências em aberto, conforme extrato


analítico juntado pelo reclamante às fls. 24.

Em função disso, DEFIRO o pagamento das diferenças do FGTS


acrescidas da indenização compensatória de 40%, conforme extrato analítico presente
nos autos.

Destaco, ainda, que sobre o aviso prévio indenizado deve incidir


apenas o depósito fundiário correspondente, sem a inclusão da multa de 40%, nos
termos da OJ nº 42 da SDI-1 do C. TST.

Como medida de efetividade na prestação jurisdicional,


DETERMINO à Secretaria da Vara que expeça o competente alvará judicial para
liberação dos depósitos do FGTS, após o trânsito em julgado desta decisão.

DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA narrou que atuava em ambiente


de trabalho insalubre, sem receber os adequados equipamentos de proteção individual
(EPI), razão pela qual postulou o adicional em tela.

A reclamada rebateu os fatos, aduzindo que o ambiente de


trabalho não continha elementos insalubres e que fornecia EPIs adequados à proteção
de seus empregados.

O muito bem fundamentado laudo pericial concluiu que WESLEY


LUIZ PEREIRA DA SILVA trabalhava exposto a agentes químicos acima dos limites de
tolerância legal, circunstância que lhe renderia adicional de insalubridade em grau
máximo, nos termos da NR-15 do então Ministério do Trabalho.

Concluiu o expert:

“Diante do exposto, conclui este Perito


após complementada as análises, entrevistas e
levantamentos técnicos necessários que o Reclamante
durante todo pacto laboral, SE ATIVAVA EM CONDIÇÕES
INSALUBRES EM GRAU MÉDIO E MÁXIMO , conforme

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determina a Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978, Norma


Regulamentadora nº 15 em seus anexos 07 e 13”.

Em tempo, a impugnação do laudo formulada pela reclamada


não merece prosperar. Primeiro, porque, como soldador é evidente o seu contato com
soldas, tubulações, estruturas de aço e substâncias lubrificantes. Observe-se, inclusive,
que tais atividades foram descritas pelo perito em seu laudo e foram também
acompanhadas pelo Técnico de Segurança do Trabalho da reclamada no dia da
inspeção in loco.

Da mesma forma, como bem ressaltou o expert, alguns EPIs não


foram fornecidos ao obreiro (tais como creme protetor e luvas em PVC), de modo que
os agentes nocivos a que era exposto o reclamante não eram neutralizados pelos
demais EPIs fornecidos.

Pelo exposto, adoto, em todos os seus termos, o bem


circunstanciado laudo pericial como fundamentos de decidir, razão pela qual DEFIRO o
pedido de adicional insalubridade no grau máximo. Defiro, ainda, o pedido de
integração desta parcela à remuneração para reflexos sobre as demais verbas salariais,
nos limites delineados na inicial, consoante Súmula nº 139 e observados os termos das
OJs nº 47 e 103 da SDI-1, todos os verbetes do C. TST.

Por fim, considerando que o Supremo Tribunal Federal, na


Reclamação nº 6275, cassou parte da redação da Súmula nº 228 do TST, apenas no
trecho em que estipulou o salário básico do trabalhador como base de cálculo do
adicional de insalubridade, e que o art. 192 da CLT ainda não foi declarado
inconstitucional por aquela Corte, até que sobrevenha norma legal ou convencional
estabelecendo parâmetro distinto, a base de cálculo do adicional em epígrafe
continuará a ser o salário-mínimo. Inteligência, inclusive, da Súmula de nº 16 do nosso
Tribunal Regional.

Em tempo, considerando o zelo do expert, a qualidade do laudo


e as características da diligência, ARBITRO os honorários periciais em R$ 3.000,00 (três
mil reais), a serem pagos pela ré, sucumbente no objeto da perícia.

DA JORNADA DE TRABALHO

WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA narrou que se ativava na


extensa jornada exposta na inicial. Com base nisso, postulou o pagamento de horas
extras e seus reflexos.

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A versão foi refutada pela parte ré ao sustentar que os dias e


horários trabalhados encontram-se devidamente registrados nos espelhos de jornada
que carreou aos autos. Defendeu, ainda, que o trabalho em eventual sobrelabor foi
devidamente quitado ou compensado.

Assim, à parte demandante competia o encargo de provar que


desenvolvia a longa jornada que declinou (fato constitutivo do direito), assim como
desconstituir a veracidade dos cartões de ponto juntados.

Sucede que o arcabouço probatório dos autos indicou que os


cartões de ponto juntados pela ré mostram-se fidedignos, eis que retratam a efetiva
jornada desempenhada. Diz-se isso porque WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
não desconstituiu especificadamente o conteúdo dos cartões de ponto.

Tais controles, de fato, denotam a existência de trabalho


em sobrelabor. Nada obstante, os recibos acostados pela
reclamada também espelham o pagamento de diversas horas extraordinárias (muitas
até com adicional de 70% e 100%).

Competia, portanto, a WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA, na


oportunidade que teve para réplica, demonstrar a existência de horas extras a
saldar, mediante comparação entre os espelhos de ponto e os recibos
salariais juntados.

Ora, cuida-se de demonstração fácil e rápida, mas que, não há


duvidar, há de ser efetuada pela parte autora, visto que era seu o ônus probatório de
comprovar a existência de horas extras realizadas e não quitadas ou compensadas.

Assim o é porque não pode o Juízo ser transformado em


contador, escavador ou garimpeiro de dias, horas e minutos em cartões de ponto a fim
de localizar o pretenso direito alegado na inicial.

Contudo, na oportunidade que dispôs para falar sobre os


documentos juntados com a defesa, WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA não demonstrou,
com um mínimo de precisão – e ainda que por amostragem –, a existência de horas
extras praticadas e não quitadas pela parte reclamada.

Em função do exposto, INDEFIRO todos os pedidos relacionados


à jornada de trabalho, incluindo seus consectários.

DA RESTITUIÇÃO DE DESCONTOS

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No que se refere ao desconto de taxa assistencial, razão assiste


à parte autora.

Como ressabido, a contribuição de caráter assistencial, prevista


no art. 8º, IV, in fine, da CF/1988, somente pode ser exigida daqueles trabalhadores que
optaram pela filiação à entidade sindical respectiva, autorizando expressamente o
correspondente desconto. Qualquer cobrança compulsória desta contribuição atenta
frontalmente contra o princípio da livre associação e sindicalização (art. 8º, V, CF/1988).

Esta, inclusive, a inteligência da Súmula Vinculante nº 40 do STF: “


a contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos
filiados ao sindicato respectivo”.

Como se nota, há clara distinção com a contribuição sindical


prevista no art. 578 da CLT, a qual, antes da vigência da Lei nº 13.467/2017 (“Reforma
Trabalhista”), ostentava natureza tributária, porque compulsória e estatuída em lei,
cujo pagamento era obrigatório, independentemente de associação.

No caso em apreço, trata-se de contribuição assistencial, exigível


somente dos associados, após sua expressa autorização.

Assim sendo, por não demonstrar a legítima filiação da parte


autora, tampouco sua expressa autorização para o desconto, DEFIRO o pagamento, de
forma simples ante a inexistência de previsão legal em sentido contrário, dos valores
descontados indevidamente em folha de pagamento (rubrica “0543 CONTRIBUIÇÃO
ASSISTENCIAL”).

DA JUSTIÇA GRATUITA

A teor do art. 98, caput, do Novo Código de Processo Civil, faz jus
à Justiça Gratuita a parte que não possuir condições financeiras de custear as despesas
do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.

Complementando o dispositivo acima, o legislador fixou


presunção legal de veracidade da afirmação de miserabilidade jurídica quando
realizada por pessoa natural, nos termos do art. 99, § 3º, NCPC.

Inclusive, em função do advento do NCPC, o C. TST atualizou sua


jurisprudência, sedimentando na Súmula nº 463, I, o entendimento de que, “para a
concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de

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hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que
munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015)
”.

Após a chamada “reforma trabalhista”, capitulada pela Lei nº


13.467/2017, a CLT passou a facultar a concessão de Justiça Gratuita àqueles que (i)
perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social ou (ii) que comprovem insuficiência de recursos para
demandar em Juízo (vide art. 790, §§ 3º e 4º, CLT).

Assim, realizando uma interpretação sistemática dos


dispositivos acima, entendo preenchidos os requisitos pela parte autora, em função do
que DEFIRO a isenção de eventuais custas processuais a seu cargo, o que inclui, por
exemplo, custas, honorários e emolumentos.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

No processo trabalhista, os honorários advocatícios não


decorriam da mera sucumbência da parte, mas eram devidos apenas nos casos em
que preenchidos os paramêtros elencados na Súmula nº 219 do C. TST (justiça gratuita
cumulada com assistência sindical).

No entanto, após a intitulada “reforma trabalhista” capitulada


pela Lei nº 13.467/2017, vigente desde 11/11/2017, que acrescentou o art. 791-A à CLT,
essa verba honorária passou a ser devida pela mera sucumbência – inclusive recíproca
– e fixada no intervalo de 05% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa.

A nosso singelo sentir e com a máxima vênia, descabe falar em


inconstitucionalidade do aludido preceptivo por suposta violação do acesso à Justiça.

Primeiro, porque, atualmente, o acesso à Justiça é entendido


como o alcance de uma prestação jurisdicional justa, efetiva e célere, de acordo com os
ditames do devido processo legal, e não como mera possibilidade de manejar o direito
constitucional de ação.

Segundo, porque os honorários advocatícios somente são pagos


ao final e, ainda assim, de acordo com a disponibilidade de créditos obtidos na ação.
Logo, tal obrigação não inviabiliza o trabalhador de bater às portas do Judiciário.

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Terceiro, patente que se tratam tais honorários de verba de


cunho alimentar e, se são devidos ao patrono do trabalhador, por certo hão de ser
também ao advogado do empregador, como medida de igualdade formal e material.

Pois bem.

Sucede que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI


nº 5766, cujo acórdão foi publicado aos 03/05/2022, entendeu ser “inconstitucional a
legislação que presume a perda da condição de hipossuficiência econômica para efeito
de aplicação do benefício de gratuidade de justiça, apenas em razão da apuração de
créditos em favor do trabalhador”.

Com base nessa premissa básica, declarou inconstitucionais os


arts. 790-B,
caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Em vista disso, por se tratar de precedente de observância


obrigatória por todos os juízes e tribunais (art. 927, I, NCPC) e, também, como medida
de disciplina judiciária, afasto meu entendimento e deixo de condenar a parte autora,
beneficiária da Justiça Gratuita, em honorários sucumbenciais.

O mesmo, contudo, não se aplica à parte reclamada, a qual não


litiga sob o manto da Justiça Gratuita.

Assim sendo, em face dessa nova disposição jurisprudencial e


considerando a natureza da causa, a complexidade e o zelo do trabalho do advogado,
arbitro os honorários advocatícios em 10% a favor do patrono da parte autora e
calculados sobre o valor líquido da condenação, sem a dedução dos descontos fiscais e
previdenciários (OJ nº 348 da SDI-1, TST).

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FASE DE EXECUÇÃO

Como adiantado anteriormente, o art. 791-A, CLT, acrescentado


pela Lei nº 13.467/2017, instituiu expressamente o cabimento de honorários
advocatícios no Processo do Trabalho.

Sucede que o mencionado artigo celetista não especifica a fase


processual na qual a verba honorária será devida: se na de conhecimento, na de
execução ou em ambas. Diante de tal lacuna, abre-se ensejo à aplicação supletiva do
Digesto Processual Civil, a teor do art. 769, CLT, e art. 15, NCPC.

Pois bem.

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Dispõe o art. 85, § 1º, NCPC: “ São devidos honorários


advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na
execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente”.

Deveras.

Os honorários advocatícios decorrem da relação de causalidade


entre a conduta da parte e a necessidade de se instaurar um procedimento judicial
com vistas a fazer valer determinado direito, seja pelo descumprimento de uma
obrigação na fase de conhecimento, seja no descumprimento do título executivo. Vale
dizer, aquele que deu causa à ação ou ao procedimento deve responder pelos
honorários em favor do advogado da parte contrária.

Na fase executiva, o raciocínio não é diferente, visto que, não há


negar, há acréscimo de trabalho ao advogado da parte vencedora na fase de
conhecimento, o qual necessitará iniciar o módulo executivo com todas as suas
nuances, unicamente porque o devedor não cumpriu espontaneamente a obrigação
declarada no título executivo.

No processo trabalhista, o devedor tem a oportunidade de


quitar, sponte propria, a dívida assim que intimado da sentença de liquidação que
homologa os cálculos. Se não o faz, dá ensejo à instauração do módulo executivo pela
parte exequente, seguido de todos os atos de constrição patrimonial que lhes são
peculiares.

Em vista disso, sempre que o devedor não pagar a dívida no


prazo definido na sentença de liquidação, aplicar-se-á, por analogia, o art. 827, NCPC, o
qual determina a fixação dos honorários advocatícios em 10% tão logo se deflagre a
execução. Esse percentual será majorado para até 20%, na hipótese de rejeição de
embargos à execução (§ 2º, do mesmo artigo).

Ressalte-se que descabe falar nessa verba honorária em


incidentes da execução (como o de desconsideração da personalidade jurídica ou a
exceção de pré-executividade), por ausência de previsão legal. Esse entendimento,
inclusive, já se encontra consolidado na jurisprudência do STJ.

No caso das execuções em face da Fazenda Pública, incidirão


honorários apenas nos casos de rejeição de embargos à execução, e não pelo
descumprimento espontâneo da obrigação, tendo em vista que, nessa última hipótese,
existe regime próprio de execução (art. 85, § 7º, NCPC).

Em face do exposto, acaso seja deflagrado o módulo executivo


nestes autos pelo não cumprimento espontâneo da obrigação, CONDENO, desde já, a

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parte executada ao pagamento de 10% a título de honorários advocatícios em favor do


patrono do exequente e calculados sobre o valor líquido da condenação, sem a
dedução dos descontos fiscais e previdenciários (OJ nº 348 da SDI-1, TST).

Por fim, destaco que descabe falar em condenação ultra petita


dessa verba honorária, tendo em vista se tratar de pedido implícito e acessório, já
compreendido no principal (Princípio da Extrapetição), conforme art. 322, § 1º, NCPC.

DOS JUROS MORATÓRIOS E DA CORREÇÃO MONETÁRIA

Os juros de mora incidirão sobre o montante da condenação já


corrigido monetariamente e não integrarão a base de cálculo do imposto de renda,
diante da nítida natureza indenizatória que ostentam (art. 404, CC). Inteligência da
Súmula de nsº 200 e 439 e da OJ nº 400 da SDI-I, todas do TST.

A correção monetária será computada entre a data do


vencimento da obrigação e o seu efetivo pagamento (art. 39, Lei nº 8.177/1991),
registrando-se que não incidirá sobre os salários pagos até o 5º dia útil do mês
imediatamente posterior ao do vencimento (critério da “época própria”). Ultrapassado
esse limite, a correção será computada segundo o índice do mês subsequente ao da
prestação de serviços e a partir do dia 1º. Ressalvam-se as indenizações por danos
morais, cuja correção é devida a partir da data da decisão que as arbitrou,
independentemente do trânsito em julgado. Neste sentido, as Súmulas nsº 381 e 439 e
a OJ nº 302 da SDI-I, todas também do C. TST.

Quanto aos índices a serem aplicados, seja para os juros, seja


para a correção monetária, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADCs nsº
58 e 59, complementada por embargos de declaração, resolveu estabelecer os mesmos
parâmetros aplicados para as condenações cíveis em geral, quais sejam, aplicação do
IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir do ajuizamento da ação, a taxa SELIC (art. 406 do
Código Civil), esta, englobando juros e correção monetária concomitantemente.

Em vista disso e como medida de disciplina judiciária e de


segurança jurídica, adoto os índices e parâmetros determinados pela decisão acima.

Para tanto, estabeleço o seguinte:

I) Aplicação do IPCA-E, como fator de correção monetária,


computado do fato gerador (vencimento da obrigação conforme critério da época
própria) até o ajuizamento da reclamação;

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II) A partir do ajuizamento da ação, adotar apenas a taxa SELIC


como critério de atualização, a qual englobará, tanto os juros de mora, como a
correção monetária;

DOS RECOLHIMENTOS SOCIAIS E FISCAIS

As contribuições previdenciárias do empregado serão calculadas


mês a mês (regime de competência), de acordo com o limite máximo do salário de
contribuição, consoante art. 276, § 4º, do Decreto nº 3.048/1999, observando-se as
alíquotas e as verbas que compõem o salário de contribuição descritas,
respectivamente, nos arts. 198 e 214 do mesmo diploma legal.

Ademais, conquanto a responsabilidade pelo recolhimento das


contribuições sociais e fiscais, resultantes de condenação judicial, seja do empregador,
sua culpa pelo inadimplemento das verbas ao longo do pacto empregatício não exime
a responsabilidade do empregado em arcar com sua cota-parte. Isso porque o art. 33, §
5º, da Lei nº 8.212/1991 faz alusão às verbas que foram efetivamente pagas durante o
vínculo, sem o devido recolhimento, pelo empregador, da contribuição previdenciária.

No entanto, na hipótese de decisão judicial, obviamente que tais


parcelas não foram pagas pelo empregador (daí sua condenação), o que repele a
incidência do dispositivo acima. Logo, empregador e empregado respondem, cada um,
por sua cota-parte. Inteligência da Súmula nº 368, II, TST.

Quanto à incidência de juros de mora e multa sobre as


contribuições previdenciárias, observar os estritos termos da Súmula nº 368, V, do TST,
in verbis:

Para o labor realizado a partir de 5.3.2009,


considera-se fato gerador das contribuições previdenciárias
decorrentes de créditos trabalhistas reconhecidos ou
homologados em juízo a data da efetiva prestação dos serviços.
Sobre as contribuições previdenciárias não recolhidas a partir da
prestação dos serviços incidem juros de mora e, uma vez
apurados os créditos previdenciários, aplica-se multa a partir do
exaurimento do prazo de citação para pagamento, se
descumprida a obrigação, observado o limite legal de 20% (art.
61, § 2º, da Lei nº 9.430/96).

Atente-se que, o simples recolhimento de contribuições sociais,


via GPS, sem a prestação de informações complementares, por meio da GFIP, torna

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inócua a determinação do recolhimento pela Justiça do Trabalho. Isso porque sem a


identificação do beneficiário, o crédito relativo à contribuição recolhida não se vincula à
conta previdenciária do trabalhador, o que, certamente, pode gerar-lhe prejuízos
quando necessitar de algum benefício.

Dessa forma, a reclamada deverá declarar por GFIP os fatos


geradores das contribuições sociais decorrentes desta sentença condenatória
trabalhista, nos termos do manual da GFIP (art. 105 da Instrução Normativa n. 971, de
13.11.09, da Secretaria da Receita Federal do Brasil — RFB).

Prosseguindo, em sendo o caso de retenção de imposto de


renda a ser procedida, observar o modelo de tributação dos rendimentos recebidos
acumuladamente (RRA), a que se refere o art. 12-A da Lei nº 7.713/1988, que determina
sejam tributados no mês do recebimento do crédito os rendimentos decorrentes da
Justiça do Trabalho. O cálculo é feito a partir de tabela progressiva resultante da
multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores
constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou
crédito.

Com força em tal dispositivo, deverá ser adotado o regime de


competência para os descontos fiscais (neste sentido, vide Súmula nº 368, VI do TST).

Por derradeiro, assinale-se que as indenizações por danos


morais ou materiais não se enquadram no conceito legal de renda, eis que não
decorrem do produto do capital ou do trabalho, tampouco de acréscimo patrimonial,
objetivando, apenas, reparar a lesão perpetrada aos direitos da personalidade da
parte. Logo, não há razões jurídicas para determinar a incidência do imposto de renda
sobre essas indenizações. De igual sorte, também descabe falar em incidência de
contribuição previdenciária, nos termos do art. 214, § 9º, V, “m”, do Decreto nº 3.048
/99.

DA COMPENSAÇÃO E/OU DA DEDUÇÃO

Nos termos dos arts. 368 e 369 do Código Civil de 2002, a


compensação se opera entre dívidas de mesma natureza (no caso, natureza
trabalhista), líquidas e vencidas. Extinguem-se as obrigações até onde elas se
equivalem. Um bom exemplo consiste no aviso-prévio não ofertado pelo empregado
que se demite do emprego. A compensação somente pode ser alegada como matéria
de defesa, não podendo ser conhecida de ofício (art. 767, CLT e Súmula nº 48 do TST).

A dedução, por seu turno, é uma objeção processual, suscitável


de ofício, cujo escopo é evitar a duplicidade de pagamentos e o consequente

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enriquecimento ilícito do empregado. Opera entre rubricas salariais idênticas. Por


exemplo, hora extra se deduz com hora extra; adicional noturno com adicional
noturno; adicional de insalubridade com adicional de insalubridade.

Quanto à compensação, a ré não comprovou ser credora da


parte autora quanto a dívidas de natureza trabalhista. Por outro lado, com vistas a
evitar o enriquecimento ilícito da parte autora, assegura-se à parte demandada o
direito de dedução dos valores já efetivamente pagos sob o mesmo título, de acordo
com os documentos acostados aos autos.

No caso específico de horas extras a pagar, observar os termos


da OJ nº 415 da SDI-1 do TST e da Súmula de nº 65 do nosso Tribunal Regional, verbetes
que determinam a compensação das horas extraordinárias quitadas ainda que
apuradas em mês diverso do pagamento, respeitando-se sempre o marco
prescricional.

DA LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO. VALORES ATRIBUÍDOS NA


INICIAL

O art. 840, § 1º, CLT, impõe ao autor da reclamação trabalhista


que indique expressamente os valores de cada pedido ofertado na inicial (pressuposto
processual intrínseco), sob pena de extinção sem resolução do mérito (§ 3º do mesmo
artigo).

Nos termos dos arts. 141 e 492 do NCPC, o juiz está adstrito aos
limites da lide no momento de proferir sua decisão, sendo-lhe vedado condenar o réu
em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

Dessa forma, tenho que o valor atribuído pelo reclamante a


cada um de seus pedidos integra sua pretensão e, como tal, limita o campo de atuação
do magistrado, que não pode ir além, sob pena de exarar decisão ultra petita.

A tese de que se trata de mera estimativa não colhe, tendo em


vista que tanto a CLT (art. 840, § 1º), quanto o NCPC (arts. 322 e 324, caput), impõem
que o pedido seja certo e determinado.

Contudo, em virtude da assimetria jurídica que permeia as


relações de trabalho, não se pode ignorar o fato de que o empregado, via de regra, não
detém em seu poder os documentos imprescindíveis para a apuração precisa do
quantum que entende devido. É o empregador quem armazena e monopoliza a
esmagadora maioria da documentação relativa ao contrato de trabalho.

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Fls.: 29

Como exemplo, cito os espelhos de ponto, nos quais encontram-


se registrados os dados relativos à jornada de trabalho. Suas informações são cruciais
para o fiel cálculo das horas extras alegadas. A depender da causa de pedir e do
pedido, pode ser imprescindível a análise dos cartões para uma fiel liquidação.

Note-se, inclusive, que o digesto processual civil, atento a


situações como essa, admite a formulação de pedidos genéricos quando, por exemplo,
a determinação do valor depender de ato a ser praticado pelo réu (art. 324, § 1º, III,
NCPC), no caso, apresentação da documentação que se encontra sob sua custódia.

Nesses específicos casos, transbordaria do razoável exigir que o


reclamante liquidasse, com precisão, os pedidos cujos dados encontram-se em
documentos em posse do empregador. Nenhuma hermenêutica minimamente
racional admitiria essa exegese da norma.

Por fim, diga-se que o C. TST possui firme entendimento de que


a parte autora, ao formular pedidos com valores líquidos na petição inicial, sem
registrar qualquer ressalva, limita a condenação a tais parâmetros, por expressa dicção
do art. 492 do CPC. Há inúmeros precedentes nesse sentido, inclusive da SBDI-1 (a
exemplo do E-ARR-10472-61.2015.5.18.0211, julgado em maio de 2020 e cuja votação
foi unânime).

Em conclusão, na fase de liquidação, todos os pedidos acatados


por esta sentença deverão observar os valores limites estabelecidos pelo reclamante
em sua petição inicial.

Ficam, desde já, excluídos dessa limitação os pedidos que


contenham expressa e justificada ressalva na petição inicial quanto à impossibilidade
de sua exata liquidação no momento do ajuizamento, o que será devidamente apurado
na fase de liquidação de sentença.

DA MULTA DO ART. 523, § 1º DO NCPC

A regra trazida no art. 523, § 1º do NCPC, prevê a aplicação de


multa ao devedor em caso de não cumprimento espontâneo da obrigação de pagar
líquida. Sempre foi tormentoso na doutrina e na jurisprudência a aplicação subsidiária
desse preceptivo (art. 769 da CLT) à execução trabalhista.

Entretanto, apreciando a questão em Incidente de Recursos


Repetitivos (TST-IRR-1786-24.2015.5.04.0000), o C. TST, em decisão publicada em 30/11
/2017, pôs termo às infindáveis discussões acerca da temática ao firmar a seguinte
tese: “a multa coercitiva do artigo 523, § 1º do CPC (antigo artigo 475-J do CPC de 1973)

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Fls.: 30

não é compatível com as normas vigentes da CLT por que se rege o processo do
trabalho, ao qual não se aplica”.

Considerando que o precedente em tela possui observância


obrigatória (art. 927, III, NCPC), deixo de aplicar a multa em comento.

3. DISPOSITIVO

Em face do que foi exposto até aqui e considerando o que mais


dos autos consta, DECIDO:

REJEITAR todas as preliminares processuais suscitadas pela ré;

Julgar PROCEDENTE EM PARTE a ação para condenar NIPLAN


ENGENHARIA S/A a pagar a WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA, a quantia que for apurada
em liquidação de sentença – em conformidade com as diretrizes lançadas na
fundamentação e que passam a integrar este dispositivo – em relação aos seguintes
pedidos:

. DIFERENÇAS DE FGTS ACRESCIDAS DA MULTA DE 40%;

. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E REFLEXOS;

. RESTITUIÇÃO DE DESCONTOS.

O FGTS depositado deverá ser liberado mediante expedição do


competente alvará judicial, após o trânsito em julgado desta decisão, ato que deverá
ser cumprido pela Secretaria desta Vara.

Honorários advocatícios ora arbitrados no importe de 10%, em


favor do patrono da parte autora e calculados sobre o valor líquido da condenação,
sem a dedução dos descontos fiscais e previdenciários (OJ nº 348 da SDI-1, TST).

Honorários periciais no importe de R$ 3.000,00 (três mil reais) a


serem suportados pela parte reclamada, sucumbente no objeto da perícia.

Liquidação a ser processada por simples cálculos, mediante


intimação própria.

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Fls.: 31

Custas processuais a cargo da parte reclamada, no importe de


R$ 90,00, calculadas sobre R$ 4.500,00, valor da condenação provisoriamente arbitrado
para esse fim.

Benefícios da Justiça Gratuita concedidos em favor da parte


autora.

Os juros de mora, a correção monetária, assim como os


recolhimentos dos encargos previdenciários e fiscais, seguirão as diretivas já traçadas
na fundamentação.

Intimem-se as partes e o perito.

CUBATAO/SP, 15 de maio de 2023.

CHARLES ANDERSON ROCHA SANTOS


Juiz do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: CHARLES ANDERSON ROCHA SANTOS - Juntado em: 15/05/2023 09:18:56 - 4030560
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23051509183582000000299592078?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23051509183582000000299592078
Fls.: 32

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

Apresente o autor seus cálculos de liquidação em 08 dias.

CUBATAO/SP, 12 de junho de 2023.

SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO - Juntado em: 12/06/2023 08:39:30 - 1c529c3
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23061208392197400000303479165?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23061208392197400000303479165
Fls.: 33

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

Renovo ao autor o prazo, por 08 dias.

Inerte-se, dê-se início ao cômputo da prescrição intercorrente.

CUBATAO/SP, 26 de junho de 2023.

SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO - Juntado em: 26/06/2023 12:53:49 - 452373d
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23062612530095600000305686294?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23062612530095600000305686294
Fls.: 34

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

Diga a ré em 08 dias.

CUBATAO/SP, 30 de junho de 2023.

SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO - Juntado em: 30/06/2023 17:47:45 - bdc48e0
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23063017461522700000306639957?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23063017461522700000306639957
Fls.: 35

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

Ao CEJUSC.

CUBATAO/SP, 07 de agosto de 2023.

SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO - Juntado em: 07/08/2023 13:49:01 - 6ef7032
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2A REGIAO:03241738000139
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23080713485429600000311584746?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23080713485429600000311584746
Fls.: 36

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
CEJUSC Baixada
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO(A): NIPLAN ENGENHARIA S.A.

TERMO DE SESSÃO CONCILIATÓRIA

CEJUSC BAIXADA SANTISTA

Em 24 de agosto de 2023, na sala de sessões do CEJUSC-JT BAIXADA


SANTISTA, perante o(s) conciliador(es) Paulo de Tarso S Nascimento, sob a supervisão
da Exmo(a). Juiz(a) NORMA GABRIELA OLIVEIRA DOS SANTOS MOURA , realizou-se
audiência relativa ao processo identificado em epígrafe.

Às 10:40h, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza


do Trabalho, apregoadas as partes.

Ausente a parte reclamante, presente seu(a) advogado(a), Dr(a).


JAIME ANTONIO DE OLIVEIRA, OAB 252449D/SP.

Presente a parte reclamada NIPLAN ENGENHARIA S.A., representado


(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a) Andre Madeira Gonçalves, acompanhado(a) de seu(a)
advogado(a), Dr(a). Tatiana Valéria Amorim Santos, OAB 11584/AL.

Eventual irregularidade de representação poderá ser sanada pelas


partes presentes no prazo de 5 dias, restando desde já deferida a juntada de
procuração, substabelecimento, carta de preposição ou atos constitutivos, se
necessário, estando as partes sujeitas às penas do Art. 76 do CPC, se for o caso. Em
se tratando de parte ausente, o patrono ora presente compromete-se a juntar aos
autos os instrumentos de procuração e/ou substabelecimento para regularizar a
representação, sob pena de responsabilidade.

Em respeito às normas e diretrizes nacionais e regionais adotadas


temporariamente e destinadas à prevenção e contenção ao contágio pelo COVID-19-
Novo Coronavírus, a presente sessão conciliatória foi realizada de forma
telepresencial por meio da Plataforma Emergencial de Videoconferência
disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça, possuindo o mesmo valor jurídico
das sessões presenciais, respeitadas todas as prerrogativas processuais de
advogados e partes (Resolução CNJ 313; Ato Conjunto CSJT.GP.VP e CGJT n.001; Ato
Conjunto TST.GP.GVP.CGJT no159 e 170 e Resolução Corpo Diretivo no 01 e 02 /2020;
Ato GP no 07/2020 e Ato GP no 08/2020, deste E. Regional).

Assinado eletronicamente por: NORMA GABRIELA OLIVEIRA DOS SANTOS MOURA - Juntado em: 24/08/2023 12:35:55 - 4d30b71
Fls.: 37

INCONCILIADOS

Neste ato, a reclamada presente não apresenta proposta de


acordo. O patrono da parte autora deixa o contato de email jaime.de.
oliveira1971@gmail.com e whatsapp (13) 981936467 para eventuais tratativas de
forma direta entre as partes.

Retornem os autos à Vara do Trabalho para prosseguimento

Ata lida e conferida pelos presentes, que anuíram com a integralidade


de seus termos.

Audiência encerrada às 10h55min.

Nada mais.

NORMA GABRIELA OLIVEIRA DOS SANTOS MOURA


Juiz(a) do Trabalho

Assinado eletronicamente por: NORMA GABRIELA OLIVEIRA DOS SANTOS MOURA - Juntado em: 24/08/2023 12:35:55 - 4d30b71
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2A REGIAO:03241738000139
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23082410553634000000314130330?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23082410553634000000314130330
Fls.: 38

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

CONCLUSÃO

Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 4ª Vara


do Trabalho de Cubatão/SP.

Cubatão, data abaixo.

DEBORAH IBRAHIM M DE CASTRO

DECISÃO

Vistos etc.

Por não impugnados, homologo os cálculos da parte autora (Id.


28a705a), fixando o crédito bruto em R$ 9.363,34 (nove mil trezentos e sessenta e três
reais e trinta e quatro centavos), em 31.05.2023, devendo ser atualizado até a data do
efetivo pagamento com a taxa Selic (Receita Federal/Fazenda Nacional).

Custas, pela ré, no importe de R$ 90,00, em 15.05.2023.

Contribuições previdenciárias deverão ser recolhidas e


comprovadas nos autos. Imposto de renda, nos termos da Instrução Normativa 1500
/2014 da Receita Federal.

Honorários advocatícios fixados em 10% da condenação, a


cargo da ré.

Honorários periciais arbitrados em R$ 3.000,00 (três mil reais),


em 15.05.2023, deverão ser pagos pela ré, sucumbente no objeto da perícia.

Assinado eletronicamente por: SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO - Juntado em: 01/09/2023 12:36:52 - 862a195
Fls.: 39

Intime-se a reclamada para proceder ao pagamento em 10 dias,


sob pena de penhora em contas.

CUBATAO/SP, 01 de setembro de 2023.

SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO


Juíza do Trabalho Substituta

Assinado eletronicamente por: SAMANTHA FONSECA STEIL SANTOS E MELLO - Juntado em: 01/09/2023 12:36:52 - 862a195
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2A REGIAO:03241738000139
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23090111254869300000315435243?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23090111254869300000315435243
Fls.: 40

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
4ª VARA DO TRABALHO DE CUBATÃO
ATSum 1000649-14.2022.5.02.0254
RECLAMANTE: WESLEY LUIZ PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: NIPLAN ENGENHARIA S.A.

CONCLUSÃO

Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 4ª Vara


do Trabalho de Cubatão/SP.

CUBATAO/SP, data abaixo.

ROSELI MOURA DA SILVA CORREA

DESPACHO

Vistos.

Defiro o parcelamento.

Libere-se à parte autora o depósito de #id:800054a e eventual


novo depósito efetuado, respeitando o limite do seu crédito líquido e dando-lhe ciência.

A ré deverá providenciar o pagamento das demais parcelas,


devidamente atualizadas, nas seguintes datas 13/10/2023, 13/11/2023, 13/12
/2023, 13/01/2024, 13/02/2024 e 13/03/2024, ou no 1º dia útil subsequente, sob pena
de multa, conforme § 5º do art. 916 do CPC.

Ressalte-se que, e o saldo remanescente deverá ser


devidamente atualizado nos termos do julgado.

Intimem-se.

CUBATAO/SP, 18 de setembro de 2023.

GUSTAVO GHIRELLO BROCCHI


Assinado eletronicamente por: GUSTAVO GHIRELLO BROCCHI - Juntado em: 18/09/2023 07:18:36 - 1528d86
Juiz do Trabalho Substituto
https://pje.trt2.jus.br/pjekz/validacao/23091515133369100000317271974?instancia=1
Número do processo: 1000649-14.2022.5.02.0254
Número do documento: 23091515133369100000317271974
SUMÁRIO
Documentos

Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura

1fe2bf2 12/10/2022 14:21 Despacho Despacho

042fc2e 08/12/2022 16:20 Ata da Audiência Ata da Audiência

a60b4c8 01/02/2023 15:43 Despacho Despacho

e856de8 15/03/2023 15:19 Despacho Despacho

5164acf 17/04/2023 10:16 Despacho Despacho

e13bf4a 02/05/2023 15:31 Ata da Audiência Ata da Audiência

4030560 15/05/2023 09:18 Sentença Sentença

1c529c3 12/06/2023 08:39 Despacho Despacho

452373d 26/06/2023 12:53 Despacho Despacho

bdc48e0 30/06/2023 17:47 Despacho Despacho

6ef7032 07/08/2023 13:49 Despacho Despacho

4d30b71 24/08/2023 12:35 Ata da Audiência Ata da Audiência

862a195 01/09/2023 12:36 Decisão Decisão

1528d86 18/09/2023 07:18 Despacho Despacho

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