Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
1. DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ÀS
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS – SÚMULA 297, DO STJ
1
https://www.bloomberg.com/profile/company/BBAS3:BZ
2
Requerente, deste facilitador de defesa de direitos que é o instituto da inversão do
ônus da prova.
4 - DA SÍNTESE FATÍDICA
3
Aos 12 (doze) dias, do mês de junho, do presente ano
(sexta-feira), aproximadamente às 11h40, recebeu o Requerente uma ligação em
seu telefone celular, cujo identificador de chamadas acusou como sendo do “Banco
dos Bancos” (instituição ora requerida), na qual foi interpelado por uma suposta
funcionária do banco em questão, alegando que o Requerente havia, no dia
anterior, intentado acesso via internet banking, não logrando êxito. Tal tentativa
efetivamente ocorreu (e, realmente, no dia anterior ao narrado).
4
de conta e até mesmo de suas movimentações bancárias, como saberia o
Requerente estar diante de um aprimorado esquema de fraude?
5
a.) Primeiro passo do golpe: Primeiramente,
conforme demonstra a imagem abaixo, houve a baixa de R$ 9.999,99 (nove mil
novecentos e noventa e nove reais e noventa e nove centavos) da conta poupança
para a corrente, com consequente pagamento de boleto, via internet, de R$
9.990,00.
6
Coube ao Requerente, tão logo percebeu que foi vítima
de um golpe, de promover junto à instituição financeira uma contestação das
operações (protocolo número 2019/XXX) – íntegra anexa -, a qual foi julgada
desfavorável de forma sumária.
7
mencionado instituto da inversão do ônus da prova2 são perfeitamente aplicáveis ao
caso ora estudado, máxime pela hipossuficiência técnica e econômica do
consumidor.
2
REsp 915.599/SP
8
Ademais disso, que não se fale, Excelência, que não
poderia a instituição financeira ter agido para impedir a concretização das
operações decorrentes da fraude nas contas do Requerente.
9
Sobre fortuito interno, preclaro julgador, PABLO
STOLZER3 vaticina:
3
Novo Curso de Direito Civil, v. 3: Responsabilidade Civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo
Pamplona Filho. – 17 ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019, p. 355.
4
Direito do Consumidor Esquematizado/ Fabrício Bolzan de Almeida ; coordenação de Pedro
Lenza. – 7. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019, p. 284.
10
Resta, assim, indubitavelmente demonstrada a
responsabilização objetiva da instituição financeira Requerida em permitir que
terceiros fraudadores devassassem as finanças da parte Requerente, devendo
restituir ao status quo ante e, ademais, arcar com as perdas e danos equivalentes.
11
Transações indevidas em cartão de crédito e conta corrente -
Cobrança ilegal – Dados do autor que não foram incluídos em
cadastro de inadimplentes - Danos morais inexistentes – Sentença
reformada. Recurso parcialmente provido. (TJSP. Apelação Cível
1049877-19.2019.8.26.0100; Relator (a): Marino Neto; Órgão
Julgador: 11ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 15ª
Vara Cível; Data do Julgamento: 28/11/2020; Data de Registro:
28/11/2020).
12
defesa – Elementos presentes nos autos suficientes ao julgamento
- Inteligência do art. 355, inciso I, do NCPC – Preliminar afastada."
"TRANSAÇÕES INDEVIDAS – CARTÃO DE CRÉDITO – FALHA NA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – DANOS MORAIS – I- Sentença de
procedência – Apelo do banco réu – II- Relação de consumo
caracterizada – Inversão do ônus da prova – Autora vítima do
golpe da falsa central – Autora que, induzida a erro, enviou seu
cartão com chip pelo correio – Compras efetuadas
fraudulentamente com o cartão de crédito da autora –
Transações impugnadas que foram realizadas fora do
padrão normal da autora – Dever do banco réu de checar a
regularidade das operações, sobretudo porque fugiam ao
padrão de gastos da consumidora – Réu que não provou a
legitimidade das transações – Responsabilidade objetiva do
fornecedor decorrente do risco integral de sua atividade -
Falha no sistema de segurança do banco caracterizada –
Inteligência dos arts. 6, VIII, e 14, § 3º, II, do CDC – As
instituições bancárias respondem objetivamente pelos
danos causados por fraudes ou delitos praticados por
terceiros, porquanto tal responsabilidade decorre do risco
do empreendimento, caracterizando-se como fortuito
interno – Orientação adotada pelo STJ em sede de recurso
repetitivo – Art. 543-C do CPC/1973, atual art. 1.036 do
NCPC – Súmula nº 479 do STJ [...] Apelo parcialmente provido.
(TJSP. Apelação Cível 1034101-19.2018.8.26.0001; Relator (a):
Salles Vieira; Órgão Julgador: 24ª Câmara de Direito Privado; Foro
Regional I - Santana - 4ª Vara Cível; Data do Julgamento:
19/11/2020; Data de Registro: 27/11/2020).
13
financeiras na conta bancária da autora. Responsabilidade
objetiva. Fortuito interno. Serviço defeituoso. Utilização de
dados sigilosos. Adequada condenação da ré a restituir o
numerário desviado. Danos morais caracterizados. Perda do
sossego. Valor arbitrado escorreito e dentro dos parâmetros da
razoabilidade e proporcionalidade. Apelo desprovido. (TJSP.
Apelação Cível 1064059-73.2020.8.26.0100; Relator (a): Ramon
Mateo Júnior; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Privado;
Foro Central Cível - 36ª Vara Cível; Data do Julgamento:
27/11/2020; Data de Registro: 27/11/2020).
14
poucas horas, o Requerente perdesse suas reservas financeiras acumuladas
durante anos de sua vida laboral. Ainda que se tratasse de importância sem maior
expressividade, já seria possível vislumbrar abalo emocional do consumidor que se
vê, do dia para a noite, sem nenhum dinheiro em suas contas.
[...]
[...]
[...]
16
bancária. Logo, nessas hipóteses, o consumidor não terá qualquer
prejuízo material em decorrência do defeito na prestação do
serviço oferecido pelo banco.
17
todo o saldo disponível em contas bancárias, mais a contratação de empréstimo
havida.
6
ZULIANI, Ênio Santarelli, in Direitos in Particularidades do Arbitramento do Dano Moral na
Responsabilidade Civil do Estado – Responsabilidade Civil do Estado, Desafios
Contemporâneos – Editora Quartier Latin.
18
o forte) suporta, vem como a perspectiva de superação com o
poder do dinheiro a ser pago.
9. DOS PEDIDOS
19
c.) condenar a Requerida ao pagamento de indenização
por danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Termos em que,
Pedem deferimento.
20