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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível do Foro de Mogi das
Cruzes, São Paulo.
Dos Fatos:
O autor é titular de conta-corrente junto ao banco réu, onde recebe o seu
salário (agência 0000-0, conta 00-00000-0).
Como porteiro, o autor recebe o valor líquido total de R$ 1.685,51 (um mil,
seiscentos e oitenta e cinco reais e cinquenta e um centavos). Regra geral, a única movimentação
que faz na referida conta é justamente o saque do seu salário.
Depois de esperar por quase uma hora e meia, foi atendido por uma moça
que se identificou como “S”, auxiliar de gerência; ela lhe mostrou um extrato da sua conta-
corrente, no qual constavam vários saques e algumas compras feitas na modalidade de “débito”
durante o mês anterior, totalizando o valor total de R$ 4.329,00 (quatro mil, trezentos e vinte e
nove reais), até aquele momento; ela ainda lhe explicou que como cliente antigo ele tinha pré-
aprovado um limite de “cheque especial”, razão pela qual tinha sido possível a referida
movimentação.
O autor explicou que não fora ele quem fizera as referidas movimentações,
também declarou que não havia perdido ou emprestado o seu cartão de débito; não obstante as
suas declarações, a auxiliar de gerência disse que a responsabilidade era dele, visto que o sistema
do banco era à prova de fraudes.
Do Direito:
“Da aplicação do Código de Defesa do Consumidor”.
Em outras palavras, foi o próprio banco réu quem criou, sem solicitação do
consumidor, as condições que possibilitaram a terceiros fraudar o seu sistema causando graves
prejuízos ao autor, pessoa simples e de parcos recursos.
Dos Pedidos:
Ante o exposto, considerando que a pretensão do autor encontra arrimo nos
arts. 4º, 6º, I e VI, 14, 39, III, da Lei 8.078/90, requer:
Em atenção ao que determina o art. 319, VII, do CPC, o autor registra que
NÃO TEM interesse na designação de audiência de conciliação neste momento, fato que apenas
atrasaria o trâmite do feito.
Termos em que,
P. Deferimento.