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ESTADO DO MARANHÃO
Processo nº 0800282-82.2022.8.10.0065
Processo: 0800282-82.2022.8.10.0065/MA
EMÉRITOS JULGADORES,
1. DO RESUMO DA DEMANDA
Alega a parte apelante, em síntese, que a sentença merece reforma uma vez que
houve a efetiva contratação da tarifa por parte da recorrida.
Todavia, tais argumentos não merecem ser acolhidos, como se demostrará a
seguir.
Ora, tendo em vista que a parte autora alega fato negativo, isto é, de não ter
contratado o serviço “TARIFA BANCÁRIA e/ou CESTA DE SERVIÇOS”, cabe à
parte Requerida a comprovação de fato positivo contrário, ou seja, de que a parte
autora contratou o serviço, o que se demonstraria através de um contrato assinado pela
mesma.
Assim, a parte requerida não se desincumbiu de seu ônus processual, pois não
demonstrou que a parte autora tenha realizado a contratação da Conversão da Conta
Corrente com Pacote de Serviços Tarifas Zero para Conta Corrente com Cobrança de
Tarifas Bancárias, sendo esta justamente a causa de pedir, não podendo mais alegar
fato controverso, na medida em que, diante da ausência de apresentação de
instrumento de concordância para justificar a referida cobrança.
Neste passo, sabe-se que o envio/cobrança de um produto não solicitado é
conduta é veementemente reprovada, a qual culminou no verbete sumular nº 532 do
STJ, senão vejamos:
Desta feita, o ressarcimento buscado pela parte autora, no caso dos autos, é
medida que se impõe, para que a tutela jurisdicional se dê a título reparatório e
repressivo, uma vez que práticas abusivas como a em comento têm aumentado
significativamente em face de idosos – consumidores extremamente vulneráveis.
Excelência, a beneficiária do INSS precisa ter uma conta para receber seus
proventos, não sendo oportuno, todavia, a cobrança pela utilização da referida conta.
4. DOS PEDIDOS