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DA JUSTIÇA GRATUITA
A parte Autora não tem condições de arcar com as despesas do processo sem
prejuízo do próprio sustento e de sua família uma vez que são insuficientes seus
recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, inclusive o
recolhimento das custas iniciais.
DOS FATOS
2. Ocorre que nesse mesmo dia, mesmo sem a autorização da titular do perfil, o
acesso foi concedido e foi nesse momento que a autora percebeu que foi vítima
de uma ação de CRACKERS, que assumiram o perfil do Instagram
@morganesiqueira fazendo a manutenção de sua foto de perfil, de seus posts e
comentários. A conta em questão contava com quase 600 seguidores dentre
amigos e colegas, com suas fotos pessoais, de amigos e familiares.
4. Por oportuno importa destacar, que já tem 4 meses que o perfil da autora segue
no comandado por terceiros, sendo usado para vendas de produtos e divulgação
de esquemas de pirâmides, com intuito de ludibriar os seguidores da autora,
aplicar golpes e consequentemente manchar a reputação da autora com esses
atos ilícitos. Que inclusive há relatos de pessoas próximas a autora que caíram
em um desses golpes, conforme demonstramos nos documentos em anexos.
6. Dessa forma, não resta a autora outra saída, senão esta de caráter compulsório,
com vistas a compelir o réu a excluir a conta “crackeada” de seu perfil social,
com à utilização de seus dados pessoais, nome e sobrenome, assim como ser
condenado a lhe compensar pelos danos morais sofridos no valor de R$
10.000,00 (dez mil reais), com os juros legais de 1% (um por cento) e correção
monetária pelo INPC, a contar do evento danoso (22/03/2022).
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DO DIREITO
DA RELAÇÃO DE CONSUMO
Ademais, por sua vez, o objeto desta relação é a prestação de serviços a qual
ocorre através de um contrato de longa duração, que costuma incluir acesso aos sites da
rede, manutenção de páginas pessoais, transferência de arquivos e os serviços de
informação ou comunicação em tempo real, por meio de um bate papo (chat).
Com efeito, de acordo com o art. 14, § 1.º da Lei n.º 8.078/90 o serviço
prestado pelo réu sem dúvidas é defeituoso, pois não fornece a segurança que dele se
pode esperar, sobretudo, se considerar o modo de seu fornecimento, o qual não permite
a certeza da autoria pelo acesso de terceiros à conta do Instagram registrada em nome da
autora, tampouco disponibiliza a seus usuários, uma central de telefônica de segurança,
assim como o fazem outros provedores, que, posse de alguma forma auxiliar seus
clientes.
Por outro lado, o réu com a finalidade de auferir lucros, implantou um sistema
eletrônico, ou seja, simplesmente senhas, para manutenção da conta do Instagram, sem a
devida segurança, já que não impossibilitou a ação de terceiros fraudadores que
usurparam o acesso da conta da autora. Fato é que o réu age de forma negligente ao
deixar de manter um sistema que impeça a invasão por “crackers ”, como ocorreu no
caso em apreço.
Além da falta de investimentos para criação de mecanismos que sejam mais
seguros para seus usuários, a empresa ré age com inércia quando, ao ser contactada,
não o faz nada, permitindo que a autora há cerca de 4 (quatro) mês está com seu perfil
ativo agora duplicado com seus dados pessoais expostos a mira de criminosos. Trata-
se de verdadeira falha na prestação dos serviços, na forma do art. 14, §1º, do CDC.
Desse modo, tem-se de que o réu não observou o ônus que lhe é imposto pela
lei, restando configurada não apenas a falha na prestação de seus serviços, traduzido na
obrigação de fazer, do art. 84 do CDC, de remover a conta: @morganesiqueira, bem
como remanescendo o dever de indenizar, na forma do art. 6º, inciso VI, do CDC.
A rigor, apurada a responsabilidade do réu pelos transtornos suportados pela
autora, deve ser reparada a título de danos morais, porquanto não remanescem dúvidas
de que a falha na prestação dos serviços, caracterizada pela falha de segurança dos
dados pessoais da autora, há cerca de 4 (quatro) mês, sem o réu nada fazer, figura dano
passível de indenização, não apenas por sua desídia, mas também pelo atraso
injustificável do réu em remover os perfis “crackers”, traduzido na angustia e no
desconforto espiritual de sozinho, sem qualquer aparato técnico, ter que se defender de
criminosos inescrupulosos, o que denota o descaso e a negligência da empresa, com a
segurança das informações de seus consumidores, impondo a esses um sentimento de
frustração, intranquilidade e angústia.
DO DANO MATERIAL
DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento.