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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO

ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO/MG

ALDA APARECIDA DE BARROS, brasileira, solteira, portadora da cédula de


identidade RG nº MG-21.916.030 SSP/MG, inscrita no número no CPF nº
073.165.018-20, residente e domiciliada na Rua Pedro Mafra, numero 200, Centro,
Coronel Fabriciano/MG CEP 35.170-024, e SÔNIA FREITAS ROSA, brasileira,
casada, portadora da cédula de identidade RG nº MG-14.500.766 SSP/MG, inscrita no
número no CPF nº 078.769.196-85, residente e domiciliada na Rua Beco das Flores,
numero 105, Bela Vista, Coronel Fabriciano/MG CEP 35.171-004 ente, através de
seus procuradores judiciais, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos
artigos, 1º, III e 5º da Constituição Federal, artigos 319 e seguintes do novo código de
processo civil e Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), propor a presente
demanda:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO E


PEDIDO LIMINAR DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

Em face do 

FACEBOOK SERVIÇOS ON LINE DO BRASIL LTDA. Inscrita no CNPJ/MF


sob o nº 13.347.016/0001-17, com endereço declarado na Rua Leopoldo Couto de
Magalhães Junior, n. 700, 5 Andar, Ed. Infinity Tower, Norte, Itaim Bibi, CEP 04542-
000.

DA TUTELA ANTECIPADA
Requer a tutela antecipada, objetivando as autoras, com a presente ação, que a
postagem caluniosa chamando de ladra as mesma presente no link:
https://www.facebook.com/groups/1611186812493998/posts/3229376347341695/

Ao que tudo indica Excelência, foi postado por um fake, sendo que o nome LAURA
LIMA e o pperfil não possui fotos nem “amigos” ou outros tipos de publicações que
possam identifica-la. Ademais, os administradores do grupo topa tudo Coronel
Fabriciano já foram acionados mas se quedaram inerte.
Sendo assim faz se necessária a urgência para que sejam removidos e excluídos das
redes sociais, bem como endereço eletrônico que disponibiliza tais caluniações
(https://www.facebook.com/groups/1611186812493998/posts/3229376347341695/ )
uma vez que tais fotos de cunho caluniadores foram divulgadas para o público,
causando um imenso constrangimento e dano a imagem pessoal da autoras. Por isso
pleiteia em caráter de urgência com fundamento no princípio  “periculum in mora” a
citação da empresa FACEBOOK para primeiramente remover o conteúdo de seu site
e das redes sociais, bem como outros endereços a que tenha responsabilidade e em
momento posterior fornecer os dados necessários para a identificação do responsável
pela situação embaraçante e vexatória, pedido este devidamente apartado na presente
petição.

Tal pedido encontra expressa disposição legal no artigo 19, § 4º. Da lei 12.965/2014:

§ 4o O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3o,  poderá antecipar,


total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido
inicial, existindo prova inequívoca do fato e considerado o interesse da
coletividade na disponibilização do conteúdo na internet, desde que
presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de

fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação .

Sendo assim, o legislador já previu tal possibilidade, baseando-se em situações


concretas e cotidianas de violações à intimidade e da periculosidade no transcorrer
temporal, visto que a proliferação do conteúdo pode tornar irreparável a lesão à honra
das autoras, bem como pode inutilizar a presente demanda, ou ainda torna-la
altamente complexa, em decorrência da necessidade futura de intervenção judicial que
possa resultar em inúmeras decisões de cumprimento impossível.

DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer inicialmente a gratuidade judiciária tendo em vista ser pessoas pobres e


incapazes de arcar com as custar processuais sem prejuízo de seus sutento ou de suas
famílias.

DOS FATOS

A autoras, amigas de longa data forma surpreendidas quando foi avisada por terceiros
que estavam expondo as fotos e relacionando as a um suposto furto que aconteceu na
cidade de Ipatinga/MG.
Acontece que pegaram uma foto aleatória e publicaram no grupo topa tudo coronel
fabriciano presente no link de endereço eletronico:
https://www.facebook.com/groups/1611186812493998

Destarte excelência que na postagem tem varias pessoas comentando sendo solidários
e altruistas com as autoras tendo em vista a falácia descrita na postagem caluniosa.

Cumpre ressaltar que já foi feito o boletim de ocorrência na delegacia d policia civil
de Coronel Fabriciano, que na oportunidade se anexa e descreve o contexto do
histórico do boletim de ocorrência.

DO DIREITO
I – Da legitimidade passiva da ré
A ré, devidamente qualificada nestes autos, é detentora de legitimidade passiva para a
presente demanda, visto que trata-se de Provedor de Aplicação, termo adotado pela
Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).

A própria Lei dispõe acerca da obrigatoriedade de armazenamento dos dados pelo


provedor de aplicação, em seu artigo 15, caput:
O provedor de aplicações de internet constituído na forma de
pessoa jurídica e que exerça essa atividade de forma
organizada, profissionalmente e com fins econômicos deverá
manter os respectivos registros de acesso a aplicações de
internet, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança,
pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento.
Dessa forma, é possível concluir que a ré detém todos os meios necessários para o
cumprimento dos pedidos aqui formulados, com outros detalhes a serem acrescentados
a respeito da responsabilidade sobre a divulgação, disponibilização,
compartilhamento, entre outros das informações a respeito da autora. Dispõe o
artigo 21, caput, do Marco Civil da Internet:

Desta feita, não há outro alguém a quem cabe legitimamente pleitear os pedidos aqui
formulados, visto que, entendendo este Douto Juízo pela procedência destes, ficará o
provedor de aplicações aqui demandado responsável, a priori e subsidiariamente, pela
remoção e controle das informações.

Um outro dispositivo imprescindível a ser mencionado, da mesma lei, é o artigo


22, caput, que dispõe expressamente:
A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em
processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz
que ordene ao responsável pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de
registros de acesso a aplicações de internet.
Sendo assim, não sendo o provedor de conexão, mas o provedor de aplicação, na
presente demanda, o responsável pelas informações, cabe de início somente à ré a
legitimidade passiva, visto que futuramente possam figurar outras pessoas no polo
passivo, em decorrência de necessidade futura de obtenção de informações outras,
ainda impertinentes ao caso.

Por outro lado, os provedores de conexão estão proibidos de manterem armazenados


os registros de acesso a aplicações da internet, conforme dispões o Marco Civil:
Art. 14. Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é
vedado guardar os registros de acesso a aplicações de
internet.
Ora, não restam dúvidas, portanto, da legitimidade passiva da ré para a presente
demanda, com uma simples análise dos dispositivos legais pertinentes.

II – Da legalidade e tutela jurisdicional


A seara de direitos que cabe ressaltar e tutelar na presente lide encontra fundamentos
na própria Constituição Federal, mais especificamente aqueles pertinentes á dignidade
da pessoa humana como atributo em qualquer situação que se encontre. Ora, percebe-
se que claramente se vislumbra uma situação de fato em que a demandante se viu
violada em seu mais íntimo estado pessoal, tendo sua privacidade sido abusivamente
frustrada e invadida por terceiro ainda desconhecido e que não há que se olvidar agiu
de extrema má-fé e dolo direto de atingir a demandante.

Ficou comprometida, portanto, a honra subjetiva e também a honra objetiva da Sras.


ALDA E SONIA, perante todo seu ciclo social, chegando a um nível de
constrangimento e de maculação de sua imagem que não se pode descrever.

O avanço tecnológico contribuiu para um fluxo incontrolável de informações entre os


indivíduos e isto tem tanto aspectos positivos quanto negativos, discussão que não
cabe na presente demanda, mas simplesmente uma abordagem objetiva capaz de
mostrar o quão negativo tal evolução pode se tornar. A cada demora que nos é
acometida, a demandante tem sua imagem maculada, proporcionalmente, com a
proliferação do conteúdo pertinente á sua intimidade (imagens sendo compartilhadas
nos mais variados mecanismos) e isto pode resultar numa inutilização da atual
demanda, bem como num dano irreparável em virtude da impossibilidade de
controle futuro sobre os arquivos e outras informações sobre a Sra. Josefina.
Segundo Celso Ribeiro Bastos:

“A evolução tecnológica torna possível uma devassa na vida íntima das pessoas.(...)
Nada obstante, na época atual, as teleobjetivas, assim como os aparelhos eletrônicos
de ausculta, tornam muito facilmente devassável a vida intima das pessoas. (...) Sem
embargo, disso, sentiu-se a necessidade de proteger especificamente a imagem das
pessoas, a sua vida privada, a sua intimidade.”
Vossa Excelência, por extenso conhecimento, muito certamente sabe da quantidade
relevante de demandas no mesmo sentido, número que vem exponencialmente
aumentando ao qual a jurisprudência muito tem se manifestado. O conflito maior,
entretanto, talvez seja na correta adequação de termos técnicos, oriundos da
Engenharia Da Computação e da Ciência da Computação (ou ainda da Tecnologia da
Informação e outras ciências pertinentes) e que, necessariamente precisam ser
perfeitamente compreendidos para demandas similares e, mais precipuamente, à atual,
ao qual procuraremos sucintamente contornar quando da apresentação dos pedidos.

III – Do Dano Moral


AS autoraS tem intenso interesse em ressaltar a Vossa Excelência que, devido à
atitude do ainda desconhecido divulgador das imagens, a queda em suas reputação foi
brutal: sua alto-estima está abalada, suas relações interpessoais estão completamente
comprometidas e a vítima procura se isolar para evitar maiores transtornos, sendo que
esses fatores são meramente superficiais em relação a muitos outros, como o dano
irreparável perante seu circulo social, o etiquetamento a ela atribuído vendo-se,
frequentemente, em sites pornográficos e aplicativos de mensagens instantâneas,
relacionada a palavras de baixo calão.

Vale dizer, entretanto, que em se tratando de dano moral, que ofende bens jurídicos
diversos (honra, imagem, decoro, dignidade, dentre outros) o quantum indenizável
não tem especificidade econômica e, portanto, a esfera de cobertura a ser indenizada
deve ser proporcional à ofensa, sendo subjetiva tal proporcionalidade, visto que uma
quantia pode ser exagerada para alguém, razoável para outro e insuficiente ainda para
uma terceira opinião.
Os tribunais pátrios têm entendido da seguinte maneira o assunto:

“(...) a indenização não compensa nem faz desaparecer a dor do ofendido. A


reparação não compreende, por isso mesmo, uma "avaliação da dor em dinheiro".
Representa apenas uma forma de tutelar um bem não-patrimonial que foi violado. A
indenização é feita, então, como maneira de substituir um bem jurídico por outro.
(Rev. Forense 93/529)”.
O objetivo, portanto, de indenização por dano moral, não é atribuir um preço ou um
valor econômico à dor sofrida, mas substituir um bem jurídico irreparável por outro
reparável, numa busca imprecisa de tentar reaver a situação de equilíbrio razoável
havida anterior ao ato ilícito.

Nesse sentido:

DANO MORAL – INDENIZAÇÃO – CRITÉRIO DE QUANTIFICAÇÃO – O


critério de fixação do valor indenizatório levará em conta, tanto a qualidade do
atingido, como a capacidade financeira do ofensor, de molde a inibi-lo a futuras
reincidências, ensejando-lhe expressivo, mas suportável, gravame patrimonial. (TJRS
– EI 595032442 – 3ª GCC – Rel. Des Luiz Gonzaga Pilla Hofmeister – J. 31.09.95).
Como visto no julgado acima, verifica-se uma outra dimensão da indenização por
dano moral que se refere à punibilidade do agente responsável pelo dano, como forma
de sanção a ele atribuída com o objetivo de suprimir possível reincidência, bem como
de não permitir o descaso perante tais situações.

Em conclusão, visto o grau profundo de ofensividade sofrido pela Sra. Josefina, é


certo que cabe quantia expressiva de indenização, proporcional ao agravo, quantia que
por maior que seja jamais irá restaurar a reputação da Sra. Josefina, bem como sua
alto-estima, visto que se trata de mancha permanente de sua imagem e cicatriz que
levará por toda sua vida em sua honra.

DA TECNICIDADE DA DEMANDA
Como já mencionado anteriormente, a evolução tecnológica trouxe novas soluções,
mas também novos desafios à vida humana cotidiana. Tais desafios também
comportam a manifestação do poder judiciário a respeito de novas lides envolvendo
ferramentas virtuais das mais diversas, ocorrendo grave deficiência por parte de
muitos juristas acerca do assunto, gerando confusões e ineficácia do exercício
do direito de pedir, bem como decisões problemáticas, que não atingem seus
objetivos.
A fim de melhor garantir a Vossa Excelência embasamento técnico para a boa
compreensão da demanda, tendo por sustentação o “fumus boni iurus”, procuraremos
detalhar cada conceito útil para a demanda e que se refira à realidade virtual e suas
circunstâncias.
Protocolo de Internet (IP – Internet Protocol)
Trata-se de um número, separado por pontos, que representa um endereço eletrônico
de um determinado aparelho. Tal endereço é fornecido somente quando o aparelho se
conecta á internet e ele é único, jamais havendo dois aparelhos utilizando o mesmo
endereço IP simultaneamente. Isto significa dizer que sempre quando alguém, através
de seu computador pessoal, ou de seu aparelho celular, ou ainda de  tablets etc. Se
conecta à internet, ao seu aparelho é fornecido um endereço IP (ex. De um endereço
IP: 255.160.180.00). O responsável pelo fornecimento de um IP a um aparelho
eletrônico é o provedor de conexão, que são as empresas voltadas a fornecer serviços
de conexão à internet, tal como é o caso das operadoras de telefonia, bem como de
outras empresas especializadas em comunicações.
Da mesma forma, para poder trocar informações com o provedor de aplicação, cria-se
uma relação entre dois endereços IPs, no mínimo, que referem-se a aparelhos
distintos: A conecta-se á internet para acessar o Google, que também detém um
endereço IP. Veja, toda informação a ser enviada terá sempre um destinatário IP e um
remente IP, como funciona nos correios: não se pode existir relação de
correspondência entre endereços inexistentes.

Sendo assim, o divulgador das imagens das autoras detinha um endereço IP (atribuído
a ele quando de sua conexão á internet) que foi usado para o envio dos e-mails (que
necessariamente passaram pelo provedor de aplicação, também detentor de um
endereço IP). Dessa forma, o FACEBOOK possui registros de endereço de IP
utilizado pela conta https://www.facebook.com/leticiaellem.silva, que pode informar a
identidade de um aparelho.

A obtenção do endereço nos permite uma outra coisa: através de um mecanismo


online (www.registro.br) pode-se procurar o endereço IP obtido e com ele verificar
qual o provedor de conexão utilizado pela conta de email acima. Com isso, acionado
judicialmente, o provedor de conexão poderá informar o cliente/assinante que utilizou
aquele endereço IP, em determinado dia e hora, levando-nos a uma primeira
identificação, não necessariamente do divulgador, mas alguém próximo a ele. Daí toda
a lógica e importância funcional para a demanda do fornecimento, pela demandada, do
endereço IP utilizado pela conta de email que foi meio de vazamento das informações.

Código HASH
Trata-se de uma combinação de letras e números (de 0 a 9 e de A a F), em linguagem
hexadecimal, que confere a arquivos de diversos tipos criptografia e identificação
única. O código HASH é traduzido como “uma maneira de tornar um grande número
de dados em um pequeno número de informações”.

Dessa forma, o código HASH de um determinado arquivo permite que ele seja
identificado e que se exerça algum tipo de controle sobre ele. Arquivos protegidos por
copyright geralmente usam o código HASH para o bloqueio de indevidos
compartilhamentos, muito comumente encontrados nos crimes de pirataria.

O código HASH também é muito utilizado na internet para manter a integridade e


originalidade de arquivos: quando se modifica um determinado arquivo, o seu HASH
também se modifica e, portanto, caso alguém disponibilize um arquivo na internet
para o público, é interessante fazer a verificação (mediante filtros eletrônicos
diversos), muitas vezes automática, entre o código HASH do arquivo original
constante da fonte inicial (quem o disponibilizou) e o arquivo baixado: no caso de
haver divergência, o arquivo baixado foi alterado e pode estar comprometido, por
motivos diversos, como vírus, adulterações etc.

Sendo assim, as motivações centrais para o desenvolvimento de tal tecnologia através


de algoritmos matemáticos lógicos, como a segurança dos arquivos, a integridade, a
criptografia, a originalidade entre outras, não descarta as possibilidades subsidiárias
que dela surgiram, como o possível controle de quem pode ou não repassá-los para
terceiros. Ora, Excelência, com tal possibilidade à altura é possível que, identificando
cada imagem através de seu HASH é possível fornecê-los à provedora de aplicações
responsável pelo meio (aplicativo, serviços de envio/recebimento de arquivos, chats
etc.) a fim de que sejam bloqueados os arquivos referentes.

Para a presente demanda, a autora fornece a Vossa Excelência os códigos HASHs de


cada imagem (o que permite identificar cada arquivo separadamente) que contenha as
violações aqui alegadas contra a honra e intimidade da vítima dos vazamentos,
tornando possível que a ré FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA
possa bloqueá-las de futuro compartilhamento.

DO PEDIDO
I – Dos pedidos
Diante de todo o exposto, requer-se, perante Vossa Excelência o que segue:

1. Seja concedida TUTELA ANTECIPADA POR MEDIDA LIMINAR, conforme


previsto no art. 19, parágrafo 4º da Lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet). Por tal
motivo, será a empresa ré notificada, por meio de ofício, para que no prazo de 24
horas:

1.1 Remova integralmente o conteúdo que prejudique a imagem das autoras , ALDA
APARECIDA DE BARROS e SÔNIA FREITAS ROSA uma vez que este mesmo
conteúdo viola a honra, a reputação e a intimidade da autora em questão. Este
conteúdo se encontra no endereço (URL)
https://www.facebook.com/groups/1611186812493998/posts/3229376347341695/ .

Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a


aplicações de internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do
conteúdo de comunicações privadas, devem atender à preservação da intimidade, da
vida privada, da honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas.
1.2 Seja informado o registro de conexão por meio do endereço de protocolo de
internet (IP), com o fim de identificar e responsabilizar o responsável pela divulgação
do conteúdo. A importância do fornecimento de tal registro é crucial para a demanda,
até mesmo para futuramente acionar o ainda desconhecido provedor de conexão para
que este ajude na identificação do divulgador, com base no artigo  22 da
Lei 12.965/14:

2. A fim de dar celeridade ao pedido acima pleiteado, requer, ainda, que Vossa
Excelência fixe multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) que deverá ser aplicada a cada
dia de descumprimento da medida liminar pleiteada no item  1, evitando, assim, o
prolongamento injustificado do tempo necessário para sua execução.
3. Caso a medida liminar seja deferida, seja a ré citada a fim de oferecer respostas, sob
pena de revelia (art. 344 do Código de Processo Civil/2015);

4. A procedência integral do pedido aqui pleiteado, a fim de tornar os efeitos de tutela


antecipada definitivos e fazendo com que a ré seja condenada à obrigação de fazer
acima citada (remoção de conteúdo e informação de registros, bem como do
fornecimento do endereço IP);

5. No caso de descumprimento de tal medida, seja o FACEBOOK responsabilizada


subsidiariamente pelo dano causado por terceiro, como previsto no artigo  21 da
Lei 12.965/2014:

6. Tendo em vista que o conteúdo a ser removido viola a intimidade da autora, requer
que o processo em questão tramite em segredo de justiça, com base no art.  189, III
do Código de Processo Civil/2015:

II – Das provas
A autora pretende produzir, a fim de melhor garantir o convencimento de Vossa
Excelência acerca da veracidade dos fatos, as seguintes provas:

a) Prova Documental;

b) Prova Testemunhal;

III – Do valor da Indenização


Pleiteia a autora perante este Douto Juízo, a condenação do divulgador das imagens,
quando futuramente identificado, ao pagamento de R$48.000,00 à autora, para que
possa se manifestar justiça frente às gravíssimas violações causadas à Sras. ALDA
APARECIDA DE BARROS e SÔNIA FREITAS ROSA, cujo sofrimento e dano à
reputação jamais serão absolutamente restaurados.

IV – Do valor da causa
Para fins de recolhimento de custas e débitos fiscais, atribui-se ao valor da causa o
mesmo do pedido indenizatório, qual seja a quantia que perfaz o montante de
R$50.000,00.

Requer ainda seja deferido a justiça gratuita a requerente por ser de baixa renda as
famílias das mesmas.

Nesses termos,

Pede deferimento

LOCAL E DATA DA ASSINATURA ELETRONICA.

WALTER MAIRON SILVEIRA BARRETO-ADVOGADO

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