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PRELIMIRNAMENTE
Pois bem Exa., a autora no final do ano de 2021, nos dia 27/12/2021 recebeu
contato via telefone, de um correspondente bancário que se identificou como funcionário do
Banco do Brasil, passando riquezas de detalhes referente a conta da autora, com alegações de
que haviam tentado fazer uma transferência no valor de R$ 19.300,00 (dezenove mil e trezentos
reais) e se a ora autora tinha conhecimento disso, como disse que não sabia de nada o
representante solicitou que a autora fosse até a agencia para efetuar o cancelamento da transação
e que por ora iria auxiliar no bloqueio da conta para que nada mais fosse transferido.
E assim foi feito, porém, a requerida até o momento não apresentou nenhuma
solução plausível para autora.
Pois bem Exa., realizadas as operações e passados alguns dias a autora percebeu
que os empréstimos consignados que seriam “supostamente” quitados, continuavam a constar de
seu extrato bancário e que outros dois empréstimos agora na modalidade crédito pessoal tinham
sido contratados o primeiro no valor de R$ 90.979,20 em 48 parcelas com vencimentos em
02/03/2023 e outro de R$ 98.904,96 em 48 parcelas com vencimento em 08/02/2023.
Foi em tão que após procurar a agência tomou ciência de que tinha sido vítima de
um golpe bancário, cujo sistema de segurança da requerida não procedeu a constatação e
bloqueio, gerando assim obrigação extremamente onerosa e sem possibilidade de quitação em
razão da forma e das condições de contração, qual seja por meio fraudulento.
Ciente de que teria sido vítima de um crime bancário, a autora então procedeu a
lavratura de boletim de ocorrência nº 2498115/2021 junto a autoridade policial competente,
conforme documento anexo (cf doc. 03), comunicando também através de canal formal do
banco, e tendo então buscado a agência bancária de forma administrativa o cancelamento dos
empréstimos em razão da manifesta falha na prestação de serviços como demonstrado acima,
não obtendo êxito sob alegação de que a responsabilidade era única e tão somente da autora.
Deste modo o Requerente foi vítima de fraude com severa indução ao erro
ocasionado por informação incorreta realizada pela preposta da requerida, que afirmou ser
normal a renegociação e que poderia dar sequência na negocial. Por parte do correspondente da
Requerida.
APEL.Nº: 1052536-93.2022.8.26.0100
Através das notícias televisivas e públicas, aliadas a soma deste tipo de demanda
sendo destinada ao Poder Judiciário, pode-se notar que a narrativa da Requerente e seu
respectivo pleito não se trata de um caso isolado, mas sim de mais uma pessoa que foi vítima de
um golpe praticado pela Requerida e com a participação omissiva e ou comissiva de seus
prepostos.
Não é difícil perceber que houve uma prestação defeituosa do serviço, com
evidente falha na segurança do seu “modo de fornecimento”, não sendo verificada de forma
correta a possível documentação acostada.
DA DECLARAÇÃO DE INEXIGIBILIDADE
Superado o ponto o qual indica que o Requerente não firmou o presente contrato
de empréstimo pessoal diante das Requerida, pertinente é a declaração de inexigibilidade deste
contrato, devendo esta inexigibilidade abarcar a totalidade do valor do contrato.
Relembremos:
Número de parcelas: 48
Número de parcelas: 48
DA TUTELA DE URGÊNCIA
Com suporte nos artigos 300 e seguintes do novo Código de Processo Civil, o
deferimento da tutela de urgência é evidente. Vejamos:
• Art. 300 - §3: Não existe perigo de irreversibilidade da decisão, de forma que é
plenamente cabível o deferimento da tutela de urgência de natureza antecipada.
Desta forma, requer o deferimento da Tutela de Urgência para que seja declarado
suspenso os referidos empréstimos pessoais, fazendo cessar os débitos mensais os quais tem
objetivo de perdurar mais 48 meses, sob pena de multa em valor não inferior a R$ 500,00
(quinhentos reais) por cada mês que tais valores forem subtraídos de sua aposentadoria a partir
da decisão que assim decidir o contrário.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Tendo em vista a extensão do dano sofrido pelo Requerente, e considerando que a
requerida se negou até mesmo a fornecer documentos de titularidade da autora em seu poder,
bem como o o valor de alçada permitido pela Requerida em audiências de conciliação, vem o
Requerente informar expressamente que NÃO TEM INTERESSE na designação de audiência de
conciliação.
DOS PEDIDOS
Seja declarada fraudulenta tal transação que fora efetivada em razão da falha da
prestação de serviços e dever de cautela, sendo esta possível graças a uma brecha na segurança
das Requerida;
Dá à causa o valor de R$_ R$ 15.000,00 (quinze mil reais), para efeitos de alçada.
Termos em que,
pede deferimento.