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LEGISLAÇÃO

Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos


Servidores do Estado de Santa
Catarina

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO
Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
Diogo Surdi

Sumário
Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina. ...................................4
1. Regime Jurídico Único................................................................................................................................................4
1.1. Obrigatoriedade do Regime Jurídico Único.................................................................................................4
2. Disposições Iniciais....................................................................................................................................................7
3. Da Admissão no Serviço Público........................................................................................................................9
3.1. Concurso Público.. ....................................................................................................................................................9
3.2. Nomeação. . .................................................................................................................................................................13
3.3. Posse............................................................................................................................................................................14
3.4. Estágio Probatório...............................................................................................................................................16
4. Da Vida Funcional.. ....................................................................................................................................................17
4.1. Do Exercício, da Lotação e da Remoção. ....................................................................................................17
4.2. Do Regime de Trabalho......................................................................................................................................19
4.3. Da Movimentação Funcional. . .........................................................................................................................21
4.4. Do Treinamento.....................................................................................................................................................23
5. Dos Direitos.................................................................................................................................................................23
5.1. Da Contagem do Tempo de Serviço.............................................................................................................23
5.2. Das Férias. . ................................................................................................................................................................25
5.3. Das Licenças. . ..........................................................................................................................................................27
5.4. Da Remuneração...................................................................................................................................................29
5.5. Das Diárias e da Ajuda de Custo.. .................................................................................................................32
5.6. Do Direito de Petição. . ........................................................................................................................................33
6. Dos Deveres. . ...............................................................................................................................................................34
6.1. Da Acumulação.......................................................................................................................................................34
6.2. Das Responsabilidades.. ...................................................................................................................................35
6.3. Do Regime Disciplinar.. ......................................................................................................................................36
7. Da Vacância e do Reingresso no Serviço Público...................................................................................41
7.1. Da Vacância................................................................................................................................................................41

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7.2. Da Reintegração.. ...................................................................................................................................................41


7.3. Do Aproveitamento.. ............................................................................................................................................42
7.4. Da Reversão. . ...........................................................................................................................................................42
8. Das Disposições Finais e Transitórias.........................................................................................................42
Resumo................................................................................................................................................................................44
Questões de Concurso................................................................................................................................................48
Gabarito...............................................................................................................................................................................57
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................58

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LEI N. 6.745/1985 - ESTATUTO DOS SERVIDORES DO


ESTADO DE SANTA CATARINA
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos as disposições do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Estado de Santa Catarina, assunto que encontra previsão no texto da Lei Estadual 6.745/1985.
Grande Abraço a todos e boa aula!
Diogo

1. Regime Jurídico Único


O regime jurídico pode ser conceituado como o conjunto de regras que disciplinam os
direitos e as obrigações de uma determinada categoria de agentes públicos. É por meio do re-
gime jurídico, por exemplo, que conhecemos todas as vantagens e benefícios que um servidor
público pode usufruir ao longo de sua carreira.

1.1. Obrigatoriedade do Regime Jurídico Único


Ainda que a imensa maioria dos entes federativos utilize o regime jurídico estatutário como
forma de regular a vida funcional de seus agentes, deve-se salientar que não há a obrigação,
por parte de um determinado ente, da utilização de um regime jurídico específico.
Entretanto, há a obrigação da adoção de um regime jurídico único por parte de cada um
dos entes federados. No âmbito da União e dos Estados, o regime utilizado é o estatutário,
instituído por lei e conferindo aos seus agentes a ocupação de cargos públicos.
Com a entrada em vigor da Constituição Federal, ficou estabelecido, em seu artigo 39, que
todos os entes federativos deveriam adotar um regime jurídico único:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência,


regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas.

Assim, tanto a União quanto os demais entes federativos poderiam escolher um regime
jurídico, desde que tal regime fosse aplicado a todos os servidores daquele respectivo ente.
Foi com base neste dispositivo, por exemplo, que o Estado de Santa Catarina, por meio da Lei
Complementar 28/1989, instituiu o regime jurídico único dos servidores civis.
No caso catarinense, o que a norma complementar fez, na verdade, foi conferir à Lei
6.745/1985, o “status” de regime jurídico único.

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Art. 1º Os servidores públicos da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas
instituídas e mantidas pelo Estado ficam submetidos ao regime jurídico desta Lei, passando a ser
regidos pelas disposições da Lei n. 6.745, de 28 de dezembro de 1985 e legislação complementar.

Ocorre que com a Emenda Constitucional 19/1998, o regime jurídico único foi revogado,
fazendo com que cada ente federativo pudesse ter em seu quadro funcional, ao mesmo tempo,
servidores de mais de um regime jurídico.
A redação do artigo 39 da Constituição Federal, após a entrada em vigor da emenda em
questão, ficou assim:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de adminis-


tração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

Percebam que não mais se fazia menção a um regime jurídico único, sendo que tal pecu-
liaridade, ainda que existente em muitos entes, deixou de ser obrigatória. A partir de então, inú-
meros entes da federação (principalmente os Municípios) começaram a contratar servidores,
ainda que por meio de concurso público (pois essa regra não foi modificada), mas regendo-os
pelas disposições da CLT.
Tal situação perdurou até o ano de 2007, sendo esta a razão de ainda encontrarmos, nos
dias atuais, Municípios com servidores regidos por ambos os regimes jurídicos. Em 2007, po-
rém, o STF declarou que a Emenda Constitucional n. 19 padecia de inconstitucionalidade, uma
vez que foi aprovada sem respeitar o rito estabelecido pela Constituição Federal. A decisão do
STF garantiu eficácia ex-nunc, com efeitos prospectivos, sendo que apenas a partir da decisão
é que o regime jurídico funcional voltaria a ser único.
Para facilitar a compreensão, podemos ordenar os fatos que determinaram a obrigatorie-
dade da adoção de um regime jurídico único, bem como a existência, atualmente, de agentes
públicos regidos por diferentes regimes jurídicos:
1º) Inicialmente, cada ente federativo podia escolher o regime jurídico que adotaria para
reger seus servidores, sendo que a única regra que devia ser observada é que o regime escolhido
fosse único para todos os servidores daquele ente;
2º) Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, o regime jurídico único foi revoga-
do, de forma que passou a ser possível, para todos os entes federativos, reger seus servidores
por regimes jurídicos diferentes;
3º) Com a suspensão da aplicabilidade da EC/19, ocorrida em 2007, o regime jurídico úni-
co passou a vigorar novamente, mas apenas a partir da decisão do STF, ou seja, sem efeitos
retroativos, de forma que todas as contratações realizadas na vigência da EC/19 permaneciam
válidas e em vigor;
4º) Nos dias atuais, os entes da federação apenas podem admitir servidores pelo regime
jurídico único (à escolha de cada ente), mas podemos encontrar, em diversas unidades da fede-

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ração, agentes públicos sendo regidos por regimes diferentes do atual, uma vez que os mesmos
foram contratados no período de vigência da EC/19;
1.2. Regime Jurídico Estatutário
O regime estatutário caracteriza-se, basicamente, por ser estabelecido por meio de lei de
cada ente federativo. Assim, tanto a União como os diversos Estados e Municípios publicam
uma lei que regula toda a atividade funcional de seus servidores, incluindo aí os direitos e as
obrigações e os critérios gerais de diversos outros institutos.
Em Santa Catarina, o regime jurídico dos servidores públicos civis foi instituído pela Lei
Complementar 28/1989, encontrando-se previsto nas disposições da Lei 6.745/1985.

Lei Complementar 28/1989: Art. 3º Passa a denominar-se Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Estado de Santa Catarina o disposto na Lei n. 6.745, de 28 de dezembro de 1985.

Sendo o estatuto um regime legal, pode ele ser modificado por lei da pela pessoa política
instituidora (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios), desde que respeitados os direitos
já adquiridos pelos servidores. Estes, depois de empossados nos seus cargos, ingressam em
situação jurídica legalmente definida.
As principais características de um regime jurídico estatutário são a estabilidade, o estágio
probatório, o regime próprio de previdência e as diversas licenças e adicionais.
Servidores estatutários são agentes públicos detentores de cargo público.

Lei Complementar 28/1989 - Art. 2º, Considera-se Servidor Público Civil, para os efeitos desta Lei,
o empregado ou funcionário, investido em emprego ou cargo público, de provimento efetivo ou em
comissão, da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas dos Poderes
Legislativos, Executivo e Judiciário.

Com a edição da Lei Complementar 28, inclusive, os empregos públicos até então existen-
tes passaram a ser denominados de cargos. E isso na medida em que os servidores estatutá-
rios são aqueles que ocupam cargos públicos.

Art. 6º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime jurídico único ora instituído
ficam transformados em cargos, na data da vigência desta Lei.

§ 1º - A transformação de que trata o caput deste artigo, nos órgãos da Administração Direta e nas
Autarquias dar-se-á pelo enquadramento automático dos servidores celetistas, observada a equiva-
lência da nomenclatura e atribuições dos cargos integrantes dos Quadros de Pessoal dos respecti-
vos poderes.

§ 2º - Os Quadros de Pessoal das Fundações Públicas, cujos empregos são transformados em car-
gos, permanecerão estruturados na forma vigente, até a adoção do plano de carreira, passando as
respectivas tabelas de salários a se constituírem em tabelas de vencimento.

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§ 3º - As funções de confiança, de direção, chefia e assessoramento das Fundações são transfor-


madas em cargos em comissão ou funções gratificadas, providos no regime a que se refere o artigo
1º, desta Lei, a partir da data de sua vigência.

§ 4º - Ficam extintos os contratos individuais de trabalho, cujos empregos e funções foram transfor-
mados, ficando assegurados aos respectivos ocupantes a continuidade da contagem do tempo de
serviço para efeito de aposentadoria, disponibilidade e adicional de tempo de serviço.

Por fim, deve ser destacado que as disposições do Estatuto dos Servidores são aplicadas
subsidiariamente aos membros do Magistério, da Polícia Civil e aos servidores das Funda-
ções Públicas.
A partir de agora, iremos adentrar no estudo propriamente dito da Lei 6.745/1985, ou seja,
do Estatuto dos Servidores Públicos Civis de Santa Catarina.

2. Disposições Iniciais
Conforme destacado, a Lei Estadual 6.745 é a norma que estabelece o Estatuto dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina. É por meio das disposições da mencionada
lei, desta forma, que os servidores estaduais estatutários encontram todos os direitos e garan-
tias a eles conferidos, bem como os deveres e requisitos que devem ser observados.

Art. 1º Este Estatuto estabelece o regime jurídico dos funcionários públicos civis dos Três Poderes
do Estado e do Tribunal de Contas.

No entanto, as disposições da em questão não se aplicam a todos os agentes públicos,


mas sim apenas aos servidores públicos civis estaduais, o que implica em dizer que os em-
pregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de atuação
do estatuto.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais
entes federativos, tal como a União e os Municípios. Ainda que estes servidores sejam regidos
por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.

A Lei Estadual 6.745 é aplicada A Lei Estadual 6.745 não é aplicada

Aos servidores estatutários da Aos empregados públicos estaduais, que


administração direta estadual são regidos pelas disposições da CLT

Aos servidores dos Três Poderes Aos servidores públicos da União, do


(Executivo, Legislativo e Judiciário) Distrito Federal e dos Municípios

Aos servidores do Tribunal de Contas


Aos militares
do Estado

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Merecem destaque os artigos iniciais da norma estadual, uma vez que apresentam concei-
tos importantes para o completo entendimento da matéria.

Art. 2º Funcionário Público, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em cargo
público criado por lei, de provimento efetivo ou em comissão, com denominação, função e venci-
mento próprios, número certo e pagamento pelo erário estadual.
§ 1º Os cargos públicos de provimento efetivo serão agrupados em quadros e sua criação obede-
cerá a planos de classificação estabelecidos em leis especiais, segundo a hierarquia do serviço e
as qualificações profissionais, de modo a assegurar a plena mobilidade e progresso funcionais na
carreira de funcionário público.
§ 2º A análise e a descrição de cada cargo serão especificadas na respectiva lei de criação ou trans-
formação.
§ 3º Da análise e descrição de cargos de que trata o parágrafo anterior, constarão, entre outros os
seguintes elementos: denominação, código, atribuições, responsabilidades envolvidas e condição
para o seu provimento, habilitação e requisitos qualificativos.
Art. 3º É vedado atribuir ao funcionário outros serviços, além dos inerentes ao cargo de que seja
titular, exceto quando designado, mediante gratificação, para o exercício de função de confiança ou
para integrar grupos de trabalho ou estudo, criados pela autoridade competente, e comissões legais,
salvo na hipótese do art. 35, deste Estatuto.
§ 1º Entende-se por função de confiança a situação funcional transitória criada por ato administra-
tivo e cometida a funcionário público estadual, mediante livre escolha, para desempenho de atribui-
ções regimentais.
§ 2º O ato de designação, previsto neste artigo, vigora a partir da data de sua publicação no Diário
Oficial, independentemente de posse.
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos ao Estado.

Neste sentido, os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribui-
ções, responsabilidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servidores públicos
para o desempenho das suas atividades funcionais.
Dessa forma, quem ocupa cargo público encontra-se regido por um estatuto funcional,
que é o documento legal onde todos os direitos e benefícios do servidor público encontram-se
presentes.
Ressalta-se que a criação de cargos públicos deverá ser feita por intermédio de lei, sendo
que a iniciativa para propor a norma caberá ao chefe do respectivo Poder onde os cargos estão
sendo criados.
Os cargos públicos podem ser divididos em cargos isolados, em cargos de carreira e em
cargos em comissão.
Os cargos isolados são aqueles que são formados apenas por uma classe, sendo que o
seu ocupante, com o passar do tempo, não possui o direito de progredir na carreira.

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Os cargos em carreira, em sentido oposto, são aqueles que são organizados em classes,
de forma que os servidores ocupantes, após um intervalo de tempo e desde que atendidas as
demais condições previstas em lei, progridem na carreira.
Os cargos em comissão (chamados pela norma de funções de confiança) são aqueles
destinados às funções de direção, chefia e assessoramento. Em virtude desta condição, são
considerados de livre nomeação e exoneração por parte da autoridade competente, o que im-
plica em dizer que a sua nomeação independe da realização de concurso público, requisito
imprescindível para a admissão dos servidores estatutários e dos empregados públicos.
De acordo com a Constituição Federal (art. 37, V), os cargos em comissão podem ser
providos tanto por servidores já ocupantes da carreira funcional (e que foram aprovados em
concurso público) quanto por terceiros que ainda não possuam vínculo funcional com o res-
pectivo Poder Público.
Entretanto, como forma de evitar que todo os cargos de direção, chefia e assessoramen-
to fossem providos exclusivamente por pessoas alheias ao serviço público, a Constituição
Federal estabeleceu que as leis organizadoras de cada carreira deverão determinar que seja
observado um percentual mínimo de servidores de carreira para as nomeações destinadas aos
cargos em comissão.

3. Da Admissão no Serviço Público


3.1. Concurso Público
O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da
impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso assim o
fosse, seria muito fácil para administradores mal intencionados fraudar as regras previstas e
conceder certos favorecimentos para determinados candidatos, desrespeitando gravemente a
impessoalidade, princípio basilar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei 6.745 se preocupou em estabelecer diversas regras a serem
observadas pela administração pública quando da realização de concurso público. Tais re-
gras, salienta-se, devem observar as disposições constitucionais sobre a forma de realização
dos concursos públicos, disposições estas de observância obrigatória para toda a administra-
ção pública.
Quando à investidura, temos a previsão constitucional da realização de concurso público
como critério de seleção. Dessa forma, o concurso público pode ser entendido como o proce-
dimento administrativo instaurado pelo Poder Público com o objetivo de selecionar os candi-
datos mais aptos para o exercício de cargos e empregos públicos.
O fundamento para a realização do concurso está na vedação às contratações pautadas
em critérios subjetivos, tal como o apadrinhamento e a nomeação de pessoas conhecidas em

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troca de benefícios escusos. Identifica-se, assim, que a realização de concurso público está
pautada na observância dos princípios da impessoalidade, da moralidade, da isonomia e da
legalidade.
A regra geral é que todas as pessoas possam participar do concurso público, que deverá
ser amplamente divulgado como forma de encontrar interessados. Neste ponto, merece des-
taque o fato da publicidade oficial do edital de concurso público ser condição imprescindível
para a produção de efeitos perante terceiros.
Da mesma forma, o concurso público deve sempre ser pautado em critérios objetivos de
escolha, ainda que algumas fases do certame, eventualmente, sejam constituídas por exame
de títulos ou por experiência profissional comprovada. Consequentemente, pode-se afirmar
que jamais poderemos ter um concurso público realizado apenas com a fase da análise de
títulos, uma vez que tal procedimento colocaria em risco a objetividade e a lisura da seleção.
Merecem destaque, no que se refere ao concurso público, as disposições do artigo 37, III e
IV, da Constituição Federal, de seguinte teor:

III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;

Da análise dos incisos, consegue-se extrair que o prazo de validade de um concurso públi-
co será de, no máximo, 2 anos, de forma que a administração pode, perfeitamente, realização
concurso público com prazo de validade inferior ao constitucionalmente previsto.
Trata-se a prorrogação do prazo de validade do concurso de uma faculdade para a adminis-
tração que o realizou. Caso, no entanto, queira prorrogar, deverá ser observado o mesmo prazo
inicialmente previsto para a validade do certame.
Neste mesmo sentido, durante o prazo inicialmente previsto para a validade do concurso,
ainda que a administração possa realizar nova seleção, os candidatos aprovados no primeiro
processo deverão ser chamados com prioridade sobre novos aprovados.
Percebam que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca,
para os servidores regidos pela Lei 6.745, poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorrogação, que po-
derá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo inicialmente previsto para a validade
do certame.

Poderá a administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de validade de 1 ano, esta-
belecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única vez, por
igual período.

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Assim, vencido o prazo do concurso, pode a administração (trata-se de uma faculdade) prorro-
gar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um novo concurso.
E poderá a administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de 2 anos, impror-
rogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a adminis-
tração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilidade de prorrogação.
E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a possibilidade de prorro-
gação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desrespeitada a regra de
uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo neste aspecto.
E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de validade
2 anos, com a possibilidade de prorrogação por 1 ano. Estaria a administração, nesta situação,
respeitando as disposições constitucionais?
Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado.
No entanto, além destas regras, não podemos nos esquecer que a prorrogação, em todos os
casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2
anos, 6 meses + 6 meses.

Em conformidade com tudo que apresentamos, bem como com as disposições constitu-
cionais, é o texto da Lei 6.745, que, no que se refere ao concurso público, apresenta a seguin-
te redação:

Art. 5º A admissão ao serviço estadual dependerá sempre de aprovação prévia em concurso públi-
co, exceto para o provimento de cargos em comissão.
Parágrafo único. O concurso objetiva selecionar candidatos através de avaliação de conhecimentos
e qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos, seguido de exame das condições
de sanidade físico-mental, salvo quando se tratar de funcionário público em efetivo exercício, e veri-
ficação de desempenho das atividades do cargo, em estágio probatório.
Art. 6º O concurso será precedido de três publicações de edital, em órgão oficial, com ampla divul-
gação, que abrirá o prazo mínimo de 30 (trinta) dias para a inscrição dos interessados.
§ 1º As normas gerais para a realização dos concursos, desde a abertura até a convocação e indica-
ção dos classificados para o provimento dos cargos, serão estabelecidas em regulamento.
§ 2º Do edital constarão instruções especiais, em função da natureza do cargo, observada a respec-
tiva especificação (§ 3º art. 2º).
§ 3º Na hipótese de concurso de provas e de títulos, a nota final será obtida mediante média ponde-
rada, não podendo ser atribuído aos títulos, peso superior à metade do peso das provas.
Art. 8º Homologado o concurso, será expedido certificado de habilitação aos candidatos aprovados
para o provimento dos cargos, com validade para 2 (dois) anos.

Algumas considerações merecem destaque acerca dos artigos em questão:

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a) ao passo que os servidores públicos (chamados pela norma estadual de funcionários pú-
blicos) são admitidos no serviço público por meio de aprovação em concurso público, tal proce-
dimento não se faz necessário quando estivermos diante de cargos em comissão, que podem,
dentro dos limites legais, ser providos livremente pelas autoridades competentes.
b) O concurso público, como condição de publicidade, será precedido de três publicações de
edital, que serão realizadas no órgão oficial.
c) Deverá o edital assegurar um prazo mínimo de 30 dias para a inscrição dos interessados.
Para que o candidato possa se inscrever no concurso público, uma série de requisitos de-
vem ser atendidos, sendo eles:
• Nacionalidade brasileira;
• Gozo dos direitos políticos;
• Quitação com as obrigações militares e eleitorais;
• Idade mínima de 18 (dezoito) anos.

3.1.1. Limite de Idade

O STF possui entendimento sumulado de que o limite de idade como condição para a parti-
cipação em concurso público apenas é válido quando decorrer das necessidades das atribui-
ções do cargo que será exercido.
Como regra, é proibida a previsão de limite de idade para participação em concursos pú-
blicos, uma vez que o artigo 7º, XXX, da Constituição Federal, estabelece a impossibilidade de
admissão, dentre outros, por motivo de idade.

XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por mo-
tivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Entretanto, algumas atribuições podem dar ensejo à limitação de idade, tal como ocorre, por
exemplo, com os concursos destinados ao provimento de profissionais da segurança pública.
Em tais situações, o que é levado em conta é o interesse coletivo, assegurando à popula-
ção profissionais em plenas condições de atender às atividades públicas. Neste sentido é a
Súmula 683 do STF:

O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º,
XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser
preenchido.

Importante salientar que, de acordo com o STF, o veto não motivado à participação em
concurso público é inconstitucional, uma vez que agride diversos princípios, tais como o da

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impessoalidade e da moralidade. Na esteira deste entendimento, destaca-se a Súmula 684 do


STF, de seguinte teor:

É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público.

Percebe-se, pelo teor das duas súmulas, que a administração pode perfeitamente vetar ou
limitar a idade de determinados candidato, uma vez que não existem direitos ou garantias de
caráter absoluto.
O que se exige, em ambos os casos, é que haja motivação por parte da administração
pública: no caso do veto, relatando a causa de tal providência. No caso do limite etário, de-
monstrando que o serviço a ser executado não é viável, por circunstâncias de ordem física ou
psicológica, para pessoas acima de determinada idade.
De acordo com a Lei 6.745, o limite máximo de idade, que será estabelecido em lei, deverá
ser observado por todos os candidatos, quando exigido. No entanto, deve ser ressaltado que
o limite máximo de idade para provimento não se aplica àquele que já seja servidor público.

3.2. Nomeação
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados.
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela
respectiva administração.
Desta forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade com-
petente de cada Poder, que deverá observar, conforme as regras estabelecidas no edital, a
ordem de classificação.
Neste sentido, estabelece a lei que a nomeação poderá ser feita tanto em caráter efetivo,
quando decorrente de concurso público, quanto em comissão, para cargos declarados em lei
de livre nomeação e exoneração.

Art. 9º A nomeação será feita em caráter efetivo, quando decorrente de concurso público, e em co-
missão, para cargos declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Art. 10. A nomeação em caráter efetivo observará o número de vagas existentes, obedecerá à ordem
de classificação e será feita para o cargo objeto de concurso, atendido o requisito de aprovação em
exame de saúde (art. 5º, parágrafo único), ressalvados os casos de incapacidade física temporária.
§ 1º A inspeção de saúde será procedida pelo órgão médico oficial que concluirá pela aptidão ou
não para o exercício do cargo público.
§ 2º A deficiência de capacidade física nos termos deste artigo, comprovadamente estacionária,
não será considerada impedimento para a caracterização da capacidade psíquica e somática, desde
que tal deficiência não impeça o desempenho normal das funções inerentes ao cargo.

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No que se refere aos cargos em comissão, estabelece a lei que o particular deverá obser-
var, tal como ocorre com os ocupantes de cargos efetivos, os seguintes requisitos:
a) nacionalidade brasileira;
b) gozo dos direitos políticos;
c) quitação com as obrigações militares e eleitorais;
d) idade mínima de 18 anos.

3.3. Posse
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o nomeado tem o prazo
de 30 dias para tomar posse. Este prazo, nos termos da lei, poderá ser prorrogado por mais 30
dias, ou enquanto durar o impedimento, na hipótese de doença comprovada.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas ocorre
com a posse.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e anterior-
mente nomeados têm o primeiro contato com a administração pública, passando, a partir de
então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.

Art. 12. A posse é o ato pelo qual o nomeado para um cargo público manifesta, pessoal e expressa-
mente, a sua vontade de aceitar a nomeação e inicia o exercício das respectivas funções.
Parágrafo único. Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e pelo funcionário nome-
ado, constará a declaração de inexistência de incompatibilidade legal para o exercício do cargo, e o
compromisso de fiel cumprimento dos seus deveres e atribuições.
Art. 13. A posse em cargo de provimento em comissão será precedida de exame de saúde, nos ter-
mos deste Estatuto, salvo quando se tratar de funcionário público em efetivo exercício.
Art. 14. A posse terá lugar no prazo de 30 (trinta) dias da data da publicação do ato de nomeação
no Diário Oficial.
§ 1º A requerimento do interessado, o prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta)
dias ou enquanto durar o impedimento, se estiver comprovadamente doente.
§ 2º Será tornada sem efeito a nomeação quando, por ato ou omissão de que for responsável o
nomeado, a posse não se verificar no prazo estabelecido.
§ 3º O prazo a que se refere este artigo, para aquele que, antes de tomar posse, for incorporado às
forças armadas, será contado a partir da data da desincorporação.

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Por 30 dias, a
requerimento do
Este prazo poderá interessado
se prorrogado
Prazo para posse é
de 30 dias Enquanto durar o
impedimento, se
estiver
comprovadamente
doente

Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
Merece ser ressaltado que os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos
para efetivo exercício, podem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela administração pública para as funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão ou não
já ser integrantes do serviço público.

Cargo público com


Cargo público com
provimento em caráter
provimento em comissão
efetivo

Não há obrigatoriedade de
Devem ser aprovados em
aprovação em concurso
concurso público
público

Podem ser designados para o


Com a posse, passam a ser seu exercício servidores de
considerados servidores carreira ou terceiros alheios à
públicos estatutários atividade pública

Quando não forem ocupados


Possuem todos os direitos
por servidores de carreira,
previstos no estatuto
não fazem jus a todos os
funcional e apenas podem
direitos previstos no estatuto
ser exonerados nas
e podem ser exonerados à
hipoóteses legais
qualquer momento

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3.4. Estágio Probatório


A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em conta
para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
Deve ser ressaltado que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, ocorrida
em 1998, o período para aquisição da estabilidade passou a ser de 3 anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário para
a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é de que
o período de estágio probatório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atualmente,
no âmbito do serviço público.

Art. 15. O servidor nomeado para cargo efetivo fica sujeito a um período de estágio probatório de
3 (três) anos de efetivo exercício no cargo para o qual prestou concurso público, com o objetivo de
apurar os requisitos necessários à confirmação no cargo para o qual foi nomeado.

O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, sendo


um dos momentos em que a administração pode verificar se o servidor atende às condições
por ela exigidas. Tais condições, de acordo com a Lei 6.745, são as seguintes:
a) idoneidade moral;
b) assiduidade e pontualidade;
c) disciplina;
d) eficiência.
A verificação dos requisitos será efetuada por uma comissão de, no mínimo, 3 membros
designados pelo titular do órgão.
Além disso, precisamos saber que competirá ao Chefe do Poder Executivo (Governador do
Estado) regulamentar os procedimentos da avaliação de desempenho.

 Obs.: Como regra geral, será suspensa a contagem do período do estágio probatório do ser-
vidor afastado.
 Em caráter de exceção, temos os afastamentos em virtude de férias e para o exercício
de cargo comissionado com atribuições afins às do cargo efetivo, hipóteses em que a
contagem do estágio não será suspensa.

E o que será que acontece quando o servidor não atingir os requisitos necessários na
avaliação do estágio probatório?

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Quando o servidor em estágio probatório não preencher quaisquer dos requisitos exigidos,
caberá à comissão de avaliação concluir o processo de acompanhamento de desempenho
destinado à exoneração do nomeado.
Neste sentido, estabelece a norma que será dada ciência ao servidor em estágio probató-
rio, trimestralmente, do processo de acompanhamento do seu desempenho.
Em caso de conclusão para fins de exoneração, será concedido o prazo de 15 dias para a
apresentação de defesa.

4. Da Vida Funcional
4.1. Do Exercício, da Lotação e da Remoção
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais da
administração pública estadual.
É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem presentes, de
forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a
um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a
estabilidade.
Desta forma, o servidor terá exercício no órgão em que for lotado, conforme previsão do
artigo 21:

Art. 21. O funcionário terá exercício no órgão em que for lotado.


§ 1º Entende-se por lotação, o número de funcionários que deva ter exercício em cada órgão, me-
diante prévia distribuição dos cargos e das funções de confiança integrantes do respectivo quadro.
§ 2º A lotação pessoal do funcionário será determinada no ato de nomeação, movimentação ou
progresso funcionais e de reingresso.
§ 3º O afastamento do funcionário de sua lotação só se verificará com expressa autorização da
autoridade competente, no interesse do serviço público.

O início, a suspensão, o reinício e as alterações relativos ao exercício serão registrados no


assentamento individual do servidor.

Será concedido ao servidor período de trânsito, considerado como de exercício, nunca superior
a 30 dias, para as providências relativas à mudança de local de trabalho e residência.

Além das hipóteses legalmente admitidas, o servidor poderá ser autorizado a afastar-se do
exercício, com prazo certo de duração e sem perda de direitos, nas seguintes situações:
a) para a elaboração de trabalho relevante, técnico ou científico;
b) para a realização de serviço, missão ou estudo, fora de sua sede funcional ou não;
c) para frequentar curso de pós-graduação;

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d) para participar de conclaves considerados de interesse, com ou sem a incumbência de


representação;
e) para representar o Município, o Estado ou o País em competições desportivas oficiais.
Salienta-se que, quando o afastamento for destinado à participação em cursos, deverá o
servidor comprovar a frequência e aproveitamento, bem como o compromisso de permanecer
no serviço público por período igual ao do afastamento.

Comprovar a
frequência e
Deve o servidor aproveitamento
Afastamento para
participação em
cursos Permanecer no
serviço público por
igual período de
tempo

Entretanto, deve ser salientado que o servidor estável somente poderá ser posto à dispo-
sição quando a medida for destinada à prestação de serviços técnicos ou especializados nos
planos federal, estadual ou municipal e respectivas autarquias, inclusive entidades paraesta-
tais, com ônus para o Estado.
Para o exercício de mandato legislativo municipal, o servidor apenas poderá ser afastado
do cargo quando a representação deva ser exercida em localidade diversa de sua sede funcio-
nal ou por incompatibilidade de horário, limitando-se, ainda assim, ao período de Sessões da
Câmara de Vereadores.
O deslocamento do servidor de um para outro órgão do serviço público estadual, indepen-
dente de mudança da sede funcional, ocorrerá por meio do instituto da remoção.
De acordo com a norma, três são as diferentes modalidades de remoção: a pedido, por
permuta ou no interesse do serviço público (a critério da autoridade competente).

É assegurada a remoção, a pedido, para outra


Remoção a localidade, por motivo de saúde, desde que
pedido fiquem comprovadas, pelo órgão médico oficial,
as razões apresentadas pelo funcionário.

A remoção por permuta será processada à vista de


Remoção por
pedido conjunto dos interessados, desde que sejam
permuta
ocupantes do mesmo cargo.

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É assegurada a remoção, a pedido, para outra


Remoção a localidade, por motivo de saúde, desde que
pedido fiquem comprovadas, pelo órgão médico oficial,
as razões apresentadas pelo funcionário.

Na remoção por interesse do serviço público deve ser


observado:
I – quando fundada na necessidade de pessoal, recairá
preferencialmente sobre o funcionário:
Remoção por
a) de menor tempo de serviço;
interesse do
b) residente em localidade mais próxima;
serviço público
c) menos idoso;
II – nos demais casos, dependerá de recomendação
exarada em processo realizado por uma comissão
composta por 03 funcionários estáveis;
Como regra geral, a possibilidade de usufruir das hipóteses de remoção trata-se de um
direito conferido, apenas, aos servidores que não estejam em estágio probatório.
A exceção fica por conta da remoção por motivo de saúde, que poderá, desde que atendi-
dos os requisitos legais, ser utilizada por todos os agentes, inclusive aqueles que ainda não
sejam estáveis.
Neste sentido são as disposições dos §§ 1º e 4º do artigo 22 do estatuto dos servidores:

Art. 22, § 1º É assegurada a remoção, a pedido, para outra localidade, por motivo de saúde, desde
que fiquem comprovadas, pelo órgão médico oficial, as razões apresentadas pelo funcionário.
§ 4º As disposições deste artigo não se aplicam aos funcionários em estágio probatório, exceto no
caso de remoção por motivo de saúde.

4.2. Do Regime de Trabalho


O regime de trabalho dos servidores públicos do Estado, sempre que for omissa a especifi-
cação de cargo, é de 40 horas semanais, que devem ser cumpridas em dias e horários próprios,
observada a regulamentação específica.
Nos dias úteis, só por determinação da autoridade competente poderão deixar de funcio-
nar as repartições públicas ou serem suspensos os seus trabalhos.
Questão interessante refere-se à possibilidade do servidor público prestar seus servidor
em regime de jornada extraordinária (as popularmente conhecidas horas extras).
Em linhas gerais, a norma determina que é permitida a prestação de serviço extraordinário,
que não está sujeito à limitação de carga horária semanal, não podendo ultrapassar a 120
horas semestrais.

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O limite apresentado, no entanto, não precisa ser observado por uma série de categorias de
servidores, que, pelas atividades desempenhadas, podem exigir de seus agentes o exercício de
horas extras de forma muito mais frequente do que as demais categorias.
Sendo assim, não estão sujeitas ao limite de horas extras as atividades:
a) dos portuários;
b) da indústria gráfica;
c) dos servidores em exercício nos Centros Educacionais de Atendimento à Criança e ao
Adolescente
d) dos servidores em exercício nos estabelecimentos penais do Estado.
e) dos tutores responsáveis pelo curso de formação a distância para gestores escolares,
promovido pela Secretaria de Estado da Educação e do Desporto.

A jornada normal de trabalho poderá ser reduzida até a metade, com a proporcional redução da
remuneração, sempre que essa medida se mostrar necessária no caso de servidor estudante
e de outras situações especiais.

Como não poderia deixar de ser, todos os servidores devem observar rigorosamente o seu
horário de trabalho, que será previamente estabelecido. Para isso, cada um dos agentes públi-
cos deve registrar, pessoalmente, a marcação de ponto.
Nenhum servidor pode deixar seu local de trabalho, durante o expediente, sem autoriza-
ção. Consequentemente, quando houver necessidade de trabalho fora do horário normal de
funcionamento do órgão, deverá ser providenciada a autorização específica.
Ainda com relação à jornada de trabalho, vejamos os demais artigos elencados pela nor-
ma estadual:

Art. 26. O funcionário é obrigado a avisar à sua Chefia imediata no dia em que, por doença ou força
maior, não puder comparecer ao serviço.
§ 1º As faltas ao serviço por motivo de doença serão justificadas para fins disciplinares, de ano-
tação no assentamento individual e pagamento, desde que a impossibilidade do comparecimento
seja abonada pela Chefia imediata ou por intermédio de atestado médico até 3 dias e, em período
superior a este, pelo órgão médico oficial.
§ 2º As faltas ao serviço por doença em pessoa da família serão analisadas e poderão ser justifica-
das para os fins previstos no parágrafo anterior.
Art. 27. As faltas ao serviço por motivos particulares não serão justificadas para qualquer efeito,
computando-se como ausência o sábado e domingo, ou feriado, quando intercalados (art. 93).
Parágrafo único. Para efeitos deste artigo, não serão consideradas as faltas decorrentes de provas
escolares, coincidentes com o horário de trabalho ou o dia de ponto facultativo.
Art. 31. O Estado fornecerá uniformes aos funcionários de apoio administrativo, sempre que lhes
forem exigidos, e aos que, pelo local de trabalho, devam ter cuidados especiais.

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DICA
De acordo com a lei, é considerado trabalho noturno aquele
que for prestado entre 22 horas e 06 horas do dia seguinte.

4.3. Da Movimentação Funcional


A movimentação funcional, no âmbito do serviço público estadual, pode ocorre, de acordo
com o estatuto, por meio de três diferentes institutos, sendo eles a redistribuição, a recondu-
ção e a readaptação.
Redistribuição é o deslocamento motivado de cargo de provimento
efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro de pessoal, para
outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do
órgão central de pessoal, observados os seguintes requisitos:
I – interesse da Administração;
II – equivalência de vencimentos;
III – manutenção da essência das atribuições do cargo;
IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade
das atividades;
V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação
profissional; e
VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.
Para ajustamento de lotação e das forças de trabalho às
necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização,
Redistribuição
extinção ou criação de órgão ou entidade, a redistribuição,
observados os requisitos do instituto, ocorrerá ex-officio (por
interesse da Administração).
A redistribuição de cargos efetivos vagos, em se tratando de
servidores do Poder Executivo, dar-se-á mediante ato conjunto da
Secretaria de Estado da Administração e dos Secretários, órgãos ou
entidades envolvidos.
Em se tratando de reorganização ou extinção de órgão ou entidade,
extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou
entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado
em disponibilidade até seu aproveitamento.
O servidor do Poder Executivo que não for redistribuído ou colocado
em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do
órgão central de pessoal, e ter exercício provisório, em outro órgão ou
entidade, até seu adequado aproveitamento.

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Dar-se-á a readaptação funcional quando, não sendo possível a


transferência, ocorrer modificação do estado físico ou das condições
de saúde do funcionário, que aconselhe o seu aproveitamento em
atribuições diferentes, compatíveis com a sua condição funcional.
A readaptação não implica em mudança de cargo e terá prazo certo
Recondução
de duração, conforme recomendação do órgão médico oficial.
Expirado o prazo, e se o servidor não tiver readquirido as condições
normais de saúde, a readaptação será prorrogada.
A readaptação não acarretará decesso nem aumento de
remuneração.

Recondução é a volta do servidor ao cargo por ele anteriormente


ocupado, em consequência de reintegração decretada em favor de
outrem ou, sendo estável, quando inabilitado no estágio probatório
em outro cargo efetivo para o qual tenha sido nomeado, ou, ainda,
quando for declarada indevida a transferência, a promoção por
Readaptação
antiguidade e o acesso.
Na inexistência de vaga e até a sua ocorrência, o servidor
reconduzido ficará na condição de excedente, sem perda de direitos.
Se extinto ou transformado o cargo anteriormente ocupado, dar-se-á
a recondução em outro, de vencimento e função equivalentes.
Além das formas de movimentação, merece destaque as disposições relacionadas com a
substituição.
Neste sentido, a substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da continuidade
dos serviços públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da
ausência do titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço presta-
do é que seria prejudicada pela sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de direção, sendo que
os servidores que ocupam tais funções, além de receber um adicional pelo exercício desempe-
nhado, exercem atividades que exigem um maior nível de responsabilidade.
Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exemplo, nas férias,
licenças ou afastamentos), o substituto, que deve ser anteriormente designado, assume cumu-
lativamente, ou seja, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício temporário das atribuições
do titular.
Como contrapartida, recebe um adicional durante o período em que durar a substituição.
De acordo com a Lei 6.745, temos as seguintes disposições a serem observadas com re-
lação à substituição:

Art. 38. Haverá substituição nos casos de impedimento de ocupante de cargo em comissão ou de
função de confiança.
§ 1º A substituição será automática ou dependerá de ato da autoridade competente.

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§ 2º A substituição será remunerada pelo cargo do substituído, salvo se automática, neste caso,
não excedendo a 10 (dez) dias.
§ 3º O substituto perderá, durante o tempo da substituição, os vencimentos do seu cargo, salvo no
caso de função de confiança ou de opção (art. 92).
Art. 39. Em se tratando de cargo ou função de chefia, quando vagarem, poderá ser designado fun-
cionário para responder pelo expediente, até o seu preenchimento, com os vencimentos e vantagens
dessa função ou cargo.

4.4. Do Treinamento
O treinamento consiste no conjunto de atividades desenvolvidas para propiciar ao servidor
público condições de melhor desempenho profissional.
O treinamento constitui atividade inerente aos cargos públicos estaduais, sendo coorde-
nado, acompanhado e avaliado pelo órgão da Administração Pública Estadual a que estiver
afeta a administração de pessoal.

5. Dos Direitos
5.1. Da Contagem do Tempo de Serviço
Nos termos da lei, é considerado como tempo de serviço público estadual, para todos os
efeitos legais, as seguintes situações:
a) o tempo de exercício em cargo, emprego ou função pública do Estado de Santa Catarina
e suas autarquias;
b) os períodos de férias;
c) as licenças remuneradas;
d) o júri e outras obrigações legais;
e) as faltas justificadas;
f) os afastamentos legalmente autorizados, sem perda de direitos ou suspensão do exercício;
g) os afastamento decorrentes de prisão ou suspensão preventivas e demais processos,
cujos delitos e consequências não sejam afinal confirmados.
Em determinadas situações, no entanto, o período de tempo será computado, exclusiva-
mente, para fins de aposentadoria e disponibilidade, sendo elas:
a) o tempo de serviço prestado à instituição de caráter privado, que tenha sido transformado
em estabelecimento público;
b) o tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou aposentado;
c) Para efeito de aposentadoria, em todas as suas modalidades, é computado o tempo de
serviço prestado em atividades de natureza privada, desde que o servidor tenha completado 10
anos de serviço público estadual.

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E o tempo de serviço exercido nos demais entes federativos (União, Estados, Distrito Fe-
deral e Municípios), será que é computado para alguma finalidade?

A resposta nos é dada pelo artigo 42 da norma estadual, de seguinte redação:

Art. 42. O tempo de serviço público prestado à União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territó-
rios e seus órgãos de Administração Indireta e Fundações, bem como o tempo de exercício de man-
dato eletivo, é computado integralmente para efeito de aposentadoria, disponibilidade e adicional
por tempo de serviço.
§ 1º Para efeito deste artigo, considera-se exclusivamente o tempo de exercício junto às entidades
mencionadas, vedados quaisquer acréscimos não computáveis para todos os efeitos na legislação
estadual.
§ 2º Para efeito de Licença-Prêmio, considerar-se-á o tempo de serviço prestado ao Estado em
suas Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Autarquias.

Computado para fins de


Computado para fins de Licença
aposentadoria, disponibilidade e
Prêmio
adicional por tempo de serviço

Tempo de serviço público prestado


à União, Estados, Municípios, Tempo de serviço prestado ao
Distrito Federal, Territórios e seus Estado em suas Fundações,
órgãos de Administração Indireta e Empresas Públicas, Sociedades de
Fundações Economia Mista e Autarquias

Tempo de mandato eletivo

Importante salientar que é vedada a contagem de tempo de serviço prestado concorrente


ou simultaneamente em cargos e empregos exercidos em regime de acumulação, ou, ainda,
em atividade privada.
Para comprovar o tempo de serviço, para fins de averbação, deverá ser feita mediante cer-
tidão, que deverá observar, obrigatoriamente, os seguintes requisitos:
I – a expedição por órgão competente e visto da autoridade responsável pelo mesmo;
II – a declaração de que os elementos da certidão foram extraídos de documentação existen-
te na respectiva entidade, anexando cópia dos atos de admissão e dispensa;
III – a discriminação do cargo, emprego ou função exercidos e a natureza do seu provimento;
IV – a indicação das datas de início e término do exercício;
V – a conversão em ano dos dias de efetivo exercício, na base de 365 (trezentos e sessenta
e cinco) dias por ano;

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VI – o registro de faltas, licenças, penalidades sofridas e outras notas constantes do assen-


tamento individual;
VII – o esclarecimento de que o funcionário está ou não desvinculado da entidade que
certificar.

5.2. Das Férias


O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores públi-
cos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa privada.
Decorre o direito de férias, desta forma, de uma previsão constitucional, conforme estabe-
lece o artigo 7º, XVII, da Constituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário nor-
mal;

Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes
federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com re-
lação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servidores podem ser
parceladas em 3 períodos, desde que não inferiores, cada um deles, a 10 dias consecutivos.
Caso ocorra o parcelamento, os valores relativos às férias serão creditados quando da
utilização da primeira etapa.
No âmbito do serviço público, tal como ocorre para as demais classes de trabalhadores,
é exigido um tempo mínimo de 12 meses de exercício para que o servidor adquira o direito ao
primeiro período de férias.
Por fim, ressalta-se que é proibida a acumulação de férias, bem como que, ao entrar em
férias, o servidor informará o seu endereço eventual.

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Servidor gozará de 30 dias de


férias anuais

Tempo mínimo de 12 meses para


que o servidor adquira o direito

Férias dos Servidores Estaduais

O servidor tem o direito a um


adicional de 1/3 sobre o total da
remuneração

As férias podem ser parceladas


em até 3 perídos, desde que
nenhum deles seja inferior a 10
dias consecutivos

Art. 59. O servidor gozará anualmente 30 (trinta) dias de férias.


§ 1º Somente depois do primeiro ano de exercício, adquirirá o funcionário direito a férias, as quais
corresponderão ao ano em que completar o período.
§ 2º É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 3º Fica facultado o gozo de férias em até 3 (três) períodos, não inferiores a 10 (dez) dias conse-
cutivos.
Art. 59-A. Será pago ao servidor, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o acrés-
cimo constitucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias.
Parágrafo único. Na hipótese do § 3º do art. 59 desta Lei, o disposto no caput deste artigo será apli-
cado no primeiro período de férias.
Art. 59-B. Os períodos de férias integrais ou proporcionais não usufruídas em atividade pelo servi-
dor público serão indenizados no mês subsequente à publicação do ato de aposentadoria, exonera-
ção ou demissão do servidor.
§ 1º Para contagem do período aquisitivo e cálculo do valor devido, será considerada a data em que
ocorreu o ingresso no serviço público.
§ 2º O valor da indenização incluirá o terço constitucional de férias.
§ 3º O valor da indenização terá como base de cálculo a última remuneração bruta, excluídas verbas
transitórias ou indenizatórias.
Art. 61. É proibida a acumulação de férias.
Parágrafo único. Ao entrar em férias, o funcionário informará o seu endereço eventual.

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5.3. Das Licenças


Estabelece a Lei 6.745 uma série de licenças que podem ser concedidas, quando atendi-
dos os requisitos legais, aos servidores do Estado de Santa Catarina.
Para facilitar a compreensão, serão relacionadas todas as modalidades de licença previs-
tas em lei, bem como as principais características e requisitos para cada uma das formas de
afastamento.
Importante salientar, antes de estudarmos cada uma das modalidades, duas previsões ge-
rais estabelecidas pela norma estadual:
a) A licença dependente de inspeção médica será concedida pelo prazo indicado no laudo.
b) O pedido de prorrogação deverá ser apresentado antes de findo o prazo da licença.
Ao servidor que, por motivo de saúde, esteja impossibilitado
de exercer o seu cargo, será concedida licença com
remuneração, mediante inspeção do órgão médico oficial,
até 24 meses, prorrogáveis por igual período, guardado o
sigilo médico.
O servidor portador de doença transmissível, poderá
ser compulsoriamente licenciado, enquanto durar essa
condição, a juízo do órgão sanitário.
A licença para tratamento de saúde será concedida por
iniciativa da Administração Pública ou a pedido do servidor
ou de seu representante.
A inspeção médica será feita por intermédio de órgão
Licença para médico oficial e, subsidiariamente, por outros especialistas.
Tratamento de Saúde No entanto, será admitido laudo de médico ou especialista
não credenciado, mediante a homologação do órgão médico
oficial.
Não sendo homologado o laudo, o período de ausência ao
trabalho será considerado como de licença para tratamento
de interesses particulares, sem prejuízo das investigações
necessárias, inclusive quanto à responsabilidade do médico
atestante.
Importante salientar que o servidor licenciado para
tratamento de saúde fica impedido de exercer atividades
remuneradas, sob pena de cassação da licença.
A licença concedida dentro de 60 dias, contados do término
da anterior, será considerada como prorrogação.

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Ao servidor que, por motivo de doença do cônjuge, parentes


ou afins até o segundo grau, ou de pessoa que viva sob sua
dependência, esteja impossibilitado de exercer o seu cargo,
face à indispensabilidade de sua assistência pessoal, será
concedida licença até 365 dias, sucessivos, prorrogável por
Licença por Motivo mais 365 dias, nas mesmas condições.
de Doença em Pessoa A licença de em questão será concedida da seguintes forma:
da Família a) com remuneração integral, quando a licença for por até 3
meses
b) com 2/3 da remuneração, se o prazo for estendido até 1
ano;
c) com metade da remuneração, até o limite máximo de 2
anos.

Ao servidor que for convocado para o serviço militar ou


outros encargos da segurança nacional, será concedida
licença, inclusive quando oficial da reserva das Forças
Armadas, para participação nos estágios previstos nos
regulamentos militares.
A licença em questão será concedida à vista do documento
oficial que prove a incorporação.
Licença para o
Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não
Serviço Militar
excedente de 30 dias, para que reassuma o exercício.
Obrigatório
Frisa-se que a licença para cumprimento do serviço militar
obrigatório será concedida exclusivamente ao servidor
ocupante de cargo de provimento efetivo.
Durante a licença, o servidor poderá optar pelos
vencimentos de seu cargo, acrescido do salário-família,
descontando-se eventuais importâncias percebidas na
condição de incorporado.

Ao servidor estável que, por motivo de mudança


compulsória de domicílio do cônjuge ou companheiro (a),
esteja impossibilitado de exercer seu cargo, será concedida
licença, sem remuneração, mediante pedido devidamente
justificado, por 2 anos, renovável por mais dois anos.
Independente do regresso do cônjuge ou companheiro (a), o
Licença por Mudança
servidor poderá reassumir o exercício a qualquer tempo.
de Domicílio
O servidor estável que por motivo de mudança compulsória
de domicílio do cônjuge ou companheiro(a) esteja
impossibilitado de exercer o cargo, poderá servir em outra
repartição, órgão ou serviço estadual, eventualmente
existente no local, compatível com a sua função, sem perda
da remuneração.

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É assegurada ao servidor licença com remuneração para


promoção de sua campanha eleitoral, desde o registro
Licença para oficial de sua candidatura até o dia seguinte ao da respectiva
Concorrer a Cargo eleição.
Eletivo No caso de o servidor exercer cargo ou função de
fiscalização ou arrecadação, o afastamento será
compulsório.

Licença para Ao servidor ocupante do cargo de provimento efetivo e


Tratamento estável poderá ser concedida licença para tratamento de
de Interesses interesses particulares pelo prazo de até 3 anos, renovável 1
Particulares vez, por igual período.

Após cada quinquênio de serviço público estadual, o


servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a
uma licença, com remuneração, como prêmio, pelo período
de 3 meses.
Importante mencionar que a licença em questão não poderá
Licença-Prêmio ser convertida em dinheiro. No entanto, nada impede que, a
requerimento do servidor, a licença-prêmio seja gozada em
parcelas não inferiores a 15 dias.
Interrompe-se a contagem do quinquênio se o servidor
sofrer, no período, pena de suspensão ou faltar ao serviço,
sem justificação, por mais de 10 dias.

Ao servidor ocupante de cargo efetivo é facultado gozar


licença especial, com remuneração:
II – para atender ao menor adotado, em idade pré-escolar,
pelo prazo de 3 meses;
III – para atender, em parte da sua jornada de trabalho, ao
Licença Especial
excepcional sob sua guarda, pelo prazo de 1 ano, podendo
ser renovada.
Importante: os afastamentos previstos nos são privativos de
servidoras do sexo feminino.

5.4. Da Remuneração
A remuneração pode ser conceituada como a retribuição mensal paga ao servidor pelo
exercício do cargo. A remuneração é composta do vencimento e vantagens pecuniárias.
Vencimento é a expressão pecuniária do cargo, consoante nível próprio, fixado em lei.
Vantagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento constituídos em caráter definitivo,
a título de adicional, ou em caráter transitório ou eventual, a título de gratificação.

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Vantagens
Vencimento Remuneração
Pecuniárias

O conceito de vantagem pecuniária, por sua vez, abarca tanto os adicionais quanto as gra-
tificações pagas aos servidores estaduais.
Neste sentido, consideram-se adicionais as vantagens concedidas ao servidor por tempo
de serviço, pela produtividade e pela representação do cargo.
As gratificações, por sua vez, são verbas pagas aos servidores em virtude de aconteci-
mentos eventuais ou situacionais. De acordo com a lei, temos uma lista de gratificações que
podem ser pagas a tais agentes.

Gratificação Características

Os servidores que exercem as funções de direção, de chefia


ou de assessoramento fazem jus a um adicional pago com
base na complexidade da atribuição desempenhada.
Salienta-se, contudo, que o servidor que exerce tais
funções pode ser livremente dispensado pela autoridade
Pelo exercício de competência, não havendo obrigação de motivação para a
função de confiança prática do ato.
Nestas hipóteses, caso estejamos diante de um servidor de
carreira, este voltará a desempenhar as atividades relativas
ao seu cargo. Caso o ocupante do cargo em comissão não
seja servidor público, a dispensa da função de confiança fará
com que o seu vínculo com o Poder Público seja cessado.

Pela participação em
grupos de trabalho ou
Trata-se de gratificação cuja remuneração será fixada por
estudo; nas comissões
unidade de tempo previsto ou pela presença nas sessões.
legais; e em órgãos de
deliberação coletiva

São as populares “horas extras”, cuja remuneração, em caso


de exercício, é acrescida de um adicional.
De acordo com o estatuto dos servidores, o percentual de
adicional pela hora de trabalho será de 30%.
Pela prestação de
No entanto, deve ser salientado que a norma em questão
serviço extraordinário
foi editada antes da entrada em vigor da Constituição
Federal, que passou a estabelecer, como um direito social
de todos os trabalhadores, a exigência de pagamento de um
percentual mínimo de 50% sobre a hora trabalhada.

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Gratificação Características

Pela ministração de
Trata-se de gratificação cuja remuneração será fixada por
aulas em cursos de
unidade de tempo previsto ou pela presença nas sessões.
treinamento

Pela participação em
Trata-se de gratificação cuja remuneração será fixada por
banca examinadora de
unidade de tempo previsto ou pela presença nas sessões.
concurso público

Trata-se a gratificação natalina do popularmente conhecido


“13º salário”. Desta forma, a cada mês de efetivo exercício
o servidor público federal adquire o direito a 1/12 do
respectivo adicional, que deverá ser pago, obrigatoriamente,
no mês de dezembro de cada ano.
Importante constar que a fração igual ou superior a 15 dias
será computada como mês de efetivo exercício, bem como
Gratificação natalina
que, em caso de exoneração do servidor antes da data de
pagamento da gratificação, terá ele direito ao recebimento
proporcional, que será calculada com base nos meses de
efetivo exercício.
Para o pessoal inativo, a Gratificação Natalina corresponderá
ao valor do vencimento que integrou o respectivo provento,
com os reajustes supervenientes.

Pela prestação de Trata-se de gratificação que será concedida no valor de até


serviços em locais 50% do vencimento do servidor que efetivamente trabalhe
insalubres ou com em local insalubre ou com risco de vida, comprovado pelo
risco de vida laudo técnico oficial.

Pelo desempenho de Trata-se de gratificação que não encontra regulamentação


atividade especial. no texto da presente lei.

Os servidores que trabalharem no período compreendido


entre as 22 horas de um dia até às 6 horas do dia seguinte
terão direito ao recebimento do adicional noturno, que será
calculado sobre o valor da hora normal de trabalho.
Nesta situação, a hora noturna será considerada de
cinquenta e dois minutos, sendo que o percentual do
adicional será de 25% sobre a hora de trabalho.
Ainda com relação à remuneração, a norma estabelece situações em que o servidor perde-
rá a remuneração total ou parcial do período de trabalho, sendo elas:
a) os vencimentos do dia, quando faltar ao serviço;
b) 1/3 dos vencimentos do dia, quando comparecer ao serviço com atraso máximo de até 30
minutos, ou quando se retirar antes de terminado o horário de trabalho;

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c) 2/3 dos vencimentos, no caso de condenação, se esta não for de natureza que determine
a demissão do funcionário.

5.5. Das Diárias e da Ajuda de Custo


Trata-se a ajuda de custo de verba de caráter compensatório, cujo objetivo é ressarcir as
despesas de instalação do servidor que, por interesse da administração, passou a ter exercício
em nova sede, conforme previsão do artigo 98:

Art. 98. A ajuda de custo ao funcionário que passar a ter exercício em nova sede, à conta do Estado,
destina-se à compensação das despesas de transporte, pessoal e familiar, inclusive bagagem e
mobiliário.
Parágrafo único. O valor da ajuda de custo será fixado consoante critérios estabelecidos em regula-
mento baixado pelo Chefe do Poder Executivo.

Não será concedida ajuda de custo nas situações em que o servidor se afastar ou retor-
nar ao cargo:
a) em virtude do término de mandato eletivo, quando o servidor for reassumir o exercí-
cio do cargo;
b) quando o servidor for posto à disposição;
c) quando o servidor for transferido ou removido a pedido, salvo se por recomendação médica.

DICA
Sem prejuízo das diárias que lhe couberem, o servidor, quando
for obrigado a permanecer fora da sua sede, por motivo de ser-
viço, por mais de 30 dias, receberá uma ajuda de custo no iní-
cio e outra no final do período, iguais a um mês de vencimento.

As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do servidor que se


ausentar da sua sede em caráter transitório ou eventual. Nota-se, de imediato, que a principal
distinção entre a ajuda de custo e as diárias trata-se do caráter de eventualidade no exercício
da atividade desta última.
Em outras palavras, as situações que dão direito ao recebimento de ajuda de custo são
aquelas em que o servidor passa a ter exercício em outra sede, com caráter de definitividade.
Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da atribuição
ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual ou transitória. Termina-
da a atividade, o servidor retorna para a sede da repartição pública.

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• Exercício em nova sede, com caráter de


Ajuda de custo
definitividade

• Exercício em nova sede, com caráter de


Diárias
transitoriedade ou eventualidade

Neste sentido, a norma estabelece que, ao servidor que se deslocar temporariamente da


respectiva sede, a serviço, conceder-se-á o transporte e o pagamento antecipado das diárias,
a título de indenização, das despesas de alimentação, estada e deslocamento.
As diárias serão calculadas por período de 24 horas, contadas da partida do servidor, con-
siderando-se como uma diária a fração superior a 12 horas.
A fração de período será contada como meia diária quando inferior a 12 horas e superior
a 04 horas.

5.6. Do Direito de Petição


Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau de hierarquia em
suas estruturas, é de extrema importância que o servidor tenha meios de pleitear os direitos
que lhe são próprios nas situações em que se sentir coagido ou em que houver descaso por
parte dos seus superiores. Tais situações são atendidas por meio do direito de petição.
Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo que entenderem
de direito. Neste sentido, devemos fazer uso do artigo 125 da Lei 6.745, que estabelece o prazo
prescricional para o direito de petição do servidor público estadual:

Art. 125. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve a partir da data da publicação oficial
do ato impugnado ou, quando for dispensada, da data em que dele tiver conhecimento o funcionário:
I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão, aposentadoria ou disponi-
bilidade do funcionário;
II – em 02 (dois) anos, nos demais casos.

Podemos compreender a forma como funciona a sistemática dos pedidos, reconsideração


e recursos, por meio do seguinte fluxo de informações:
1º) o requerimento ou representação será dirigido à autoridade competente, que deverá
decidi-lo no prazo máximo de 45 dias. As exceções ficam por conta das situações que obri-
guem a realização de diligência ou estudo especial, hipótese em que o prazo não poderá passar
de 90 dias;
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2º) o pedido de reconsideração só será cabível quando contiver novos argumentos e será
sempre dirigido à autoridade que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, não podendo ser
renovado, observados os mesmos prazos do item anterior.
Sendo assim, a autoridade que receber o pedido de reconsideração deverá processá-lo
como recurso, encaminhando-o à autoridade superior, quando não preencher o requisito do
item anterior;
3º) só caberá recurso:
a) quando houver pedido de reconsideração ou outro recurso desatendido e,
b) quando houver requerimento, pedido de reconsideração ou outro recurso não decidido no
prazo legal;
O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tenha expedido o ato ou
proferido a decisão e, sucessivamente, na escala ascendente, às demais autoridades, devendo
ser decidido no prazo de 45 dias.
A norma salienta que nenhum recurso poderá ser dirigido mais de uma vez à mesma
autoridade.

6. Dos Deveres
6.1. Da Acumulação
Nos termos da constituição federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remunera-
da de dois ou mais cargos públicos.
E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e funções da administração direta ou
indireta de todos os entes federados. Assim, ainda que o texto da Lei 6.745 seja direcionado
apenas aos servidores públicos do Estado de Santa Catarina, por força da norma constitucio-
nal, a vedação à acumulação é uma regra mais ampla e que não se restringe ao ente federativo
regulado pelo presente estatuto.
As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condicionadas à compa-
tibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• Dois cargos de professor;
• Um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.
• Permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos legais;
• Permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o magistério;

No âmbito estadual, sendo verificada acumulação proibida de cargos, funções ou empre-


gos e, em processo sumário, provada a boa-fé, o servidor será obrigado a optar por um dos
cargos no prazo de 15 dias.

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Decorrido o prazo sem que o servidor manifeste a sua opção, ou quando ficar caracteriza-
da a má fé, o agente ficará sujeito às sanções disciplinares cabíveis e restituirá o que houver
percebido indevidamente.
O servidor estadual não poderá exercer mais de uma função gratificada nem participar de
mais de um órgão de deliberação coletiva, salvo como membro nato ou quando não perceber
remuneração.
A norma elenca, entretanto, situações que não são consideradas como de acumulação
proibida, sendo elas:
a) o recebimento conjunto de pensões civis ou militares;
b) o recebimento de pensões com remuneração ou salário;
c) o recebimento de pensões com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou reforma;
d) o recebimento de proventos, quando resultantes de cargos legalmente acumuláveis;
e) o recebimento de proventos com remuneração ou salário, nos casos de acumulação legal.

6.2. Das Responsabilidades


De acordo com as disposições da Lei 6.745 três são as esferas de responsabilidade a que
os servidores públicos estão submetidos, sendo elas: civil, administrativa e penal.
Assim, o servidor é responsável por todos os prejuízos que, nessa condição, causar ao pa-
trimônio do Estado, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Neste sentido, a lei elenca, de forma exemplificativa, situações que configuram a respon-
sabilidade do servidor:
a) a sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, por não
prestar contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecido nas leis e regulamentos
administrativos;
b) as faltas, danos, avarias e qualquer outro prejuízo que sofrerem os bens e materiais sob
sua guarda ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
c) a falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho ou guias e ou-
tros documentos da receita ou que tenham com eles relação;
d) qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.

O servidor que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamentares, será
responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis.
O pagamento da indenização a que ficar obrigado não exime o servidor da pena disciplinar em
que incorrer.

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6.3. Do Regime Disciplinar


A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos elementares
do Direito Administrativo, mais precisamente os relacionado com os poderes hierárquico e
disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do poder disciplinar que a administração púbica
pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela por
algum vínculo específico.
Dessa forma, existe poder disciplinar quando a administração pública aplica a penalida-
de de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado. Do mesmo
modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um órgão público, verificando
que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um contrato administrativo,
aplica a sanção de suspensão.
Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em apenas um
desses casos a pessoa punida estava subordinada à administração.
E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante poder: o hie-
rárquico. Por meio dele, a administração possui as prerrogativas de delegar, avocar, fiscalizar
e aplicar sanções.
Assim, chegamos a uma importante constatação:
• Quando a administração pune internamente os seus servidores pelas infrações por eles
cometidas, estamos diante do poder disciplinar exclusivamente interno. Esse poder, jus-
tamente por ser apenas interno, deriva do poder hierárquico.
• Quando a administração pune o particular que mantém algum tipo de vínculo específi-
co com o Poder Público (como uma empresa privada que tenha celebrado um contrato
administrativo) também estamos diante do poder disciplinar, só que agora, ao contrário
do exemplo anterior, o mesmo aplica-se a terceiros e, por isso mesmo, não deriva do
poder hierárquico.

Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da administração pública é decor-
rência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
De acordo com o texto da norma em estudo, constitui infração disciplinar toda a ação ou
omissão do servidor que possa comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir
a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência dos serviços públicos ou causar prejuízo de
qualquer natureza à Administração.
Ocorrendo qualquer ato que configure alguma das situações elencadas, o agente será pe-
nalizado com uma das seguintes sanções disciplinares:
I – repreensão verbal;
II – repreensão escrita;

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III – suspensão;
IV – destituição de cargo de confiança;
V – demissão simples;
VI – demissão qualificada;
VII – cassação de aposentadoria; e
VIII – cassação de disponibilidade.

1 - lesão aos cofres públicos;


Demissão
2 - dilapidação do patrimônio público;
qualificada ou
3 - qualquer ato de manifesta improbidade no
simples
exercício da função pública.

1 - pleitear, como procurador ou intermediário, junto às


repartições públicas, salvo quando se tratar de percepção de
vencimento e vantagens de parentes até 2º grau;
2 - inassiduidade permanente;
3 - inassiduidade intermitente;
4 - acumulação ilegal de cargos ou empregos públicos, com
má fé ou por ter decorrido o prazo de opção, em relação ao
mais recente, se possível;
5 - ofensa física em serviço contra qualquer pessoa, salvo em
legítima defesa;
6 - ofensa física fora do serviço, mas em razão dele, contra
funcionário salvo em legítima defesa;
7 - participar da administração de empresa privada, se,
pela natureza do cargo exercido ou pelas características da
Demissão simples empresa, esta puder de qualquer forma beneficiar-se do fato
em prejuízo de suas congêneres ou do fisco;
8 - aceitar representação, pensão, emprego ou comissão, de
Estado estrangeiro, sem prévia autorização da autoridade
competente;
9 - exercer comércio, em circunstâncias que lhe propiciem
beneficiar-se do fato de ser também funcionário público;
10 - atribuir a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de encargos que lhe
competirem ou a seus subordinados;
11 - aplicar irregularmente dinheiros públicos;
12 - revelar ou facilitar a revelação de assuntos sigilosos que
conheça em razão do cargo;
13 - falsificar ou usar documentos que saiba falsificados;
14 - ineficiência desidiosa no exercício das atribuições.

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Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
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1 - lesão aos cofres públicos;


Demissão
2 - dilapidação do patrimônio público;
qualificada ou
3 - qualquer ato de manifesta improbidade no
simples
exercício da função pública.

1 - ofensa moral contra qualquer pessoa no recinto da


repartição;
2 - dar causa à instauração de sindicância ou processo
disciplinar, imputando a qualquer funcionário infração de que
o sabe inocente;
3 - indisciplina ou insubordinação;
4 - inassiduidade;
5 - impontualidade;
6 - faltar à verdade, com má fé, no exercício das funções;
7 - obstar o pleno exercício da atividade administrativa
vinculada a que esteja sujeito o funcionário;
Suspensão até 30
8 - deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas
dias
atribuições, as normas legais a que esteja sujeito;
9 - deixar, por condescendência, de punir subordinado que
cometeu infração disciplinar ou, se for o caso, de levar o fato
ao conhecimento da autoridade superior;
10 - fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade, como
testemunha ou perito, em processo disciplinar;
11 - conceder diária com o objetivo de remunerar outros
serviços ou encargos, bem como recebê-la pela mesma razão
ou fundamento.
12- violar direito ou prerrogativa de advogado no exercício de
sua função.

1 - deixar de atender:
a) às requisições para defesa da Fazenda Pública;
b) aos pedidos de certidões para a defesa de direito subjetivo,
devidamente indicado;
c) à convocação para júri;
2 - retirar, sem autorização superior, qualquer documento ou
Suspensão até 10
objeto da repartição, salvo se em benefício do serviço público;
dias
3 - deixar de atender nos prazos legais, sem justo motivo,
sindicância ou processo disciplinar ou negligenciar no
cumprimento das obrigações concernentes;
4 - exercer, mesmo fora das horas de expediente, funções em
entidades privadas que dependam, de qualquer modo, de sua
repartição.

1 - falta de espírito de cooperação e de solidariedade para


com os companheiros de trabalho em assuntos de serviço;
Repreensão
2 - apresentar-se ao serviço sem estar decentemente trajado e
em condições satisfatórias de higiene pessoal.

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1 - lesão aos cofres públicos;


Demissão
2 - dilapidação do patrimônio público;
qualificada ou
3 - qualquer ato de manifesta improbidade no
simples
exercício da função pública.

1 - ao funcionário que praticou, no exercício do cargo, falta


punível com demissão;
2 - ao funcionário que, mesmo aposentado ou em
disponibilidade, aceitar representação, comissão ou pensão
de Estado estrangeiro sem prévia autorização da autoridade
Cassação de
competente.
aposentadoria ou de
3 - o funcionário aposentado ou em disponibilidade que,
disponibilidade
no prazo legal, não entrar em exercício do cargo em que
tenha revertido ou sido aproveitado, responderá a processo
disciplinar, e, uma vez provada a inexistência de motivo
justo, sofrerá pena de cassação da aposentadoria ou
disponibilidade.

Será destituído o ocupante de cargo em comissão, de função


Destituição de cargo gratificada ou, ainda, o integrante do órgão de deliberação
de confiança coletiva, que pratique infração disciplinar punível com
suspensão
Importante diferenciar as situações que caracterizam inassiduidade permanente e inassi-
duidade intermitente.
Neste sentido, considera-se inassiduidade permanente a ausência ao serviço, sem justa
causa, por mais de 30 dias consecutivos, e inassiduidade intermitente, a ausência ao serviço,
sem justa causa, por 60 dias, intercaladamente, num período de 12 meses.
Como verificado, termos, a depender das infrações cometidas, a possibilidade do servidor
ser penalizado com demissão qualificada ou demissão simples.
A demissão qualificada incompatibiliza o ex-servidor para o exercício de cargo ou em-
prego público pelo período de 05 a 10 anos, tendo em vista as circunstâncias atenuantes ou
agravantes.
A demissão simples, por sua vez, incompatibiliza o ex-agente para o exercício de cargo ou
emprego público pelo período de 02 a 04 anos, tendo em vista as circunstâncias atenuantes
ou agravantes.
As penas de demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade serão aplicadas
pela autoridade competente para nomear ou aposentar o servidor. A competência para imposi-
ção das demais penalidades, por sua vez, será determinada em regulamento.
No momento da aplicação da penalidade, a autoridade competente deverá considerar as
circunstâncias agravantes ou atenuantes elencadas pela lei, sendo elas:

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Circunstâncias Agravantes Circunstâncias Atenuantes

I – a premeditação; I – haver sido mínima a cooperação


II – a reincidência; do funcionário no cometimento da
III – o conluio; infração;
IV – a continuação; II – ter o agente:
V – o cometimento do ilícito: a) procurado espontaneamente
a) mediante dissimulação ou outro e com eficiência, logo após o
recurso que dificulte o processo cometimento da infração, evitar-lhe
disciplinar; ou minorar-lhe as consequências ou
b) com abuso de autoridade; ter, antes do julgamento, reparado o
c) durante o cumprimento da pena; dano civil;
d) em público. b) cometido a infração sob coação
de superior hierárquico a que não
podia resistir, ou sob a influência de
violenta emoção, provocada por ato
injusto de terceiros;
c) confessado espontaneamente
a autoria de infração ignorada ou
imputada a outrem;
d) mais de 05 (cinco) anos de serviço
com bom comportamento, antes da
infração.
Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver conheci-
mento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso de tempo
a partir da data em que o fato se tornou conhecido.
E isso em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma vez que não é
admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver punições imprescritíveis.
Em outras palavras, isso implica em afirmar que, mesmo que um servidor tenha cometido
uma infração e esta seja do conhecimento da administração, caso a repartição competente
não tome as medidas legais (aplicação da penalidade) dentro de um determinado período, não
mais poderá o fazer, uma vez que a ação disciplinar estará prescrita.
Os prazos prescricionais diferem a depender da penalidade cabível. Neste sentido, o artigo
150 da Lei 6.745 estabelece o prazo de prescrição para cada uma das penas passíveis de apli-
cação no estatuto estadual:

Art. 150. Prescreve a ação disciplinar:


I – em 02 (dois) anos, quanto aos fatos punidos com repreensão, suspensão, ou destituição de
encargo de confiança;
II – em 05 (cinco) anos, quanto aos fatos punidos com a pena de demissão, de cassação de aposen-
tadoria ou de cassação de disponibilidade, ressalvada a hipótese do art. 151, deste Estatuto.
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr:
a) do dia em que o ilícito se tornou conhecido de autoridade competente para agir;

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b) nos ilícitos permanentes ou continuados, do dia em que cessar a permanência ou a continuação.
§ 2º O curso da prescrição interrompe-se:
a) com a instauração do processo disciplinar;
b) com o julgamento do processo disciplinar.
§ 3º Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr novamente do dia da interrupção.
Art. 151. Se o fato configurar também ilícito penal, a prescrição será a mesma da ação penal, caso
esta prescreva em mais de 05 (cinco) anos.

7. Da Vacância e do Reingresso no Serviço Público


7.1. Da Vacância
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo
público anteriormente ocupado. Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade
em que o agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipó-
teses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
Para fins de prova, temos que conhecer as hipóteses de vacância apresentadas pelo texto
da norma estadual, conforme previsão do artigo 168, de seguinte redação:

Art. 168. A vacância do cargo decorrerá de:


I – exoneração e demissão;
II – promoção e acesso;
III – transferência e recondução;
IV – aposentadoria;
V – falecimento.
Parágrafo único. A aposentadoria do funcionário implicará na vacância automática do cargo em
comissão de que seja titular.

 Obs.: Ainda que a norma elenque como hipótese de vacância o acesso e a transferência,
deve ser salientado que o STF possui entendimento de que tais formas não são admi-
tidas em nosso ordenamento jurídico.

7.2. Da Reintegração
A reintegração consiste no reingresso do servidor no serviço público, com ressarcimento
do vencimento e vantagens do cargo.
Como regra geral, a reintegração, que dependerá de posse, será feita no cargo anteriormen-
te ocupado. Caso o cargo tenha sido extinto, deverá ele ser restabelecido. Em caso de transfor-
mação, a reintegração ocorrerá no cargo resultante da transformação.
Não sendo possível, ainda assim, a reintegração, o funcionário será colocado em disponibi-
lidade, oportunidade em que receberá os vencimentos que teria caso fosse reintegrado.

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7.3. Do Aproveitamento
O aproveitamento pode ser conceituado como o reingresso no serviço público do funcio-
nário em disponibilidade.
No entanto, será obrigatório o aproveitamento do servidor estável:
a) em cargo de natureza e vencimento ou remuneração compatíveis com o anteriormente
ocupado, respeitada sempre a habilitação profissional;
b) no cargo restabelecido, ainda que modificada a sua denominação, ressalvado o direito à
opção, por outro, desde que o aproveitamento já tenha ocorrido.
Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não
tomar posse no prazo legal, salvo no caso de doença comprovada em inspeção médica, ou
de exercício de mandato eletivo, casos em que ficará adiada até a cessação do impedimento.
Provada a incapacidade definitiva, em inspeção médica, será decretada a aposentadoria
do servidor.

7.4. Da Reversão
A reversão é o reingresso no serviço público do servidor aposentado, quando insubsisten-
tes os motivos da aposentadoria por invalidez, ou a pedido, apurada a conveniência adminis-
trativa em processo regular.
A reversão dependerá sempre de prova de capacidade física e posse. Ocorrendo a rever-
são, esta ocorrerá no mesmo cargo, ou, em caso de impossibilidade, em outro cargo de igual
vencimento, respeitada a habilitação profissional.
Quando, no entanto, estivermos diante de reversão compulsória (que ocorre quando o Po-
der Público verifica que são insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez), caso
seja verificada a inexistência de vaga, o servidor será posto em disponibilidade.

8. Das Disposições Finais e Transitórias


Nas disposições finais e transitórias, encontramos artigos com uma baixa probabilidade
de serem exigidos em prova.
Ainda assim, como forma de evitar uma possível surpresa, relaciono abaixo as disposições
que considero importantes para uma completa preparação de todos os candidatos:
a) Considera-se autoridade competente, para os fins deste Estatuto, o Chefe do Poder
Executivo e os Presidentes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça e do Tribunal
de Contas.
b) Os prazos previstos na norma e na sua regulamentação serão contados por dias cor-
ridos. Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento que incidir em
sábado, domingo ou feriado, para o primeiro dia útil seguinte.

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c) O dia 28 de outubro é consagrado ao Funcionário Público do Estado de Santa Catarina.


d) A idade máxima para provimento dos cargos públicos sujeitos a concurso será de 50
anos, até que sejam estabelecidos novos limites. Tal limite não é aplicado àqueles que já se-
jam servidores públicos.
e) O Estado assegurará aos funcionários, no exercício do cargo, os meios indispensáveis à
dignidade funcional e à segurança física.

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RESUMO
O regime estatutário caracteriza-se, basicamente, por ser estabelecido por meio de lei de
cada ente federativo. Assim, tanto a União como os diversos Estados e Municípios publicam
uma lei que regula toda a atividade funcional de seus servidores, incluindo aí os direitos e as
obrigações e os critérios gerais de diversos outros institutos.
Os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribuições, responsabi-
lidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servidores públicos para o desempenho
das suas atividades funcionais. Dessa forma, quem ocupa cargo público encontra-se regido
por um estatuto funcional, que é o documento legal onde todos os direitos e benefícios do
servidor público encontram-se presentes.
Ressalta-se que a criação de cargos públicos deverá ser feita por intermédio de lei, sendo
que a iniciativa para propor a norma caberá ao chefe do respectivo Poder onde os cargos estão
sendo criados.
A admissão ao serviço estadual dependerá sempre de aprovação prévia em concurso pú-
blico, exceto para o provimento de cargos em comissão.
O concurso será precedido de três publicações de edital, em órgão oficial, com ampla divul-
gação, que abrirá o prazo mínimo de 30 dias para a inscrição dos interessados.
Estabelece a lei que a nomeação poderá ser feita tanto em caráter efetivo, quando decor-
rente de concurso público, quanto em comissão, para cargos declarados em lei de livre nome-
ação e exoneração.
No que se refere aos cargos em comissão, estabelece a lei que o particular deverá obser-
var, tal como ocorre com os ocupantes de cargos efetivos, os seguintes requisitos:
a) nacionalidade brasileira;
b) gozo dos direitos políticos;
c) quitação com as obrigações militares e eleitorais;
d) idade mínima de 18 anos.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial, o nomeado tem o prazo
de 30 dias para tomar posse. Este prazo, nos termos da lei, poderá ser prorrogado por mais 30
dias, ou enquanto durar o impedimento, na hipótese de doença comprovada.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, uma
vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas ocorre
com a posse.

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Por 30 dias, a
requerimento do
Este prazo poderá interessado
se prorrogado
Prazo para posse é
de 30 dias Enquanto durar o
impedimento, se
estiver
comprovadamente
doente

Quando o servidor em estágio probatório não preencher quaisquer dos requisitos exigidos,
caberá à comissão de avaliação concluir o processo de acompanhamento de desempenho
destinado à exoneração do nomeado.
Neste sentido, estabelece a norma que será dada ciência ao servidor em estágio proba-
tório, trimestralmente, do processo de acompanhamento do seu desempenho. Em caso de
conclusão para fins de exoneração, será concedido o prazo de 15 dias para a apresentação
de defesa.
Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os tra-
balhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes fe-
derados. Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um
adicional de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com re-
lação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servidores podem ser
parceladas em 3 períodos, desde que não inferiores, cada um deles, a 10 dias consecutivos.

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Servidor gozará de 30 dias de


férias anuais

Tempo mínimo de 12 meses para


que o servidor adquira o direito

Férias dos Servidores Estaduais

O servidor tem o direito a um


adicional de 1/3 sobre o total da
remuneração

As férias podem ser parceladas


em até 3 perídos, desde que
nenhum deles seja inferior a 10
dias consecutivos

A norma estabelece situações em que o servidor perderá a remuneração total ou parcial do


período de trabalho, sendo elas:
a) os vencimentos do dia, quando faltar ao serviço;
b) 1/3 dos vencimentos do dia, quando comparecer ao serviço com atraso máximo de até 30
minutos, ou quando se retirar antes de terminado o horário de trabalho;
c) 2/3 dos vencimentos, no caso de condenação, se esta não for de natureza que determine
a demissão do funcionário.
As situações que dão direito ao recebimento de ajuda de custo são aquelas em que o ser-
vidor passa a ter exercício em outra sede, com caráter de definitividade.
Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da atribuição
ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual ou transitória. Termina-
da a atividade, o servidor retorna para a sede da repartição pública.

• Exercício em nova sede, com caráter de


Ajuda de custo
definitividade

• Exercício em nova sede, com caráter de


Diárias
transitoriedade ou eventualidade

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O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve a partir da data da publicação ofi-


cial do ato impugnado ou, quando for dispensada, da data em que dele tiver conhecimento o
funcionário:
a) em 5 anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão, aposentadoria ou disponi-
bilidade do funcionário;
b) em 2 anos, nos demais casos.
O aproveitamento pode ser conceituado como o reingresso no serviço público do funcio-
nário em disponibilidade. No entanto, será obrigatório o aproveitamento do servidor estável:
a) em cargo de natureza e vencimento ou remuneração compatíveis com o anteriormente
ocupado, respeitada sempre a habilitação profissional;
b) no cargo restabelecido, ainda que modificada a sua denominação, ressalvado o direito à
opção, por outro, desde que o aproveitamento já tenha ocorrido.
A reversão é o reingresso no serviço público do servidor aposentado, quando insubsisten-
tes os motivos da aposentadoria por invalidez, ou a pedido, apurada a conveniência adminis-
trativa em processo regular.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/TJ AUX (TJ SC)/TJ SC/2018) Presidente do Tribunal de Justiça determinou de ofí-
cio a remoção de Maria, ocupante estável do cargo efetivo de Técnico Judiciário, da Vara Crimi-
nal da Capital, para Vara Cível de comarca do interior do Estado. O ato foi motivado em recente
estudo sobre o volume de trabalho em todos os órgãos judiciais, que demonstrou sobrecarga
de trabalho na citada Vara Cível. Inconformada, Maria impetrou mandado de segurança, ale-
gando que possui um filho de 8 anos matriculado em escola da capital.
O pleito de Maria:
a) merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo vinculado e prescinde de prévia con-
cordância do servidor, podendo o Judiciário analisar seu mérito;
b) merece prosperar, pois a remoção, apesar de ser ato administrativo discricionário, não pode
causar prejuízos ao servidor, podendo o Judiciário analisar seu mérito;
c) não merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo discricionário, cujo mérito e lega-
lidade não podem ser objeto de intervenção do Poder Judiciário;
d) não merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo discricionário, e foi devidamente
demonstrado o interesse público, não havendo violação à legalidade;
e) não merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo vinculado, cujo mérito pode ser
objeto de análise pelo Poder Judiciário.

002. (FGV/ANA (TJ SC)/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2015) De acordo com o Estatuto dos Ser-
vidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, é correto afirmar o seguinte sobre a li-
cença-prêmio:
a) o servidor ocupante de cargo exclusivamente em comissão faz jus a três meses de licença-
-prêmio, a cada quinquênio de efetivo exercício;
b) é permitida a conversão da licença-prêmio em pecúnia, em valor não inferior a cinquenta por
cento da remuneração do servidor;
c) a requerimento do servidor, a licença-prêmio será gozada de forma fracionada, em parcelas
não inferiores a cinco dias;
d) interrompe-se a contagem do quinquênio, se o servidor sofrer, no período, pena de suspen-
são ou faltar ao serviço, sem justificação, por mais de dez dias;
e) após cada triênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo efetivo faz jus a
licença-prêmio, com remuneração integral, pelo período de um mês.

003. (FGV/TJ AUX (TJ SC)/TJ SC/2015) Luciano, servidor público estadual lotado no setor de
protocolo, praticou ofensa moral contra um cidadão que lhe pediu uma informação, no recinto
da repartição. De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa
Catarina, Luciano cometeu falta disciplinar punível com:

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a) repreensão;
b) advertência;
c) suspensão de até 30 (trinta) dias;
d) censura e multa;
e) demissão.

004. (FEPESE/AFCE (TCE-SC)/TCE-SC/ENGENHARIA SANITÁRIA/2006) Assinale a alterna-


tiva correta, de acordo com a Lei E. n. 6.745/1985.
O aproveitamento do servidor em atribuições diferentes, por prazo certo e sem mudança de
cargo, em razão de modificação do estado físico ou das condições de saúde, chama-se:
a) recondução.
b) readmissão.
c) transferência.
d) redistribuição.
e) readaptação.

005. (FEPESE/AFCE (TCE-SC)/TCE-SC/CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO/2006 – ADAPTADA)


Assinale a alternativa correta, de acordo com a Lei E. n. 6.745/1985.
O aproveitamento do servidor em atribuições diferentes, por prazo certo e sem mudança de
cargo, em razão de modificação do estado físico ou das condições de saúde, chama-se:
a) recondução.
b) readmissão.
c) transferência.
d) redistribuição.
e) readaptação.

006. (FEPESE/AIPE (SEF SC)/SEF SC/2005) De acordo com a Lei Estadual n. 6745/85, o re-
torno do funcionário estável ao cargo por ele anteriormente ocupado, em consequência de
inabilitação no estágio probatório em outro cargo efetivo para o qual tenha sido nomeado, é
chamado de:
a) Substituição.
b) Recondução.
c) Readaptação.
d) Reintegração.
e) Transferência.

007. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) A verificação dos requi-


sitos básicos do estágio probatório, de acordo com a Lei Estadual n. 6745/1985, é realizada
por uma comissão de:

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
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a) no mínimo dois membros designados pelo titular do órgão.


b) no mínimo três membros designados pelo titular do órgão.
c) dois membros, um interno e um externo.
d) quatro membros designados pelo prefeito.
e) quatro membros designados pelo titular do órgão.

008. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) De acordo com a Lei Es-


tadual n. 6745/1985, são requisitos básicos do estágio probatório:
1. idoneidade moral e publicidade.
2. assiduidade e pontualidade.
3. disciplina e eficiência.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

009. (ACAFE/AG POL (PC SC)/PC SC/2014) Consoante o que dispõe o Estatuto dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina (Lei n. 6.745/1985), para que o servidor no-
meado para cargo efetivo seja confirmado no respectivo cargo, ele será avaliado por três anos
(estágio probatório).
São requisitos básicos do estágio probatório:
a) idoneidade moral; atendimento às convocações da chefia; disciplina; respeito à instituição.
b) idoneidade financeira; assiduidade e pontualidade; respeito à hierarquia; eficiência.
c) idoneidade moral e ética; assiduidade e pontualidade; obediência à chefia e competência.
d) idoneidade moral; assiduidade e pontualidade; disciplina; eficiência.
e) idoneidade moral e financeira; comparecimento regular ao trabalho; obediência à chefia,
eficiência.

010. (FEPESE/AFCE (TCE-SC)/TCE-SC/ENGENHARIA SANITÁRIA/2006) Assinale a alterna-


tiva correta, de acordo com a Lei E. n. 6.745/1985.
O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve, quanto aos atos de que decorram de-
missão, aposentadoria ou disponibilidade do servidor:
a) em 2 (dois) anos.
b) em 4 (quatro) anos.
c) em 5 (cinco) anos.
d) em 8 (oito) anos.
e) em 10 (dez) anos.

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Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
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011. (FEPESE/AG SS (SJC SC)/SJC SC/2016) De acordo com a Lei n. 6.745, de 28 de dezem-
bro de 1985, assinale a opção incorreta.
a) O servidor gozará anualmente 30 dias de férias.
b) É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
c) Fica facultado o gozo de férias em 2 períodos, não inferiores a 10 dias consecutivos.
d) Ao entrar em férias, o funcionário deverá informar o seu endereço eventual.
e) É permitida a acumulação de férias.

012. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE III/TÉCNICO EM ATIVIDADES ADMI-


NISTRATIVAS/2013) De acordo com a Lei no 6.745/1985, considera-se o dia do Funcionário
Público do Estado de Santa Catarina:
a) 15 de abril.
b) 1º de maio.
c) 28 de setembro.
d) 28 de outubro.
e) 15 de dezembro.

013. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE III/TÉCNICO EM ATIVIDADES ADMI-


NISTRATIVAS/2013) Nos termos da Lei Estadual no 6.745, de 28 dezembro de 1985, que
estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, é permitida a
prestação de serviço extraordinário, que não está sujeito à limitação de carga horária semanal,
não podendo ultrapassar, como regra geral:
a) 90 horas semestrais.
b) 120 horas semestrais.
c) 180 horas semestrais.
d) 240 horas semestrais.
e) 360 horas semestrais.

014. (FEPESE/ADV AUTA (JUCESC)/JUCESC/2013) Assinale a alternativa correta de acordo


com a Lei Estadual no 6.745/1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado.
Em relação ao direito de petição, o requerimento ou representação dirigido à autoridade com-
petente para decidi-lo, deverá ter solução:
a) em até 10 úteis, contados do registro do pedido.
b) no prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual período.
c) no prazo máximo de 45 dias, salvo em caso que obrigue a realização de diligência ou estudo
especial, hipótese em que não poderá passar de 90 dias.
d) no prazo improrrogável de até 90 dias.
e) no prazo máximo de 120 dias.

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015. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) A Lei Estadual no


6.745/1985 estabelece que:
______________ consiste na situação funcional transitória criada por ato administrativo e come-
tida a funcionário público estadual, mediante livre escolha, para desempenho de atribuições
regimentais.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
a) função de confiança
b) ato de designação
c) ato temporário
d) ato autoritário
e) dia casual

016. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ECONOMIA/2014) Verificada a acumulação ilegal


de cargos, funções ou empregos, o servidor, provada a sua boa-fé, será obrigado a optar por
um dos cargos.
Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao prazo de opção.
a) 15 dias
b) 20 dias
c) 45 dias
d) 30 dias
e) 90 dias

017. (FEPESE/ANA TEC ((DPE SC)/DPE SC/2013) De acordo com a Lei Complementar no
491/2010 – Estatuto jurídico disciplinar no âmbito da administração direta e indireta do Estado
de Santa Catarina, em qual das infrações disciplinares abaixo poderá ser utilizado o procedi-
mento sumário?
a) ofensa à superior
b) advocacia administrativa
c) dilapidação de patrimônio
d) insubordinação funcional
e) abandono de cargo

018. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE IV/ANALISTA DE INFORMÁTICA/2013)


Com base na Lei n. 6.745, de 28 de dezembro de 1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Ser-
vidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, “faltar à verdade, com má fé, no exercício
das funções”, caracteriza infração disciplinar punível com:
a) Repreensão escrita.
b) Demissão simples.
c) Demissão qualificada.

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d) Suspensão até dez dias.


e) Suspensão até 30 dias.

019. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE IV/ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-


TRATIVO II/2013) Conforme dispõe a Lei Estadual n. 6.745/1985, que estabelece o Estatuto
dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, constitui acumulação proibida a
percepção:
a) Conjunta, de pensões civis ou militares.
b) De pensões com remuneração ou salário.
c) De pensões com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou reforma.
d) De proventos, quando resultante de cargos não acumuláveis.
e) De proventos com remuneração ou salário, nos cargos de acumulação

020. (FEPESE/AIPE (SEF SC)/SEF SC/2005) São infrações disciplinares puníveis com demis-
são, nos termos da Lei Estadual n. 6745/85:
a) Faltar à verdade, com má-fé, no exercício de suas funções.
b) Obstar o pleno exercício da atividade administrativa vinculada a que esteja sujeito o
funcionário.
c) Qualquer ato de manifesta improbidade no exercício da função pública.
d) Deixar de cumprir, na esfera de suas atribuições, as normas legais a que esteja sujeito.
e) Deixar de atender às requisições para defesa da Fazenda Pública.

021. (FEPESE/2017/PC-SC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Com base na Lei n. 6.745, de 28


de dezembro de 1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado
de Santa Catarina, constitui requisito básico para a inscrição em concurso público, além dos
constantes das instruções especiais, a comprovação relativa a:
a) Ser brasileiro nato.
b) Idoneidade moral.
c) Idade mínima de dezesseis anos.
d) Nacionalidade brasileira ou estrangeira.
e) Quitação com as obrigações militares e eleitorais.

022. (FEPESE/2017/PC-SC/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) De acordo com a Lei n. 6.745, de


1985, a posse é o ato pelo qual o nomeado para um cargo público manifesta, pessoal e expres-
samente, a sua vontade de aceitar a nomeação e inicia o exercício das respectivas funções, e
terá lugar no prazo de:
a) quinze dias da data da publicação do ato de nomeação, improrrogáveis.
b) quinze dias da data da publicação do ato de nomeação, prorrogáveis por mais quinze dias,
ou enquanto durar o impedimento, se estiver comprovadamente doente.

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c) trinta dias da data da publicação do ato de nomeação, improrrogáveis.


d) trinta dias da data da publicação do ato de nomeação, prorrogáveis por mais quinze dias.
e) trinta dias da data da publicação do ato de nomeação, prorrogáveis por mais trinta dias, ou
enquanto durar o impedimento, se estiver comprovadamente doente.

023. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) Considere as seguintes


afirmativas sobre a posse, de acordo com a Lei Estadual n. 6.745/1985.
1. A posse em cargo de provimento em comissão será precedida de exame de saúde, nos ter-
mos deste Estatuto, salvo quando se tratar de funcionário público em efetivo exercício.
2. A posse terá lugar no prazo de 90 dias da data da publicação do ato de nomeação no Diá-
rio Oficial.
3. Será tornada sem efeito a nomeação quando, por ato ou omissão de que for responsável o
nomeado, a posse não se verificar no prazo estabelecido.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

024. (TJ-SC/2009/TJ-SC/ANALISTA JURÍDICO) São puníveis com demissão simples, nos


termos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina – Lei 6.745/85:
a) Obstar o pleno exercício da atividade administrativa vinculada a que esteja sujeito o
funcionário.
b) Deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas atribuições, as normas legais a que
esteja sujeito.
c) Ofensa física em serviço contra qualquer pessoa, salvo em legítima defesa.
d) Fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade, como testemunha ou perito em processo
disciplinar.
e) Conceder diária com objetivo de remunerar outros serviços ou encargos, bem como recebê-
-la pela mesma razão.

025. (FEPESE/2010 UDESC/TÉCNICO DE INFORMÁTICA) Conforme a Lei no 6.745/85, não


decorrerá a vacância do cargo público em razão de:
a) férias.
b) demissão.
c) exoneração.
d) aposentadoria.
e) promoção.

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026. (FEPESE/2010 UDESC/TÉCNICO DE INFORMÁTICA) Com base na Lei n. 6.745/85, pre-


encha as lacunas do texto abaixo:
“Após cada _____________ de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provi-
mento efetivo fará jus a uma licença ___________ remuneração, como prêmio, pelo período de
___________meses”.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.
a) triênio; sem; 2 (dois)
b) triênio; com; 2 (dois)
c) triênio; com; 3 (três)
d) quinquênio; sem; 2 (dois)
e) quinquênio; com; 3 (três)

027. (FEPESE/2010 UDESC/ADVOGADO) De acordo com a Lei no 6.745, de 28 de dezembro


de 1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Cata-
rina, é correto afirmar:
a) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores serão corrigidos pelos índices da
correção monetária e juros legais.
b) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores serão corrigidos pelos índices da
correção monetária, sem a incidência de juros legais.
c) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores serão corrigidos com juros legais,
sem a incidência de correção monetária.
d) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores, em até 10 dias, não serão corrigi-
dos com juros legais.
e) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores, em até 10 dias, não serão corrigi-
dos pelos índices da correção monetária.

028. (TJ-SC/2011/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – AUXILIAR) O deslocamento motivado de


cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro de pessoal, para outro ór-
gão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central de pessoal, segun-
do o Estatuto do Servidor Público do Estado de Santa Catarina, é denominado:
a) transferência.
b) readaptação.
c) recondução.
d) redistribuição.
e) substituição.

029. (TJ-SC/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do


Estado, o direito do funcionário pleitear na esfera administrativa quanto aos atos de que decor-
rem a sua demissão, prescreve:

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a) Em três anos a partir da data da publicação oficial do ato impugnado.


b) Em dois anos a partir da data da publicação oficial do ato impugnado.
c) Em dois anos a partir da data da prática do ato que ensejou a demissão.
d) Em um ano a partir da data da prática do ato que ensejou a demissão.
e) Em cinco anos a partir da data da publicação oficial do ato impugnado.

030. (FEPESE/2010/UDESC/ADVOGADO) Preencha as lacunas do texto abaixo.


“A remuneração do servidor que executar atividade noturna, assim considerado o trabalho
prestado entre _______ horas e ______ horas do dia seguinte, será acrescida de _______”.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.
a) 21; 5; 25%
b) 21; 6; 50%
c) 22; 5; 25%
d) 22; 6; 25%
e) 22; 6; 50%

031. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) De acordo com a Lei Es-


tadual n. 6.745/1985, entre os requisitos na prévia apreciação do órgão central de pessoal para
a realização da redistribuição constam:
1. o interesse da Administração;
2. a equivalência de vencimentos;
3. a manutenção da essência das atribuições do cargo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

032. (FEPESE/ADV AUTA (JUCESC)/JUCESC/2013) Assinale a alternativa correta de acordo


com a Lei Estadual no 6.745/1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado.
Nos casos de impedimento de ocupante de cargo em comissão ou de função de confiança
haverá o instituto:
a) da designação.
b) da recondução.
c) da substituição.
d) da readaptação.
e) da redistribuição.

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GABARITO
1. d
2. d
3. c
4. e
5. e
6. b
7. b
8. d
9. d
10. c
11. e
12. d
13. b
14. c
15. a
16. a
17. e
18. e
19. d
20. c
21. e
22. e
23. c
24. c
25. a
26. e
27. a
28. d
29. e
30. d
31. e
32. c

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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/TJ AUX (TJ SC)/TJ SC/2018) Presidente do Tribunal de Justiça determinou de ofí-
cio a remoção de Maria, ocupante estável do cargo efetivo de Técnico Judiciário, da Vara Crimi-
nal da Capital, para Vara Cível de comarca do interior do Estado. O ato foi motivado em recente
estudo sobre o volume de trabalho em todos os órgãos judiciais, que demonstrou sobrecarga
de trabalho na citada Vara Cível. Inconformada, Maria impetrou mandado de segurança, ale-
gando que possui um filho de 8 anos matriculado em escola da capital.
O pleito de Maria:
a) merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo vinculado e prescinde de prévia con-
cordância do servidor, podendo o Judiciário analisar seu mérito;
b) merece prosperar, pois a remoção, apesar de ser ato administrativo discricionário, não pode
causar prejuízos ao servidor, podendo o Judiciário analisar seu mérito;
c) não merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo discricionário, cujo mérito e lega-
lidade não podem ser objeto de intervenção do Poder Judiciário;
d) não merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo discricionário, e foi devidamente
demonstrado o interesse público, não havendo violação à legalidade;
e) não merece prosperar, pois a remoção é ato administrativo vinculado, cujo mérito pode ser
objeto de análise pelo Poder Judiciário.

Para responder a questão, devemos fazer uso das disposições do artigo 22 do estatuto dos
servidores estaduais, de seguinte redação:

Art. 22. O deslocamento do funcionário de um para outro órgão do serviço público estadual, inde-
pendente de mudança da sede funcional, dar-se-á por ato de remoção, processando-se a pedido, por
permuta ou no interesse do serviço público, a critério da autoridade competente.
No caso apresentado, o pedido de Maria não merece prosperar, uma vez que a remoção é ato
administrativo discricionário, tendo sido devidamente demonstrado o interesse público.
Letra d.

002. (FGV/ANA (TJ SC)/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2015) De acordo com o Estatuto dos Ser-
vidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, é correto afirmar o seguinte sobre a li-
cença-prêmio:
a) o servidor ocupante de cargo exclusivamente em comissão faz jus a três meses de licença-
-prêmio, a cada quinquênio de efetivo exercício;
b) é permitida a conversão da licença-prêmio em pecúnia, em valor não inferior a cinquenta por
cento da remuneração do servidor;

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c) a requerimento do servidor, a licença-prêmio será gozada de forma fracionada, em parcelas


não inferiores a cinco dias;
d) interrompe-se a contagem do quinquênio, se o servidor sofrer, no período, pena de suspen-
são ou faltar ao serviço, sem justificação, por mais de dez dias;
e) após cada triênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo efetivo faz jus a
licença-prêmio, com remuneração integral, pelo período de um mês.

a) Errada. Apenas o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo é que pode fazer uso da
licença-prêmio.
b) Errada. O §1º do artigo 78 estabelece que “Fica vedada a conversão da licença-prêmio, de
que trata o caput deste artigo, em pecúnia”.
c) Errada. O que a norma determina é que, a requerimento do servidor, a licença-prêmio poderá
ser gozada em parcelas não inferiores a 15 dias.
d) Certa. A alternativa está de acordo com as disposições do artigo 79, de seguinte redação:

Art. 79. Interrompe-se a contagem do quinquênio, se o funcionário sofrer, no período, pena de sus-
pensão ou faltar ao serviço, sem justificação, por mais de 10 (dez) dias.
e) Errada. A licença em questão é devida a cada quinquênio de efetivo exercício.

Art. 78. Após cada quinquênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de pro-
vimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 3 (três)
meses.
Letra d.

003. (FGV/TJ AUX (TJ SC)/TJ SC/2015) Luciano, servidor público estadual lotado no setor de
protocolo, praticou ofensa moral contra um cidadão que lhe pediu uma informação, no recinto
da repartição. De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa
Catarina, Luciano cometeu falta disciplinar punível com:
a) repreensão;
b) advertência;
c) suspensão de até 30 (trinta) dias;
d) censura e multa;
e) demissão.

A conduta de Luciano enseja a aplicação da penalidade de suspensão até 30 dias, conforme


disposição da Lei 6.745.

Art. 137. São infrações disciplinares, entre outras definidas nesta Lei:
III – puníveis com suspensão até 30 (trinta) dias:

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1 - ofensa moral contra qualquer pessoa no recinto da repartição;
Letra c.

004. (FEPESE/AFCE (TCE-SC)/TCE-SC/ENGENHARIA SANITÁRIA/2006) Assinale a alterna-


tiva correta, de acordo com a Lei E. n. 6.745/1985.
O aproveitamento do servidor em atribuições diferentes, por prazo certo e sem mudança de
cargo, em razão de modificação do estado físico ou das condições de saúde, chama-se:
a) recondução.
b) readmissão.
c) transferência.
d) redistribuição.
e) readaptação.

O enunciado da questão faz menção ao instituto da readaptação, conforme previsão do artigo


35 da norma estadual.

Art. 35. Dar-se-á a readaptação funcional quando, não sendo possível a transferência, ocorrer modi-
ficação do estado físico ou das condições de saúde do funcionário, que aconselhe o seu aproveita-
mento em atribuições diferentes, compatíveis com a sua condição funcional (art. 71).
§ 1º A readaptação não implica em mudança de cargo e terá prazo certo de duração, conforme re-
comendação do órgão médico oficial.
Letra e.

005. (FEPESE/AFCE (TCE-SC)/TCE-SC/CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO/2006 – ADAPTADA)


Assinale a alternativa correta, de acordo com a Lei E. n. 6.745/1985.
O aproveitamento do servidor em atribuições diferentes, por prazo certo e sem mudança de
cargo, em razão de modificação do estado físico ou das condições de saúde, chama-se:
a) recondução.
b) readmissão.
c) transferência.
d) redistribuição.
e) readaptação.

A questão exige o conhecimento do instituto da readaptação, conforme previsão do artigo 35


da norma estadual.

Art. 35. Dar-se-á a readaptação funcional quando, não sendo possível a transferência, ocorrer modi-
ficação do estado físico ou das condições de saúde do funcionário, que aconselhe o seu aproveita-
mento em atribuições diferentes, compatíveis com a sua condição funcional (art. 71).

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Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
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§ 1º A readaptação não implica em mudança de cargo e terá prazo certo de duração, conforme re-
comendação do órgão médico oficial.
Letra e.

006. (FEPESE/AIPE (SEF SC)/SEF SC/2005) De acordo com a Lei Estadual n. 6745/85, o re-
torno do funcionário estável ao cargo por ele anteriormente ocupado, em consequência de
inabilitação no estágio probatório em outro cargo efetivo para o qual tenha sido nomeado, é
chamado de:
a) Substituição.
b) Recondução.
c) Readaptação.
d) Reintegração.
e) Transferência.

O enunciado apresenta uma das situações em que o servidor poderá fazer uso do instituto da
recondução.

Art. 37. Recondução é a volta do funcionário ao cargo por ele anteriormente ocupado, em conse-
quência de reintegração decretada em favor de outrem ou, sendo estável, quando inabilitado no
estágio probatório em outro cargo efetivo para o qual tenha sido nomeado, ou, ainda, quando for
declarada indevida a transferência, a promoção por antiguidade e o acesso.
Letra b.

007. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) A verificação dos requi-


sitos básicos do estágio probatório, de acordo com a Lei Estadual n. 6745/1985, é realizada
por uma comissão de:
a) no mínimo dois membros designados pelo titular do órgão.
b) no mínimo três membros designados pelo titular do órgão.
c) dois membros, um interno e um externo.
d) quatro membros designados pelo prefeito.
e) quatro membros designados pelo titular do órgão.

De acordo com o artigo 15, §2º, a verificação dos requisitos do estágio probatório “será efetua-
da por uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros designados pelo titular do órgão”.
Letra b.

008. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) De acordo com a Lei Es-


tadual n. 6745/1985, são requisitos básicos do estágio probatório:
1. idoneidade moral e publicidade.

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2. assiduidade e pontualidade.
3. disciplina e eficiência.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

De acordo com o estatuto dos servidores, são requisitos básicos do estágio probatório:
I – idoneidade moral; (Erro do Item 1)
II – assiduidade e pontualidade; (Item 2)
III – disciplina; (Item 3)
IV – eficiência. (Item 3)
Letra d.

009. (ACAFE/AG POL (PC SC)/PC SC/2014) Consoante o que dispõe o Estatuto dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina (Lei n. 6.745/1985), para que o servidor no-
meado para cargo efetivo seja confirmado no respectivo cargo, ele será avaliado por três anos
(estágio probatório).
São requisitos básicos do estágio probatório:
a) idoneidade moral; atendimento às convocações da chefia; disciplina; respeito à instituição.
b) idoneidade financeira; assiduidade e pontualidade; respeito à hierarquia; eficiência.
c) idoneidade moral e ética; assiduidade e pontualidade; obediência à chefia e competência.
d) idoneidade moral; assiduidade e pontualidade; disciplina; eficiência.
e) idoneidade moral e financeira; comparecimento regular ao trabalho; obediência à chefia,
eficiência.

Os requisitos do estágio probatório estão previstos no artigo 15 da Lei 6.745, de seguin-


te redação:

Art. 15. O servidor nomeado para cargo efetivo fica sujeito a um período de estágio probatório de
3 (três) anos de efetivo exercício no cargo para o qual prestou concurso público, com o objetivo de
apurar os requisitos necessários à confirmação no cargo para o qual foi nomeado.
§ 1º São requisitos básicos do estágio probatório:
I – idoneidade moral;
II – assiduidade e pontualidade;
III – disciplina;
IV – eficiência.
Letra d.
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010. (FEPESE/AFCE (TCE-SC)/TCE-SC/ENGENHARIA SANITÁRIA/2006) Assinale a alterna-


tiva correta, de acordo com a Lei E. n. 6.745/1985.
O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve, quanto aos atos de que decorram de-
missão, aposentadoria ou disponibilidade do servidor:
a) em 2 (dois) anos.
b) em 4 (quatro) anos.
c) em 5 (cinco) anos.
d) em 8 (oito) anos.
e) em 10 (dez) anos.

Para as situações narradas pelo enunciado, o prazo prescricional que deverá ser observado é
de 5 anos.

Art. 125. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve a partir da data da publicação oficial
do ato impugnado ou, quando for dispensada, da data em que dele tiver conhecimento o funcionário:
I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão, aposentadoria ou disponi-
bilidade do funcionário;
Letra c.

011. (FEPESE/AG SS (SJC SC)/SJC SC/2016) De acordo com a Lei n. 6.745, de 28 de dezem-
bro de 1985, assinale a opção incorreta.
a) O servidor gozará anualmente 30 dias de férias.
b) É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
c) Fica facultado o gozo de férias em 2 períodos, não inferiores a 10 dias consecutivos.
d) Ao entrar em férias, o funcionário deverá informar o seu endereço eventual.
e) É permitida a acumulação de férias.

Todas as alternativas apresentadas estão corretas, com exceção da Letra E. Conforme previ-
são do artigo 61, a acumulação de férias não é permitida.

Art. 61. É proibida a acumulação de férias.


Letra e.

012. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE III/TÉCNICO EM ATIVIDADES ADMI-


NISTRATIVAS/2013) De acordo com a Lei no 6.745/1985, considera-se o dia do Funcionário
Público do Estado de Santa Catarina:
a) 15 de abril.
b) 1º de maio.
c) 28 de setembro.
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d) 28 de outubro.
e) 15 de dezembro.

De acordo com a lei (art. 186), “O dia 28 de outubro é consagrado ao Funcionário Público do
Estado de Santa Catarina”.
Letra d.

013. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE III/TÉCNICO EM ATIVIDADES ADMI-


NISTRATIVAS/2013) Nos termos da Lei Estadual no 6.745, de 28 dezembro de 1985, que
estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, é permitida a
prestação de serviço extraordinário, que não está sujeito à limitação de carga horária semanal,
não podendo ultrapassar, como regra geral:
a) 90 horas semestrais.
b) 120 horas semestrais.
c) 180 horas semestrais.
d) 240 horas semestrais.
e) 360 horas semestrais.

É permitida a prestação de serviço extraordinário, que não está sujeito à limitação de carga
horária semanal, não podendo ultrapassar, de acordo com a Lei 6.745, a 120 horas semestrais.
Letra b.

014. (FEPESE/ADV AUTA (JUCESC)/JUCESC/2013) Assinale a alternativa correta de acordo


com a Lei Estadual no 6.745/1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado.
Em relação ao direito de petição, o requerimento ou representação dirigido à autoridade com-
petente para decidi-lo, deverá ter solução:
a) em até 10 úteis, contados do registro do pedido.
b) no prazo de 30 dias, prorrogáveis por igual período.
c) no prazo máximo de 45 dias, salvo em caso que obrigue a realização de diligência ou estudo
especial, hipótese em que não poderá passar de 90 dias.
d) no prazo improrrogável de até 90 dias.
e) no prazo máximo de 120 dias.

De acordo com a lei em estudo, o requerimento ou representação será dirigido à autoridade


competente para decidi-lo e terá solução no prazo máximo de 45 dias, salvo em caso que

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obrigue a realização de diligência ou estudo especial, hipótese em que não poderá passar
de 90 dias.
Letra c.

015. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) A Lei Estadual no


6.745/1985 estabelece que:
______________ consiste na situação funcional transitória criada por ato administrativo e come-
tida a funcionário público estadual, mediante livre escolha, para desempenho de atribuições
regimentais.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
a) função de confiança
b) ato de designação
c) ato temporário
d) ato autoritário
e) dia casual

Nos termos do artigo 3º, §1º, da Lei Estadual 6.745,

Entende-se por função de confiança a situação funcional transitória criada por ato administrativo e
cometida a funcionário público estadual, mediante livre escolha, para desempenho de atribuições
regimentais.
Letra a.

016. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ECONOMIA/2014) Verificada a acumulação ilegal


de cargos, funções ou empregos, o servidor, provada a sua boa-fé, será obrigado a optar por
um dos cargos.
Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao prazo de opção.
a) 15 dias
b) 20 dias
c) 45 dias
d) 30 dias
e) 90 dias

Nos termos do artigo 128,

Verificada acumulação proibida de cargos, funções ou empregos e, em processo sumário, provada a


boa-fé, o funcionário será obrigado a optar por um dos cargos no prazo de 15 (quinze) dias.
Letra a.

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017. (FEPESE/ANA TEC ((DPE SC)/DPE SC/2013) De acordo com a Lei Complementar no
491/2010 – Estatuto jurídico disciplinar no âmbito da administração direta e indireta do Estado
de Santa Catarina, em qual das infrações disciplinares abaixo poderá ser utilizado o procedi-
mento sumário?
a) ofensa à superior
b) advocacia administrativa
c) dilapidação de patrimônio
d) insubordinação funcional
e) abandono de cargo

A única previsão de utilização do procedimento sumário, nos termos da Lei 6.745, é para a
verificação da acumulação de cargos. Neste sentido, por exemplo, é o teor do artigo 128, de
seguinte redação:

Art. 128. Verificada acumulação proibida de cargos, funções ou empregos e, em processo sumário,
provada a boa-fé, o funcionário será obrigado a optar por um dos cargos no prazo de 15 (quinze)
dias.
Letra e.

018. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE IV/ANALISTA DE INFORMÁTICA/2013)


Com base na Lei n. 6.745, de 28 de dezembro de 1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Ser-
vidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, “faltar à verdade, com má fé, no exercício
das funções”, caracteriza infração disciplinar punível com:
a) Repreensão escrita.
b) Demissão simples.
c) Demissão qualificada.
d) Suspensão até dez dias.
e) Suspensão até 30 dias.

No caso, estamos diante de uma situação que deve ser sancionada com a penalidade de sus-
pensão até 30 dias.

Art. 137. São infrações disciplinares, entre outras definidas nesta Lei:
III – puníveis com suspensão até 30 (trinta) dias:
6 - faltar à verdade, com má fé, no exercício das funções;
Letra e.

019. (FEPESE/ATGRM (JUCESC)/JUCESC/CLASSE IV/ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-


TRATIVO II/2013) Conforme dispõe a Lei Estadual n. 6.745/1985, que estabelece o Estatuto

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dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina, constitui acumulação proibida a
percepção:
a) Conjunta, de pensões civis ou militares.
b) De pensões com remuneração ou salário.
c) De pensões com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou reforma.
d) De proventos, quando resultante de cargos não acumuláveis.
e) De proventos com remuneração ou salário, nos cargos de acumulação legal.

Para responder a questão, devemos fazer uso das disposições do artigo 130 da Lei 6.745, que
apresenta a seguinte redação:

Art. 130. Não constitui acumulação proibida a percepção:


I – conjunta, de pensões civis ou militares; (Letra A)
II – de pensões com remuneração ou salário; (Letra B)
III – de pensões com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou reforma; (Letra C)
IV – de proventos, quando resultantes de cargos legalmente acumuláveis;
V – de proventos com remuneração ou salário, nos casos de acumulação legal. (Letra E)
Como se observa, apenas a Letra D apresenta uma situação de acumulação proibida.
Letra d.

020. (FEPESE/AIPE (SEF SC)/SEF SC/2005) São infrações disciplinares puníveis com demis-
são, nos termos da Lei Estadual n. 6745/85:
a) Faltar à verdade, com má-fé, no exercício de suas funções.
b) Obstar o pleno exercício da atividade administrativa vinculada a que esteja sujeito o
funcionário.
c) Qualquer ato de manifesta improbidade no exercício da função pública.
d) Deixar de cumprir, na esfera de suas atribuições, as normas legais a que esteja sujeito.
e) Deixar de atender às requisições para defesa da Fazenda Pública.

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra C (atos de improbidade) enseja a aplica-


ção da penalidade de demissão.

Art. 137. São infrações disciplinares, entre outras definidas nesta Lei:
I – puníveis com demissão qualificada ou simples:
3 - qualquer ato de manifesta improbidade no exercício da função pública.
Nas demais situações, estaremos diante das penas de suspensão até 30 dias (Letras A, B e D)
e suspensão até 10 dias (Letra E).
Letra c.

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021. (FEPESE/2017/PC-SC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Com base na Lei n. 6.745, de 28


de dezembro de 1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado
de Santa Catarina, constitui requisito básico para a inscrição em concurso público, além dos
constantes das instruções especiais, a comprovação relativa a:
a) Ser brasileiro nato.
b) Idoneidade moral.
c) Idade mínima de dezesseis anos.
d) Nacionalidade brasileira ou estrangeira.
e) Quitação com as obrigações militares e eleitorais.

Os requisitos para a inscrição em concurso público estão expressos no artigo 7º da Lei 6.745,
de seguinte teor:

Art. 7º São requisitos básicos para a inscrição em concurso, além dos constantes das instruções
especiais, a comprovação relativa a:
I – nacionalidade brasileira;
II – gozo dos direitos políticos;
III – quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – idade mínima de 18 (dezoito) anos.
Letra e.

022. (FEPESE/2017/PC-SC/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) De acordo com a Lei n. 6.745, de


1985, a posse é o ato pelo qual o nomeado para um cargo público manifesta, pessoal e expres-
samente, a sua vontade de aceitar a nomeação e inicia o exercício das respectivas funções, e
terá lugar no prazo de:
a) quinze dias da data da publicação do ato de nomeação, improrrogáveis.
b) quinze dias da data da publicação do ato de nomeação, prorrogáveis por mais quinze dias,
ou enquanto durar o impedimento, se estiver comprovadamente doente.
c) trinta dias da data da publicação do ato de nomeação, improrrogáveis.
d) trinta dias da data da publicação do ato de nomeação, prorrogáveis por mais quinze dias.
e) trinta dias da data da publicação do ato de nomeação, prorrogáveis por mais trinta dias, ou
enquanto durar o impedimento, se estiver comprovadamente doente.

Devemos responder a questão com base nas disposições do artigo 14, que apresenta as re-
gras a serem observadas com relação ao prazo de posse.

Art. 14. A posse terá lugar no prazo de 30 (trinta) dias da data da publicação do ato de nomeação
no Diário Oficial.

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§ 1º A requerimento do interessado, o prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta)
dias ou enquanto durar o impedimento, se estiver comprovadamente doente.
Letra e.

023. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) Considere as seguintes


afirmativas sobre a posse, de acordo com a Lei Estadual n. 6.745/1985.
1. A posse em cargo de provimento em comissão será precedida de exame de saúde, nos ter-
mos deste Estatuto, salvo quando se tratar de funcionário público em efetivo exercício.
2. A posse terá lugar no prazo de 90 dias da data da publicação do ato de nomeação no Diá-
rio Oficial.
3. Será tornada sem efeito a nomeação quando, por ato ou omissão de que for responsável o
nomeado, a posse não se verificar no prazo estabelecido.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

A resposta para a questão pode ser encontrada nos artigos 13 e 14 da Lei 6.745, que possui a
seguinte redação:

Art. 13. A posse em cargo de provimento em comissão será precedida de exame de saúde, nos
termos deste Estatuto, salvo quando se tratar de funcionário público em efetivo exercício. (Item 1)
Art. 14. A posse terá lugar no prazo de 30 (trinta) dias da data da publicação do ato de nomeação
no Diário Oficial. (Erro do Item 2)
§ 1º A requerimento do interessado, o prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta)
dias ou enquanto durar o impedimento, se estiver comprovadamente doente.
§ 2º Será tornada sem efeito a nomeação quando, por ato ou omissão de que for responsável o
nomeado, a posse não se verificar no prazo estabelecido. (Item 3)
Letra c.

024. (TJ-SC/2009/TJ-SC/ANALISTA JURÍDICO) São puníveis com demissão simples, nos


termos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Catarina – Lei 6.745/85:
a) Obstar o pleno exercício da atividade administrativa vinculada a que esteja sujeito o
funcionário.
b) Deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas atribuições, as normas legais a que
esteja sujeito.
c) Ofensa física em serviço contra qualquer pessoa, salvo em legítima defesa.

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d) Fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade, como testemunha ou perito em processo
disciplinar.
e) Conceder diária com objetivo de remunerar outros serviços ou encargos, bem como recebê-
-la pela mesma razão.

Dentre as alternativas apresentadas, apenas a Letra C trata-se de uma infração cuja penalidade
a ser aplicada é a de demissão simples.

Art. 137. São infrações disciplinares, entre outras definidas nesta Lei:
II – puníveis com demissão simples:
5 - ofensa física em serviço contra qualquer pessoa, salvo em legítima defesa;
Letra c.

025. (FEPESE/2010 UDESC/TÉCNICO DE INFORMÁTICA) Conforme a Lei no 6.745/85, não


decorrerá a vacância do cargo público em razão de:
a) férias.
b) demissão.
c) exoneração.
d) aposentadoria.
e) promoção.

Vejamos, de acordo com o artigo 168, as situações elencadas como hipóteses de vacância.

Art. 168. A vacância do cargo decorrerá de:


I – exoneração e demissão;
II – promoção e acesso;
III – transferência e recondução;
IV – aposentadoria;
V – falecimento.
Apenas as férias, dentre as opções elencadas pela questão, não é considerada como vacância
no cargo público.
Letra a.

026. (FEPESE/2010 UDESC/TÉCNICO DE INFORMÁTICA) Com base na Lei n. 6.745/85, pre-


encha as lacunas do texto abaixo:
“Após cada _____________ de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de provi-
mento efetivo fará jus a uma licença ___________ remuneração, como prêmio, pelo período de
___________meses”.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.

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a) triênio; sem; 2 (dois)


b) triênio; com; 2 (dois)
c) triênio; com; 3 (três)
d) quinquênio; sem; 2 (dois)
e) quinquênio; com; 3 (três)

Podemos responder a questão com base na literalidade do artigo 78 da Lei 6.745, que possui
a seguinte redação:

Art. 78. Após cada quinquênio de serviço público estadual, o servidor ocupante de cargo de pro-
vimento efetivo fará jus a uma licença com remuneração, como prêmio, pelo período de 3 (três)
meses.
Letra e.

027. (FEPESE/2010 UDESC/ADVOGADO) De acordo com a Lei no 6.745, de 28 de dezembro


de 1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Santa Cata-
rina, é correto afirmar:
a) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores serão corrigidos pelos índices da
correção monetária e juros legais.
b) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores serão corrigidos pelos índices da
correção monetária, sem a incidência de juros legais.
c) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores serão corrigidos com juros legais,
sem a incidência de correção monetária.
d) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores, em até 10 dias, não serão corrigi-
dos com juros legais.
e) Os atrasos no pagamento do vencimento dos servidores, em até 10 dias, não serão corrigi-
dos pelos índices da correção monetária.

De acordo com a Lei 6.745 (artigo 196), “Os atrasos de pagamento do vencimento serão corrigi-
dos pelos índices da correção monetária e juros legais”.
Letra a.

028. (TJ-SC/2011/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – AUXILIAR) O deslocamento motivado de


cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro de pessoal, para outro ór-
gão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central de pessoal, segun-
do o Estatuto do Servidor Público do Estado de Santa Catarina, é denominado:
a) transferência.
b) readaptação.

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
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c) recondução.
d) redistribuição.
e) substituição.

O enunciado trata do instituto da redistribuição, conforme previsão do artigo 32 da Lei 6.745:

Art. 32. Redistribuição é o deslocamento motivado de cargo de provimento efetivo, ocupado ou


vago no âmbito do quadro de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central de pessoal, observados os seguintes requisitos (...)
Letra d.

029. (TJ-SC/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do


Estado, o direito do funcionário pleitear na esfera administrativa quanto aos atos de que decor-
rem a sua demissão, prescreve:
a) Em três anos a partir da data da publicação oficial do ato impugnado.
b) Em dois anos a partir da data da publicação oficial do ato impugnado.
c) Em dois anos a partir da data da prática do ato que ensejou a demissão.
d) Em um ano a partir da data da prática do ato que ensejou a demissão.
e) Em cinco anos a partir da data da publicação oficial do ato impugnado.

No que se refere aos atos que decorrem na demissão do servidor, o direito do servidor pleitear,
no âmbito administrativo, é de 5 anos.

Art. 125. O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve a partir da data da publicação oficial
do ato impugnado ou, quando for dispensada, da data em que dele tiver conhecimento o funcionário:
I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de que decorreram a demissão, aposentadoria ou disponi-
bilidade do funcionário;
Letra e.

030. (FEPESE/2010/UDESC/ADVOGADO) Preencha as lacunas do texto abaixo.


“A remuneração do servidor que executar atividade noturna, assim considerado o trabalho
prestado entre _______ horas e ______ horas do dia seguinte, será acrescida de _______”.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.
a) 21; 5; 25%
b) 21; 6; 50%
c) 22; 5; 25%
d) 22; 6; 25%
e) 22; 6; 50%

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Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
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Para responder a questão, façamos a leitura dos artigos 30 e 89 da Lei 6.745, de seguin-
te redação:

Art. 30. Considera-se trabalho noturno, para os fins deste Estatuto, o prestado entre 22 (vinte e duas)
horas e 06 (seis) horas do dia seguinte (art. 89).
Art. 89. A remuneração do funcionário que executar trabalho noturno será acrescida de 25% (vinte e
cinco por cento), observado o disposto no artigo 30 deste Estatuto.
§ 1º A hora noturna será considerada de cinquenta e dois minutos.
Letra d.

031. (FEPESE/ACP (MP TCE-SC)/TCE-SC/ADMINISTRAÇÃO/2014) De acordo com a Lei Es-


tadual n. 6.745/1985, entre os requisitos na prévia apreciação do órgão central de pessoal para
a realização da redistribuição constam:
1. o interesse da Administração;
2. a equivalência de vencimentos;
3. a manutenção da essência das atribuições do cargo.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.

Os requisitos que devem ser observados para que a redistribuição seja possível são aqueles
constantes no texto do artigo 32 da norma estadual, de seguinte redação:

Art. 32. Redistribuição é o deslocamento motivado de cargo de provimento efetivo, ocupado ou


vago no âmbito do quadro de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central de pessoal, observados os seguintes requisitos:
I – interesse da Administração; (Item 1)
II – equivalência de vencimentos; (Item 2)
III – manutenção da essência das atribuições do cargo; (Item 3)
IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; e
VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou enti-
dade.
Letra e.

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Lei n. 6.745/1985 - Estatuto dos Servidores do Estado de Santa Catarina
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032. (FEPESE/ADV AUTA (JUCESC)/JUCESC/2013) Assinale a alternativa correta de acordo


com a Lei Estadual no 6.745/1985, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado.
Nos casos de impedimento de ocupante de cargo em comissão ou de função de confiança
haverá o instituto:
a) da designação.
b) da recondução.
c) da substituição.
d) da readaptação.
e) da redistribuição.

De acordo com a lei em estudo (art. 38), “Haverá substituição nos casos de impedimento de
ocupante de cargo em comissão ou de função de confiança”.
Letra c.

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Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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