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EXMO SR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE

CORONEL FABRICIANO/MG

PROCESSO Nº 0194.20.001349-9

WELINGTON VIEIRA DE ALVARENGA, qualificado nos autos, por meio de seu


advogado, vem perante vossa excelência apresentar

A L E G AÇÕES FINAIS

aduzindo e requerendo o que se segue:

O MENOR encontra-se processado perante este R. Juízo, pelo suposto


cometimento de ATO ANÁLOGO a homicídio qualificado. Homicídio este contra
uma pessoa que várias pessoas já tinham brigado e ameaçado de morte, isso sim foi o
que a PM já demonstrou, confirmando que já existiam sim mais pessoas querendo
matar a vítima pois na localidade a vítima que gostava de roubar e furtar na localidade,
ainda, comprovadamente, era um estuprador em potencial visto que gostava de se
masturbar em frente as mulheres do bairro, mulheres estas que, obviamente tinham
vários parentes das vítimas da vítima, ao qual se encontravam indignados, e estes que
estavam já querendo vingar as então ações de violência ao pudor, que ate aqui são bem
sabidas e comentadas nos autos.

Ademais imputam o FATO ANÁLOGO ao réu por supostamente pertencer a


uma organização criminosa, o que não é verdade.

Durante a instrução criminal, não foram colhidas provas que autorizem um


decreto condenatório. Não há prova material se quer nos autos, o que se tem é um disse
me disse, um policial falou para o outro, e todos ao final de seus depoimentos que
confirmam que sabem apenas o que foi repassado pelo seu amigo da equipe de
inteligência da PM que trabalham no mesmo batalhão. Ou seja, querendo ou não, tem
que apoiar o que seu amigo policial falou pois são amigos e policial não pode ir contra
amigos.

ORA EXCELÊNCIA, ESSA EQUIPE DE INTELIGÊNCIA DA PM LOCAL


SÓ TEM O CABO EDUARDO? POR QUE NÃO FOI MAIS NENHUM
INTEGRANTE DA P2 ARROLADO COMO TESTEMUNHA PRA DEPOR EM
AUDIENCIA? JÁ QUE SÃO UMA EQUIPE, SERIA A PROPRIA EQUEIPE QUE
DEVERIAS ESTAR ARROLADA PARA DEPOR COMO TESTEMUNHA EM
AUDIÊNCIA.

Existem testemunhas que corroboram com a prática do ato infração, pois não
foram levada nenhuma testemunha nem da briga que teve no bar, nem de que
pertencem a organização criminosa. Prenderam apenas um body expiatório limitando-se
os testemunhos de milicianos que, comprovadamente, perseguem o menor, POIS NÃO
PROVARAM NADA QUE DISSERAM NEM COM FILMAGENS NEM COM
FOTOS NEM COM TESMUNHAS.

EMFIM EXCELÊNCIA NEM O PRINT DA MENSAGEM QUE RECEBEU


O CABO DA PM PODE APRESENTAR, SENDO QUE PODIA BORRAR O NOME
E FOTO E DEIXAR SO UMA PARTE DO NUMERO, POIS O MESMO TEM FÉ
PUBLICA.

Aliás, a foto que apresentou o referido cabo aparece um pé em uma das


fotografias, um pé bem diferente do menor aqui ora representado, nem o chinelo
procuraram na casa para fazer a conferencia e a consequente apreensão de qualquer
objeto que seja pra incriminar o menor.

É PRECISO QUE O SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA TRABALHE COM


INTELIGÊNCIA EXCELÊNCIA. RUMORES E CONJECTURAS NÃO PODEM
ENSEJAR UMA CONDENAÇÃO TÃO GRAVE. A PARTIR DO MOMENTO DA
PROLAÇÃO DA SENTENÇA, MESMO QUE SEJA INOCENTE, CASO
CONDENADO, PASSARÁ A SER UM ASSASSINO, MESMO QUE NÃO TENHA
MATADO NINGUEM, MAS CARREGARÁ O PESO DA CONDENAÇÃO.

Resta, pois, a palavra do MENOR e a dúvida, que, em casos tais, deve


prevalecer, face a ausência de outros elementos de convicção, atendendo-se ao princípio
do "in dúbio pro reo".

Isto posto, deve o MENOR ser absolvido, tanto em face da precariedade das
provas, aplicando-se, no caso, a regra do "in dubio pro reo” por ser medida de inteira
JUSTIÇA !

REQUER A IMEDIATA SOLTURA DO MENOR, SENDO ESPEDIDO O


COMPETENTE E RESPECTIVO ALVARÁ APÓS A SENTENÇA ABSOLUTÓRIA.

Caso não entenda assim, requer a concessão da liberdade assistida ao menor


tendo em vista que não foi possível comprovar a culpabilidade e a melhor medida é a
educação podendo ser cadastrado os menores

Nestes termos,

Pede deferimento.
Coronel Fabriciano, 09 de setembro de 2020.

WALTER MAIRON SILVEIRA BARRETO


OAB/MG-154.924

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