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I
TEMPESTIVIDADE
II
BREVE SÍNTESE
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e dois no dia 02/05/2021 (Domingo). Sendo assim, depois de realizado o
desbloqueio da conta, a procuradora do autor retornou a sua residência.
Aduziu que minutos após o desbloqueio da conta aconteceu uma
transferência via PIX no valor de R$ 29.999,71 (vinte e nove mil novecentos
e noventa e nova reais e setenta e um centavos) para uma conta no banco
Bradesco agência/conta 1993/33942-3, CPF XXX.896.518.XX chave PIX e-
mail: desifranzini@gmail.com em nome de Desirée Roberta Franzini.
Aduziu também que tal transação não fora realizada pelo autor ou sua
genitora/procuradora, ou seja, o autor fora vítima de furto qualificado,
especificadamente fraude bancária por falha na segurança da prestação de
serviços realizados pela ré, uma vez que houve a retirada do o valor de sua
conta por meio do PIX.
Posto isto, ajuizou a presente ação, pleiteando a restituição do valor,
bem como indenização por danos morais e materiais.
Esta é a síntese do processado.
III
DO MÉRITO
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Diante dos próprios fatos alegados na peça inaugural, verificada as
primeiras tentativas de transferências, a própria área de segurança da
CAIXA já havia feito o bloqueio da conta diante das transações, por indícios
de fraude.
Então a autora foi até a agência realizar o desbloqueio da Assinatura
Eletrônica (AES), mediante uso do cartão e senha do cliente, admitindo
que ela estaria fazendo os mesmos.
Em conformidade com o disposto nas cláusulas do Contrato de
Abertura, Manutenção e Encerramento de Contas de Depósitos na CAIXA
(MO 37.105), nos termos abaixo transcritos, é de responsabilidade do cliente
a guarda, integridade e segurança de seu cartão e sigilo de sua senha:
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É importante frisar que as permissões para acesso e movimentação da
conta (dispositivo e Assinatura Eletrônica) foram dadas com uso do cartão
com chip e de senha pessoal do cliente.
Pode-se dizer, pois, que a realização da transação contestadas pela
cliente, somente foram possíveis após autenticação de Usuário e Senha
Internet (credenciais de acesso) e aposição de Assinatura Eletrônica
(AES), cadastrados pelo(a) cliente, de seu uso pessoal e intransferível e
destinada ao seu exclusivo conhecimento, quando da validação do
dispositivo e desbloqueio da Assinatura Eletrônica, sem os quais as
transações não seriam possíveis.
Diante disso, concluiu-se que:
NÃO HOUVE, portanto, FRAUDE ELETRÔNICA na transação
contestada, motivo pelo qual foi emitido, em 10/08/2021, parecer
DESFAVORÁVEL à recomposição da conta 1022.013.00301351-5.
Por conseguinte, o uso do cartão de débito e da senha pessoal e
intransferível, cadastrada pelo cliente, é de uso exclusivo do titular da conta,
devendo o cliente se responsabilizar pela sua guarda, integridade e
segurança, bem como, pelo uso do mesmo para toda e qualquer finalidade
que venha permitir acesso a sua conta.
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Processo AgRg no Ag 1253740 / PE
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
2009/0229701-3
Relator(a) Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR (1110)
Órgão Julgador T4 - QUARTA TURMA
Data do Julgamento 02/12/2010
Data da Publicação/Fonte DJe 10/12/2010
Ementa
CIVIL E PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO
INDENIZATÓRIA. DANOS MORAIS. QUANTUM REDUZIDO
PARA PARÂMETRO RAZOÁVEL. DECISÃO MANTIDA.
RECURSO IMPROVIDO.
(...).
É cabível a redução da indenização por dano moral decorrente de
corte indevido de energia elétrica na hipótese em que o
tribunal a quo fixou um valor excessivo, pois é necessário
arbitrar um valor razoável, adequando a indenização ao
desconforto sofrido pela vítima, de modo a evitar o
enriquecimento sem causa do ofendido. (grifos inovados)
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Art. 940: Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em
parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que
for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o
dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que
dele exigir, salvo se houver prescrição.
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Tem-se que a inversão de ônus da prova está condicionada à presença
dos requisitos previstos na lei, quais sejam, a verossimilhança das
alegações e a hipossuficiência probatória do consumidor, nos termos do
artigo 6º, VIII, CDC.
No caso em apreço, os autores não preencheram nenhum dos
requisitos supracitados, apenas se atendo a meras alegações. Logo, não
são verossímeis os dados apresentados pelos autores, impossibilitando o
deferimento do instituto da Inversão do Ônus da Prova.
Neste sentido, o ilustre Procurador-Geral de Justiça do Ministério
Público do Estado de São Paulo, Dr. Geraldo Brito Filomeno (1995, pag. 86),
assevera que:
V
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ex positis, a ré requer:
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