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Em face do
DA TUTELA ANTECIPADA
Requer a tutela antecipada, objetivando as autoras, com a presente ação, que a
postagem caluniosa chamando de ladra as mesma presente no link:
https://www.facebook.com/groups/1611186812493998/posts/3229376347341695/
Ao que tudo indica Excelência, foi postado por um fake, sendo que o nome LAURA
LIMA e o pperfil não possui fotos nem “amigos” ou outros tipos de publicações que
possam identifica-la. Ademais, os administradores do grupo topa tudo Coronel
Fabriciano já foram acionados mas se quedaram inerte.
Sendo assim faz se necessária a urgência para que sejam removidos e excluídos das
redes sociais, bem como endereço eletrônico que disponibiliza tais caluniações
(https://www.facebook.com/groups/1611186812493998/posts/3229376347341695/ )
uma vez que tais fotos de cunho caluniadores foram divulgadas para o público,
causando um imenso constrangimento e dano a imagem pessoal da autoras. Por isso
pleiteia em caráter de urgência com fundamento no princípio “periculum in mora” a
citação da empresa FACEBOOK para primeiramente remover o conteúdo de seu site
e das redes sociais, bem como outros endereços a que tenha responsabilidade e em
momento posterior fornecer os dados necessários para a identificação do responsável
pela situação embaraçante e vexatória, pedido este devidamente apartado na presente
petição.
DA JUSTIÇA GRATUITA
DOS FATOS
A autoras, amigas de longa data forma surpreendidas quando foi avisada por terceiros
que estavam expondo as fotos e relacionando as a um suposto furto que aconteceu na
cidade de Ipatinga/MG.
Acontece que pegaram uma foto aleatória e publicaram no grupo topa tudo coronel
fabriciano presente no link de endereço eletronico:
https://www.facebook.com/groups/1611186812493998
Destarte excelência que na postagem tem varias pessoas comentando sendo solidários
e altruistas com as autoras tendo em vista a falácia descrita na postagem caluniosa.
Cumpre ressaltar que já foi feito o boletim de ocorrência na delegacia d policia civil
de Coronel Fabriciano, que na oportunidade se anexa e descreve o contexto do
histórico do boletim de ocorrência.
DO DIREITO
I – Da legitimidade passiva da ré
A ré, devidamente qualificada nestes autos, é detentora de legitimidade passiva para a
presente demanda, visto que trata-se de Provedor de Aplicação, termo adotado pela
Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).
Desta feita, não há outro alguém a quem cabe legitimamente pleitear os pedidos aqui
formulados, visto que, entendendo este Douto Juízo pela procedência destes, ficará o
provedor de aplicações aqui demandado responsável, a priori e subsidiariamente, pela
remoção e controle das informações.
“A evolução tecnológica torna possível uma devassa na vida íntima das pessoas.(...)
Nada obstante, na época atual, as teleobjetivas, assim como os aparelhos eletrônicos
de ausculta, tornam muito facilmente devassável a vida intima das pessoas. (...) Sem
embargo, disso, sentiu-se a necessidade de proteger especificamente a imagem das
pessoas, a sua vida privada, a sua intimidade.”
Vossa Excelência, por extenso conhecimento, muito certamente sabe da quantidade
relevante de demandas no mesmo sentido, número que vem exponencialmente
aumentando ao qual a jurisprudência muito tem se manifestado. O conflito maior,
entretanto, talvez seja na correta adequação de termos técnicos, oriundos da
Engenharia Da Computação e da Ciência da Computação (ou ainda da Tecnologia da
Informação e outras ciências pertinentes) e que, necessariamente precisam ser
perfeitamente compreendidos para demandas similares e, mais precipuamente, à atual,
ao qual procuraremos sucintamente contornar quando da apresentação dos pedidos.
Vale dizer, entretanto, que em se tratando de dano moral, que ofende bens jurídicos
diversos (honra, imagem, decoro, dignidade, dentre outros) o quantum indenizável
não tem especificidade econômica e, portanto, a esfera de cobertura a ser indenizada
deve ser proporcional à ofensa, sendo subjetiva tal proporcionalidade, visto que uma
quantia pode ser exagerada para alguém, razoável para outro e insuficiente ainda para
uma terceira opinião.
Os tribunais pátrios têm entendido da seguinte maneira o assunto:
Nesse sentido:
DA TECNICIDADE DA DEMANDA
Como já mencionado anteriormente, a evolução tecnológica trouxe novas soluções,
mas também novos desafios à vida humana cotidiana. Tais desafios também
comportam a manifestação do poder judiciário a respeito de novas lides envolvendo
ferramentas virtuais das mais diversas, ocorrendo grave deficiência por parte de
muitos juristas acerca do assunto, gerando confusões e ineficácia do exercício
do direito de pedir, bem como decisões problemáticas, que não atingem seus
objetivos.
A fim de melhor garantir a Vossa Excelência embasamento técnico para a boa
compreensão da demanda, tendo por sustentação o “fumus boni iurus”, procuraremos
detalhar cada conceito útil para a demanda e que se refira à realidade virtual e suas
circunstâncias.
Protocolo de Internet (IP – Internet Protocol)
Trata-se de um número, separado por pontos, que representa um endereço eletrônico
de um determinado aparelho. Tal endereço é fornecido somente quando o aparelho se
conecta á internet e ele é único, jamais havendo dois aparelhos utilizando o mesmo
endereço IP simultaneamente. Isto significa dizer que sempre quando alguém, através
de seu computador pessoal, ou de seu aparelho celular, ou ainda de tablets etc. Se
conecta à internet, ao seu aparelho é fornecido um endereço IP (ex. De um endereço
IP: 255.160.180.00). O responsável pelo fornecimento de um IP a um aparelho
eletrônico é o provedor de conexão, que são as empresas voltadas a fornecer serviços
de conexão à internet, tal como é o caso das operadoras de telefonia, bem como de
outras empresas especializadas em comunicações.
Da mesma forma, para poder trocar informações com o provedor de aplicação, cria-se
uma relação entre dois endereços IPs, no mínimo, que referem-se a aparelhos
distintos: A conecta-se á internet para acessar o Google, que também detém um
endereço IP. Veja, toda informação a ser enviada terá sempre um destinatário IP e um
remente IP, como funciona nos correios: não se pode existir relação de
correspondência entre endereços inexistentes.
Sendo assim, o divulgador das imagens das autoras detinha um endereço IP (atribuído
a ele quando de sua conexão á internet) que foi usado para o envio dos e-mails (que
necessariamente passaram pelo provedor de aplicação, também detentor de um
endereço IP). Dessa forma, o FACEBOOK possui registros de endereço de IP
utilizado pela conta https://www.facebook.com/leticiaellem.silva, que pode informar a
identidade de um aparelho.
Código HASH
Trata-se de uma combinação de letras e números (de 0 a 9 e de A a F), em linguagem
hexadecimal, que confere a arquivos de diversos tipos criptografia e identificação
única. O código HASH é traduzido como “uma maneira de tornar um grande número
de dados em um pequeno número de informações”.
Dessa forma, o código HASH de um determinado arquivo permite que ele seja
identificado e que se exerça algum tipo de controle sobre ele. Arquivos protegidos por
copyright geralmente usam o código HASH para o bloqueio de indevidos
compartilhamentos, muito comumente encontrados nos crimes de pirataria.
DO PEDIDO
I – Dos pedidos
Diante de todo o exposto, requer-se, perante Vossa Excelência o que segue:
1.1 Remova integralmente o conteúdo que prejudique a imagem das autoras , ALDA
APARECIDA DE BARROS e SÔNIA FREITAS ROSA uma vez que este mesmo
conteúdo viola a honra, a reputação e a intimidade da autora em questão. Este
conteúdo se encontra no endereço (URL)
https://www.facebook.com/groups/1611186812493998/posts/3229376347341695/ .
2. A fim de dar celeridade ao pedido acima pleiteado, requer, ainda, que Vossa
Excelência fixe multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) que deverá ser aplicada a cada
dia de descumprimento da medida liminar pleiteada no item 1, evitando, assim, o
prolongamento injustificado do tempo necessário para sua execução.
3. Caso a medida liminar seja deferida, seja a ré citada a fim de oferecer respostas, sob
pena de revelia (art. 344 do Código de Processo Civil/2015);
6. Tendo em vista que o conteúdo a ser removido viola a intimidade da autora, requer
que o processo em questão tramite em segredo de justiça, com base no art. 189, III
do Código de Processo Civil/2015:
II – Das provas
A autora pretende produzir, a fim de melhor garantir o convencimento de Vossa
Excelência acerca da veracidade dos fatos, as seguintes provas:
a) Prova Documental;
b) Prova Testemunhal;
IV – Do valor da causa
Para fins de recolhimento de custas e débitos fiscais, atribui-se ao valor da causa o
mesmo do pedido indenizatório, qual seja a quantia que perfaz o montante de
R$50.000,00.
Requer ainda seja deferido a justiça gratuita a requerente por ser de baixa renda as
famílias das mesmas.
Nesses termos,
Pede deferimento